terça-feira, 31 de julho de 2018

FALSAS DOUTRINAS CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL REFUTADA A LUZ DA BÍBLIA

AS DOUTRINAS DEFENDIDAS PELA CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL REFUTADA A LUZ DA BÍBLIA
ANALISANDO A CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
INTRODUÇÃO
A igreja intitulada Congregação Cristã no Brasil, que doravante identifico com a sigla CCB, para ganhar tempo e espaço, é a confissão religiosa, objeto da análise de que tratam estas linhas. É muito difícil pronunciar sobre essa confissão religiosa, visto que muito do que seus adeptos espalham aos quatro ventos, são apenas declarações verbais, não publicadas em livros, embora esposadas e defendidas quase que pela totalidade dos membros dessa agremiação religiosa.
O seu fundador, Louis Francescon, italiano, que se converteu ao Evangelho na Igreja Presbiteriana Italiana, da qual se desligou por divergir do batismo por aspersão. Emigrou da Itália para os USA. Daí foi para a Argentina, de onde veio para o Brasil. Nasceu em 1866 e faleceu em 1964, aos 98 anos de idade. Inicialmente reconhecia tanto a igreja da qual se desligara, quanto as demais denominações evangélicas, como igrejas co-irmãs. Mais tarde, porém, se revelou sectarista, dizendo que Deus o libertara de seitas humanas e teóricas, isto é, da Igreja Presbiteriana. Em 1928, após um cisma ocorrido na "igreja" em questão, (a CCB), em São Paulo, os dissidentes foram para a Assembléia de Deus. Então se espalhou o boato de que a Assembléia de Deus havia sido fundada por tais “rebeldes”. Daí por diante, o exclusivismo, que já fora implantado nessa igreja pelo seu pioneiro, ganha corpo e avança a passos galopantes, até se transformar nessa igreja extremamente exclusivista. Esta denominação é o próprio sistema farisaico sem retoques que reviveu no protestantismo.
Muitos evangélicos creem que a CCB não chega a ser uma seita propriamente dita, mas apenas um movimento contraditório. Avaliei esta questão e cheguei à seguinte conclusão: Embora muitas das doutrinas dessa denominação, sejam realmente embasadas na Bíblia, e muitos de seus desvios doutrinários sejam infantilidades relativamente inofensivas, os adeptos dessa confissão religiosa fazem tempestade em copo d’água. Com raras exceções, fazem de seus absurdos doutrinários, uma questão de vida ou morte. Ora, não podemos condenar os que de nós divergirem, exceto quando a doutrina em lide é uma questão de salvação ou perdição. Para se chegar a essa conclusão, basta ler a Epístola de Paulo aos Romanos, capítulo 14. Ora, qualquer comunidade que se diz cristã, que não se
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enquadre na tolerância recíproca recomendada neste  trecho da Bíblia, certamente é, sim, uma seita. E esta é, na prática, a triste sorte da irmandade que aqui consideramos, já que os mesmos pensam que a salvação está restrita aos que crêem na autenticidade de suas interpretações “bíblicas”, e as praticam. O fato de a maioria dos adeptos desse movimento condenarem todas as outras igrejas, tachando-as de igrejas a beira do caminho da salvação, não é um bom motivo para crermos que estamos diante de uma seita? Sim, uma das características das seitas é se julgar donas da verdade.
FLAGRANTE ANALOGIA
Não podemos deixar passar despercebido a incrível semelhança entre a Congregação Cristã no Brasil e a congregação de Coríntios. Não seria nada injusto taxa-la de neocorintiana, visto que os mesmos problemas que existia na igreja dos Coríntios existe atualmente na CCB. Suas práticas e doutrinas e costumes são idênticos. O apóstolo escreveu suas duas epístolas justamente para corrigir equívocos e desvios doutrinários dentro da novel igreja. Analisemos agora a comparação.

1. Paulo tinha problemas com aquela igreja no tocante ao orgulho espiritual de possuir muitos dons, mas, no entanto permaneciam carnais, dando mau testemunho aos de fora 1:7; 3:1.

2.  Eles ultrapassavam os ensinamentos bíblicos 4:6.

3. Possivelmente tinha o batismo como primazia, daí a advertência do apóstolo 1:14,17.

4. Não possuíam pastor foi preciso o apostolo enviar-lhes um 16:10.

5.  Eram contra o salário do pastor 9:6-14.


Esses são apenas alguns dos pontos em que a CCB clonou da igreja de Corinto! É bom frisarmos que aquela igreja era uma igreja deficiente devido a inúmeros erros doutrinários, e não era de forma alguma, uma igreja que pudesse servir de exemplo para as demais!
Vejamos o que eles mesmos se consideram:

Só existe salvação na Congregação Cristã.

Se consideram salvos somente se forem fiéis, até o fim, na CCB. Então, serão salvos.Se pecarem pecado de adulterio ou protituição, não há perdão.

Somente nessa entidade Deus está presente e atuante. As outras igrejas são seitas e caminhos de homens, e seu membros estão à beira do caminho...
                   

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Ela é a verdadeira Graça de Deus e é preciso estar nela para estar na verdade; sua organização religiosa é o "caminho da vida eterna" e "o caminho da verdade.

Acreditam que é a igreja verdadeira que foi tirada da "seitas e teorias humanas" em 1910...

Só o batismo efetuado na CCB é verdadeiro; e todo aquele que é batizado e membro em comunhão da CCB é filho legitimado de Deus.

Definição dos termos seita e heresia
O termo adquiriu definição mais precisa e sociológica com os estudos de Ernst Troeltsch, Reinhold Niebuhr e Liston Pope: seita é todo grupo cismático nascido no interior de uma igreja organizada e em oposição a ela. Em obediência a uma autoridade carismática, a seita regula-se por uma interpretação literal ou extremamente alegórico dos textos sagrados, com ênfase nas doutrinas desprezadas pela igreja à qual pertencia, e é fortemente mística, missionária, messiânica e escatológica. Sua oposição alcança igualmente os valores culturais e, não raro, os costumes vigentes, em protesto contra a ordem estabelecida.O que significam as palavras seita e heresia? Ambas derivam da palavra grega háiresis, que significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola etc. A palavra heresia é adaptação de háiresis. Quando passada para o latim, háiresis virou secta. Foi do latim que veio a palavra seita. Originalmente, a palavra não tinha sentido pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os lideres judaicos viam os cristãos como mais um grupo, uma facção dentro do Judaísmo. Com o tempo, háiresis também assumiu conotação negativa, como em 1 Co 11.19; Gl 5.20; 1 Pd 1.1-2. Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere-se a um grupo de pessoas e que heresia indica as doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia, sem, contudo, fazer parte de uma seita.

Há ainda outras definições sobre o que é seita
Neste termo encontramos as mais variadas associações tais como: corrente de pensamento, separação, facção, dissidência, partido, heterodoxia entre outras.
Qual o significado da palavra seita na opinião de alguns apologistas da fé cristã atual?
1ª "Um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas" – Dr. Walter Martin.

2ª "É uma perversão, uma distorção do Cristianismo bíblico e/ou a rejeição dos ensinos históricos da Igreja cristã" – Josh McDoweell e Don Stewart.

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3ª "Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria" – J.K. Van Baalen.

4º "Uma seita é alguma perversão religiosa. É a crença e a prática, dentro do mundo religioso, que requer a devoção das pessoas a algum ponto de vista religioso ou para algum líder, estribados em alguma doutrina falsa. Uma seita é uma heresia organizada." – Dave Breese.
Façamos um breve comentário sobre o que é doutrina. A palavra significa ensino. Vem do latim doctrina, que significa ensino. Referindo-se a qualquer tipo de ensino ou a algum ensino específico. Existem três formas de doutrina:

a) Doutrina de Deus – At 13.12; 1.42; Tt 2.10.
b) Doutrina de homens – Mt 15.9; 16.12; Cl 2.22.
c) Doutrina de demônios – 1 Tm 4.1.
A primeira é boa, as duas últimas são danosas. É preciso distinguir a primeira das últimas, senão os prejuízos podem ser fatais. O contraste entre a verdade e a mentira é mais nítido que o contraste entre a verdade e a falsidade. Religiões e seitas pagãs podem ser analisadas facilmente. Contudo, uma religião ou seita que se apresente como cristã, mas tem uma doutrina contrária às Escrituras, merece toda nossa atenção. Para tanto, devemos conhecer os meios adequados para se identificar uma seita.

Bíblia Apologética

O propósito com esse artigo é equipar os cristãos a responderem os argumentos, sofismas, textos mal interpretados e isolados utilizados pelos adeptos dessas seitas para provarem suas falsas doutrinas. Esclarecemos logo de início que o crente em Cristo, quando bem preparado, não deve se intimidar diante dos ataques feitos por qualquer seita que seja (I Timóteo 2:15,24-26; I Pedro 3:15).

O USO DO VÉU
O costume das igrejas que insistem no uso do véu se baseia em uma única passagem na bíblia sagrada encontrada em 1º Coríntios 11, porém analisando este texto devemos ter em vista que o apóstolo Paulo cujo ministério principal era alcançar os gentios (os não dos judeus) para Cristo (Gálatas 1:16).

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Refutação: Não discordamos da CCB por fazer uso de um costume em si, ou de qualquer outro. Não implicamos com o fato das mulheres usarem um "véu" ou dos homens irem trajados de ternos, de terem orquestras, usarem um beijo ritualístico, etc. O que divergimos é com respeito a postura da CCB em relação aos costumes adotados. No pensamento oficial da CCB o "véu" não é  um mero costume ou ponto secundário, mas um dogma infalível ditado pelo Espírito Santo. Neste tipo de pensamento, se colocar contrário ao uso do véu é desobedecer a "guia" do Espírito Santo, e os desobedientes, segundo entendem , não poderão atingir a salvação. No ensinamento "Doutrina dos Apóstolos" lemos declarações como as que seguem:
"Meditando nas perguntas que me fazem, sobre qual a doutrina verdadeira, encontrada nas Escrituras Sagradas, com ajuda de Deus e a guia do Espírito Santo, passo a respondê-las."
"as mulheres podem chamar hinos, cantar, dar testemunhos, orar, profetizar, desde que estejam cobertas com véu”.
"Agora a mulher precisa cobrir a cabeça com um véu, para esconder o homem na igreja, que é a sua cabeça”.
"Mas por causa dos anjos, que vem buscar sua oração, ela coloca o véu."
E no "Pontos de Doutrina da Fé que uma vez foi dada aos santos", lemos:
“Entretanto, no demais permanecemos na revelação da parte de Deus que os servos de Deus tiveram na ocasião e, que foi a razão do grande progresso desta obra no Brasil e no mundo. Para não se tirar o sabor do que foi feito seguiremos a mesma ordem e disposição do que o Senhor determinou na simplicidade e sempre com a guia do Espírito Santo...”.
"Sempre que a mulher orar ou profetizar deve estar com a cabeça coberta; é necessário estar atenta para em nenhum caso ofender a palavra de Deus. esta não se contradiz; a sabedoria do Senhor não nos deixou um estatuto imperfeito."
Consequentemente o uso do "véu" na CCB tornou-se um símbolo de idolatria, assim como aconteceu com a ordem das "irmãs de Maria" no Catolicismo Romano.
A cidade de Corinto naquela época era uma das mais importantes cidades da Grécia, situada em ponto estratégico daquele país possuía dois portos por onde passava todo comércio do mundo daquela época, era lugar de muito luxo e luxúrias, devido à mistura de culturas e povos que ali viviam. A mistura cultural era visível em Corinto, entre as religiões se destacava o culto dedicado a deusa Vênus, que era acompanhado de rituais sexuais vergonhosos. No final de sua segunda viagem missionária (Atos 18:1-18),
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Paulo fundou ali uma igreja, no entanto não passou muito tempo para que os problemas viessem a parecer levando Paulo a escrever suas cartas, para resolver os problemas que surgiram naquela igreja.
Na igreja de Corinto apareceram vários tipos de problema relacionados à doutrina que Paulo havia ensinado antes de se ausentar daquele lugar, entre outros podemos ver: dúvidas com relação ao casamento, pessoas que não acreditavam na ressurreição, muitas desordens ao participar da ceia, entre outros problemas também apareceram os relacionados ao uso do véu. O véu aparece muitas vezes na bíblia usado pelas mulheres por causa do costume e das tradições e nunca como mandamento de Deus ou relacionado com espiritualidade.
Como todas as análises sérias nós precisamos levar em conta a cultura e o costume daquela época e o lugar onde eles estavam, mesmo porque os textos da bíblia sagrada nem sempre pode ser interpretado ao pé da letra, e existem muitas partes na bíblia  se fossem interpretados ao pé da letra, seria um verdadeiro desastre, como por exemplo: na passagem que Jesus falou que era mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que o rico entrar no reino dos céus, Jesus não estava dizendo que somente os pobres iriam para o céu, quando Jesus falou que se o olho de alguém pecar deveria ser arrancado fora, porque é mais interessante entrar no céu com um só olho do que ir para o inferno com os dois, Ele também não estava dizendo para as pessoas saírem se mutilando por aí, então devemos examinar as escrituras sagradas não perdendo de vista o contexto a cultura e a época em que a palavra foi empregada. Examinando este texto com a mente aberta e vale lembrar que em Corinto havia templo de uma determinada deusa chamada Vênus, onde existiam muitas mulheres sacerdotisas que faziam os rituais eróticos em homenagem a sua deusa, e essas mulheres usavam suas cabeças raspadas, e quando se convertia ao cristianismo e iam para igreja daquela maneira, eram muitas vezes confundidas e desrespeitadas por outras pessoas, e isso deve ter chegado aos ouvidos de Paulo que precisava tomar uma atitude para resolver o problema. Lá em Coríntios também existiam as 1.000 sacerdotisas de Afrodite, elas se prostituíam no templo, e eram obrigadas a raspar a cabeça para se diferenciar das mulheres que não se prostituíam. O culto a Afrodite, deusa da fertilidade, era muito popular na cidade. Neste culto, as mulheres se relacionavam sexualmente com vários homens, sobre os altares de Afrodite. Na ocasião das solenidades à deusa, as mulheres se apresentavam com a cabeça raspada, e a popularidade deste costume identificava automaticamente as mulheres carecas com as desvirtuadas mulheres do culto afrodisíaco, por este motivo as mulheres honradas mantinham seus cabelos sempre crescidos.
Para a glória de Deus, muitas dessas mulheres pagãs receberam o Evangelho de bom grado, assim como muitas outras mulheres pagãs que não participavam do culto da fertilidade, e que também não viviam o costume semítico de cobrir a cabeça.

