sábado, 27 de fevereiro de 2021

CCB VOCÊS SABEM QUEM É ESSE HOMEM ? Ditador Mussolini

 Benito Amilcare Andrea Mussolini foi um político italiano

que liderou o Partido Nacional Fascista e é creditado como sendo

uma das figuras-chave na criação do fascismo O que é Fascismo ? Fascismo é uma ideologia política ultranacionalista e autoritária caracterizada por poder ditatorial, repressão da oposição por via da força e forte arregimentação da sociedade e da economia. ... O fascismo ganhou destaque na Europa na primeira metade do século XX Tanto Luigi Francescon como as 3 Familias Italianas que compraram a CCB 1948 , eram Apoiadores de um dos maiores Ditadores Italianos do século passado ... Também os missionários imigrantes que vieram com luigi francescon , apoiavam a ditadura e o fascismo imposto pelo Mussolini ... Porque estou revelando isso para vocês ? Para que vocês entendam que a CCB esta sobre governo de italianos fascistas , que apoiam a ditadura , autoritarismo , no totalitarismo, culto à violência, censura total, fomento à práticas de perseguição àqueles que discordavam do sistema Resumindo CCB esta sobre Governo raça ruim de italianos , homens Ditadores , que só querem estar acima do povo e vão fazer de tudo para manter , seu governo ditatorial Benito Mussolini: ditador italiano foi fuzilado ao fim da Segunda Guerra Mundial

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

A Congregação Cristã no Brasil em crise: escândalos e dissidências dividem adeptos

 Conhecida pela maneira nada carismática como trata as demais igrejas evangélicas, a CCB completou 100 anos em meio a inúmeras crises e dissidência de adeptos. Sua origem está ligada ao italiano Luigi Francescon, que em 1910 desembarcou em São Paulo e conseguiu reunir um grupo de vinte seguidores e fundou a Congregação Cristã do Brasil.

Apesar de fundada em 1910, o nome “Congregação Cristã do Brasil” somente foi dado a Igreja por ocasião da Convenção de 1936, sendo substituída a preposição “do” por “no” Brasil na década de 60.
Com sede no Brás (SP), a CCB rapidamente se espalhou pelo país e em pouco tempo atravessou a fronteira alcançando um número significativo de adeptos. Dados da Pentecostalism Encyclopedia (Enciclopédia Pentecostal – uma publicação americana que monitora o crescimento dos pentecostais no mundo) revelou que já no ano 2000 a CCB ocupava a 6º posição no ranking mundial em número de membros pentecostais. No Brasil, somente era superada pela Assembleia de Deus que à época somava cerca de 8,4 dos quase 26 milhões de evangélicos – a CCB reunia cerca de 2,4 milhões de seguidores.

Não se sabe se por esse motivo ou simplesmente pelas diferenças doutrinárias e de usos e costumes, a CCB evita qualquer tipo de contato com a A.D. Ao se referir a A.D – e também as demais igrejas evangélicas – a CCB utiliza o termo pejorativo de “primos”. Aos que decidem frequentar suas congregações, ordena que sejam novamente batizados e se submetam a regras rígidas de comportamento e de expressão social. Caso seja pego em prática de adultério, o membro é destituído de suas obrigações na Igreja e evita-se qualquer tipo de contato com ele – isso porque, segundo eles, o adultério é um pecado contra o Espírito Santo ao qual não existe possibilidade de perdão.
Dissidências
Interpretações como essas e outras mais são um dos motivos do surgimento de inúmeros grupos dissidentes da Congregação Cristã no Brasil, ainda na década de 50. A primeira ruptura de que se tem notícia ocorreu no alto escalão da CCB, com a saída do cooperador Aldo Ferreti que abdicou do seu cargo para fundar a Igreja Renovadora Cristã. Sua atual sede fica na Vila Madalena (SP) em um prédio cuja arquitetura é semelhante aos templos da CCB.
Amigo de longa data de Francescon, Ferreti denunciou – na noite de 14 de maio de 1952, no Brás – os motivos pelos quais ele decidira abandonar o ministério, como a falta de humildade do Colégio de Anciões e o uso excessivo por parte destes de bebida alcoólica – sendo este um dos motivos que mais preocupavam Ferreti. Seguindo o exemplo da IRC, nos anos seguintes novos grupos dissidentes surgiram da CCB, tais como:
Igreja Cristã Remanescente (fundada em 1967 pelo ancião Nilson Santos, em Telêmaco Borba, PR);
Congregação Cristã no Brasil Renovada (fundada em 1991 pelo ancião José Valério, em Goiás);
Congregação Cristã do Sétimo Dia (fundada em 1993 pelo ancião Luiz Bento Machado, em Santa Catarina);
Congregação Cristã Apostólica (fundada em 2001 pelo cooperador Antônio Silvério Pereira, em Aparecida de Goiás, GO. Surgiu de uma fusão da Congregação Cristã no Brasil com a Igreja Renovação Cristã);
Congregação Cristã Moriá (fundada em 2004 por Saulo Corcovado Macedo, em Mairinque, SP);
À lista podemos acrescentar também os adenominacionais ou Assembleias Cristãs (grupo de irmãos que se reúnem em casas e possui ministério próprio, embora alguns congreguem na CCB. Sua característica principal é a busca pelo “primitivismo apostólico”, sendo considerado um “movimento de reforma”), a Igreja da Sã Doutrina (fundada no Maringá pelo advogado Laertes Souza), a Congregação Cristã Primitiva (fundada em Goiás e que também promove campanhas pelo retorno à fé primitiva), a Congregação Evangélica Apostólica do Brasil (Imperatriz, Maranhão) etc.
A situação se agrava
Além de dissidências, a CCB se vê às voltas por uma crise que vem se arrastando desde 2000 e que tem causado prejuízos incalculáveis à instituição. De um lado, há os que argumentam haver um “complô” contra o Conselho, enquanto outros dizem possuir evidências que comprovariam corrupção, homossexualismo e prostituição envolvendo o líder máximo da CCB, o ancião e ex - presidente mundial José Nicolau.
Afastado de sua função no final de 2000, Nicolau – que teria sido alvo de um processo judicial movido por Mário e Lúcio – teve sua credencial definitivamente cassada por ocasião de uma assembléia realizada entre os dias 09 e 13 de abril de 2001, quando Jorge Couri – até então vice – presidente da CCB – interveio para que Nicolau fosse de fato expulso da presidência e abrisse caminho para sua posse. O que de fato ocorreu. Concluído o processo contra José Nicolau, Couri foi empossado como o novo presidente da Congregação Cristã no Brasil e uma nova batalha judicial teve início.
Pessoas ligadas ao ex-presidente da CCB acusaram Couri de ter agido secretamente – e com uso de artifícios mentirosos – para convencer o Conselho a desempossar Nicolau. Tal consta de uma circular e dossiê enviado ao Conselho Nacional de Anciões, na página 30 que reproduzimos em parte.
“Consta que inconformado com a maneira apressada e errada como foi decidido o caso, o saudoso irmão Basílio Gitti, teria proposto rever o assunto logo em seguida, por ocasião da assembléia, realizada nos dias 09 a 13 de abril de 2001, quando seria feito um julgamento responsável.
Porém, sabendo da proposta e da possibilidade do caso ser revisto e a injustiça reparada, JORGE COURI, que era o vice de NICOLAU, de olho na “cadeira da presidência” e sedento para tomá-la a todo custo, tudo fez para embaraçar o reexame da causa. Foi assim, que após incansáveis diligências, localizou SERGIO, ex-motorista de NICOLAU, que havia se mudado para o interior de São Paulo, cidade de Itápolis. Ligou pessoalmente para SERGIO e convocou-o para vir a São Paulo com urgência, onde no interior do apartamento de COURI, começaram as negociações malignas.
Para reforçar as falsas acusações apresentadas anteriormente e aplicar o golpe mortal, COURI teria lançado mão de expediente diabólico, traiçoeiro e criminoso. Aproveitando-se do caráter vulnerável de SERGIO, persuadiu-o após prometer recompensas de todo tipo, inclusive com pagamento em dinheiro, a que aceitasse fazer o papel de mais um falso acusador contra NICOLAU.
O plano foi estabelecido sob as instruções diretas de COURI, que cuidadosamente passou as instruções com todos os detalhes, no interior de seu próprio apartamento; ficando apenas em aberto o preço total da traição. Foram pagos duas parcelas de R$ 5 00,00, pelo próprio COURI e R$ 4.000,00, por seu amigo JEREMIAS GUIDO; enquanto o restante ficou por conta dos depósitos a serem feitos após o cumprimento do acordo.”
Resultado: Jorge Couri foi empossado presidente e José Nicolau seguiu impedido de exercer seu ministério. No entanto, passados alguns dias da posse de Couri, o motorista Sérgio – que segundo a circular teria se arrependido das acusações – procurou o ex-presidente para revelar os detalhes da conspiração criada por Couri e Jeremias Guido. Mesmo após as revelações do motorista, nada foi feito pela Comissão para reverter o quadro.
Há pelo menos 11 anos Couri segue na direção da CCB e enfrenta acusações de desvio de verbas – algo em torno de 20 milhões -, acobertamento de anciões e falsidade ideológica. Juntamente com Jeremias Guido e Sergio Anísio Soares Alves (o motorista), Couri é alvo de um processo impetrado na 8º Delegacia de São Paulo – IP 343/2008, com acusações de estelionato e crime contra a honra. Dois anos antes, o comerciante e membro da CCB de Piedade, José Aparecido da Cruz, foi acusado pelo Ministério Público de ter desviado R$ 19. 962. 00 do setor de assistência social da Igreja. Casos como esse demonstram que a corrupção saiu do alto escalão da CCB para se alastrar pelas congregações, havendo até mesmo denúncias de estelionato envolvendo anciões do Japão e em outros países onde a instituição se faz presente (algo em torno de 80).
Além de processos judiciais, Couri também acumulou inimigos dentro e fora da CCB. Grupos reformistas, como a CCB a Verdade – um site criado por anciões que veicula denúncias contra o atual presidente e prega o retorno ao “primitivismo congregacional” – tem deflagrado uma crise sem precedentes dentro da instituição. Mudanças na liturgia – como a proibição de os membros darem glória a Deus nos cultos e a forma de coleta da oferta da piedade – também são motivos de desentendimentos e troca de acusações. Um dossiê completo sobre a crise na CCB pode ser visto no site ccbverdade.com.br e no Scribd.
A crise vivida pela CCB ocorre em meio às comemorações do seu centenário, o que também ocorre na Assembleia de Deus, a outra gigante pentescostal. Por triste coincidência, ambas adentraram ao centenário em meio a uma crise sem precedentes. No entanto, este é um tema para uma futura reflexão.

