segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

CCB O universo religioso do Pentecostalismo Italiano

 O universo religioso é oferecido de várias formas, com práticas de uma religiosidade que podem ser vistas sob diferentes óticas pela infinidade de possibilidades de perceber a salvação. Diante da variedade, há os que questionam, os que não se posicionam frente à gama religiosa e outros que se inserem no universo da religião por inteiro. Os preceitos de cada fenômeno são seguidos pelos fiéis que ajudam no nascimento de credos e conservam a tradição, como é o caso da Congregação Cristã no Brasil (CCB) que se mostra com dogmas: crenças/doutrina impositivas incontestáveis, uma característica tradicional do aspecto pentecostal. O movimento pentecostal surgiu em decorrência dos movimentos iniciados nos Estados Unidos. O Pentecostalismo adentrou ao Brasil, em 1910, e o Neopentecostalismo, de acordo com Mariano (1999), surgiu em meados da década de 1970. A observância do comportamento dos membros da instituição pentecostal CCB abrange seus costumes, hábitos, valores, estética que são pontuados como forma de identificar e analisar como se dá o fortalecimento da denominação. Pensando nessa questão de religião conservadora, da defesa da manutenção das instituições sociais tradicionais: de família, comunidade, religião, usos e costumes a CCB é o objeto deste estudo, focalizando como ela se mantém e expande-se no mercado religioso. É considerada a primeira igreja pentecostal do País que ainda conserva características das origens de sua fundação no Brasil. Mantém sua estrutura, doutrina, liturgia e ethos (hábitos e costumes), sendo uma instituição fechada às mudanças culturais e sociais que tendem a permear os ritos das igrejas. A perspectiva do estudo aponta como objetivos analisar as motivações pessoais dos fiéis de ser frequentadores da Igreja CCB, como se dá o vínculo institucional estabelecido entre os membros para compreender quais as demandas coletivas transitam em um sentido de autonomização e empoderamento individual. Objetiva-se também contribuir com o debate sobre as questões fluídas do mercado religioso que apresentam características marcantes. Alguns dos referenciais teóricos para tratar desse panorama de religião fluida e com aparência de (des)institucionalizada são Berger (1985), Bauman (2009), entre outros. A CCB é uma agremiação religiosa de viés tradicional que se destaca por se manter “fechada”, quanto às regras do plano mercadológico, proselitista e midiático. Conhecida popularmente por Igreja do Véu, ela é notada na sociedade pósmoderna, capitalista e tecnológica como diferente das outras de mesmo seguimento. O cenário religioso propõe viver no distanciamento daquilo que entende ser perigoso para a manutenção de seu dogma originário. A pesquisa buscou em sua metodologia agregar estudos do banco de teses e dissertações da Academia Científica das Ciências da Religião da PUC Goiás. Entretanto, apesar de ter várias pesquisas sobre o Pentecostalismo e o Neopentecostalismo no Brasil, não foram encontradas investigações com o tema CCB, além de um artigo, que aborda a CCB, da sua chegada, fundação e expansionismo no Brasil. O artigo está publicado na obra Pentecostalismo Globalizado, tendo como organizadores Alberto da Silva Moreira e Pino Lucà Trombeta (2015). Destacam-se os autores Yara Nogueira Monteiro (2010), Paul Freston (1994), Alberto Antoniazzi (1994) e Ricardo Mariano (1999), Amaral (2002), Gedeon Freire de Alencar (2013), que contribuem para a compreensão da construção e identidade da CCB, apontando para o conhecimento sobre estrutura, funcionamento da liderança, doutrina, liturgia e a vida dos religiosos em suas relações com o lócus dos rituais e com o mundo. A problematização desta pesquisa parte do pressuposto de que a CCB se apresenta ao campo religioso como refúgio à fluidez do universo neopentecostal, tendo em vista que sua doutrina tradicional oferece, além dos serviços religiosos convencionais, proteção e segurança espiritual e pragmática a seus membros. Estes acreditam estar cercados por uma realidade ameaçadora e enganosa do movimento neopentecostal e do mundo. Como hipótese, é importante discutir acerca da motivação das pessoas seguirem determinada denominação religiosa, em meio a uma sociedade multifacetada na contemporaneidade. As religiões ofertam seus dogmas no mercado consumidor, destacando-se conforme seus ritos que as caracterizam. Para Bauman (2003), o pensamento da segurança versus o da liberdade e vice-versa atuam em polos diversos para direcionar as escolhas. A busca por um refúgio religioso ao invés de outro se dá de acordo com as conveniências do momento ou por questões tradicionais aprendidas no seio familiar.

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