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Quando estas mulheres carecas ou de cabelos curtos se apresentavam nos cultos públicos com a cabeça descoberta, acontecia o escândalo, o costume era ferido e a ordem ameaçada. De acordo com o costume, a mulher trazia sempre sobre a cabeça o sinal de autoridade (do marido), mesmo as solteiras que um dia iriam se casar. Apresentar-se publicamente com a cabeça descoberta denotava desobediência e desrespeito pelos homens, e ainda imoralidade.
Na congregação, sempre se acreditou na presença dos anjos durante o culto. A desordem moral, e a aparente falta de respeito com a cultura da maioria poderia resultar na perda da assistência angelical nas reuniões. Quando a mulher desonra a sua cabeça, neste texto, a cabeça é o marido. O apóstolo está tratando de um problema cultural de uma igreja local, por isso deixa a critério dos crentes de Corinto o julgamento entre honra e desonra para uma mulher orar a Deus descoberta (v.13). Ele faz questão de lembrá-los que a mesma natureza lhes ensina que para o homem é desonroso ter os cabelos crescidos (v.14). Este é o ponto crucial para o reconhecimento do problema como sendo da cultura local e não uma infração da vontade divina. Caso o padrão moral para estes costumes fosse o divino, não seria desonroso para o homem ter o cabelo crescido, pois o próprio Deus exigia que os nazireus não cortassem os cabelos, assim como fez com Sansão. Ora, a honra de Sansão estava em seus cabelos, como então cabelos crescidos para o homem seria uma desonra? Na cultura dos judeus palestinos também os homens eram majoritariamente cabeludos. Não existe problema em uma igreja brasileira adotar o uso do véu, (como fazem a Congregação Cristã no Brasil e suas vertentes), pois mesmo que isto pareça incomum diante da cultura local, a prática não fere padrões de dignidade e respeito. Há problema sim em "divinizar" o uso do véu como se Deus não ouvisse ou não aceitasse as orações de mulheres com a cabeça descoberta, pois isso não tem base bíblica nenhuma. O fato de o apóstolo Paulo incentivar o uso do véu na igreja de Corinto iria reparar um problema social e moral que prejudicava a qualidade do culto local, mas não tinha a intenção de fazer Deus ouvir orações que antes não ouvia.
Como saber se nossas mulheres devem ou não usar o véu nos nossos cultos? Faço minhas as palavras de Paulo: "Julgai entre vós mesmos!" e “Se alguém quiser criar contenda por isso, nós não temos este costume, nem as igrejas de Deus”.
Então podemos concluir claramente que a questão do véu diz respeito a uma igreja local que estava tendo problemas relacionados a isso, e que não dizem respeito de maneira nenhuma às igrejas cristãs de outras localidades, mesmo porque esta mensagem não se repete para outras igrejas, podemos então afirmar com clareza que o uso do véu se tratava de um costume local e a tradição de povos, porém nunca mandamento de Deus para a universal igreja de Cristo, nem daquela época e muito menos dos nossos dias.
O uso do véu não era mais praticado na sociedade greco-romana do primeiro século, sendo, entretanto uma prática distintamente oriental da época. O que era comum para as mulheres judias, não era para as gregas
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de Corinto. Entretanto o cabelo tinha importância no contexto da sociedade grega. Tais considerações culturais tornam impossível que Paulo tivesse insistido em que as mulheres gentias de Corinto seguissem uma prática distintamente judaica. Se Paulo quisesse adotar entre os gentios práticas judaicas, entraria em choque com seu próprio pensamento de não impor escrúpulos religiosos dos judeus tais como a circuncisão aos crentes gentios. As únicas práticas judaicas impostas aos cristãos por ele estão em Atos 15:19-20, e o uso do véu material não é sequer mencionado. A imposição de práticas judaicas aos gentios eram próprias das chamadas seitas judaizantes, que procuravam transtornar a mensagem da graça de Deus pregada por Paulo (Atos 15:1,24; Gálatas 5:1-4,12).
Em I Coríntios 11 não é o único lugar em que encontramos instruções sobre o cabelo das mulheres. Os textos de I Timóteo 2:9 e I Pedro 3:3 proíbem o costume de trançar os cabelos “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças” (As mulheres da CCB tem o costume de trançar seus cabelos. Por quê então não guardam este ensino?). Entendemos como perigoso e nocivo à vida espiritual, leis como estas da CCB que exigem dos adeptos atitudes exteriores, porque, por trás da promulgação de tais leis, e no espírito de quem as cumpre, está sempre presente a intenção de se justificar a pessoa por meio de obras. Quando se exclui do convívio a mulher que não usa o lenço, crendo que a mulher cristã só está em obediência às determinações divinas quando utiliza tal ornamento, pode-se estar admitindo que a virtude cristã está no uso do lenço.Nós sabemos, e nisso nos confortamos, que nós somos justificados diante de Deus somente pela fé em Cristo, de graça, e nesta fé,(Rom 5:1) produziremos frutos que, entre outras coisas, consistem em moderação no vestir de forma que não escandalize a sociedade em que estamos inseridos, e não a regras impostas por interpretações humanas fraudulentas.
Finalizando, a advertência de Pedro cabe bem aos adeptos da CCB: “E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada. Falando disto, como em todas as epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição." II Pedro 3:15-16.Enquanto a Ordem Católica das Irmãs de Maria em 1854 (surgimento do dogma da imaculada conceição de Maria) optaram pelo uso de um lenço sobre o cabelo (erroneamente chamado de véu) para fazerem distinção entre elas e as demais ordens da Igreja Romana, a CCB faz desse mesmo objeto que surgiu em meio à idolatria católica um distintivo que a separa das denominações cristãs.



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Seria verdadeira a afirmação de que as mulheres só podem exercer suas funções no Corpo de Cristo, quando utilizam um "véu" material e artificial?
Alguém pode perguntar o que Paulo estava querendo ensinar em l Coríntios, capitulo 11 e aqui se explicará claramente este ensino dado à igreja de Corinto.
O véu neste texto era sim um pedaço de pano, mas as irmãs só o punham se elas estivessem com a cabeça raspada, porque segundo o próprio Paulo, era indecente a mulher tosquiar raspar-se. Veja o que ele diz: “Portanto, se a mulher não se cobre com o véu, tosquie se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu”.  (l Cor11:6) Ou seja, era indecente estar careca na igreja, então neste caso devia se por o véu.Nada mais claro neste verso se o cabelo da mulher está sim no lugar do véu ou não: “Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu”. (I Cor 11:15)
Ora veja bem que nenhum mandamento divino é anulado ou questionado, porém, note-se que Paulo deixou dúvida sobre o véu se doutrina de salvação da alma ou mandamento de Deus quando mandou os irmãos de Corinto “julgar” essa questão do véu. Ora mandamento de Deus não se julga ou se questiona, mas sim se obedece! Vejamos o que Paulo diz outra vez: “Julgai entre vós mesmos” O uso do véu ficou a critério da igreja de Corinto se eles iam o usar ou não. Logo não é ordem divina! Portanto, dá se a entender que o véu não era mandamento divino e nem obrigatório segui-lo, ficando a mercê da igreja de Corinto. Paulo disse para não sermos contenciosos (que discute ou briga) quanto a esse assunto e que não se deve contender (discutir) sobre este tópico.
Outra segunda razão que o Apóstolo Paulo fazia referência ao uso do véu diz respeito ao marido. A questão do ensinamento de Paulo neste contexto era a insubordinação das mulheres para com os homens nas reuniões da igreja.  Diz a Passagem Bíblica: Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada, duas coisas chamam a atenção aqui: a primeira é que Paulo não diz que a mulher desonra a Igreja, mas sim que ela desonra a sua própria cabeça. E a segunda é que ele diz que é como se ela estivesse cabeça rapada. Cabeça...  Entendemos o que Paulo disse, mas será que entendemos o que Paulo quis dizer? A mulher desonra sua própria cabeça, mas como poderia uma mulher desonrar a sua própria cabeça? Mais  que cabeça Paulo estava querendo falar...?O que será que Paulo considerava a Cabeça da Mulher? Bem vejamos: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo”.
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Pelo que entendo Paulo estava dizendo que a mulher que não usava o véu ao orar ou profetizar  desonrava o seu esposo.
Raspada... A outra coisa que nos chama a atenção é  a palavra raspada, para isso precisamos entender um pouco da época da Cidade de Corinto, pois foi pra ela que Paulo escreveu a carta.
Corinto era uma cidade portuária, uma grande metrópole da época aonde existia grandes transações mercantis, os marinheiros passavam muito tempo  no mar, sem uma presença feminina, e quando desembarcam em Corinto, iam direto procurar os “serviços” das profissionais do amor, inclusive mesmo hoje em nossos dias, nas localidades que existem portos, é comum a presença de prostitutas.

O costume judaico ensinava que toda a mulher casada devia usar o véu, pelo que da  para  entender, uma mulher casada sem o véu, era facilmente confundida com uma “solteira disponível” e isso justifica o “Desonra a sua própria cabeça”. “o seu marido”, poderia ser confundida com uma prostituta, enfim Paulo queria que as irmãs não fossem confundidas com mulheres da vida, e o sinal externo do casamento era o véu, porem hoje em nossos dias não é, hoje é a aliança, é através da aliança que identificamos se uma mulher é ou não é casada, lógico que tem as que não usam, e que dependendo da situação frequentemente, se colocam em condições de risco sendo confundidas com as solteiras.
Fora isso olha que interessante, uma irmã num restaurante ao se alimentar, se ela for temente com certeza ela vai orar, ou se estiver num ônibus e surgir um ladrão, e começar a ameaçar todo mundo, nossa irmã temente vai clamar e vai orar, ou, ao fazer um prova, ou mesmo ao ser entrevistada para uma vaga de emprego, ela vai orar certo??? Só que se fossemos levar
ao pé da letra o que Paulo escreveu, se ela estivesse sem o véu, ela jamais deveria orar, pois a sua oração estaria desonrando a sua própria cabeça, ai muitos vão dizer. Mas se não da pra por o véu, é motivo de força maior, ai pode orar sem o véu, enfim o ministério da congregação abre uma brecha, mas... Paulo, não. Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, não encontramos nas Palavras de Paulo, uma exceção.
De início, o uso do véu é uma questão puramente afeta a questões de uso e costumes. Portanto, longe de ser uma questão doutrinário-teológica. Vale dizer que se a irmã em Cristo utiliza-o para si, em devoção, e na sua concepção o faz para agradar a Deus; se o é para Deus que o faça então a irmã. Contudo, coisa diferente é utilizar de tal atitude devocional, pessoal e personalíssima, para impô-la às demais irmãs como regra de fé e conduta. Aqui está o ponto nevrálgico do tema. Transformar uma atitude pessoal devocional de conduta em uma doutrina de fé obrigatória a todos, é descambar para a heresia e farisaísmo. E é exatamente isso que faz a CCB. O problema não está no uso do véu de per si, antes, está sim em utilizá-lo como objeto norteador da fé. Não é o véu. Não é o uso do véu. É a heresia que se propaga em razão de tal costume.

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Importante gizar que se denota de seu arrazoado a contumácia de sua contradição, posto que ao tempo em que tenta se esquivar da utilização do estudo sistemático da Bíblia faz exatamente isso quando deseja sustentar uma visão particular do uso do véu, apoiando-se em estudos bíblicos teológicos (de autores evangélicos) que tanto condena (?!?).
Precisamos fazer uma distinção entre o significado do texto e sua significância. O significado é o que ele diz para aquelas pessoas naquela cultura e a sua significância é como ele se aplica em nossa atual situação cultural. Também há uma nítida diferença entre mandamento e cultura. Um mandamento é absoluto, mas uma cultura é relativa.
Naqueles dias o véu era o símbolo do respeito da mulher para com seu marido. Em tal contexto era imperativo que a mulher usasse o véu ao orar ou profetizar. Sabemos que através de toda a história as mulheres devem ter respeito pelo marido (isto é "o que fazer"), mas "como" este respeito deve ser evidenciado nem sempre deve ser com o véu. Pode ser através do uso da aliança ou de quaisquer outros meios.
Demais disso, Paulo invoca a passagem de Gênesis quando Deus juntou em casamento o primeiro casal Adão e Eva para apoiar o uso do véu pela mulher baseada na submissão desta pelo homem, seu marido. Ora, se a sujeição prende-se ao casal, como ficaria as moças solteiras nesta questão? Não está falando aí da submissão da mulher pelo seu marido? O uso do véu é baseada neste ponto. Então por que as moças solteiras da CCB continuam a usar o véu? Não é uma alusão ao casal? Agora queremos fazer alusão aos costumes da época em que foi escrita esta epístola. Corinto era uma cidade de muitas misturas, e as mulheres dessa cidade não tinham uma reputação muito boa. Tanto é, que a palavra prostituta, correspondia ao termo "mulher corintiana". É interessante frisar que em Corinto havia vários tipos de religiões e a maioria dos convertidos daquela igreja eram provindos dos ídolos mudos (I Co. 12:2). Aliás, todos os problemas que aquela Igreja enfrentava tem a sua causa na cultura religiosa da época de onde seus membros haviam saído.
Outras por usa vez prostituíam-se durante o culto (sacerdotisas de Diana) a maioria delas tinham sua cabeça raspada ou o cabelo curto. Isto em Corinto. Não há menção em nenhuma parte das Escrituras em que o apostolo tenha alguma vez mandado as mulheres de outras igrejas a usarem o véu. Este problema era restrito à cidade de Corinto apenas. O apóstolo diz: "Julgai entre vós mesmos..." v.13. Quem era para julgar aqui era somente os irmãos de Corinto e não a igreja como um todo. Afirmar que

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o apóstolo não tocou na questão do véu em outras epistolas por que as demais obedeciam ao mandamento, é argumento gratuito. E o que é gratuitamente afirmado, pode ser gratuitamente negado.
Uma interpretação problemática

Os adeptos do Catolicismo e da CCB insistem que Paulo em I Coríntios 11 ordenava o uso do véu para as mulheres cristãs. No entanto, tal interpretação contradita outros textos claros da Bíblia e a própria mensagem de I Coríntios 11. Ademais se fossemos supor que a interpretação dessas igrejas estivesse correta, elas mesmas não estariam cumprindo de maneira adequada o que acreditam. Então vejamos esses dois pontos:

A. PODERIA PAULO ESTAR SE CONTRADIZENDO EM I CORÍNTIOS 11?
Se afirmarmos que Paulo tinha em mente que as mulheres cristãs utilizassem um véu material na cabeça, estamos na verdade acusando-o de contradição com o próprio trecho em questão (I Coríntios 11) e com o restante das Escrituras. As razões para essa afirmação são as seguintes:
1. A palavra traduzida por "véu" em português em nossas Bíblias (kata, em grego) não denota um véu material, mas uma cobertura qualquer, que de acordo com o verso 14 e 15 é o cabelo comprido. Ao se referir a um véu material (peribolaiou), o faz unicamente na última parte do verso 15, declarando enfaticamente que o “cabelo foi dado em lugar de mantilha ou véu (peribolaiou [véu material])”.
2. A palavra traduzida "em lugar de" (no grego: "anti") transmite a idéia de substituição. Ela é usada "para indicar que uma pessoa ou coisa é, ou deve ser substituída por outra."
3. O uso do véu não era mais praticada na sociedade greco-romana do primeiro século, sendo, entretanto uma prática distintamente oriental da época. O que era comum para as mulheres judias, não era para as gregas de Corinto. Entretanto o cabelo tinha importância no contexto da sociedade grega. Tais considerações culturais tornam impossível que Paulo tivesse insistido em que as mulheres gentias de Corinto seguissem uma prática distintamente judaica.
4. Se Paulo quisesse adotar entre os gentios, práticas judaicas, entraria em choque com seu próprio pensamento de não impor escrúpulos religiosos dos judeus (tais como a circuncisão) aos crentes gentios. As únicas práticas judaicas impostas aos cristãos por ele estão em Atos 15:19-20, e o uso do véu material não é sequer mencionado. A imposição de práticas judaicas aos gentios eram próprias das chamadas seitas judaizantes, que procuravam transtornar a mensagem da graça de Deus pregada por Paulo (Atos 15:1,24; Gálatas 5:1-4,12).
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5. O texto de I Coríntios 11 trata claramente do comprimento do cabelo para homens e mulheres tendo em vista o costume ou natureza cultural da sociedade gentia de Corinto(verso 14). Em tal sociedade o cabelo comprido para as mulheres e o curto para os homens denotava decência (verso 6-14).

6. Em I Coríntios 11 não é o único lugar em que encontramos instruções sobre o cabelo das mulheres. Os textos de I Timóteo 2:9 e I Pedro 3:3 rejeitam o costume de trançar os cabelos (prática adotada pelas mulheres da CCB). Tendo isso em vista raciocinemos: Se o uso do véu material fosse comum entre as mulheres cristãs, qual a necessidade dessas instruções relativas ao penteado, visto que tanto o véu bíblico (que cobre toda a cabeça), como o lencinho usado pelas mulheres da CCB (que cobre apenas o cabelo) invalidariam essas orientações?