Congregação Crista no Brasil estaria em crise devido a escândalos, dissidências e polêmicas

 Disputas políticas, homossexualismo e golpes estariam nos bastidores da liderança de uma das mais antigas denominações evangélicas do Brasil. A Congregação Cristã do Brasil estaria em crise em pleno seu centenário, é o que relata o site Genizah Virtual em uma de seus mais recentes publicações.


Confira a denuncia na íntegra:

Conhecida pela maneira nada carismática como trata as demais igrejas evangélicas, a CCB completou 100 anos em meio a inúmeras crises e dissidência de adeptos. Sua origem está ligada ao italiano Luigi Francescon, que em 1910 desembarcou em São Paulo e conseguiu reunir um grupo de vinte seguidores e fundou a Congregação Cristã do Brasil.

Apesar de fundada em 1910, o nome “Congregação Cristã do Brasil” somente foi dado a Igreja por ocasião da Convenção de 1936, sendo substituída a preposição “do” por “no” Brasil na década de 60.

Com sede no Brás (SP), a CCB rapidamente se espalhou pelo país e em pouco tempo atravessou a fronteira alcançando um número significativo de adeptos. Dados da Pentecostalism Encyclopedia (Enciclopédia Pentecostal – uma publicação americana que monitora o crescimento dos pentecostais no mundo) revelou que já no ano 2000 a CCB ocupava a 6º posição no ranking mundial em número de membros pentecostais. No Brasil, somente era superada pela Assembleia de Deus que à época somava cerca de 8,4 dos quase 26 milhões de evangélicos – a CCB reunia cerca de 2,4 milhões de seguidores.

Não se sabe se por esse motivo ou simplesmente pelas diferenças doutrinárias e de usos e costumes, a CCB evita qualquer tipo de contato com a A.D. Ao se referir a A.D – e também as demais igrejas evangélicas – a CCB utiliza o termo pejorativo de “primos”. Aos que decidem frequentar suas congregações, ordena que sejam novamente batizados e se submetam a regras rígidas de comportamento e de expressão social. Caso seja pego em prática de adultério, o membro é destituído de suas obrigações na Igreja e evita-se qualquer tipo de contato com ele – isso porque, segundo eles, o adultério é um pecado contra o Espírito Santo ao qual não existe possibilidade de perdão.

Dissidências

Interpretações como essas e outras mais são um dos motivos do surgimento de inúmeros grupos dissidentes da Congregação Cristã no Brasil, ainda na década de 50. A primeira ruptura de que se tem notícia ocorreu no alto escalão da CCB, com a saída do cooperador Aldo Ferreti que abdicou do seu cargo para fundar a Igreja Renovadora Cristã. Sua atual sede fica na Vila Madalena (SP) em um prédio cuja arquitetura é semelhante aos templos da CCB.

Amigo de longa data de Francescon, Ferreti denunciou – na noite de 14 de maio de 1952, no Brás – os motivos pelos quais ele decidira abandonar o ministério, como a falta de humildade do Colégio de Anciões e o uso excessivo por parte destes de bebida alcoólica – sendo este um dos motivos que mais preocupavam Ferreti. Seguindo o exemplo da IRC, nos anos seguintes novos grupos dissidentes surgiram da CCB, tais como:

*Igreja Cristã Remanescente (fundada em 1967 pelo ancião Nilson Santos, em Telêmaco Borba, PR);
*Congregação Cristã no Brasil Renovada (fundada em 1991 pelo ancião José Valério, em Goiás);
*Congregação Cristã do Sétimo Dia (fundada em 1993 pelo ancião Luiz Bento Machado, em Santa Catarina);
*Congregação Cristã Apostólica (fundada em 2001 pelo cooperador Antônio Silvério Pereira, em Aparecida de Goiás, GO. Surgiu de uma fusão da Congregação Cristã no Brasil com a Igreja Renovação Cristã);
*Congregação Cristã Moriá (fundada em 2004 por Saulo Corcovado Macedo, em Mairinque, SP).

À lista podemos acrescentar também os adenominacionais ou Assembleias Cristãs (grupo de irmãos que se reúnem em casas e possui ministério próprio, embora alguns congreguem na CCB. Sua característica principal é a busca pelo “primitivismo apostólico”, sendo considerado um “movimento de reforma”), a Igreja da Sã Doutrina (fundada no Maringá pelo advogado Laertes Souza), a Congregação Cristã Primitiva (fundada em Goiás e que também promove campanhas pelo retorno à fé primitiva), a Congregação Evangélica Apostólica do Brasil (Imperatriz, Maranhão) etc.

A situação se agrava

Além de dissidências, a CCB se vê às voltas por uma crise que vem se arrastando desde 2000 e que tem causado prejuízos incalculáveis à instituição. De um lado, há os que argumentam haver um “complô” contra o Conselho, enquanto outros dizem possuir evidências que comprovariam corrupção, homossexualismo e prostituição envolvendo o líder máximo da CCB, o ancião e ex – presidente mundial José Nicolau.

Afastado de sua função no final de 2000, Nicolau – que teria sido alvo de um processo judicial movido por Mário e Lúcio – teve sua credencial definitivamente cassada por ocasião de uma assembléia realizada entre os dias 09 e 13 de abril de 2001, quando Jorge Couri – até então vice – presidente da CCB – interveio para que Nicolau fosse de fato expulso da presidência e abrisse caminho para sua posse. O que de fato ocorreu. Concluído o processo contra José Nicolau, Couri foi empossado como o novo presidente da Congregação Cristã no Brasil e uma nova batalha judicial teve início.

Pessoas ligadas ao ex-presidente da CCB acusaram Couri de ter agido secretamente – e com uso de artifícios mentirosos – para convencer o Conselho a desempossar Nicolau. Tal consta de uma circular e dossiê enviado ao Conselho Nacional de Anciões, na página 30 que reproduzimos em parte.

“Consta que inconformado com a maneira apressada e errada como foi decidido o caso, o saudoso irmão Basílio Gitti, teria proposto rever o assunto logo em seguida, por ocasião da assembléia, realizada nos dias 09 a 13 de abril de 2001, quando seria feito um julgamento responsável.