7. Paulo ao escrever II Coríntios menciona pela segunda vez o véu material, sua primeira menção foi na última parte do verso 15 de I Coríntios 11, e a segunda está em II Coríntios 3:13-18.Todo o véu foi tirado do cristianismo. Quando Jesus morreu na Cruz, o véu que separava o Santo dos Santos e impedia as pessoas de olharem para aquilo que representava a presença de Deus, rasgou-se de alto a baixo, acabando com aquela barreira. Agora a presença de Deus está aberta a todos, indistintamente. Por outro lado, falando aos mesmos cristãos de Corinto, Paulo comenta que Moisés, quando veio do Monte Sinai, seu rosto brilhava e tiveram que cobri-lo com um véu. E depois diz: "Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará. Ora o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade. Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo como um espelho a gloria do Senhor, somos transformados de gloria em gloria na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (2 Cor. 3.7-18). Se ele fala: "Todos nós com cara descoberta", fala da mulher também.

B. SE PAULO TIVESSE IMPONDO O USO VÉU A CCB ESTARIA OBEDECENDO I CORÍNTIOS 11?

Supondo que a interpretação distorcida da CCB estivesse correta, será que essa seita obedeceria as implicações de tal interpretação? A resposta é não! Primeiro, porque então deveria-se adotar realmente o uso do véu, e não de um lenço sobre o cabelo. E também, o uso desse véu
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deveria acontecer publicamente, nas ruas e nos mais diversos ambientes sociais. Ainda que se argumente que deveria-se usar o véu apenas quando a mulher "profetizar" ou "orar", isso confirmaria, e não anularia o uso público do véu, visto que:

1. Os cristãos primitivos não construíam catedrais ou templos para adorar a Deus;
2. De acordo com o ensino de Jesus, a adoração e culto cristão é independente de local, pois trata-se de uma adoração "em espírito e em verdade"(João 4:21-24);
3. "Profetizar" é o mesmo que "falar por Deus", e isso não acontece apenas entre "quatro paredes", aliás Paulo ensinou que devíamos pregar "a tempo e fora de tempo"(II Timóteo 4:2).Os cristãos primitivos servindo de exemplo para nós "falavam por Deus" publicamente (Atos 1:8, 8:1, 16:13;etc), e isso acontecia até mesmo entre aqueles que tiveram um encontro com o Mestre Jesus em seu viver terreno (Marcos 16:15;João 4:28-30,41-42, 20:17-18);
4. "Orar" é "falar com Deus", e isso também não acontece apenas dentro de um templo, mas "em todo tempo" (Efésios 6:18) e "sem cessar" (I Tessalonicenses 5:17);
5. Se é indecente (imoral) não usar o véu material enquanto entre "quatro paredes", seria decente não usá-lo publicamente no meio dos pecadores, onde o testemunho cristão deve ser ainda maior?!

Entendemos como perigoso e nocivo à vida espiritual, leis como estas da CCB que exigem dos adeptos atitudes exteriores, porque, por trás da promulgação de tais leis, e no espírito de quem as cumpre, está sempre presente a intenção de se justificar a pessoa por meio de obras. Quando se exclui do convívio a mulher que não usa o lenço, crendo que a mulher cristã só está em obediência às determinações divinas quando utiliza tal ornamento, pode-se estar admitindo que a virtude cristã está no uso do véu.
Nós sabemos, e nisso nos confortamos, que nós somos justificados diante de Deus somente pela fé em Cristo, de graça, e nesta fé, produziremos frutos que, entre outras coisas, consistem em moderação no vestir de forma que não escandalize a sociedade em que estamos inseridos, e não a regras impostas por interpretações humanas fraudulentas.
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Finalizando, a advertência de Pedro cabe bem aos adeptos da CCB:
 “E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada. Falando disto, como em todas as epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição." II Pedro 3:15-16
1.3. Qual a mensagem de I Coríntios 11?

Se Paulo não tinha a intenção de ordenar para as mulheres o uso de um véu material, qual a mensagem de I Coríntios 11:1-16?
A. EVANGELHO E CULTURA
Paulo está mostrando de forma muito clara em I Coríntios 11 que os cristãos devem ser sensíveis às distinções sociais em termos de costumes da época, para que de nenhuma maneira venha ofender o evangelho, ou cause tropeço para a pregação do mesmo (II Coríntios 6:3; I Coríntios 9:12, 10:32). Chegamos a essa conclusão com base no próprio texto, levando em consideração o contexto histórico e outros textos das Escrituras. Temos então em pauta o costume do comprimento do cabelo, de modo que temos:
"Se uma mulher não estiver coberta [de cabelos compridos] então deixem que permaneça tosada... mas, considerando que é vergonhoso para um mulher ficar tosada ou rapada, que ela se cubra [isto é, deixe o cabelo crescer novamente]" (verso 6)
A referência de Paulo a tosquia então indica simplesmente que se as mulheres desejam ser iguais aos homens, devem ir até o fim e ficarem calvas. Se não acham que isto é aceitável, então fiquem cobertas (de cabelos compridos) como as mulheres são normalmente, e principalmente tendo em vista a conveniência social na sociedade de Corinto(verso 13).

B.DIFERENÇAS DE COSTUMES: JUDEUS E GREGOS

Quando Paulo apela para a "natureza" no verso 14, tinha em vista a natureza cultural em que os coríntios estavam inseridos, isso porque o costume entre os orientais eram diferenciados. Enquanto que para os judeus não havia nenhuma implicação moral para os homens trazerem o cabelo comprido, visto que até mesmo foi instituído por Deus o voto de

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nazireu(consagração para o serviço a Deus), onde os homens não passavam navalha na cabeça(Veja Números 6:1-8; Juízes 16:17-19; II Samuel 14:25-26; Atos 18:18, 21:24), para os homens em Corinto isso não era visto com bons olhos (verso 14). Também quando Paulo anteriormente argumentava que o "homem tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça” (verso 4) não tinha em vista nenhum adorno, lenço ou véu material,  visto que tais coisas foram utilizadas por homens judeus(Levítico 16:4; II Coríntios 3:13), o que nos indica novamente o comprimento do cabelo na sociedade de Corinto. Além disso, o "rapar" do cabelo das judias, não era visto como ato indecente, já que as mesmas que passassem pela cerimônia da purificação da lepra ou fizessem voto de nazireu rapavam (Levítico 13:29-33;Números 6:1-2,9,18-19). Se tais atos na comunidade de Israel fossem pecaminosos e indecentes, jamais teriam sido instituídos pelo próprio Deus. Paulo está dando forte apoio as diferenças de costumes entre homens e mulheres. Paulo no verso 14 parecia estar dizendo: "Eu expliquei para vocês porque seguir este costume é aceitável e desejável, mas de qualquer modo vocês não sentem que não segui-lo é degradante? O cabelo da mulher é sua glória, torná-la igual ao homem não lhe acrescenta nenhuma honra".
"Mas se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu [ou seja, deixe o cabelo crescer novamente)" (Verso 6) "Julgai entre vós mesmos [entre eles os coríntios]: é decente que a mulher ore a Deus descoberta?

O PECADO PARA MORTE
“Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore”. I João 5:16
“Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada”. Mateus 12:31




                                                                                                                                  O pecado é a parede que faz separação entre o homem e Deus (Is 59:2; Hb 12:14). Na intenção de se aproximar do homem e de nos reconciliar consigo mesmo, Deus enviou Seu único Filho, a fim de remover os nossos pecados (Jo 1:29) e conceder vida eterna a todo aquele que crê (Jo 3:16).                      Através da fé em Jesus o cristão tem acesso à presença de Deus, do qual


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foi feito filho por adoção.   O amor de Deus por alguém que o confessa e a Jesus como Senhor de sua vida é tão grande que qualquer tipo de explicação seria inútil em retratar sua dimensão. Nenhum outro ser poderia
entregar um filho por uma pessoa indigna como fez o Senhor. A dor que o próprio Deus sentiu ao ver Seu único Filho agonizando por um pecado que nem era seu supera toda e qualquer atitude que possa demonstrar amor.  É deste Deus que estamos falando. É a esta salvação que nos referimos. Salvação levada a cabo por um Deus que conhece a fraqueza humana e que se compadece dela.

Seria este o mesmo Deus que sentiria prazer em lançar um pecador arrependido no castigo eterno?
  Que pecado levaria Deus, que é infinito em amor, a ser incapaz de perdoar?


 O PECADO IMPERDOÁVEL
Seria o adultério um pecado imperdoável? Qualquer pessoa da irmandade que venha praticar esse pecado, é automaticamente eliminado da irmandade e recusa-se qualquer prestação de ajuda espiritual a tal pessoa. É considerado o pecado imperdoável. Essa pessoa mesmo que manifeste arrependimento, está definitivamente alijado do meio da CCB. Ora, sem
querer justificar a prática desse pecado indecoroso, lemos em 1 Co 5.1-2 que certo membro da Igreja de Corinto vivia num pecado desse tipo, pior ainda, porque admite-se que vivia pecaminosamente com sua madrasta. Paulo recomendou que tal pessoa fosse eliminada do rol de membros. Mas, observa-se, que a pessoa que assim agira, arrependeu-se profundamente e Paulo recomenda que o tal fosse reintegrado à comunidade dos coríntios (2 Co 2.6-7).
Quantas pessoas abandonadas porque faltou-lhe o apoio da irmandade para sua restauração, dado que ensinam, sem apoio bíblico, que o tal cometeu o pecado chamado ‘blasfêmia contra o Espírito Santo’. (Mateus 12.31-32).
Paulo ensina, “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.”(Gálatas 6. 1-2). Há um vento de doutrina, como muitos outros, que aponta diversos tipos de pecados como sendo o “pecado para a morte”. Muitas vezes, entre os grupos que afirmam isto, a ênfase do pecado para a morte é dada no ato do adultério.

Dizem eles que a pessoa uma vez convertida, se cometer o adultério estará lançando sua alma no inferno, pisando o sangue de Jesus, e será muito tarde para se arrepender. É bem verdade que os que viverem em pecado e assim forem achados, não herdarão o reino dos céus, mas o adultério não é o único pecado que exclui o homem da glória de Deus (cf Gl 5:19-21; I Cor 6:9.  Concordar com o pensamento exposto acima é, no mínimo, heresia contra o sangue de Jesus que nos purifica de todo o pecado (I Jo 1:7), além de impedir pessoas de alcançarem a misericórdia do Senhor através dum verdadeiro e puro arrependimento.  Então, há pecado que não possa ser

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perdoado? Sim, qualquer pecado, do qual o pecador não se arrepender, não será perdoado. É exatamente o caso do único pecado para a morte: a blasfêmia contra o Espírito Santo.

 Alguns crentes têm medo de haverem cometido o pecado contra o Espírito Santo, mas o próprio medo destas pessoas por si só já é a evidência de que as tais não cometeram este pecado. A blasfêmia contra o Espírito Santo não pode ser cometida por alguém que tenha medo de perder sua salvação. Ela consiste em atribuir conscientemente as obras do Espírito Santo ao iníquo, profanando a santidade do Espírito de Deus. Este pecado é cometido apenas por alguém que está tão longe do amor de Deus, e tão morto em sua fé, que o Espírito Santo não pode mais convencê-lo do pecado, por isso não se arrependerá dele. Portanto, se há arrependimento [sincero] no coração do pecador, é o Espírito Santo quem está causando. Se o Espírito Santo está em sua vida, onde Ele está há liberdade (II Cor 3:17), e há perdão de Deus para o seu pecado.

O escritor de Hebreus (que não sabemos se é Paulo ou não) quando fala da rebelião dos anjos que pecaram, está falando de anjos que se insurgiram contra Deus a serviço de Satanás, tornando-se opositores de Deus.
Quando ele fala desta rebelião, está simplesmente dando continuação ao assunto que ele trata em toda a carta: o perigo de seguir as tradições judaicas em detrimento do Evangelho de Cristo. Em toda a carta aos Hebreus, o escritor se empenha em provar a superioridade de Cristo sobre a Lei de Moisés, que até então estava sendo observada para justificação em vez do sangue de Jesus Cristo.
No capítulo 6 nos versos 4-6 ele reforça que aqueles que foram iluminados e provaram do dom celestial participando do Espírito Santo, experimentaram a bondade da Palavra de Deus (em vez da severidade da Lei) não poderão ser reconduzidos ao arrependimento se abandonarem a maravilhosa Graça do Senhor Jesus para voltar à observância do ritual judaico para justificação.
Quem agisse assim, estaria invalidando a cruz de Cristo e anulando sua salvação através do sangue expiador. O problema destas pessoas não é alcançar o favor de Deus: é não querer.
Graças a Deus que as palavras de Jesus em Mateus 12:31 nos esclarecem que a blasfêmia contra o Espírito Santo é proferida e não praticada.
Agora, quanto a transgredir contra o batismo, entendo que empregar o termo a quem pecou depois do batismo. Particularmente, eu não conheço nenhum texto bíblico para apoiar este pensamento, principalmente quando o confrontamos com palavras como: "Não pequeis, mas se pecardes tendes um Advogado junto a Deus: Jesus Cristo, o Justo" (1 João 2:1) e as soberanas palavras de Jesus: "aquele que vem a Mim, de maneira nenhuma o lançarei fora" em João 6:37.
Considerando que o pecado após o batismo seja blasfêmia contra o Espírito Santo, pergunto: quem não pecou? Quem não precisa de perdão?
Infelizmente nosso conceito de pecado é muito parcial. Atribuímos gravidade apenas aos pecados libidinosos. A fofoca, a arrogância, a


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rebeldia, a mentira, a cobiça, a desonestidade e tantos outros pecados passam tranquilamente em nossos círculos religiosos como se não fosse pecado.  Os contextos destas palavras ajudam muito a esclarecer: "A alma que pecar, esta morrerá" (Ez 18:20).
Deus esta falando através de Ezequiel contra o antigo provérbio judaico "os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos embotaram" (v.2). Com este provérbio, Israel dizia que Deus castigava os filhos pelos pecados dos pais, o que era uma grande mentira. Esclarecendo a situação, Ezequiel (por Deus) diz: "o pai não levará a iniquidade do filho, nem o filho a iniquidade do pai; a alma que pecar, esta morrerá". Como sabemos que o salário do pecado é a morte, e que a Lei de Moisés condenava à morte por apedrejamento, fica claro de que morte Ezequiel está falando.
Lembrando também que a palavra "alma" na Bíblia, muitas vezes se refere a "pessoa". Isto significa que "o filho não morrerá pelos pecados do pai, nem o pai pelos pecados do filho; quem pecar é que morrerá.” ·.
Já a questão do pecado fora do corpo e do pecado no corpo, a Bíblia não diz que este pecado não terá perdão. Paulo está dizendo que todo pecado que o homem comete, o comete fora do corpo, mas quem se prostitui peca contra o próprio corpo, e isto é inquestionável, mas nada diz sobre não ser perdoado.
Se Paulo dissesse que a prostituição é um pecado que não tem perdão, ele estaria desmentindo a Jesus que disse que o único pecado que não tem perdão é a blasfêmia PROFERIDA, FALADA, contra o Espírito Santo. Paulo desmentir Jesus não é algo aceitável, então o mínimo que podemos fazer é conciliar as duas passagens com a grande verdade que afirma que a Bíblia não se contradiz. A Bíblia diz que Deus não rejeita um coração quebrantado e aflito (Sl 51:17) e Jesus diz que todo o pecado cometido pelos homens serão perdoados, com exceção da blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12:31).     
 Com base na Bíblia não podemos dizer que determinado pecado será perdoado e outro não, mas todo aquele se arrepender sinceramente e invocar o perdão de Deus receberá o perdão de Deus através do sangue de Jesus.
Devemos ter sempre em mente o conselho de João: "Filhinhos, não pequeis. Mas se alguém pecar, temos um advogado junto a Deus: Jesus Cristo, o Justo". (1Jo 2:1) Qualquer pecado pode ser imperdoável, desde que não haja arrependimento. Assim como qualquer pecado pode ser perdoado, desde que seguido de arrependimento e abandono. Agora, quanto ao texto de Hebreus 6 não seremos honestos se aceitarmos sua exegese.
Estamos diante de um texto que vem provar a supremacia do Evangelho de Cristo sobre a Lei de Moisés, do sacerdócio de Cristo sobre o sacerdócio levítico, da Graça sobre o Judaísmo, do Novo sobre o Antigo Testamento...

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É disto que o escritor de Hebreus está falando desde o primeiro capítulo...
Ele está dizendo que aqueles que aceitaram a doutrina de Cristo, que o receberam como Senhor e Deus, e agora estão tornando às fábulas judaicas, aos primeiros rudimentos (o B-A-BÁ da fé), negando tudo o que aprenderam, creram e confessaram, não se converterão outra vez. São estas pessoas que caíram da Graça... As que se afastaram dela para escolher a Lei do Antigo Pacto.
É injusto e antibíblico aplicar este texto aos que pecaram. É usar a Bíblia para desmenti-la, fazê-la se contradizer. Um engano terrível que cometemos é crer que a graça de Deus não existia no Antigo Testamento ou sob a Lei. Muitas vezes nos esquecemos de que Deus não muda, ele às vezes muda o tratamento que dá aos filhos de acordo com as circunstâncias. Não podemos deixar de lado o fato de que o mesmo Deus que amou e perdoou a Davi, Salomão, Sansão e tantos outros, é o mesmo Deus que entregou Israel nas mãos das nações para ser castigado. Os critérios de justiça do Senhor não mudam, porque nele não há sombra de variação.

O ensino sobre o pecado para a morte
 A CCB diz - Na página 16 lemos: "SOBRE O PECADO -... um desses pecados de morte é o que é cometido contra os que se levantam contra a obra do Espírito Santo".
Comentário: No pensamento de Louis Francescon a obra do "Espírito Santo" é a CCB, e todo aquele que a deixa, e depois se levanta contra a mesma, peca para morte. A Bíblia diz - A Bíblia ensina que Saulo se levantou contra a verdadeira obra do Espírito Santo, e nem por isso pecou para morte (Ver Atos 7:58-59, 8: 1-3, 9:1-6, 22:4-5). O mesmo se deu com Alexandre (II Timóteo 4:14), e, Diótrefes (III João 9-10), e esses dois últimos saíram do meio da igreja. "Pecado para morte" é o pecado cometido pelo crente que ofende a administração divina, levando Deus a discipliná-lo com a morte física. Nenhum caso apresentado na Bíblia apoia a doutrina da CCB (Veja o caso de Ananias e Safira[hipocrisia e mentira] em Atos 5:1-10, e dos crentes coríntios[falta de discernimento] em I Coríntios 11:30). Transparece nessa "revelação" da CCB uma sutil forma de pressionar e amedrontar àqueles que a deixam para não combatê-la. Paulo, Pedro e João nas cartas em que escreveram alertavam sobre falsos irmãos e falsos profetas que estavam outrora entre a igreja e a haviam abandonado, que disseminavam suas falsas doutrinas e se opunham a obra de Deus, no entanto os apóstolos nunca ensinaram que os opositores pecaram para a morte. Raciocinemos: "Que necessidade haveria de alertar sobre aqueles que se
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opunham a igreja, se o resultado dessa oposição era à morte? E se a punição para aqueles que se opunham a obra de Deus era a morte, porque os apóstolos não deixaram isso claro em suas cartas, não seria mais fácil?" Pecar para a morte não é o mesmo que blasfemar contra o Espírito Santo. Enquanto que a blasfêmia contra o Espírito Santo só pode ser cometida por não crentes (Marcos 3:28-30; Mateus 12:22-32; Lucas 11:14-22; João 10:37-38), o pecado para a morte, ou seja, cujo resultado leva a morte física, pode ser cometido por crentes (I João 5:16).
A CCB diz - Na página 7, no livreto Resumo e Ensinamentos, lemos: "O povo de Deus não tem necessidade de frequentar outros cultos e nem de ler leituras religiosas de diferentes princípios”.
Na página 16 lemos: "um desses pecados de morte é o que é cometido contra os que se levantam contra a obra do Espírito Santo." E na página 19 lemos: "AOS CRENTES- A Palavra de Deus ensinada à sua Igreja não é para ser discutida, porém obedecida; só assim se honra ao Senhor." E na mesma página lemos: "Não possuímos jornais de propaganda religiosas e nem leituras religiosas, assim como não correspondemos com os que os editam. Não devemos portanto colaborar de espécie alguma."
Comentário: Dessa maneira o adepto da CCB não visita nenhuma igreja evangélica, não lê nenhuma outra literatura a não ser as da CCB, desconsidera aqueles que se opõem aos seus ensinos, não cooperam com nenhuma denominação evangélica, e não questionam nada do que lhes é ensinado. Esse tipo de ambiente psicológico resulta em uma espécie de fechamento de mente, encontrado também em outras seitas heréticas, como por exemplo, as Testemunhas de Jeová. Tal atitude, a despeito de procurar "manter" uma uniformidade, resulta em uma verdadeira lavagem cerebral, por isso é destrutiva. A CCB se encontra no rol das seitas perigosas, por utilizar-se de manipulação e controle mental entre seus adeptos.

A Bíblia ensina que o crente em Cristo é livre (João 3:8, 8:36; Romanos 14:5; II Coríntios 3:17). Não devemos nos submeter a um jugo de escravidão (I Coríntios 7:23; Gálatas 5:1, 5:13). Paulo não poderia ser ancião da CCB, porque senão teria combatido a atitude dos bereanos em estudar e avaliar aquilo que ele pregava (Atos 17:11).O apóstolo até mesmo declarou que não queria dominar a fé de ninguém, e que aceitava que seus ensinos fossem julgados (II Coríntios 1:24; I Coríntios 10:15).Devemos saber discernir (Hebreus 5:13-14). Devemos examinar ou estudar todas as coisas (I Tessalonicenses 5:21; II Timóteo 2:15, 4:13).O culto genuinamente cristão é racional(Romanos 12:1-2; Mateus 22:37-38;

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Lucas 10:27;I Coríntios 14:20; Salmo 32:9;).Não devemos dar crédito a toda palavra(Provérbios 14:15).O ensinador está sujeito a tropeçar, por isso pode ser questionado(Tia3:12). Podemos e devemos julgar aquilo que os profetas falam(I Coríntios 14:29). João escreveu advertindo-nos: "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora".(I Jo 4:1).
"Pecado para morte" é o pecado cometido pelo crente que ofende a administração divina, levando Deus a discipliná-lo com a morte física. Nenhum caso apresentado na Bíblia apoia a doutrina da CCB (Veja o caso de Ananias e Safira[hipocrisia e mentira] em Atos 5:1-10, e dos crentes coríntios[falta de discernimento] em I Coríntios 11:30). Transparece nessa "revelação" da CCB uma sutil forma de pressionar e amedrontar àqueles que a deixam para não combatê-la. Paulo, Pedro e João nas cartas em que escreveram alertavam sobre falsos irmãos e falsos profetas que estavam outrora entre a igreja e a haviam abandonado, que disseminavam suas falsas doutrinas e se opunham a obra de Deus, no entanto os apóstolos nunca ensinaram que os opositores pecaram para a morte.
Alguém poderá dizer que Jesus disse: "vai e não peques mais"... Sim, ele diz assim como dizia a Lei. E é a Lei quem diz: "a alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18:20). É inadequado acreditar que o Senhor trata o pecador à forma de um peso e duas medidas. O Senhor é o mesmo.
 Ainda alguém pode argumentar também que quando pecamos lançamos no esquecimento o sacrifício de Cristo e seu sofrimento para perdão de nossos pecados. Veja bem, é inevitável que todos pequemos. Eu peco, você peca, todos pecamos. A diferença é que damos maior valor ao pecado que nos suja do que ao sangue de Jesus que nos purifica dele. Reduzimos o amor de Deus tão grande e soberano (que nos ensina a perdoar setenta vezes sete ao dia o pecado dum irmão) ao sentimento de um patrão frustrado que quer a todo custo demitir por justa causa o funcionário infrator. O Senhor não é assim.
 O que lhe parece induzir pessoas à maldição: dizer-lhes que há perdão através do sangue de Jesus como faz a Bíblia Sagrada ou negar-lhes o direito de servir a Deus como crente salvo e perdoado? Estaremos invertendo os valores se dissermos que há maldição no perdão e bênção na condenação. Onde está o Espírito do Senhor há liberdade. E se estamos na Graça, vivamos a Graça! É triste ver crentes dizendo essas palavras com tanta sinceridade, como se isso fosse a mais pura verdade. Pior ainda é ver estas pessoas reduzindo a Graça de Deus a uma simples igreja que surgiu quase dois mil anos depois da morte do Senhor Jesus.

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Sinto muito também em ler um texto tão claro da Bíblia quanto este que foi citado último comentário (Hb 6:4-6), sendo distorcido, fazendo-o dizer o que ele não diz.

Do início do livro até então o escritor não fala de outra coisa além da Graça contrastada com a Lei. O tempo todo o escritor exorta os leitores a não abandonarem a fé em Cristo para seguirem ao judaísmo outra vez. Ele repreende o povo em cada capítulo a não fazerem pouco caso da superioridade de Cristo sobre Moisés, e no capítulo 6, citado pelo defensor da CCB, está dizendo que "é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo. E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, E recaíram (isto é, caíram da graça, voltaram à Lei [grifo meu]), sejam outra vez renovados para arrependimento". Notem que os versículos 1 ao 3 fala para deixarmos de lado os princípios elementares das doutrinas cristãs e SEGUIRMOS EM FRENTE, em vez de tornar a nos justificar através das obras que conduziam à morte.
Muitos por se sentirem desprezados e perdendo sua liberdade nos cultos tem sido alvo de grupos não cristãos e sucumbem a doutrinas de demônios, pois devido ao estado de aflição, muitos agarram-se a qualquer coisa. Não é necessário falar dos milhares de nossos irmãos que foram parar na sarjeta, ficaram depressivos, tiveram suas vidas destruídas pelo desprezo e até cometeram suicídio.É necessário se estabelecer um acompanhamento sério nos casos de transgressões e pecados, tratando-os com misericórdia e, no caso de aplicação de disciplina, os tais sejam acompanhados com amor cristão para que possam ser, mediante arrependimento sincero, reintegrados a comunhão da igreja sem discriminação. E que se busque muita guia de Deus para não se abater as almas lavadas e remidas pelo precioso sangue expiador do Senhor Jesus.
                                                                                                                       O pecado de morte da CCB tão falado deve ser revisto pelo o santo ministério, pois realmente o povo de Deus hoje, não deve ser julgado pelo o rigor da Lei de Moisés; porque na Lei de Cristo, o mandamento que proíbe a fornicação (que é o sexo pré-marital ou extraconjugal, bigamia ou homossexualismo) tem como estatuto, juízo o AMOR de Deus demonstrado em Cristo Jesus.Ninguém pode condenar a alma de uma ovelha do Senhor Jesus por ela ter fornicado, porque a lei que o condena tem como estatuto o AMOR, A CARIDADE DE DEUS, portanto, os irmãos do ministério não podem julgar a ovelha do Senhor Jesus com o estatuto da Torah, pois nesta lei não existia a palavra MISERICORDIA, AMOR E JUSTIÇA. Sendo que, na Lei de

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Cristo, o pior pecado que o homem comete contra Deus, não é a fornicação, é a falta de AMOR para com o seu irmão! Se um ancião ou um cooperador ou até a igreja, julgar um fornicário e o excluir da comunhão da igreja, eles são considerados diante de Deus, assassinos daquela alma, pois o principal mandamento, eles quebraram: que é o amor para com o seu irmão! Lembrai-vos sempre das palavras do nosso salvador: “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COM O MESMO AMOR COM QUE EU VOS AMEI”...
Vejam o que está escrito na carta apostólica:
“Nós cremos na necessidade de nos abster das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação, conforme mostrou o Espírito Santo na assembleia de Jerusalém”. (Atos, 15;28, 29 - 16;4 - 21;25).
Não comer nada que é sacrificada aos ídolos. Fornicação: é todo tipo de sexo ilícito, como: fazer sexo antes de contrair matrimônio e fora do casamento, a bigamia e o homossexualismo; carne sufocada: é quando se mata um animal destroncando o pescoço ou morto a paulada sem ser sangrado.
Veja o que foi tratado na Assembleia Geral no Brás:
15–CASAMENTO, tópicos de ensinamentos de 2.009.
Unir-se antes do casamento é considerado pecado de fornicação. Aqueles que assim o procederem não deverão orar, nem testemunhar e nem chamar hinos nos cultos. Sendo músico ou organista, também não deverão tocar. Se tiverem algum cargo na Obra de Deus, serão destituídos.
Alguns desses casais, depois de um certo tempo, pedem ao ministério a reconsideração de seus casos. Após alguns anos, o ministério poderá reconsiderar o assunto. Não se pode estipular o número de anos, mas exortar a que o ministério deixe guiar por Deus, acompanhe a vida do casal e deixe passar os anos para que sintam o peso do que fizeram.
Irmãos e irmãs nessas condições não poderão ser indicados para nenhum ministério ou cargo que dependa de confirmação em oração. Na visão deste ministério, a fornicação é somente o ato pré-marital, que contraria todo o conteúdo bíblico e até o dicionário, que dizem que a fornicação não é somente o ato pré-marital e que também não condena ninguém, pois está escrito no final da "da carta apostólica: bem vos vá, se evitardes tal prática" mais não diz que todos os que forem infiéis serão condenados!



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Vejam FORNICAÇÃO no Dicionário bíblico:
Esta palavra é usada na Sagrada Escritura, tanto no seu sentido natural, como de modo figurado com aplicação à idolatria, significando então a infidelidade para com Deus, a quem só devemos adorar. (*veja Adultério.)

Algumas traduções da Bíblia usam a palavra "fornicação" onde outras usam a expressão "relações sexuais ilícitas" ou "imoralidade sexual". A palavra original grega é porneia, que é definida como "relações sexuais ilícitas" (Dicionário da Bíblia Almeida), que inclui, mas não é limitado ao adultério.

A palavra "ilícito" (que significa ilegal ou impróprio) pode confundir algumas pessoas, uma vez que vivemos num tempo quando pouca coisa é considerada ilícita. Somente porque nossas autoridades civis legalizaram algumas atividades que Deus não autorizou não as tornam corretas. Um homem que, mesmo com a aprovação do governo, se divorcia de sua esposa sexualmente fiel, ou cuja esposa se divorcia dele, e se casa com outra, comete adultério (veja Mat. 5;32, 19;9).
                                                                                                                                                                                                      Desde que Deus autorizou cada homem a "ter sua própria esposa" e vice-versa (I Cor. 7;2), qualquer variação (sexo pré-marital ou extraconjugal, bem como bigamia, poligamia e homossexualismo) é ilícito e cai dentro da definição de fornicação.
                                                                                                 ADULTÉRIO: Este ato é proibido no sétimo mandamento (Êxodo 20;14 - Det. 5;18). Veja em Num. 5;11 a 29 a descrição da prova de impureza por meio da água amarga, que era dada à mulher suspeita para beber. As referências que os profetas fazem ao adultério indicam uma situação moral muito baixa (Isa. 51;3 - Jer. 23;10 - Oséias 1;4).É provável que depois do cativeiro, quando o laço conjugal se tornou menos apertado, raras vezes, se alguma vez o foi, tenha sido a pena de morte aplicada. A frase em Mat. 1;19, “não a querendo infamar”, provavelmente significa não levar o caso perante os juízes do conselho local. José procedeu assim, pois preferia, como podia fazê-lo, deixá-la secretamente. A palavra adultério era usada figuradamente para exprimir a infidelidade do povo hebreu para com Deus. Figura muito apropriada por causa dos ritos impuros que faziam parte do culto idólatra. Assim também falou o Senhor de uma geração “adúltera”(Mat. 12;39). As principais passagens do N.T. em que se fala de adultério, relacionam-se com o divórcio ou separação: Mat. 5;31,32 - 19;6 - Mac. 10;11, 12 - Luc. 16;18 - Jo. 8;3 a 11 - Rom. 7;2, 3 - I Cor. 7;10, 11, 39.