Porém, sabendo da proposta e da possibilidade do caso ser revisto e a injustiça reparada, JORGE COURI, que era o vice de NICOLAU, de olho na “cadeira da presidência” e sedento para tomá-la a todo custo, tudo fez para embaraçar o reexame da causa. Foi assim, que após incansáveis diligências, localizou SERGIO, ex-motorista de NICOLAU, que havia se mudado para o interior de São Paulo, cidade de Itápolis. Ligou pessoalmente para SERGIO e convocou-o para vir a São Paulo com urgência, onde no interior do apartamento de COURI, começaram as negociações malignas.

Para reforçar as falsas acusações apresentadas anteriormente e aplicar o golpe mortal, COURI teria lançado mão de expediente diabólico, traiçoeiro e criminoso. Aproveitando-se do caráter vulnerável de SERGIO, persuadiu-o após prometer recompensas de todo tipo, inclusive com pagamento em dinheiro, a que aceitasse fazer o papel de mais um falso acusador contra NICOLAU.

O plano foi estabelecido sob as instruções diretas de COURI, que cuidadosamente passou as instruções com todos os detalhes, no interior de seu próprio apartamento; ficando apenas em aberto o preço total da traição. Foram pagos duas parcelas de R$ 5 00,00, pelo próprio COURI e R$ 4.000,00, por seu amigo JEREMIAS GUIDO; enquanto o restante ficou por conta dos depósitos a serem feitos após o cumprimento do acordo.”

Resultado: Jorge Couri foi empossado presidente e José Nicolau seguiu impedido de exercer seu ministério. No entanto, passados alguns dias da posse de Couri, o motorista Sérgio – que segundo a circular teria se arrependido das acusações – procurou o ex-presidente para revelar os detalhes da conspiração criada por Couri e Jeremias Guido. Mesmo após as revelações do motorista, nada foi feito pela Comissão para reverter o quadro.

Há pelo menos 11 anos Couri segue na direção da CCB e enfrenta acusações de desvio de verbas – algo em torno de 20 milhões -, acobertamento de anciões e falsidade ideológica. Juntamente com Jeremias Guido e Sergio Anísio Soares Alves (o motorista), Couri é alvo de um processo impetrado na 8º Delegacia de São Paulo – IP 343/2008, com acusações de estelionato e crime contra a honra. Dois anos antes, o comerciante e membro da CCB de Piedade, José Aparecido da Cruz, foi acusado pelo Ministério Público de ter desviado R$ 19. 962. 00 do setor de assistência social da Igreja. Casos como esse demonstram que a corrupção saiu do alto escalão da CCB para se alastrar pelas congregações, havendo até mesmo denúncias de estelionato envolvendo anciões do Japão e em outros países onde a instituição se faz presente (algo em torno de 80).

Além de processos judiciais, Couri também acumulou inimigos dentro e fora da CCB. Grupos reformistas, como a CCB a Verdade – um site criado por anciões que veicula denúncias contra o atual presidente e prega o retorno ao “primitivismo congregacional” – tem deflagrado uma crise sem precedentes dentro da instituição. Mudanças na liturgia – como a proibição de os membros darem glória a Deus nos cultos e a forma de coleta da oferta da piedade – também são motivos de desentendimentos e troca de acusações. Um dossiê completo sobre a crise na .

A crise vivida pela CCB ocorre em meio às comemorações do seu centenário, o que também ocorre na Assembleia de Deus, a outra gigante pentescostal. Por triste coincidência, ambas adentraram ao centenário em meio a uma crise sem precedentes. No entanto, este é um tema para uma futura reflexão.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Pesquisa Cientifica Sobre Membros Congregação Cristã no Brasil

 Pesquisa interessante , vamos ao resultado ...

A amostra acima sobre gênero apresenta os seguintes percentuais, 53,33 % eram de mulheres e 46, 67% de homens. Observa-se que a maioria feminina pode representar a maior abertura delas a participarem de algo que não as deixem com algum receio de danos.

Pelo gráfico da questão dois, a idade mostra que a porcentagem maior foi de 60% da faixa etária entre 46 a 55 anos. Os que se submeteram ao questionário são adultos, demonstrando a idade intermediária dos que resolveram participar da pesquisa. Em segundo lugar, representando 20%, está o grupo dos 36 a 45 anos. Em terceiro, os participantes acima de 55 anos. Com um percentual de 3,33%, ficaram os jovens entre 18 e 35 anos. 


Percebe-se pela amostra retro, o nível de escolaridade dos participantes. Têm-se que 40% estudaram até a 4ª série do antigo primário; 30% cursaram até a 8ª série do ensino fundamental; 23,33% concluíram o ensino médio e 6,67% não completaram o ensino superior. Não houve mostra de pessoas sem escolaridade, nem que concluíram o ensino superior. 

Na amostra sobre a renda individual é de que 46,67% recebem até quatro salários mínimos, 36, 67% recebem até dez salários mínimos, 13,33% recebem até 02 salários mínimos, 3,33% recebem acima de 20 salários mínimos, os que recebem entre 10 e 20 salários mínimos e os que não possuem renda é de 0%. Enseja que todos os pesquisados tem emprego. 

Na amostra sobre o acesso à informação social fora da comunidade, a maioria consegue ter informação via TV aberta e rádio, havendo o percentual de 53,33%. Já os 33,33% não possuem nenhum tipo de informação fora da sua comunidade. Os que possuem internet e redes sociais em casa somam apenas 6,67% e com TV aberta e a cabo, revistas e outros 0%. 

Os pontos de vista da maioria são de manter distanciamento com o mundo, pois em sua relação no mundo pode sofrer várias influências. A diferença é discrepante: 93,33% afirmam que sim e 6,67% acham que não leva à perdição. 

Na amostra retro, as ações que possam estar relacionadas ao pecado e a futura condenação espiritual apresentam 56,67% dos afirmam que diversão, shows, bares, boates e outros levam o ser humano ao pecado, 23,33% acham que violência, drogas, sexo fora do casamento podem representar ligação direta com o pecado, 13,33% assimilam a atitude pecaminosa com a acumulação de riquezas e 6,67% relacionam pecado com a política. A finalidade de compreender o que representa aos fiéis da CCB pecado ou a condenação espiritual, metodologicamente como pesquisadora participante, utilizei a técnica de escutar no momento da aplicação do questionário, a grande maioria das mulheres principalmente, alegaram que todos os itens de opção de resposta estariam associados ao pecado e seriam condenadas ao inferno em caso de incorrer nesses tópicos descritos. Mas, que a maior luta é o distanciamento da diversão, shows, bares, boates, etc, que causam maior fragilidade e busca de fortalecimento na fé. 

Esses adeptos acreditam na proteção que a Igreja lhes propicia só de estarem vinculados a ela. As incertezas do mundo geram preocupações unânimes dos membros e frequentadores. Desse modo, afirmam a sensação de proteção encontrada na CCB

Na amostra deste gráfico, utilizou-se a técnica escuta ativa como pesquisadora, tendo em vista que no momento da leitura desta questão, a maioria disse que todas as opções de respostas representam ameaça a espiritualidade, mas o maior temor é o desemprego. As questões vistas como ameaças à vida estão representadas pelo medo do desemprego, de dívidas ou não conseguir ascensão profissional com 73, 33%, o pecado e as tentações somam 23,33%, as ações do diabo e os problemas afetivos estão na margem de apenas 3,33% e quanto aos problemas de saúde e outros não houve percentual.

Na amostra referida, percebe-se o que motiva os adeptos a buscar a CCB. Com 86,67%, há os que procuram equilíbrio para a vida, proteção de muitos males, segurança em pertencer à Comunidade e investem na salvação; os 6,67% apontam sua busca por ter uma vida comunitária e estar em paz, sentindo-se em reconforto espiritual. O item que aponta para quem almeja prosperidade, status social, encaminhamento da vida e outros teve percentual de zero. Para a mostra desse gráfico, na hora da participação de responder ao questionário, alguns participantes liam e falavam em voz alta que buscavam proteção e salvação, dando a entender que são as opções mais comuns de todos na CCB

O gráfico apresentado faz referência ao que representa a CCB na concepção analítica dos membros que foram submetidos ao questionário. O fato de ser um espaço de proteção representou 70,00%, o percentual de 16,67% destacou que representa um lugar de paz, os 6,67% elegeram o lócus como espaço de reflexão e de convivência. Os participantes desta pesquisa alegaram que, dentre os itens de opções apresentados na questão 11 que se liga ao gráfico 11, há a ideia de que a Igreja é um espaço de proteção, apesar de também ser lugar de paz, conveniência e reflexão. Pode se notar que é possível compreender os motivos que fazem os membros se fidelizem nessa agremiação. Eles buscam por aquilo que sentem necessidade na vida e acham que lá estão seguros para ir ao encontro do objetivo de obter proteção e salvação 