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Segundo a Lei de Cristo ou a Lei Real do Reino de Deus, o sétimo mandamento é:
 “Não desejar a mulher alheia, pois qualquer que atentar para uma mulher com olhar desejoso, em seu coração já cometeu adultério com ela”. Mat. 5; 28. A irmandade da CCB precisam conhecer, aprender a Lei de Cristo, pois muitos irmãos estão errando por não conhecerem a Lei do Reino de Deus e como se policiarem se não conhecem a Lei de Cristo?
Resumo: o ministério da CCB tem que rever esse ponto de sua doutrina, pois, além de estarem contra a Lei de Cristo, ainda estão julgando este ato com os rigores da Torah, que constitui um grave erro; pois, se Deus enviou o seu Filho amado para LIBERTAR O POVO DE DEUS desta escravidão, como é que vós quereis julgar as ovelhas de Cristo com este julgo pesadíssimo? Sendo que o Salvador disse: “Vinde a Mim vós todos que estais cansados e Eu vos aliviarei; pois o Meu fardo é leve e o Meu julgo é suave" e o ministério da CCB tornou o FARDO LEVE em um peso insuportável e o JULGO SUAVEL em morte, condenação perpétua ao infrator (vide os músicos banidos das orquestras em caráter de condenação perpétua).
Com o banir o pecador da comunhão da igreja (convenção de 1.936), o ministério USOU o estatuto da lei mosaica, a qual Cristo Jesus nos libertou deste julgo e os irmãos estão usando-o para condenar o pecador. O ancião ou o cooperador que fizer isto, ele é diante de Deus e de Jesus Cristo que morreu para nos libertar deste julgo, um assassino daquela alma!
Deus vai salvá-la, mais vai cobrar a falta do amor por eles demonstrado. O que deveis fazer com o pecador? É disciplinar com amor, acompanhar a vida desta alma com visitas regulares, orientações espirituais e ensinar a igreja a Lei de Cristo; que proíbe a fornicação, mais não condena a alma do infrator, pois o juízo é o amor de Deus demonstrado na pessoa de Jesus Cristo.
Entendem que o adultério é o pecado contra o Espírito Santo de que fala a Bíblia. Grande porcentagem de desviados e até andarilhos e mendigos que já conheci, são desviados principalmente da CCB por ter achado que não têm mais perdão, pois pecaram contra o Espírito Santo.

O que é blasfêmia contra o Espírito Santo?

Conforme a popularidade de Jesus crescia, seus inimigos procuravam, desesperadamente, meios para explicar seus maravilhosos poderes. Finalmente, decidiram alegar que ele expulsava demônios pelo poder do

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próprio Satanás (Mateus 12:22-32; Marcos 3:22-30; Lucas 11:14-23).
Jesus respondeu com três argumentos e uma advertência.

Seus argumentos foram os seguintes:
1. Satanás não atacaria a si mesmo, pois ninguém luta contra si mesmo.

2. Se eu expulso demônios por Satanás, como seus filhos os expelem?

3. Para roubar a casa de um homem forte, tem-se primeiro que amarrá-lo. Expulsando demônios, estou amarrando Satanás, de modo que eu possa cumprir minha missão de resgatar àqueles que Satanás mantém cativos.
Sua advertência foi: "Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem. Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno." (Marcos 3:28-30)
O que é este pecado imperdoável? Muitos trechos ensinam que é possível ir tão longe de Deus que não se pode retornar. Paulo adverte sobre consciências insensíveis (1 Timóteo 4:2). Hebreus fala de corações endurecidos (capítulo 3) e daqueles que não podem ser trazidos de volta ao arrependimento (capítulo 6). João fala daqueles cujos pecados levam à morte, uma vez que eles se recusam a se arrependerem e a confessá-los.
João 5:16-17). O próprio Jesus fala do solo que foi pisoteado a ponto em que nenhuma semente pode germinar (Lucas 8:5). Cada passo que damos afastando-nos de Deus aproxima-nos do ponto sem retorno. Podemos perder o poder moral para mudar e voltar ao Senhor.
 O problema, naturalmente, não está na vontade de Deus de perdoar o pecador (Lucas 15; 2 Pedro 3:9). Deus alegremente aceita e perdoa a todos que se arrependem. O problema está em que alguns rejeitam cada tentativa de Deus para motivar o arrependimento. Depois que Jesus deixou a terra, o Espírito Santo veio para revelar a mensagem final da salvação. Para aqueles que a recusam e se voltam contra o Espírito Santo, Deus não tem nenhum outro plano. Não há outro sacrifício pelo pecado (Hebreus 10:26-31). Aqueles cujo estado endurecido faz com que recusem o rogo final de Deus, nunca serão perdoados. Esta é a blasfêmia contra o Espírito Santo. Queira Deus conceder-nos corações tenros para prontamente responder à sua palavra.


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O EXCLUSIVISMO RELIGIOSO
Afirmação de serem a única igreja verdadeira de Deus na Terra. É verdade que a CCB reivindica ter restaurado a igreja primitiva através de Louis Francescon, quando, em 1910, fundou a Congregação Cristã no Brasil?
Sim e dão o título de Restauracionismo a esse ensino que coloca Louis Francescon como o restaurador daquela igreja primitiva fundada por Jesus. É uma característica das seitas, da mesma forma que ocorreu com Joseph Smith Jr que conta sua história no livro “A Pérola de Grande Valor”, relatando que, sem saber a qual igreja a se filiar, foi orar num bosque, quando lhe apareceram duas pessoas identificadas como o Pai Celestial e seu Filho Jesus Cristo. Dirigiu-se a eles para saber a verdadeira igreja. Informado que não havia igreja verdadeira nos seus dias, fundou sua igreja hoje conhecida como Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Se Louis Francescon tivesse lido a Bíblia com mais frequência e, mormente os anciãos que presidem por mais de 100 anos, já deveriam ter lido que a igreja fundada por Jesus nunca apostatou. Afinal, Jesus fez uma declaração nesse sentido: Mateus 16.18 – “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;” E que essa promessa de Jesus se cumpriu é testemunhada pelo apóstolo Paulo ao escrever em Efésios 3:21: “A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” Ora, o texto é muito claro: Deus deve ser glorificado na igreja em todas as gerações e para todo o sempre. Logo, a apostasia apontada pela CCB nunca existiu. Se nunca existiu não poderia ter ocorrido a ‘restauração’ da Igreja em 1910 quando a CCB foi fundada.
O exclusivismo manifestado por parte de determinadas igrejas ou organizações religiosas revela a tendência de julgarem que elas são as únicas que estão dentro do padrão de uma religião cristã. E, assim sendo, apregoam que a salvação está condicionada a pertencerem ao seu meio, só entre os que se tornam associados ou membros dessas entidades religiosas.
A CCB é exclusivista, rejeita e ataca as denominações cristãs, e não as reconhecem.

Refutação:
Jesus não aceita tal tipo de exclusivismo (Marcos 9:38-41; Mateus 23:13).
A salvação não está em uma organização religiosa, mas somente no Senhor Jesus (João 14:6; Atos 4:12; Colossenses 1: 14,18; I Timóteo 2:5).                                                                                                                                                                                                             Jamais uma organização religiosa poderá gloriar-se de ser o "caminho", pois esta posição há muito já está ocupada pelo Senhor Jesus!                                                                                                                                                        Somente Jesus Cristo pode salvar o homem. Ele não é apenas um caminho, mas o caminho, a verdade e a vida (João 14:6) Todo aquele que crê no
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Senhor é salvo, e faz parte de Sua Igreja (Romanos 10:9-10,13; I Coríntios 1:2; João 1:12;Efésios 1:13,22-23). A Igreja do Senhor é um organismo espiritual, invisível, universal, composta por todos os crentes em Cristo, do mundo todo, de todos os tempos, desde seu início no Pentecostes até consumação dos séculos. (Mateus 16:18; Romanos 10:11-13;I Coríntios 1:2; Efésios 3:21,5:25; Hebreus 12:23;etc.) O exclusivismo religioso da CCB prova que seus adeptos estão contra o Espírito Santo de Deus, cuja principal obra é a da unidade espiritual (I Coríntios 12:13; Efésios 2:16-22, 4:3-6).
Confiar em uma organização religiosa para a salvação é uma espécie de idolatria (Jer 7:1-14, At 19:24,27,35). Nas reuniões da "irmandade" até mesmo os testemunhos que dão exaltam sua organização religiosa. Essa atitude é totalmente contrária ao Espírito Santo de Deus, que exalta, testifica e glorifica somente o Senhor Jesus Cristo ( João 15:26-27, 16:14).
A característica de todo aquele que serve a Deus, ou seja, de um cristão, é de ter comunhão com outros cristãos (I João 1:7; Salmo 133:1).
Assim como no judaísmo havia a seita dos fariseus, que era extremamente exclusivista e legalista a ponto de "fechar o reino dos céus aos homens” (Mateus 23:13), assim procedem os adeptos da CCB, incorrendo na reprovação do Senhor Jesus por tal prática.

SALVAÇÃO SÓ NA CCB
A "maioria" dos adeptos da Congregação Cristã no Brasil (CCB) defende a ideia errônea de que salvação só é possível na sua própria Igreja: a "Gloriosa Congregação". Desenvolveram a doutrina de auto salvação, ou seja, salvação só entre a irmandade! Essa doutrina, estranha às Escrituras Sagradas, faz com que os seus adeptos pratiquem um proselitismo agressivo com os outros evangélicos. Isso é herança herdada de sua origem Presbiteriana que possuía pontos calvinistas extremos. A Bíblia deixa claro que para sermos salvos não precisamos da CCB. Pertenci a Congregação Cristã por mais de25 anos e lá sempre aprendi que as outras igrejas não têm a doutrina e não podem ser salvas e sempre ouvi que temos que ouvir a “Palavra” na CCB e as pregações das outras igrejas são comidas requentadas, comidas de outro dia, ou seja Deus só fala na Congregação Cristã, só eles tem a “Palavra”, as outras igrejas são pregações de homens!                                                                                         Eu via sempre os membros dizerem  que vai buscar a “Palavra” na CCB, pois as igrejas não tem a Palavra de Deus! Ou seja, Deus só está lá, só fala nesta igreja!!! O que diríamos então das outras igrejas que existiam antes da CCB, não estavam salvos? Ou Jesus precisaria esperar a vinda de Francescon em 1910 para ai então poder começar a salvar as pessoas?! Mas a Bíblia discorda disso e afirma que:

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 “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos" (At.4:12)

"Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (ITm.2:5).
"Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (Jo.14:6).
Admitir que só uma certa denominação pode salvar o homem é um pecado terrível, visto que quando a CCB se coloca como a única igreja verdadeira está tomando o lugar do único Salvador. A Bíblia é clara que só Jesus é o caminho e não há mediador entre Deus e o homem a não ser Jesus Cristo.
As Igrejas são apenas o meio que leva o homem ao fim, que é a salvação através de Jesus Cristo. Portanto segundo o resquício da doutrina da predestinação todos que porventura um dia terão que ser salvo, virão mais cedo ou mais tarde, à Congregação.
Afirmar que só a igreja ou denominação deles é que está certa, e que todas as demais estão fora do verdadeiro cristianismo é um tamanho absurdo, nem Cristo se estivesse hoje conosco concordaria com isso. A CCB, como tantas outras seitas, acredita que só eles estão certos, só eles são salvos; que só eles tem a verdadeira doutrina e as outras igrejas não, afirmam, também, que as demais igrejas evangélicas pregam mentiras e que não há salvação para aquele que não é batizado na Congregação Cristã. Tais homens são chamados de orgulhosos e ignorantes pela Bíblia, pois apesar de nada entenderem sobre Cristo, estão envaidecidos com a ideia de serem sábios (1 Tm 6. 4), fazendo com que muitos crentes abandonem a simplicidade da fé cristã (1 Tm 6. 4). Jesus classificou tais tipos de pessoas como hipócritas, que ensinam preceitos humanos ao invés da verdade Divina (Mc 7. 7-8).
 A CCB foi fundada em 1910. Se a salvação do homem esta condicionada à esta denominação como seus membros afirmam, significa dizer que; se seguirmos a linha de raciocino da CCB, quando afirmam ser a única “Igreja” verdadeira, chegamos a conclusão de que todas as gerações anteriores a esta data de fundação da mesma, estão condenadas. Existe ignorância maior que esta? Deus não está preocupado com a denominação A ou B, Ele enviará seu Filho para buscar sua Igreja, um povo santo que o adore em espírito e em verdade.


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Mateus 22:14- "Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos."
Este versículo é usado pela CCB para rejeitar o ensino bíblico da certeza da salvação.
Refutação: Lendo a passagem toda, a conclusão a que chegamos é que: os que são chamados e não aceitam a Cristo morrerão nos seus pecados, mas os que são chamados e recebem a Jesus, torna-se a sua escolha e fazem parte dos convidados, na alegria da festa que acontece na casa do Rei. Os escolhidos de Deus são aqueles que receberam o seu Filho como Salvador e foram justificados por ele (Efésios 1:4). Os chamados e os escolhidos têm uma coisa em comum: todos foram chamados. Eles se distinguem, porém, pelo fato dos primeiros permanecerem chamados, porque não atenderam o chamado. Os outros, porém tornaram-se escolhidos, porque ouviram o chamado do Senhor e o atenderam. Tomemos como exemplo um general, que durante a guerra reúne todos os soldados sob suas ordens. Ele lhes explica uma operação perigosa que tenciona executar. Para essa ação, ele procura voluntários. Ele, portanto, chama todos os soldados, mas somente alguns se apresentam e dizem:"Eu quero fazer!" Esses poucos são,então,os escolhidos. Outro exemplo é uma dona de casa que vai ao supermercado. Quando vai comprar algum produto, ela possui alguma base para escolha da mercadoria que vai levar, que pode ser o preço, o valor nutritivo, a qualidade, etc. Assim Deus nos escolhe com base em Seu Filho. Aqueles que estão em Cristo, são os escolhidos. Deus de antemão determinou o meio de salvação e escolha - Jesus Cristo. Com base em nossa atitude para com Ele (fé ou incredulidade) está determinada a nossa escolha ou exclusão (Efésios 1:4-5,13-14) Ademais, a certeza da salvação é o testemunho de Deus no crente, e nega-la é chamar Deus de mentiroso (I João 5:10-13; Romanos 8:16).

Argumento da apostasia: "É mais fácil os membros das denominações cristãs virem para a Congregação Cristã no Brasil, do que o contrário”.

Refutação: Isso não acontece apenas em relação à CCB, mas a todas as seitas heréticas. Crentes imaturos (podemos incluir também alguns pastores) que apesar de terem até muitos anos em uma igreja, ainda não tiveram uma experiência genuína com Cristo, por isso são facilmente arrastados por seitas como essa.  No Antigo Testamento lemos em Jeremias 2:11 - "Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto não serem deuses? Todavia o meu povo trocou a sua glória pelo que é de nenhum proveito." E no Novo Testamento lemos em I Timóteo 4:1 - "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios." (Veja ainda Mateus 24:24).

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Uma tática de proselitismo muito comum usada pelos adeptos da CCB para desencaminharem os cristãos para o seu movimento é de afirmarem a eles que "mais cedo ou mais tarde virão fazer parte da CCB", "que não adianta relutar porque 'Deus' revelou e assim o quer, e não existe outro caminho a não ser a CCB”. Tais falsas profecias são faladas com tal convicção que os menos desavisados e imaturos acreditam. Tal atitude na verdade revela o pensamento extremamente exclusivista e fanático da CCB, distanciando-a ainda mais do puro evangelho de Cristo.
E João completa dizendo que "amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." (I João 4:1).
Os evangélicos que apostatam da fé e se unem a CCB e a qualquer outra seita, de acordo com o ensino de I João 2:19, apenas provam que nunca foram genuinamente convertidos.

Argumentos usados pelos adeptos para provarem ser a CCB a única igreja verdadeira.
Argumento Místico: "A Congregação Cristã no Brasil não foi levantada por homens, mas pelo Espírito Santo, por isso é a única igreja verdadeira”.
Refutação: Esse é um argumento utilizado por quase toda totalidade de seitas heréticas para validar e dar força ao seu movimento ou organização religiosa. Testemunhas de Jeová, Mórmons, Espíritas, Igreja de Cristo de Boston, e outras utilizam do mesmo argumento. Jesus Cristo advertiu os seus discípulos de que surgiriam muitos falsos profetas que enganariam a muitos (Mateus 24:11). Da mesma forma os seus apóstolos alertaram a Igreja para não dar crédito a qualquer espírito (I João 4:1), de que muitos viriam para inquietar os cristãos com suas falsas doutrinas (Gálatas 1:8-9, 5:12) e de que o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz (II Coríntios 11:13-15;I Timóteo 4:1).
 Argumento dos Sinais e Maravilhas: "Na CCB são dados muitos testemunhos de milagres que provam ser ela a obra de Deus".
Refutação: Operação de milagres não prova que determinado movimento pertence ou não a Deus. Existem seitas que atraem as pessoas justamente por essa característica, um exemplo é a Seicho-No-iê. Uma das táticas de proselitismo dos adeptos da CCB são enumerar os "milagres e maravilhas" e acontecimentos sobrenaturais que  acontecem no seu grupo religioso para assim atrair os evangélicos. Vale a pena lembrar que os demônios são especialistas em falsificar sinais e milagres para manter as pessoas no engano (Mateus 24:24; Deuteronômio 13:1-3; II Tessalonicenses 2:9; Apocalipse 13:12-13, 16:14).  E também temos o fator fé. Disse Cristo: “Se
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tiverdes fé do tamanho dum grão de mostarda, direis a este monte: Lança-te no mar” O milagre foi realizado na pessoa pelo seu ato de fé. Por que creu que seria curado e a fé tem muito poder.

Argumento da Uniformidade Doutrinária: "Na CCB existe união e uniformidade doutrinária o que não acontece nas igrejas evangélicas".
 Refutação: É interessante notar que todos os argumentos utilizados pelos adeptos da CCB, são os mesmos usados pelas demais seitas heréticas. Quanto a questão da união e da uniformidade doutrinária (ou seja, todos crêem nas mesmas doutrinas) isso é encontrado também em seitas como as Testemunhas de Jeová, movimento de Boston, Seicho-no-iê e outras,o que não prova que esses movimentos são de Deus. O que prova se um movimento é de Deus ou não, é sua atitude para com o evangelho. Se pregam o evangelho genuíno é de Deus, mas se pregam outro evangelho isso evidência uma origem satânica(Veja: Gálatas 1:6-9; Atos 15:1,9,11; I Coríntios 15:1-3; Romanos 1:16-17). Em pontos doutrinários essenciais os evangélicos possuem a mesma crença (Deus, Jesus, Espírito Santo, Bíblia, Evangelho, Salvação,etc.), a divergência encontra-se em pontos doutrinários secundários, formas de administração e em usos e costumes.(Veja o princípio deixado por Paulo em Romanos 14:5-6). “Atualmente a Congregação Cristã no Brasil já está dividida em varias divisões: “Congregação Cristã Apostólica”, “Congregação Cristã do Sétimo Dia” “Cristã Remanescente” e a mais nova e mais prospera em membros: “Congregação Cristã- Ministério Jandira”. Esta ultima não faz o rebatismo de pessoas de outras igrejas e consideram os membros de igrejas evangélicas como seus irmãos em Cristo. Agora a pergunta: A onde está a uniformidade de doutrina da CCB? Até entre o próprio ministério da CCb há grandes divisões!
Argumento da Igreja Verdadeira: "Deus não é de confusão, então só existe uma igreja verdadeira, e essa é a CCB”.
Refutação: Se as igrejas genuinamente cristãs adotassem esse ponto de vista preconceituoso, então sim haveria confusão. Imagine a denominação Batista afirmando que só os batistas eram a igreja verdadeira porque somente todos os seus pontos de vistas eram corretos, ou quem sabe, a Assembléia de Deus, ou a Metodista, e outras. Isso geraria então a maior confusão! No entanto a convivência entre as diversas denominações não é assim, porque? Porque sabemos que unidade não é o mesmo que uniformidade. Podemos para finalizar essa questão afirmar não só para a CCB, mas para toda seita que adota o mesmo ponto de vista, que:
Um dos ensinos bíblicos que os cristãos procuram preservar apesar de tantas dificuldades que enfrentam é a unidade, dizer que não nos preocupamos com isso é pura insensatez; entretanto essa unidade não é denominacional, mas espiritual, conforme Jesus e Paulo declararam (João 17:21-23; Efésios 4:3-6); além disso o fato das seitas serem unidas em seus respectivos movimentos não é prova de que contam com a aprovação
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de Deus, mesmo porque "os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz"(Lucas 16:8); a dita unidade das seitas não é do Espírito, pois, gira em torno de falsos ensinos e doutrinas antibíblicas, e muitas vezes essa unidade é buscada como meio de se justificarem diante de Deus, enquanto que nossa justiça é unicamente Cristo; as questões de diferença doutrinaria entre as denominações evangélicas giram em torno de questões secundárias(liturgia, usos e costumes, formas de administração),e não de doutrinas essenciais(Bíblia, Jesus, Salvação, pecado;etc.). Existe sim apenas uma igreja verdadeira, e esta é composta por todos os que são lavados e remidos no sangue de Jesus Cristo. Na verdade quem promove a confusão é a CCB, pois procura enganar os mais ingênuos tentando se passar por uma igreja cristã.
Tais homens são chamados de orgulhosos e ignorantes pela Bíblia, pois apesar de nada entenderem sobre Cristo, estão envaidecidos com a idéia de serem sábios (l Tm 6.4), fazendo com que muitos crentes abandonem a simplicidade da fé cristã (l Tm 6.4). Jesus classificou tais tipos de pessoas como hipócritas, que ensinam preceitos humanos ao invés da verdade divina (Mc 7.7,8).
É notório entre os evangélicos o conhecimento do aliciamento que é praticado pelos membros da CCB, e como já disse, isto não é atestado somente pelos membros da Assembléia de Deus, mas pelos evangélicos em geral.                                                     
É de fato, justo perguntar: Por que os "congregados" lançam mão de tais artifícios, ou seja, o proselitismo desonesto? Somente há uma resposta plausível: porque acreditam que "SALVAÇÃO SÓ HÁ NA CCB". Há testemunhos aos milhares (sem usar a hipérbole) quanto a isto. Não é raro você dialogar com um "congregado", sem o tal não tocar na "superioridade" de sua igreja. Isto é sintomático entre as seitas, qual seja, dizer que sua igreja é superior às outras, considerar-se num plano espiritual melhor que as demais. Esta visão distorcida da soterologia gera um modus operandi defeituoso e beligerante dentro de qualquer comunidade. E isto com certeza não reflete o espírito evangélico de comunhão esposado por Jesus e seus apóstolos.
O autor das objeções em lide procura se esquivar do estigma de exclusivista ao tentar burlar com vãs subtilezas e através de analogias pueris o cristalino ensino das escrituras, e isto a cada vez que se propõe a defender as trágicas práticas da CCB com palavras bem colocadas, mascaradas de plausibilidades. Contudo, ledo engano!
Arrazoa nosso amigo dizendo: "Não tem sentido alguém, por exemplo, estar na igreja Presbiteriana e, ao mesmo tempo, achar que a Assembléia de

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Deus está melhor adaptada à Bíblia. Se assim o fizer estaria se comportando com hipocrisia para com sigo mesmo e para com Deus." e ainda "Se achássemos que essa plenitude era vivida em outra comunidade cristã, era para esse lugar que deveríamos nos dirigir em nome de nossa consciência a qual Deus colocou em cada um de nós."
Esquece ele, porém, que Jesus possui uma igreja universal e invisível. A Igreja de Cristo não se restringe à organizações visíveis e muito menos a uma só delas. A visão de nosso amigo é deveras errônea, fruto de uma teologia distorcida, pois não encontramos em lugar algum no NT, a ordem de Jesus ou algum dos apóstolos, para que membros de certas igrejas emigrem para outras, quando estas possuírem ponto de vistas diferentes quanto a certos aspectos secundários de interpretações doutrinárias. Não servimos a Deus em tal e tal denominação porque acreditamos que ela é melhor que as outras, isto é fruto de mentes contaminadas com sectarismo, mas servimos a Deus onde fomos chamados e por motivos de circunstâncias mil. Veja, posso mudar de igreja sem alterar minha condição de salvo ou melhoria espiritual. Pois o crescimento espiritual está em você buscar mais do Senhor Jesus e não tem nada a ver com denominações. Por exemplo, um batista ou presbiteriano não precisaria mudar para a Assembléia de Deus a fim de crescer espiritualmente, basta ele buscar isto em sua própria igreja. Nem mesmo a doutrina pentecostal é monopólio das igrejas pioneiras, mas Deus a dá aquele que o busca independente de ser da igreja "A" ou da igreja "B".
 A CCB diz - Na página 7 lemos: "O povo de Deus não tem necessidade de frequentar outros cultos e nem de ler leituras religiosas de diferentes princípios."
Na página 16 lemos: "um desses pecados de morte é o que é cometido contra os que se levantam contra a obra do Espírito Santo." E na página 19 lemos: "AOS CRENTES- A Palavra de Deus ensinada à sua Igreja não é para ser discutida, porém obedecida; só assim se honra ao Senhor." E na mesma página lemos: "Não possuímos jornais de propaganda religiosas e nem leituras religiosas, assim como não correspondemos com os que os editam. Não devemos portanto colaborar de espécie alguma."
Comentário: Dessa maneira o adepto da CCB não visita nenhuma igreja evangélica, não lê nenhuma outra literatura a não ser as da CCB, desconsidera aqueles que se opõem aos seus ensinos, não cooperam com nenhuma denominação evangélica, e não questionam nada do que lhes é ensinado. Esse tipo de ambiente psicológico resulta em uma espécie de fechamento de mente, encontrado também em outras seitas heréticas, como por exemplo, as Testemunhas de Jeová. Tal atitude, a despeito de

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procurar "manter" uma uniformidade, resulta em uma verdadeira lavagem cerebral, por isso é destrutiva. A CCB se encontra no rol das seitas perigosas, por utilizar-se de manipulação e controle mental entre seus adeptos.  Narciseamente a CCB se acha superior às demais denominações considerando-as, pejorativamente, “seitas das teorias humanas”. Não queria ser comparada a nenhuma outra comunidade, eis por que negou suas origens declarando oficialmente: “Não somos pentecostais, e nada temos a ver com o movimento pentecostalista” (Tóp. 23 Ass. 1991).
Crise de identidade. A declaração gerou uma crise de identidade na igreja (Se não sou pentecostal, porque adorar e viver como um?), que desde então vem afetando seus costumes denominacionais e prejudicando a liturgia do culto, ou como dizem, a liberdade de dar glória e do Espírito Santo agir na igreja. Hoje sentem-se ofendidos quando classificados como pentecostais  (Top.22 Ass. 1988), não aceitam nenhuma rotulação senão a por eles reivindicada.

Reivindicação. Desprezando a condição de uma igreja pertencente ao movimento pentecostal, num delírio a CCB faz uma reivindicação absurda, avocando para si o título de “Obra de Deus”, quando muda o título original do testemunho escrito da sua fundação de HISTÓRICO DE UMA RAMIFICAÇÃO NA OBRA DE DEUS para HISTÓRICO DA OBRA DE DEUS REVELADA PELO ESPÍRITO SANTO NO SÉCULO ATUAL (PASSADO). Tal fato não causou indignação na época e sim trouxe orgulho e exclusivismo, desde então seus membros passaram a considerá-la a “Verdadeira Graça”, usurpando título e honra do Senhor Jesus. A estrutura da CCB é idêntica a das seitas pseudocristãs no aspecto psicológico imposto a seus adeptos, eles são orientados a não visitarem outras igrejas ou lerem literaturas religiosas a não ser as da própria CCB: "O povo de Deus não tem necessidade de frequentar outros cultos e nem de ler leituras religiosas de diferentes princípios."(Pontos de Doutrina e da Fé que uma vez foi dada aos santos, página 7); são advertidos a não discutirem ou questionarem os seus ensinos : "A palavra de Deus ensinada à sua Igreja não é para ser discutida, porém obedecida; só assim se honra ao Senhor."(idem, página 19); devem desconsiderar os que não concordam com eles - "Cães são aqueles que tentam derrubar o povo de Deus, danificar a obra e dividir o corpo de Cristo com um espírito contrário ao espírito do Senhor."(idem, página 16), "...um desses pecados de morte é o que é cometido contra os que se levantam contra a obra do Espírito Santo."(idem, página 16), esse tipo de estrutura resulta em uma verdadeira lavagem cerebral e por isso é destrutivo. Cristo nos trouxe liberdade e não quer que estejamos debaixo de um jugo de escravidão (Gálatas 5:1,13; João 8:32).


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Pervertem ainda o conceito bíblico sobre a graça de Deus, ao associarem que para alguém participar da "graça" de Deus precisa ser da CCB, isso leva seus adeptos a idolatrarem sua organização religiosa, até mesmo as crianças que nascem de pais pertencentes a CCB são considerados como "nascidos na graça". Enquanto na Bíblia vemos que graça é o favor imerecido de Deus que recebemos, é o próprio Cristo, com tudo aquilo que Ele é, fez e faz por nós (João 1:14;I Coríntios 15:10; Tito 2:11), ninguém pode afirmar que nasceu na graça, porque antes de conhecermos a Cristo estávamos mortos em delitos e pecados(Efésios 2:1), ou seja, nascemos no pecado como filhos da ira (Efésios 2:3; Salmo 51:5).
Uma das principais características da CCB como o uso do véu não fora instituído por ordem do Louis Francescon. Na comum dele, nos Estados Unidos, as mulheres sequer usavam véu e sim um chapéu.
O mesmo ocorreu com a liturgia de culto que fora institucionalizada em todo o Brasil por meio do ancião Miguel Spina, e isso somente na década de 50. Não tem como atribuir a Francescon o pensamento de um ancião de que a CCB é a graça de Deus. Se Francescon de fato ensinou isso por que ele não “fundou” uma “CCUSA cópia autenticada da CCB?”.
Lembrando que uma “CCUSA cópia autenticada da CCB” só apareceu nos Estados Unidos em 1980 por ação do ancião Miguel Spina. Detalhe: Ele convidou várias denominações que tiveram a mesma origem do movimento o qual Francescon frequentou a se unirem com a CCB.