Desde as questões iniciais da pesquisa de campo, observou um panorama do perfil e das motivações dos membros, observando idade, sexo, nível de escolaridade, renda individual e meios de acesso à informação, entre outras. Essa abordagem reflete no levantamento socioeconômico deles. Com isso, tem-se a análise mais ampla dos resultados. As Motivações Individuais dos Membros da CCB numa Perspectiva Socioeconômica A análise da vida socioeconômica dos adeptos da CCB participantes desta pesquisa aponta para os perfis dos participantes. O questionário serviu para apontar que a maioria são mulheres, com idades de 46 a 55 anos. O nível de escolaridade está entre 1ª e 4ª série/primário, renda de 2 a 4 salários mínimos, tendo pouco acesso à informação. A TV aberta e o rádio são os meios mais comuns, havendo uma parcela considerável dos que não possuem nenhum tipo de acesso. Com esses dados, há um indicativo da condição socioeconômica dos membros, que pode ser denominada de “precarização”, porém foi percebido com a pesquisa de campo a inquietude, o que mais causa insegurança, não é a precarização, não é sua baixa renda no mercado de trabalho e suas condições empregatícias, e sim o desemprego, a angustia de não ter como prover sua família, de não estar inserido no mercado produtivo e consequentemente na sociedade/igreja. Os múltiplos fatores retratam a realidade da vida deles que influenciam na subjetividade dos mesmos, podendo induzi-los as certas escolhas nas dimensões da sociedade - social, cultural, religião, econômica. A afinidade dos adeptos com a CCB reflete nos paradigmas compreendidos nas respostas, como aponta


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

A hierarquia da Congregação Cristã no Brasil

 Estrutura, Doutrina e Liturgia da Congregação Cristã no Brasil A CCB possui um sistema de governo simples, a sua estrutura eclesiástica é composta de duas categorias: o ancião e o diácono, sendo que o primeiro exerce a liderança. O ministério é composto somente por homens: anciões, diáconos e cooperadores, e demais cargos como porteiros, músicos. A posição ocupada mostra a estrutura da membresia: Um “ancião” não é necessariamente um idoso, mas alguém que, nesta igreja, alcançou o posto pelo exercício da “palavra revelada” e, obviamente, tem muito tempo de membresia na CCB. Portanto, o ancião é um indivíduo que remete à tradição, pois caso contrário não alcançaria o posto; nunca vai se inovar na igreja (ALENCAR, 2013, p. 175). A hierarquia da CCB se dá assim: 1º Ministério Espiritual: Ancião/Conselho de Anciões – local e nacional; 2º Diáconos – cuida da Obra da Piedade e pode substituir o ancião; 3º Cooperador do Ofício Ministerial dirige o culto dos jovens e das crianças; 4º Porteiros – recepcionam nos cultos, recebem os envelopes de ofertas e pedidos de oração; 5º Encarregados de orquestras – local e regional; 6º 10 A terminologia correta da palavra ancião na atualidade no plural é anciões, porém no passado era utilizado anciães de forma correta também. Tendo em vista os autores utilizarem as duas formas, não será considerado erro de português


Expansão e Projeção da Congregação Cristã no Brasil

 A fundação e o expansionismo da CCB estão diretamente ligados ao seu fundador. Francescon seguiu a rota dos imigrantes italianos, apesar de não ser um movimento de missões, buscava seus pares identitários nas regiões em que recebeu refúgio, fazendo das terras de acolhida uma nova morada: “O patriarcalismo da colônia italiana que foi a base inicial, ele conseguiu tornar-se o cimento da igreja” (ANTONIAZZI, 1994, p. 101). Em 1910, Alencar (2013) discorre que, quando a Igreja chegou ao Brasil, a característica predominante na população era rural, porém já existiam os grandes centros urbanos que já progrediam com as ferramentas da civilização do velho continente, tais como: bondes, linhas de trens, telefone e muitos jornais. O Brasil se destacava pela maior produção mundial de matérias-primas como a borracha (ao norte) e café (ao sudeste). Em meio a esse cenário, a Igreja implanta-se e expandese: É então, na primeira década do alvissareiro século XX, que o pentecostalismo chega ao Brasil. É mais uma das muitas novidades vindas dos EUA, mas trazido por europeus. Luigi Franscecon (1866-1964), italiano funda a Congregação Cristã do Brasil – CCB, na região sudeste (ALENCAR, 2013, p. 167). Apesar de o Pentecostalismo vir dos EUA, foi trazido por europeus, que tem certas diferenças. O pentecostalismo nos Estados Unidos foi um fenômeno genuinamente urbano, interdenominacional, nas classes menos favorecidas. Seu marco histórico se deu na Missão da Fé Apostólica, sob a liderança de W. Seymor (1870-1922), porém teve manifestações distintas em diferentes locais e países. Seu nascimento foi ocasionado por meio de um movimento multifacetado, religioso, predominantemente difundido entre os menos favorecidos na sociedade, de caráter rural inicialmente. Sua trajetória acompanha a mobilidade dos imigrantes italianos ao sudeste, norte e nordeste do País:

Em suas três primeiras décadas, seus líderes e membros eram, majoritariamente, compostos por imigrantes italianos, que seguiram Francescon após sua expulsão de uma igreja presbiteriana na capital paulista, por pregar a mensagem pentecostal. No inicio de 1911, chegaram à região amazônica os suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg. Os dois missionários batistas, que, tal como Francescon, haviam se convertido ao Pentecostalismo através de William H. Durmam, em Chicago. Fundaram em Belém do Pará o embrião da futura maior denominação pentecostal da América Latina, a Assembleia de Deus, que logo nacionalizou suas lideranças e se espraiou por meio do evangelismo os leigos. O período de implantação do Pentecostalismo no Brasil, denominado por Freston (1994a) de primeira onda e por Mariano (1999) de Pentecostalismo Clássico, prolongou-se até o final da década de 1940. Ele foi marcado pela rápida expansão geográfica da Assembleia de Deus, que acompanhou o elevado fluxo migratório rural-urbano das regiões norte e nordeste para a sudeste, economicamente mais desenvolvida, e por uma expansão modesta da Congregação Cristã, que, restrita por duas décadas a adeptos de origem italiana, expandiu-se, geograficamente, num terreno menos amplo, sobretudo pelo interior dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e norte do Paraná (MOREIRA, 2015, p. 48). Houve dois pentecostalismos distintos: o da CCB e o das assembleias de Deus. Respectivamente, uma com características étnicas, de origem presbiteriana, homogênea, ultracalvinista, episcopal, oral e apolítica, localizado ao sudeste brasileiro; a outra, batista, congregacional, arminianista, heterogêneo, abrasileirado, localizada no nordeste do país. A primeira continua com a mesma conduta “fechada” das origens (ALENCAR, 2013). Desse modo, não se pode afirmar com exatidão sobre o crescimento da CCB por Não possuir nenhum tipo de registro, rol ou listagem de membros, e nem folhetos ou material evangelístico. Desta forma, o estudo da construção dos templos torna-se uma das formas mais seguras e consistentes de realização da análise de seu crescimento (MONTEIRO, 2010, p. 143). A falta de registros dos membros que possam ser pesquisados leva o leitor a outras formas de observações como a quantidade de construções ao longo dos anos que podem ser interpretadas como meio de análise do crescimento da CCB: Análises a serem realizadas a partir da localização no País revelariam as rotas de expansão, permitindo análises sobre o crescimento rural e/ou urbano ao longo do tempo e possibilitando análises sobre a inserção e permeabilidade da CCB nos diferentes segmentos sociais a partir de estudos dos bairros. Neste trabalho utilizamos apenas a documentação sobre os templos como meio seguro de identificar a inserção de um grupo num espaço geográfico determinado (MONTEIRO, 2010, p. 143).