Na Congregação Cristã, existe a crença de que aqueles que estão sob a graça de Deus (a própria denominação se auto intitula assim) com “liberdade” na igreja (chamar hinos, orar em voz alta, testemunhar, tocar na orquestra e participar da Santa Ceia) são integrantes do grupo seleto de cristãos aos quais Deus separou para herdar a vida eterna. Para tanto, eles devem observar e seguir uma série de ensinamentos conhecidos como “doutrina” (tais como: mulheres não podem cortar os cabelos nem usar calças, maquiagem ou joias e os homens não podem usar bermuda, cavanhaque ou topetes no cabelo). Aqueles que foram batizados na CCB e que não têm mais “liberdade” na igreja, mesmo que congreguem regularmente são considerados “pecadores de morte”, e para estes não existe mais salvação, sendo muita das vezes desprezados pelos irmãos e irmãs que o chamam de pecadores (a CCB ensina que seus fiéis não possuem pecados, somente faltas e fraquezas, contrariando I João 1:8-10 que afirma que todos temos pecados e que aquele que diz que não peca é mentiroso). Pessoas de outras denominações cristãs são conhecidas como “seitários” pelos membros da CCB, sendo frequentemente  chamados de primos, não sendo considerados irmãos na fé nem verdadeiros cristãos. Veremos a seguir o que diz um trecho do livro de doutrina da CCB: “O Senhor nos guiou em que só sejam considerados nossos irmãos



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aqueles que se batizam entre nós. Na Obra de Deus não temos parentes nem amigos, todos somos iguais e quem não está na doutrina não é considerado como irmão nem tem liberdade nos cultos”. (Tópicos – Assembléia de 28 a 31 de março e 1º de abril de 1961) – grifo do autor
Nesse pequeno artigo estaremos tratando sobre o sectarismo da CCB, registrado nos tópicos de ensinamentos de diversas assembléias anuais realizadas pela liderança dessa agremiação religiosa. Esses ensinamentos se tornam na prática à doutrina da CCB.
Iniciamos com um trecho da carta do fundador da CCB, Louis Francescon, escrita para a Assembléia de 1961:
● CARTA DO SERVO DE DEUS IRMÃO LOUIS FRANCESCON
 “Lous Francescon aos meus caros irmãos anciães, cooperadores, diáconos e administradores presentes a reunião anual que tendes em 29 de Março a 1º de Abril próximo na cidade de São Paulo. A Paz de Deus seja multiplicada. Com a ajuda de Deus vos posso enviar também neste ano estas poucas linhas, no geral, baseadas nas Sagradas Escrituras, afim de que vosso progresso em tudo cresça num templo santo ao Senhor…….”
● PREGADORES ESTRANHOS A NOSSA FÉ
Em hipótese alguma jamais devemos convidar ou permitir que pregadores de outras denominações ou de seitas se levantem perante o povo de Deus para pregarem a Palavra em nossas casas de orações. Se porventura se levantassem e lançassem entre a irmandade uma doutrina estranha, o único responsável seria o servo de Deus que, desmazeladamente cedeu o seu lugar a quem não devia. Os servos de Deus são suficientes para explicar as coisas de Deus, não obstante algumas vezes a astúcia do adversário. Veio a nosso conhecimento que Americanos de seitas dizem que precisam estudar um meio de se infiltrar na Obra de Deus no Brasil; todavia as suas manobras são conhecidas e que já ocorreu quando um, tentou assim fazer na casa de oração do Brás, quando o Senhor guiou um seu servo para impedi-lo. Isso é importante para os irmãos anciães que tem grande responsabilidade pelo rebanho e pela Obra de Deus. Não se pode dar entrada em nosso meio de pessoas estranhas a fé, quer de seitas, quer políticos. Nessa última parte em especial o povo de Deus é livre, entretanto nunca deve apoiar àqueles que negam a existência de Deus.
Não se respeita a qualidade da pessoa, não se dando liberdade a quem quer que seja estranha a fé e a doutrina da Congregação. Nada temamos, pois Aquele que está conosco é superior a todos e o Senhor nos tem posto como atalaias. Ele nos guarda dos destruidores, especialmente daqueles que arruinaram a Obra de Deus na Itália, na Argentina e na América do Norte. 
                                                                                                                             
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Esses grupos de Americanos, afirmam que não saíram dos fundamentos, entretanto sabe-se que, em tudo se afastaram do que o Senhor deu por revelação a seu servo ensinar. (TÓPICOS – ASSEMBLÉIA DE 28 A 31 MARÇO E 1º DE ABRIL DE 1961).     
                                                                                                       
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO
Num “show” de extremismo e sectarismo separatista, Louis Francescon, o fundador da CCB, se levanta contra os irmãos em Cristo de outras denominações evangélicas tachando-os de “seitários” e destruidores.
Engana-se quem pensa que o fundador da CCB não era sectarista. Na verdade seus escritos demonstram que ele foi o primeiro disseminador do sectarismo gritante da CCB. Esse Louis Francescon afirma que seus ensinamentos sectarista têm base na Bíblia Sagrada. Ele condena todos os que não obedecem a “doutrina” que ele diz ter recebido de Deus por revelação, como se Deus só revelasse as coisas para ele e a Bíblia não tivesse valor algum. Nós devemos obedecer às doutrinas da Bíblia, e não aos ensinamentos sectaristas de um “visionário” que se acha único profeta infalível de Deus.
● FREQUENTAR SEITAS
Tem existido no meio da irmandade irmãos que não se satisfazendo, aliás, acham talvez, que o que o Senhor envia pelo Espírito Santo nas congregações não é suficiente para saciar suas almas buscando assim ser alimentados pela sabedoria humana, frequentando seitas onde predomina o saber e a ambição do homem. Até no espiritismo tem ido irmãos nossos; aquele que iluminado pelo Espírito Santo deve saber discernir a moeda falsa da verdadeira.
Sabemos por quem somos guiados e quem opera em nosso meio; todavia, não é possível ser admitido que nossos irmãos frequentando seitas e denominações estranhas a nossa fé possam ser considerados nascidos da água e do espírito como um fiel que tem aceito o Senhor nosso Jesus Cristo como o seu único e Pessoal Salvador. Assim deve tais irmãos ser exortados com veemência e, si porventura não renunciarem a tais hábitos, não serão mais considerados como irmãos e impedidos assim da comunhão da Igreja. Existem irmãos que tem em si o desejo de ser pregadores, não possuindo para tal o Dom de Deus, em casos tais alguns tem ido para seitas onde lhe dão a liberdade desejada. Devemos nos guardar desses espíritos de ambição e inveja, pois mais tarde ou mais cedo o Senhor esclarece o que se encontra no coração daquela pessoa. (TÓPICOS – ASSEMBLÉIA DE 28 A 31 MARÇO E 1º DE ABRIL DE 1961)

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COMENTÁRIO APOLOGÉTICO
Nesse tópico herético a CCB afirma que quem vai à outra denominação evangélica é alimentado por sabedoria humana, negando com isso as palavras de Jesus que disse que onde estirem dois ou três reunidos em Seu Nome Ele estaria ali (Mateus 18:20), e também que o Espírito Santo se move onde quer e inspira os pregadores de outras igrejas a pregarem a Palavra de Deus.
Também afirmam que pessoas que frequentam outras denominações ou seitas (como eles chamam as outras igrejas) não podem ser consideradas nascidas da água e do espírito, ou seja, um verdadeiro convertido.
Heresia absurda de falsos profetas que não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus, pois a Palavra de Deus ensina que a todos quantos receberam a Cristo deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus. (João 1:12).
Veja o que a CCB diz ainda:
Pergunta:   Porque se chama doutrina dos Homens as igrejas evangélicas?
Resposta: Por que são preceitos, doutrinas, ou mandamentos, que Cristo não ensinou, mas os homens ensinam, para seus próprios interesses. São Mateus cap 15, v 7 ao 9. Esta é bem propagada por todo o mundo, devido o bom resultado financeiro, a favores de seus Pastores ou dirigentes. Zacarias cap 11, v 4 à 5 .— Isaías cap 56, v 8 ao 12 — Romanos cap 16, v 17-18. São falsos Apóstolos e falsos Mestres, que enganam o povo simples. II Corintios cap 11, v 13 ao 15 —11 São Pedro cap 2, v 1 ao 3 — Tito cap 1, v 10 ao 16. Por isso, Deus está contra eles. Ezequiel cap 34, v 10. E com muita ira. Zacarias cap 10, v 3. E não lhes dará salvação. Jeremias cap 25, v 34 ao 38 — São Mateus cap 7, v 21 ao 23. Apocalipse cap 22, v 15.
Refutação: Podemos observar que as citações feitas na exposição são de passagens que tratam dos maus pastores, como se a Bíblia fosse contrário ao ministério pastoral. Utiliza-se de citações dando a entender que Deus não suporta nenhum pastor, quando na realidade isso não é verdade. Esquecem-se, porém, que as mesmas passagens não estão condenando o fato desses homens serem pastores, mas de exercerem de forma inadequada seus ministérios. Tanto é que vemos passagens que tratam dos bons pastores, por exemplo: Jeremias 3:15, 23:4, Miquéias 5:5; Isaías 44:28, 63:11. Entretanto essas não são levadas em conta na exposição.

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● CONSELHOS EM CONTINUAÇÃO A PREGAÇÃO – 1964:
…O Senhor preparou um povo Seu, especial, zeloso e de boas obras. Completar-se-ão 54 anos que Ele iniciou esta gloriosa Obra em nosso país.
…Paralelamente a isso, inúmeras são cartas que nos enviam convidando a que nos unamos com denominações. Nunca as respondemos. A igreja de Cristo jamais se unirá com seitas ou organizações de espécie alguma, permaneceremos sobre este fundamento: Cristo Jesus. Ele é a Cabeça deste glorioso corpo, que é a Sua Igreja. Ele a governa e dirige pelo Espírito Santo. Por isso é que esta Obra aumenta, progride. O Senhor realiza tudo por nós.
Não possuímos propaganda, não temos pregações em praças públicas. Os servos de Deus não têm estudos de seminário; não damos dízimos e nem pagamos salários aos pregadores. -… Se quebrássemos essa união e ligássemos a organizações humanas, o Senhor se retiraria de nós. Ele não precisa de nós. (TÓPICOS – ASSEMBLÉIA DE 25 A 27 DE MARÇO DE 1964).
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO
É um absurdo dizer que Deus preparou um povo Seu apenas em 1910, ou seja, apenas há 54 anos antes dessa declaração herética da CCB!!!  Eles se acham muito “santos” e únicos detentores da verdade. Monopolizam a salvação e privatizam a graça de Deus. Vangloriam-se em dizer que não se unem com outras denominações. Se auto-intitulam como única Igreja de Cristo, e afirmam que a “igreja de Cristo” (entenda-se eles – A CCB) jamais se unirá com seitas ou organizações, desprezando assim o fato de que as outras denominações também fazem parte da única Igreja – Corpo Místico de Jesus Cristo. Condenam o fato de os evangélicos estudarem em seminários teológicos, darem dízimos e assalariarem os pastores, porém a Bíblia é a favor do estudo bíblico (II Timóteo 2:15), e existem bases bíblicas para a instituição do dízimo como contribuição (Malaquias 3:8-10) e para o salário dos pastores (I Timóteo 5:18, Lucas 10:7). Presunçosamente, e numa atitude de juízo temerário, afirmam que se  unissem com as demais denominações que assim o fazem, Deus se retiraria deles, o que significa que eles creem que Deus não está nas outras igrejas evangélicas.

… quanto ao que já foi falado sobre as denominações evangélicas, de fato inúmeras são as propostas para que nos unamos. Mas a resposta nossa tem sido sempre a mesma. Não nos uniremos com denominações alguma e, assim lhes temos sempre fechado as portas. Não desprezamos ninguém, porém, queremos nos conservar livres. Em nosso meio existem pregadores e até pastores que aceitaram esta graça. Mas não vieram para pregar, e sim para estarem assentados ouvindo somente a Palavra que Deus dispensa a Seu povo. (TÓPICOS – ASSEMBLÉIA DE 25 A 27 DE MARÇO DE 1964).
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COMENTÁRIO APOLOGÉTICO
Dizem que não desprezam ninguém, mas na verdade não apenas desprezam como julgam e condenam as outras igrejas evangélicas.Dizem que tem sempre “fechado às portas” para as outras igrejas.Ainda bem que o Senhor Jesus, Salvador dos verdadeiros cristãos, não despreza e nem fecha a porta para ninguém que o recebe como único e suficiente salvador pessoal.Quanto a essa organização religiosa,podemos dizer que não praticam as virtudes cristãs ensinadas na Bíblia, como: o amor, a comunhão dos santos e a unidade do Espírito.
                                                                                                      ●APÓSTATAS DA FÉ – MARINGÁ, ESTADO DO PARANÁ
O servo de Deus que atende a esta Congregação trouxe-nos a notícia sobre a rebelião promovida por um pequeno grupo de pessoas que eram nossos irmãos, porém se deixaram iludir pelo adversário.
Começaram a estudar materialmente a Bíblia tendo sido tomados por um espírito de engrandecimento que os leva a menosprezar os servos de Deus. Blasfemam contra a Sã Doutrina e contra as cousas santas de Deus. Utilizam-se também da liberdade de se levantar perante o povo para lançar doutrinas totalmente estranhas, intentando dividir a Obra de Deus. Tendo sido chamados e admoestados diversas vezes pelos irmãos anciãos, não acataram e não se humilharam; antes continuam a promover a dissolução no meio da irmandade. Em reunião do Conselho de irmãos Anciãos realizada a 25 de março de 1964, deliberou fazer-se uma circular excluindo essas pessoas, nome por nome, de membro da irmandade, aliás, da Congregação. Que ninguém os receba e nem tenha parte com eles, pois colocam-se no lugar de Core, Datham e Abiram, que se rebelaram contra o servo de Deus Moisés, e a terra abriu sua boca e os engoliu e vivos desceram ao sepulcro. (Números 16; 1-35).
Refutação: A primeira prática da Congregação a ser refutada biblicamente é o exacerbado denominacionalismo imposto pela Congregação Cristã no Brasil. A insistência em afirmarem que só ali é praticado o verdadeiro cristianismo, e que somente os congregados serão salvos, é uma característica marcante dos sistemas sectários. Ninguém é salvo simplesmente por estar filiado e freqüentar regularmente uma igreja cristã. Em Atos 4.12 está escrito que não há salvação em outro nome, a não ser Jesus: "...abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos".
Jesus é o único caminho para o Pai (Jo 14.6). Não é a denominação, que um dia será destruída pelo fogo do juízo. Para encontrar a salvação em Cristo, basta procurá-la na Bíblia, um guia seguro e infalível.

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Vejamos o que a Bíblia diz sobre a salvação:
§  Só Jesus salva (At 4.12; 1Tm 2.5)
§  É necessário arrependimento de pecados (Mc 1.15; At 16.15-16)
§  Jesus nos perdoa e nos defende das acusações de Satanás (1Jo 1.9; 1Tm 2.5; 1Jo 2.1) Ele o Pai vêm fazer morada em nós (Jo 14.23)
§  Os salvos são os que ouvem e crêem na palavra de Deus (Jo 5.24)
§  Somos regenerados pelo novo nascimento (Jó 3.3)
                                                                                                     
As boas obras não salvam (Ef 2.8), nem a Lei de Moisés (Hb 7.28), pastores ou sacerdotes (Hb 5.1-6), a nossa confiança para a salvação deve ser posta exclusivamente em Jesus Cristo (Hb 4.16). Assim, não é preciso ser membro da Congregação Cristã para ser salvo, nem ela é a melhor igreja, nem a única dona da verdade. Como os congregados não consideram irmãos os membros de outras igrejas, também não os saúdam da mesma maneira que o fazem entre si. Não os chamam de irmãos e não mantêm com eles nenhum tipo de relacionamento espiritual.
Talvez seja por acreditarem ser os donos do céu, e que somente eles irão para lá, não desejam compartilhar com outros cristãos essa graça exclusiva. Infelizmente, estão equivocados os "irmãos" da Congregação Cristã, pois em Mateus 5.47 Jesus diz que "se saudardes somente vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos o mesmo?"
Não existe ensino bíblico recomendando saudação especial. O ósculo é um caso a parte, que será aqui comentado. Jesus aconselhou seus discípulos a saudarem todas as pessoas nos lugares onde chegassem. No entanto, não disse quais palavras deveriam ser usadas como saudação (Mt 10.12).
Além disso, não há uma maneira uniforme de saudação nas cartas escritas pelos apóstolos e Jesus também não usou sempre as mesmas palavras, quando saudava seus discípulos. O Mestre ensinou não haver nenhum mérito ao saudarmos somente nossos irmãos, como faziam os publicanos.
Esse tratamento discriminatório demonstra apenas que a Congregação é sectária. Seus membros são arrogantes, orgulhosos e soberbos. Esse modo de se comportar em relação aos outros demonstra falta de amor fraternal em seus corações. Ninguém é obrigado a saudar as pessoas dessa ou daquela maneira e são todos livres para o fazer da maneira que desejarem, mas jamais se deve ensinar que a única maneira correta é aquela que praticamos.
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Rejeição do cargo de pastor.
A CCB ataca e repudia fortemente o cargo de pastor. O ensino de que a Igreja não deve ter nenhum pastor além de Jesus Cristo, está em desarmonia com o ensino do Apóstolo Paulo na sua carta aos Efesios: “E a graça foi concedida a cada um de nós segundo o propósito do dom de Cristo. Por isso diz: Quando ele subiu às alturas levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens... E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com vista ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos a unidade da fé e ao pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos meninos, agitados de um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef. 4. 7- 8-11-14).
O que o ensino bíblico nos sugere, é que:
- Pastorear é um dom de Deus (Ef. 4. 8 / Jr. 3. 15).
- Esta função tem propósitos específicos dentro da Igreja de Cristo, que é:
· Desempenhar o trabalho divino;
· Edificar o corpo de Cristo, a Igreja.
O ensino bíblico é explicito, vejamos:
· “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a Igreja de Deus, a qual Ele comprou com seu próprio sangue” (At. 20. 28).
· “Pastoreais o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangidos, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes vos tornando modelos do rebanho”
Salmo 23:1- "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. "Este versículo é usado pela CCB para rejeitar o ministério pastoral.                                                                                                                                                                                   
Refutação: Quem escreveu o Salmo 23 foi Davi, antes de ser rei de Israel a sua ocupação era ser pastor de ovelhas. Nesse salmo ele compara o seu relacionamento com Deus com a atitude do pastor para com sua ovelha, o que lhe era muito familiar (I Samuel 16:11e 19, 17:1 e 34). Então temos um retrato metafórico de Deus como um pastor, e de Davi como uma ovelha. O texto não tem nada haver com o ofício de pastor designado por Deus para a Igreja (João 21:15-17; Efésios 4:11-12). Se o fato de Deus ter
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sido chamado Pastor, anula o ministério pastoral, então a CCB deveria rejeitar o ofício de ancião, pois Deus é também chamado de Ancião (Daniel 7:9, 13 e 22). Ademais o Senhor Jesus é o Sumo Pastor (I Pedro 5:4), se há o Sumo Pastor, há também os sub pastores ou apenas pastores.