Nos próprios relatórios da CCB, dos quais Monteiro (2010) teve acesso, consta que tal como era no início, as conversões se mantiveram da mesma forma. Sem nenhum tipo de repercussão midiática, proselitismo e aderência às comemorações seculares, consideradas profanas. O mover estabelecido pela promessa do Espírito Santo revelado pelo dom de línguas (glossolalia) é considerado o motivo que levou ao aumento considerável de conversões. Outra forma de contagem censitária dos membros da CCB é por meio do evento da ceia que ocorre uma vez ao ano: “[...] eles fazem a ceia de ano em ano, e usam esse dia para conferir a igreja, a fim de saberem o número de adeptos que possuem” (AMARAL, 2002, p. 117). Desse modo, a quantidade de fiéis passa a ser um estudo secundário, a pesquisa focaliza as características fundantes dessa agremiação, servindo para melhor defini-la, além de sua estrutura, doutrinação e ritos litúrgicos

CCB A Formação da Comunidade Religiosa e a Fundação da Primeira Igreja Pentecostal no Brasil

A primeira onda pentecostal no Brasil se deu no início do século XX, teve consigo a chegada da Congregação Cristã. Trata-se de ser a primeira deste segmento em solo brasileiro. Seu surgimento se deu com a chegada de Franscescon7 , em meados de 1910. Foi membro fundador da Igreja Presbiteriana em sua cidade de morada nos EUA. Mais adiante, desligou-se de sua igreja de batismo, ao descobrir a mensagem pentecostal e ser batizado no Espírito Santo, em 1907. Sua experiência o fez propagar o Pentecostalismo à colônia italiana, por meio da profecia do pastor Durham. A obra era de evangelizar o mundo italiano, mas, em virtude da sua missão, foi revelado que deveria se dirigir à Argentina. Em 1910, fundou uma igreja em Buenos Aires, que ainda persiste, em virtude de uma expressiva comunidade italiana no local (ANTONIAZZI, 1994). Na leitura de Duncan sobre a chegada de Francescon na América Latina, o mesmo relata que 6 Antoniazzi (1994, p. 71) utiliza o termo “pulverização”, como o grande boom das ondas no Brasil, mas é preferível o termo “polinização”. Pulverizar denota destruição, extermínio que não é o caso, já que aqui houve, na verdade a disseminação/irradiação/implantação/expansão da primeira onda pentecostal. 7 Operário de profissão, suas habilidades manuais como artesão (trabalhava com obras em mosaico em fachadas e tetos) propiciaram várias execuções em palacetes em Chicago, galgando um equilíbrio financeiro em prol de sua família e permitindo a possibilidade de viajar para localidades distantes (ANTONIAZZI, 1994).

Na leitura de Duncan sobre a chegada de Francescon na América Latina, o mesmo relata que 6 Antoniazzi (1994, p. 71) utiliza o termo “pulverização”, como o grande boom das ondas no Brasil, mas é preferível o termo “polinização”. Pulverizar denota destruição, extermínio que não é o caso, já que aqui houve, na verdade a disseminação/irradiação/implantação/expansão da primeira onda pentecostal. 7 Operário de profissão, suas habilidades manuais como artesão (trabalhava com obras em mosaico em fachadas e tetos) propiciaram várias execuções em palacetes em Chicago, galgando um equilíbrio financeiro em prol de sua família e permitindo a possibilidade de viajar para localidades distantes (ANTONIAZZI, 1994).

Foi em meio a tantas dificuldades e vontade de obter sucesso em seu intento que fundou a CCB. Francescon não fez daqui seu lar, aliás, nunca residiu permanentemente no País, apenas o visitava, sendo considerado suficiente para formar o pilar de sustentação que deve ser considerado fundamental para aquele momento, pois trouxe a força de expressão de um mover pentecostal. Ao longo de seu percurso, assumiria uma postura tradicional, embora mais adaptada aos valores e representações de regiões como o norte do Paraná e em São Paulo (ANTONIAZZI, 1994). Muitos fiéis se uniram na mesma causa, dando respaldo a Francescon, assim solidificando os grupos, os quais faziam também visitas frequentes aos Estados Unidos. As condições favoráveis dos membros possibilitaram dar seguimento aos propósitos dogmáticos no Brasil. As futuras lideranças demonstravam garantir a continuidade dos trabalhos, ao substituírem o fundador com idade avançada (MONTEIRO, 2010). Apesar de inicialmente a CCB buscar locais dos menos favorecidos, marginalizados e periféricos, o nível social dos seus membros se confirma na atualidade em setores de classe média, com profissionais liberais e empresários fazendo parte da sua membresia (MARIANO, 1999). Não foi uma estratégia da CBB instituir fundações da Igreja nas regiões sul e sudeste do País, a denominação estava em busca dos seus pares, os italianos. Tais regiões estavam tendo crescimento econômico em face da produção cafeeira e ascensão das indústrias. Pela demanda de mão de obra, surgiam as cidades de imigrantes que buscam de condições de vida mais favoráveis, dentre eles italianos (MONTEIRO, 2010). Apesar de ter havido aceitação da cultura e da língua italianas pelo povo brasileiro, houve a necessidade de garantir a sobrevivência da agremiação pela ministração da palavra em português8 para a compreensão mais eficazes, apesar de haver diferenças linguísticas (ANTONIAZZI, 1994). O nascimento da agremiação está ligado ao significado da sua existência. O que Francescon julgava pertinente era a concepção de crença, a partir do pressuposto daquele que crê em algo ou divindade, gerando como resultado a conversão para a predestinação de ser salvo. Nesse ponto, institui-se esta pesquisa da religião do ponto de vista institucional, além de alguns pontos dogmáticos ou doutrinais. O estudo do fenômeno religioso se fez diante do poder carismático de galgar adeptos para sua corrente de pensamento, apelando para uma interferência de ordem sobrenatural. Durante sua permanência em São Paulo, ministrando as convicções das crenças, houve as primeiras conversões. A necessidade de expandir o seu chamado o fez deslocar-se até Santo Antonio da Platina no Paraná. Havia os entraves de língua, acessibilidade e debilidade física, mas mesmo assim criou a primeira Igreja com nome de Assembleia Cristã, sendo mudado para Congregação Cristã do Brasil 20 anos depois, pela semelhança com o nome Assembleia de Deus no Brasil. Somente na década de 60 passa a se chamar Congregação Cristã no Brasil (AMARAL, 2002). Segundo o autor Vasni de Almeida (p. 23), aprofunda a passagem de Francescon no Brasil, através do estudo de Émile-Guillaume Léonard, seus relatos abordam da intenção de Fracescon retornar a São Paulo ainda no ano de 1910, para instituir a organização da igreja. Léonard indica que os fiéis reunidos em grupo por ele, seriam de vários segmentos religiosos como: católicos, presbiterianos e metodistas. Sendo este autor que construiu as bases de uma das definições sociológicas mais clássicas sobre o pentecostalismo brasileiro em seus momentos primários, sendo uma igreja composta basicamente de operários: Em todos os lugares onde aparece, o pentecostalismo apresenta-se como a forma ‘proletária’ do protestantismo. Ao lado de comunidades e denominações mais antigas, aburguesadas ou em vias de aburguesamento, ele espanta por seu caráter muito mais popular. Esse caráter é mantido pela persistência e o crescimento de suas conquistas entre as classes menos afortunadas. No Brasil, o fato que as Congregações têm seu centro mais poderoso no grande polo operário de Sorocaba tenderia a dar, ao 8 Monteiro (2010) discorre que a adoção da língua portuguesa passou a ser a língua oficial do Brasil no governo do Presidente Getúlio Vargas, na década de 30, sendo vedada a utilização e pregações nas igrejas em outras línguas, principalmente as de origem italiana, alemã e japonesa.

Na trajetória de Francescon, relatada pelo mesmo em cartas, são mostradas as dificuldades passadas por ele pela hostilização por parte de fiéis católicos. Mesmo assim, em seu desbravamento, deu início ao grande movimento pentecostal no Brasil. As primeiras igrejas surgiram nos bairros paulistas de grande conglomerado de italianos, tais como: Brás - a primeira a ser fundada, hoje, sede Nacional da CCB - Barra Funda e Bom Retiro. Após os trâmites legais de formalização em instituição jurídica, tomou fôlego para a fundação de novos templos em outras localidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e, posteriormente, nordeste. Todas as igrejas têm suas resoluções e seus direcionamentos, por meio da sede em São Paulo. É fato que o seu crescimento se deu primeiramente em regiões interioranas no Brasil, mas conseguiu atingir os limites transacionais, expandindo-se para outros países (ANTONIAZZI, 1994). Sua sobrevivência, conforme leitura de Mariano (1999), mantém firme suas características por quase nove décadas. Sua expressividade é diferenciada de outras pentecostais no critério de divulgação, automação, conduta de assistências e estrutura denominacional. Apesar de ser uma instituição considerada fechada, foi possível essas observações não apenas por meio de referenciais teóricos, mas por análises dos questionários aplicados aos membros participantes da pesquisa. É contextualizada a chegada da CCB à cidade de Goiânia, particularmente quando foi registrada. De acordo com a funcionária da 2ª Circunscrição do Cartório de Registro de Imóveis da cidade de Goiânia, no sistema, data do ano de 1976. Já pela informação de um membro da CCB a data é anterior: 27 de abril de 1963. Infere-se das informações coletadas que a CCB já existia bem antes do seu registro. O processo de racionalização propiciou o avanço científico e tecnológico, atributos que várias denominações religiosas viram como oportunidade para expandir sua doutrina entre os fiéis. Na contemporaneidade, os meios midiáticos e de automação tomaram lugares de destaque para auxiliar o que se conhece por mass media 9 , do qual o campo religioso neopentecostal e outras do mesmo 9 Mass media é um fenômeno do qual os estudiosos definem como Meios de Comunicação de Massa (MCM) visa atingir vasta audiência simultaneamente, ou dentro de breve período de tempo centenas de milhares ou milhões de ouvintes, de espectadores, de leitores (BOSI, 2009, p. 36).  

CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL: UMA ANÁLISE DO AVIVAMENTO À INSTITUCIONALIZAÇÃO

Neste capítulo, serão mostradas algumas percepções históricas da fundação e expansão da CCB. Uma breve análise cronológica do contexto histórico do Brasil em seu processo de colonização é de total relevância para contextualizar o movimento pentecostal. Com isso, a pesquisa está voltada para uma análise sociológica empírica dos frequentadores e membros da CCB. Por um lado, a Sociologia Compreensiva de Max Weber (1991) traz subsídios para entender o mundo social com base nas ações dos indivíduos inseridos no contexto. Por outro lado, de acordo com os apontamentos de Monteiro1 (2010), em decorrência da colonização portuguesa, o território brasileiro passou a receber influência da cultura e Igreja Católica, a qual foi a religião oficial e única com liberdade de expressão dos ritos por quatro séculos que, por sua vez, pode ter influenciado movimentos religiosos como da CCB. 1.1 Contextualização do Campo Religioso Brasileiro na Primeira Onda do Pentecostalismo A contextualização dos movimentos religiosos se dá por meio histórico entre os pentecostais do campo religioso brasileiro com o termo onda. Alguns grupos se adequam mais a uma “história anedótica” do que documental (ANTONIAZZI, 1994). A contribuição de Freston2 (1994) é colocada na pesquisa pelo aprofundamento no estudo voltado para o Protestantismo brasileiro e seus contextos, didaticamente, sendo o primeiro a fazer uma divisão sobre o movimento pentecostal no Brasil pela utilização da palavra onda, porém essa referência foi utilizada inicialmente por David Martin, historiador norte-americano que formulou a “teoria das ondas”

As religiões protestantes que deixaram um legado histórico são definidas como igrejas históricas, as pentecostais não se inserem em tal nomenclatura. Dessa forma, segundo Antoniazzi (1994), o grau de dificuldade em pesquisar sobre a CCB está, além do pouco material escrito documentado, no fato de que os seus membros tendem a ser fechados às entrevistas. A primeira onda pentecostal do Brasil se refere à CCB e sua implantação no ano de 1910, quando se denominava somente por Congregação Cristã. Nesse primeiro momento, a Igreja foi enquadrada no rol do Pentecostalismo clássico, na leitura de Mariano (1999). Suas características fundamentalistas eram revivificadoras de atributos de total ascetismo e puritanismo. Os membros apreciam a crença predestinacionista (de origem calvinista) da maior força de expressão nos dons do Espírito Santo, com efeito exclusivista, de radical sectarismo e anticatolicismo. Além disso, seguiam seu ideal de antiguidade/pioneirismo, fazendo-se diferente das igrejas do mesmo movimento pentecostal no que tange à forma teológica, eclesiológica, institucional, social, estética e política. Até início do século XIX, a Igreja Católica, tida como religião oficial do Brasil, passou a não ser a única a ter liberdade religiosa, pois foi permitida aos outros credos em virtude de interesses políticos. Para Monteiro (2010), tal liberdade não resultou de lutas ou reivindicações locais, mas ocorreu por exigência da Inglaterra. Quando, por ocasião da invasão francesa em Portugal, a corte lusitana se refugiou no Brasil sob a proteção da armada britânica. Nessa ocasião, diversos acordos foram firmados entre aquele país e Portugal e dentre eles constava a liberdade de culto, período denominado de “protestantismo étnico”. No contexto do Protestantismo histórico, na leitura de Freston (1993, p. 43), o território brasileiro, em meados do século XIX, foi envolto pelo Protestantismo de imigração. A concepção era de igreja imigratória, de deixar seu espaço físico, geográfico e político e assumir em terras estrangeiras características fundantes de etnias próprias. Um grupo de pessoas de traços culturais tradicionais que se identificam com seus pares abarcou as dimensões da nova pátria.

Nesse período, ao norte dos Estados Unidos, acontecia um grande mover religioso, conhecido por movimento de santidade de várias denominações religiosas. O surgimento do Pentecostalismo se fez presente e aportou para as missões protestantes 3 . A abordagem histórica serve como forma de situar o tempo e o espaço de situações antagônicas. Os movimentos em localidades distintas deram suporte para o nascimento do Pentecostalismo e, por conseguinte, ao início da CCB e sua trajetória no Brasil. Traçando um estudo genealógico da origem do Pentecostalismo nos Estados Unidos, por volta do ano de 1906, a descrição de Antoniazzi (1994) remonta a história ao avivamento herdado e descendente do metodismo wesleyano do século XVIII. Conceituado pela obra da graça, diferentemente da salvação que Wesley4 , intitulava de “perfeição cristã”. O movimento de santidade cristã e da experiência do “batismo nas águas”, além de perpassar por várias denominações, produziu pequenos grupos separatistas chamados de holiness. Entre esses grupos, surgiu o Pentecostalismo, incluindo igrejas e líderes do movimento de santidade que foram de grande influência para o nascimento da Congregação Cristã. Mariano (1999) aponta uma diferença das igrejas históricas para as pentecostais. Estas últimas acreditam que Deus, por intermédio do Espírito Santo e em nome de Cristo, continua a agir hoje da mesma forma que o Cristianismo primitivo, curando enfermos, expulsando demônios, distribuindo bênçãos e dons espirituais, realizando milagres, falando com seus servos, e concedendo infinitas amostras concretas de Seu supremo poder e de Sua inigualável bondade. Nessas crenças, Monteiro (2010) aponta que muitos missionários surgiram e desbravaram-se pelo mundo levando suas convicções. William H. Durham, pastor da Igreja Batista de Chicago, frequentou várias reuniões na Azuza Street, que à época foi o marco do avivamento pentecostal do próprio reavivamento da Rua Azuza. Posteriormente, o movimento se direcionou para Chicago, cidade norte-americana de maior expressividade pentecostal. Seria por Durhan que Franscecon (precursor

O chamado “protestantismo de missão” - congregacionais em 1855, presbiterianos em 1859, metodistas em 1867 e batistas em 1882. 4 John Wesley eclesiástico da Igreja Anglicana foi o precursor do movimento de avivamento espiritual cristão definido por metodismo, ocorrido na Inglaterra do séc. XVIII, com ênfase na relação íntima do indivíduo com Deus, pautada na ética e moralidade cristã


da CCB) conheceria o movimento e se fundamentaria nele para a construção do Pentecostalismo brasileiro. A trajetória da origem da Igreja pesquisada está totalmente ligada ao de seu fundador emigrado Luis Francescon5 . Nasceu em um lar católico, no dia 29 de março de 1866, em Cavasso Nuovo, província de Údine, na Itália. Contudo, muito embora tenha sido criado na cultura católica sua pertença era, em face de depoimento de sua irmã, apenas nominal, por não ser católico praticante (MONTEIRO, 2010). Em decorrência da instabilidade do país de nascimento, pelo período de guerras, houve um considerável aumento de imigrantes em busca de uma vida melhor em locais longínquos. Monteiro (2010) atesta sobre a trajetória de Franscescon: aos 15 anos foi para Hungria procurar trabalho, e em seguida voltou para Itália, cumpriu serviço militar e com quase 24 anos emigrou para os Estados Unidos. Chegou em 3 de março de 1890 e foi morar em Chicago, cidade com numerosa colônia italiana. Naquele mesmo ano, converteu-se ao Protestantismo e, em 1892, participou da criação da Igreja Presbiteriana Italiana de Chicago. Ele dá o seguinte depoimento: No mesmo ano (1890), ouvi o Evangelho por meio da pregação do irmão Miguel Nardi. Em dezembro de 1891 tive do Senhor a compreensão do novo nascimento. Em março de 1892, com o grupo evangelizado pelo irmão M. Nardi e algumas famílias da fé “Valdense” foi criada nesta cidade a primeira Igreja Prebisteriana Italiana, sendo o Sr. Filippo Grilli, pastor. Eu fui eleito um dos três diáconos, e após alguns anos, ancião (MONTEIRO, 2010, p. 128). Sua experiência inicial serviu de base para outras mudanças em sua vida. Em 1903, Francescon foi batizado por imersão se desligando da Igreja Presbiteriana, pois é sabido que a mesma pratica batismo de aspersão (ato de borrifar/respingar água). Em decorrência do seu batismo nas águas, entendeu estar no seguimento das Escrituras Sagradas, aderindo-se às características pentecostais, cuja marca principal é o ato de falar em línguas. A trajetória do fundador da CCB abrange seus relatos pessoais escritos em cartas, seus primeiros contatos do movimento de santidade que assolou os Estados Unidos, dos primórdios pentecostais de santidade e fervor no Espírito Santo, e do 5 Aliás, acerca de seu nome, existem grafias diferentes, como Luigi, Luiz, Louis (MONTEIRO, 2010)

expansionismo. O comportamento de Franscescon é analisado por sua motivação em se fidelizar na denominação pesquisada. Por meio de Franscescon, houve disseminação, implantação e expansão6 da primeira onda pentecostal em terras brasileiras. O movimento aqui partiu do eixo paulista, inicialmente limitado aos protestantes de missões, e expandiu-se para todos os continentes, tendo em vista o mover e o avivamento norte americano. Diante disso, é possível contextualizar a formação e a fundação da CCB que foi marco da primeira onda discorrida anteriormente. Nota-se que sua fundação não foi resultado de uma ação missionária, e sim de uma missão pessoal, financiada pelo próprio fundador da agremiação primeva no Brasil de características pentecostais. 

CCB e Seu Fundamentalismo Pentecostal

 A CCB constitui-se como uma denominação que não segue os mesmos passos das demais do seu mesmo segmento, não fazendo uso das mídias de massa para a propagação dos seus dogmas. Ela adota usos e costumes rígidos e ainda assim apresenta crescimento em sua membresia nas últimas décadas, conforme aponta o IBGE, pelo Censo Demográfico entre 2000 e 2010 no município de Goiânia, nos anexos. A CCB parece estar na “contramão” das estratégias aventadas majoritariamente pela maioria das denominações no sentido de ampliação dos seus espaços de poder. Essa denominação cresce numericamente atendendo certas demandas apresentadas pelos participantes da pesquisa de campo, mostrando sua expansão, conforme se verifica pelo número de templos construídos não só no Brasil, mas em outros países. O conjunto de ofertas religiosas pode deixar os indivíduos confusos quanto às suas escolhas, porém muitas igrejas continuam em ascensão como a CCB, destinando-se a um público específico. Desse modo, no primeiro capítulo, faz-se uma breve abordagem histórica do surgimento da primeira onda do Pentecostalismo no Brasil tendo como centralidade a CCB. A contextualização desse campo religioso abrange a formação, a fundação, o expansionismo - ligado ao seu fundador italiano em busca de seus pares (comunidades italianas pelo mundo) - e suas peculiaridades em relação à estrutura, doutrina, liturgia, seus hábitos e costumes relacionados ao seu ethos religioso. O segundo capítulo apresenta a metodologia aplicada para mostrar o desenvolvimento do estudo e seus resultados. O texto discorre desde a submissão até a aprovação no Comitê de Ética, que serve para resguardar e demonstrar a seriedade da investigação. A coleta de dados se envolve com problemas de ordem emocional de maneira responsável, atendendo ao que exige para o campo empírico. Com o recurso de questionários, foram estruturadas 11 perguntas fechadas, fazendo observação da oralidade das conversas (MEIHY, 1996). Foi utilizada também a aplicação da técnica escuta ativa, ou seja, escutar ativamente, memorizar, para reformular as ideias posteriormente, pois os dados fornecidos pelos membros foram analisados de forma fidedigna. Os participantes relatavam suas experiências na denominação, sendo essencial por ser uma “história anedótica”, ou seja, com pouca fonte escrita/documentada. Assim, o trabalho foi voltado para análise do comportamento da membresia e suas demandas. Diferentemente de uma entrevista, não houve necessidade de os relatos serem transcritos. O recurso metodológico do campo, utilizando-se a ferramenta de questões a serem respondidas, foi de suma importância para a pesquisa, com intuito de chegar ao resultado diante dos objetivos propostos. Um dos maiores desafios da pesquisa se constituiu na abordagem dos participantes, por se mostrarem avessos à tal participação, por orientação de seus líderes. Em qualquer situação, são orientados a pedir direcionamento e aconselhamento de seus atos, isso ora dificultou, ora impediu a apreensão da real motivação de serem membros e frequentadores da CCB. O terceiro capítulo analisou gráficos, relacionando-os aos resultados apreendidos da pesquisa, visando apresentar o levantamento dos dados com o aprofundamento teórico. Juntamente com as ideias weberianas, Bourdieu (1998, p. 35) aborda sobre a prática religiosa como legitimadora do status socioeconômico nas relações de classes, na perspectiva de salvação no contexto do Pentecostalismo e suas vertentes. Os critérios de dons espirituais são tidos como uma característica de institucionalização, como a glossolalia, o dom em falar em línguas ou dom da revelação e domínio. Trabalhar a característica etnocêntrica da agremiação implica a compreender que isso pode estar associado a alguns elementos do fundamentalismo religioso, em consonância do obscurantismo e da intolerância/intransigência por parte de membros de determinada denominação. O fundamentalismo parte da ideia de que são os únicos predestinados ao Reino do céu, assim como a CCB alega. Tal afirmação abre questionamento daquele que confere caráter absoluto ao seu ponto de vista na perspectiva de Boff (2009, p. 49): O fundamentalismo, portanto, não é uma doutrina, mas uma forma de interpretar e viver a doutrina. É assumir a letra das doutrinas e normas sem cuidar de seu espirito e de sua inserção no processo sempre cambiante da história, postura que exige contínuas interpretações e atualizações, exatamente para manter sua verdade originária. Numa retomada do indivíduo em buscar uma determinada denominação religiosa, o que ele experiencia pode ser sua razão de ser e ter uma identidade, um sentido de viver nos aspectos formadores do conceito de religião, segundo Geertz

(2001). O aspecto moral é trabalhado no âmbito da denominação CCB, o ethos do Pentecostalismo é uma característica que foi trazida do Protestantismo, sendo a matriz pentecostal/neopentecostal protestante. A CCB, com seu simbolismo religioso tradicional e seu dogma impositivo ( não há possibilidade de questionar sua doutrina, é indiscutível), faz-se conhecida por usos e costumes que a caracterizam. O ornamento feminino estético tradicional e conservador do véu é uma espécie de identidade. Tal costume infere ser herança do Catolicismo que perdura nos fundamentos doutrinários e litúrgicos dessa comunidade. A CCB se apresenta com suas facetas demandantes da sociedade brasileira em tempos de (des)institucionalização e secularização religiosa, pois mantém sua tradição na atualidade. 

CCB O universo religioso do Pentecostalismo Italiano

 O universo religioso é oferecido de várias formas, com práticas de uma religiosidade que podem ser vistas sob diferentes óticas pela infinidade de possibilidades de perceber a salvação. Diante da variedade, há os que questionam, os que não se posicionam frente à gama religiosa e outros que se inserem no universo da religião por inteiro. Os preceitos de cada fenômeno são seguidos pelos fiéis que ajudam no nascimento de credos e conservam a tradição, como é o caso da Congregação Cristã no Brasil (CCB) que se mostra com dogmas: crenças/doutrina impositivas incontestáveis, uma característica tradicional do aspecto pentecostal. O movimento pentecostal surgiu em decorrência dos movimentos iniciados nos Estados Unidos. O Pentecostalismo adentrou ao Brasil, em 1910, e o Neopentecostalismo, de acordo com Mariano (1999), surgiu em meados da década de 1970. A observância do comportamento dos membros da instituição pentecostal CCB abrange seus costumes, hábitos, valores, estética que são pontuados como forma de identificar e analisar como se dá o fortalecimento da denominação. Pensando nessa questão de religião conservadora, da defesa da manutenção das instituições sociais tradicionais: de família, comunidade, religião, usos e costumes a CCB é o objeto deste estudo, focalizando como ela se mantém e expande-se no mercado religioso. É considerada a primeira igreja pentecostal do País que ainda conserva características das origens de sua fundação no Brasil. Mantém sua estrutura, doutrina, liturgia e ethos (hábitos e costumes), sendo uma instituição fechada às mudanças culturais e sociais que tendem a permear os ritos das igrejas. A perspectiva do estudo aponta como objetivos analisar as motivações pessoais dos fiéis de ser frequentadores da Igreja CCB, como se dá o vínculo institucional estabelecido entre os membros para compreender quais as demandas coletivas transitam em um sentido de autonomização e empoderamento individual. Objetiva-se também contribuir com o debate sobre as questões fluídas do mercado religioso que apresentam características marcantes. Alguns dos referenciais teóricos para tratar desse panorama de religião fluida e com aparência de (des)institucionalizada são Berger (1985), Bauman (2009), entre outros. A CCB é uma agremiação religiosa de viés tradicional que se destaca por se manter “fechada”, quanto às regras do plano mercadológico, proselitista e midiático. Conhecida popularmente por Igreja do Véu, ela é notada na sociedade pósmoderna, capitalista e tecnológica como diferente das outras de mesmo seguimento. O cenário religioso propõe viver no distanciamento daquilo que entende ser perigoso para a manutenção de seu dogma originário. A pesquisa buscou em sua metodologia agregar estudos do banco de teses e dissertações da Academia Científica das Ciências da Religião da PUC Goiás. Entretanto, apesar de ter várias pesquisas sobre o Pentecostalismo e o Neopentecostalismo no Brasil, não foram encontradas investigações com o tema CCB, além de um artigo, que aborda a CCB, da sua chegada, fundação e expansionismo no Brasil. O artigo está publicado na obra Pentecostalismo Globalizado, tendo como organizadores Alberto da Silva Moreira e Pino Lucà Trombeta (2015). Destacam-se os autores Yara Nogueira Monteiro (2010), Paul Freston (1994), Alberto Antoniazzi (1994) e Ricardo Mariano (1999), Amaral (2002), Gedeon Freire de Alencar (2013), que contribuem para a compreensão da construção e identidade da CCB, apontando para o conhecimento sobre estrutura, funcionamento da liderança, doutrina, liturgia e a vida dos religiosos em suas relações com o lócus dos rituais e com o mundo. A problematização desta pesquisa parte do pressuposto de que a CCB se apresenta ao campo religioso como refúgio à fluidez do universo neopentecostal, tendo em vista que sua doutrina tradicional oferece, além dos serviços religiosos convencionais, proteção e segurança espiritual e pragmática a seus membros. Estes acreditam estar cercados por uma realidade ameaçadora e enganosa do movimento neopentecostal e do mundo. Como hipótese, é importante discutir acerca da motivação das pessoas seguirem determinada denominação religiosa, em meio a uma sociedade multifacetada na contemporaneidade. As religiões ofertam seus dogmas no mercado consumidor, destacando-se conforme seus ritos que as caracterizam. Para Bauman (2003), o pensamento da segurança versus o da liberdade e vice-versa atuam em polos diversos para direcionar as escolhas. A busca por um refúgio religioso ao invés de outro se dá de acordo com as conveniências do momento ou por questões tradicionais aprendidas no seio familiar.

CCB HINO 260 SOU SERVO INUTIL OH SENHOR ! Tem Mensagem de Condenação ...

 Irmandade da CCB Testemunham contra Si Mesma Hino 260 


Sou servo inútil, ó Deus piedoso                  

Sou sempre fraco, sinto-me faltoso

Nesta imprudência, rogo clemência

Lava a minha alma, clamo a Ti, Senhor


Sou servo inútil, servo imperfeito

Vivo ansioso para ser aceito

Podes limpar-me, justificar-me

Se Tu o quiseres nada impedirá


Sou servo inútil neste caminho

Sem Teu cuidado, que farei sozinho?

Este Teu filho roga auxílio

Ouve meu pedido: "Compaixão, Senhor!"


RESPOSTA DE DEUS PARA VOCÊS 


São Servos Inúteis ?

Mateus 25:30

O destino dos crentes inúteis

 Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes


    



EQUIPE MÉDICA SÓ PARA ATENDER SANTOS ANCIÕES CCB BRAS SP !

 Coleteiros da Congregação Cristã no Brasil

Você é dependente ou usuário do SUS? Creio que sim kkkkk Pesquisa aponta que 70% dos brasileiros utilizem o Sistema Unico de Saude ... Mas os santos anciões da CCB-BRAS SP , não querem , pois preferem se beneficiar com dinheiro daqueles que doam coletas para Congregação Cristã ... Não vou falar mais nada , a foto já descreve claramente o que acontece com dinheiro da sofrida irmandade da CCB , privilégios da liderança , quantas mordomias ... Espero que agora com advento da internet , e muita informação sendo divulgada ... Cristãos da CCB parem de ser trouxa , manda esses anciões folgados ir trabalhar ao invés de ficar se beneficiando com grana povo ............ são Jorge agradeça povo da CCB pela equipe médica GRATIS kkkkk Obrigado povo da Congregação Cristã , pelos médicos plantonistas Gratis ... Se não fosse o dinheiro de vocês , os anciões estariam na fila do SUS kkkkkk




sábado, 20 de fevereiro de 2021

CCB Por Trás da Palavra !Veja as Táticas Pregadores para Saber o que Pregar Igreja através Falcatrua

 

Profetas CCB Podem Escolher Qual Palavra Pregar na Igreja ! Através Pedidos Oraculo Quando a irmandade chega na igreja , alguns pedidos de oração , São apresentados ao porteiro , ali ele marca as principais necessidades povo ...


Exemplo ... 1) Enfermidade 2) Tribulação 3) Causa 4) Viagem 5) Acidentados 6) Familias 7) Testemunhados Antes de iniciar a pregação , porteiro leva esses pedidos , para irmão que vai pregar a """""""palavra """"""""" Com Base nesses pedidos , o pregador pode fazer um sorteio , e escolher qual palavra ASSUNTO pregar para a irmandade , digamos que ele escolha ( numero 3) CAUSA Ele vai pregar o seguinte para igreja ... (Tem alguém aqui hoje que está com uma causa nas mãos do Senhor, mas diz o Senhor por esta Palavra hoje: “A tua causa está nas minhas mãos. Eu tomarei providência”) ( Eu, o Senhor, te digo: Esta causa não é tua, ela é minha, irmão. O papel que está por baixo, eu vou pôr por cima.) Se ele escolher ( numero 1 ) ENFERMIDADE A Pregação será a seguinte ... (Esta enfermidade não é para morte, mas para que o meu nome seja glorificado.) São varias as maneiras que os pregadores " profetas" buscam informações , para saber o que pregar nas igrejas , a irmandade não se deu conta disso , E assim são as pregações realizadas diariamente nos templos da Congregação Cristã no Brasil, cheias de misticismo e subjetividade. Não se esqueçam , satanás é mestre em enganação .... A irmandade da congregação cristã , sem saber alimenta a boca dos , falsos profetas , entregam a eles suas principais necessidades , e eles , aproveitam disso para pregar mentiras , e a cada dia buscar mais e mais , a gloria humana , blasfemando dos dons celestes , e fazendo da palavra de Deus , um balcão de negocios ...



Luigi Francescon CCB Foi Preso e Expulso Da Argentina ? Quais os Motivos que levaram as Autoridades


 


O que é o crime de charlatanismo?
o que é charlatanismo? Reza o art. 283,do Código Penal que charlatanismo é: Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível: Pena -detenção, de três meses a um ano, e multa


O que é crime de curandeirismo? Nesse sentido, o curandeirismo, segundo o Código Penal, constitui crime contra a saúde pública, isso porque, o curandeiro, ao prescrever, ministrar ou aplicar, habitualmente qualquer substância; usar gestos, palavras ou qualquer outro meio com o intuito de “curar” a vítima; e fazer diagnósticos, põe em risco a

Uma Cura mal sucedida levou a prisão Louis Francescon e Giacomo Lombardi em 1909
na Argentina , francescon tentou através de imposição de mãos curar uma irmã paralitica ,
mas não deu certo , e ele juntamente com giacomo lombardi , acabaram sendo presos e expulsos
da Argentina

CCB BRAS SP FEZ AMEAÇA DE MORTE A UM IRMÃO QUE DESCOBRIU UM GRANDE SEGREDO ! #DENUNCIA

  Irmão viaja para os estados unidos , onde lá encontra uma denominação idêntica a Congregação Cristã no Brasil , com a mesma organização e...