João 10:16- "Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então haverá um rebanho e um Pastor." Outro verso para os CCB não terem o cargo de pastor.

Refutação: A CCB toma a expressão "um Pastor" do versículo citado e deduz que Jesus condenou e não instituiu o ofício de pastor.  Lendo a passagem toda, vemos que a ênfase está na obra de redenção de Cristo (ver versos 15-18). As “outras ovelhas" referem-se aos crentes gentios que se unirão ao verdadeiro Israel, Cristo não será apenas um Salvador nacional, mas mundial. A expressão "aprisco" na passagem refere-se a Israel. "Um rebanho" à Igreja universal com sua cabeça - Cristo, o supremo Pastor. No aspecto da redenção só há um Pastor, no aspecto de apascentar e liderar existe alguns cristãos que são chamados para o ministério pastoral (Efésios 4:11; João 21:15-17; I Pedro 5:4; Jeremias 3:15). A expressão "um só" é também utilizada em outros trechos bíblicos como, por exemplo, Efésios 4:4-6, e a forma de a entendermos está relacionada intimamente com o seu contexto. Em Efésios quando lemos "um só batismo" e "uma só fé" está querendo dizer que "só há um tipo de fé" e "um só tipo de batismo"? É claro que não! Existem vários tipos de fé: a fé natural (que todos seres humanos possuem), a fé doutrinária(conjunto de doutrinas), a fé como dom(ou dom da fé),e a fé salvadora(relacionada a redenção). Que "fé" Paulo faz menção como "uma só fé"? A última das que citamos, pois esta única fé nos faz parte da Igreja ou Corpo de Cristo. Quanto ao batismo, em Hebreus 6:2 lemos que há a doutrinas dos batismos(note que está no plural), isso significa que há vários tipos de batismo, tais como: batismo nas águas, batismo no Espírito Santo, batismo de sofrimento, batismo em Cristo ou no Corpo. A qual destes Paulo se refere? Novamente ao último que citamos. Ao crermos somos automaticamente batizados espiritualmente no Corpo de Cristo. É incoerente e irresponsável tomar a expressão "um só" Pastor para atacar o ministério pastoral, dizendo que não existem outros pastores além de Jesus, o correto é dizer que não existem outros pastores no sentido em que Jesus é, ou seja, no aspecto redentivo, mesmo porque só Jesus morreu pelos pecados dos homens. Assim como não podemos dizer que só existe "um tipo de fé" e "um só tipo de batismo", mas sim que no sentido de nos introduzir na experiência do Corpo de Cristo só existe uma só fé e um só batismo, ou seja, a Igreja é unida como um só corpo e mantida no mesmo por meio dessa única fé e desse único batismo. Podemos entender que Jesus é único como Pastor, Apóstolo, Evangelista, Profeta, Bispo e Mestre no sentido de que Ele é o próprio Deus que se tornou homem para nos redimir, enquanto que em um sentido ministerial existem os pastores, apóstolos, evangelistas, profetas,
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bispos e mestres (Efésios 4:11). Rejeitam o ministério pastoral por dois motivos: somente Jesus pode ser chamado de pastor, e chamar homens de "pastores" é dar títulos humanos que levam a vaidade da carne. Negam o sustento pastoral, em consequência de abraçarem a revelação registrada no livreto "Pontos de Doutrina e Fé que uma vez foi dada aos santos, página 3: "Todo servo de Deus deve trabalhar para o seu sustento material. Não dependendo da irmandade pode agir com mais franca imparcialidade em todos os casos que se apresentem." A expressão "todo servo do Senhor" indica também os líderes.

Refutação: É incrível o zelo com que os adeptos da CCB empregam em divulgar uma imagem negativa de todo pastor evangélico. Associam o recebimento de salário dos obreiros do Senhor ao roubo. É inaceitável essa prática da CCB, e depõe fortemente contra a imagem "cristã" que tenta aparentar. 

A Bíblia diz: Jesus Cristo é reconhecido na Bíblia como Pastor ou Bispo, Mestre, Apóstolo, Evangelista e Profeta(João 10:11, I Pedro 2:25; João 3:2; Hebreus 3:1;Lucas 4:18;Efésios 2:17; João7:40; Dt 18:15). Todavia, os líderes na Igreja poderiam ser chamados de pastores ou bispos, mestres, apóstolos, evangelistas e profetas(Efésios 4:11; Hebreus 13:7,17;Atos 13:1, 21:8; I Coríntios 1:1;Filipenses 1:1). O ensino da CCB de que somente Jesus pode ser chamado de pastor não tem base bíblica. Deus é também reconhecido como Ancião (Daniel 7:9,13, 22), no entanto a CCB deixa de denominar seus líderes de "anciãos"? Enquanto atacam designações bíblicas, e deixam de usá-las, inventam outras, como por exemplo: Cooperador de Ofício Ministerial. De acordo com a Bíblia não existe o ofício de "Cooperador de Ofício Ministerial", é pura invenção da CCB. Ser cooperador tem haver com atitude e não com ofício. Paulo cooperava para o progresso do evangelho, e cada cristão deve seguir o exemplo - "Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele”. (I Coríntios 9:23).
"Portando, devemos acolher esses irmãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade." (III João 8). Timóteo além de pastor foi chamado de cooperador por Paulo. (Romanos 16:21).O segundo argumento de que pastor é "título humano e que leva a vaidade da carne" também está contra o ensino da Bíblia. Os anciãos ensinam aos seus adeptos que "pastor" e "ministro" 'são nomes especiais que põe em destaque algumas pessoas, que mostram vaidade, e Deus não quer que ninguém se sobressaia'. O erro fundamental nessa conclusão da CCB está em associar o orgulho humano a questões exteriores e não a motivação interior, tal atitude é própria de um sistema farisaico e legalista. Para entendermos essa questão, farei a seguinte pergunta: "O fato de alguém receber um título leva automaticamente a vaidade, ou, o fato de alguém não receber um

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título exclui automaticamente o indivíduo da vaidade humana?”A resposta é não! Primeiro porque "título" significa "rotulo ou nome", por sua vez "intitular" significa "dar título, chamar, denominar", e a Bíblia não é contra " intitular, ou dar título" a alguém. Deus intitula, e a CCB ataca essa atitude, combatendo assim contra Ele. Paulo mesmo era intitulado de "apóstolo", veja abaixo:
"Paulo (chamado [intitulado] apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus) e o irmão Sóstenes." I Coríntios 1:1
"Não sou eu apóstolo?... Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós;..." I Coríntios 9:1-2
                                                                                                                                                                                         
"Para isto fui designado[nomeado, chamado,intitulado] pregador e apóstolo(afirmo a verdade, não minto), mestre dos gentios na fé e na verdade."I Timóteo 2:7
"para o qual fui designado[nomeado,chamado,intitulado] pregador, apóstolo e mestre",. II Timóteo 1:11
"do qual fui constituído ministro conforme o dom da graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo." Efésios 3:7

"Tíquico, irmão amado e fiel ministro, e conservo no Senhor, vos fará saber o meu estado." Colossenses 4:7
"e enviamos nosso irmão Timóteo, ministro de Deus no evangelho de Cristo..." I Tessalonicense.
"Porque eu sou menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus." I Coríntios 15:9           
No último versículo, a Bíblia deixa bem claro e contrário ao ensino da CCB, que os líderes podem receber títulos sem com isso estarem mostrando vaidade humana. De acordo com Paulo em Gálatas 2:9, Tiago, Cefas e João eram reputados como "colunas da Igreja", será que esses líderes estavam querendo demonstrar vaidade humana, de acordo com o ensino da CCB? 

PASTOR OU ANCIÃO, QUAL TERMO É BIBLICAMENTE CORRETO?
 É importante esclarecer que originalmente na igreja primitiva, o termo "ancião" referia-se a idade, à pessoa e a posição. Então conforme os dons ministeriais se desenvolveram na Igreja Primitiva mais se usavam títulos oficiais de "supervisores" e "bispo" ou presbíteros (gr. Presbíteros), que se referiam àqueles que eram chamados e ungidos por Deus para permanecer
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no ofício pastoral. É que enquanto a Igreja ainda estava no estágio de primeira infância - as congregações foram colocadas sob um corpo de anciãos até que os dons do ministério fossem formados. A palavra grega traduzida por ancião simplesmente significa uma pessoa mais velha. Tais pessoas são de per si mais responsáveis e maduras e por isso foram colocadas como responsáveis pelo rebanho. Um neófito não poderia ser um pastor. Inicialmente a igreja em sua totalidade era composta por neófitos. Os únicos ministros que a igreja tinha inicialmente eram os doze apóstolos.
A palavra bispo ou supervisor são as traduções da palavra grega "episkopos". Ela comunica um significado de liderança definida e posição oficial [conf. Atos 20:28; I Timóteo 3:1-3; 5:17 ]. Alguns anciãos colocados no rebanho cresceram e mais tarde Deus os chamou para serem ministros. Então aqueles anciãos foram chamados de presbíteros.
Como vimos episkopos é traduzido por supervisor. Isto fala do dom pastoral.
                                                                                                     Romanos 12:4-8, Efésios 4:8-12 e I Coríntios 12:28-30 falam dos dons que Deus deu aos homens - à Igreja. Sem dúvida no v.8 de Romanos "o que preside" refere-se ao pastor, Em I Coríntios o v.28 fala de "governo" novamente o pastor está aí inserido e refere-se aos "pastores" de Efésios 4:11 pois a função da supervisão e do governo da Igreja é função do cargo ou dom do pastor ou bispo. Aquele que cuida das ovelhas.
Os dons ministeriais como os dons carismáticos frequentemente se complementam no desenrolar da história da igreja.
O cargo de pastor (gr. poimên) é usado hoje para aqueles que possuem o dom pastoral. Como o dom do episcopado era dado àqueles que tinham recebido de Deus esse ministério. Vemos então que dom e cargo se misturam às vezes! Por outro lado, é inegável o fato de não existir textualmente o "dom" ou "ministério" de ancião, mas o de pastor sim. O atual cargo do pastor coincide com a posição do bispo ou presbítero, qual seja, o de supervisionar e governar a igreja local. É interessante que este termo é usado em Efésios 4:11, com referência direta ao ministério do pastor. A conexão entre os três termos bispo, presbítero e pastor é clara em Atos 20. Portanto, são três as áreas em que o verdadeiro pastor deve exercer seu dom: administração (cf. I Pedro 5:1-4) cuidados pastorais (cf. I Timóteo 3:5; Hebreus 13:17) e instrução (cf. I Timóteo 3:2;5:17; Tito 1:9). O cargo e o dom de pastor estão em perfeito acordo com a Bíblia.

Os membros da CCB costumam dizer que em sua igreja não existe pastor, pois o único pastor deles é Jesus. Costumam chamar o líder ou dirigente da igreja de "ancião". A palavra pastor tomou um tom pejorativo entre eles. Costumam falar sobre como devemos tomar cuidado com os falsos pastores e como eles enganam as pessoas! Mas se há o falso é notório que há também o verdadeiro. Não podemos desprezar uma nota verdadeira por que no mercado está correndo dinheiro falsificado!!!

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Embora a CCB não aceite o Ministério pastoral a Bíblia, contudo é clara sobre o assunto:
"e vos darei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência" (Jr.3:15).
"E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor" (Jr.23:4).

"E ele (Jesus) deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres" (Ef.4:11).

"Lembrai-vos dos vossos pastores, os quais vos falaram a palavra de Deus, e, atentando para o êxito da sua carreira, imitai-lhes a fé" (Hb.13:7).
"Obedecei a vossos pastores, sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil" (Hb.13:17).   Na CCB não é possível obedecer aos textos acima, pois eles não aceitam o ministério pastoral. Isto é apenas uma questão de lógica: "Cristãos  são ovelhas e ovelhas são submissas a um pastor humano levantado por Cristo" (Leia: Ef.4:11; Hb.13:7 e 17). A verdadeira Igreja de Jesus Cristo têm pastor, sendo assim a CCB está fora dos parâmetros dessa realidade. Dizem que um homem não pode ser pastor de uma igreja, mas quem afirmou que nos daria pastores, foi o próprio Deus! Desobedecer a isso é afrontar o que Ele determinou; é insurgir contra sua autoridade e Palavra. As alegações da CCB são no mínimo infantis e de uma pobreza franciscana! O texto mais usado por eles é João cap.10 que diz: "Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem", mas mesmo este texto não representa nenhum obstáculo ao ministério pastoral, muito pelo contrário – o confirma. Outro texto muito usado é o Sl.23 – "O Senhor é o meu pastor" e realmente o Senhor é o Sumo Pastor (I Pe.5:4) e se há sumo pastor é claro que há também subpastores ou pastores apenas, assim como no antigo Israel havia Sumo Sacerdote e também os sacerdotes auxiliares. Ora, a Bíblia diz que Jesus é nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 8:1) mas também diz que nós somos sacerdotes igualmente (Apocalipse 1:6). Veja que um não exclui o outro, da mesma maneira acontece com o cargo de pastor.
Teria a CCB razão para ser contra o ministério Pastoral?

Objeções refutadas sobre a questão pastoral:
a) Argumento: “O Senhor é o meu pastor…” (Salmos 23)
Usam este texto para justificar que o único pastor existente é Jesus Cristo, isto, segundo eles, excluiria os demais pastores evangélicos.


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Refutação Apologética: Concordamos com este texto. Jesus é realmente o nosso pastor e não há outro igual a Ele. Na verdade, Ele é o nosso Sumo Pastor (I Pedro 5.4) e, se há um sumo pastor, é claro que há também subpastores, assim como no antigo Israel havia um Sumo Sacerdote e também os sacerdotes auxiliares. Ora, a Bíblia diz que Jesus é o nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 8.1), mas também diz que nós somos sacerdotes igualmente (Apocalipse 1.6). Veja que um ministério superior não exclui o outro, isto é, dos crentes. Da mesma maneira acontece com o título e a função de pastor. Não devemos excluir os pastores dados por Deus, simplesmente por que o Salmo 23 afirma que o Senhor é o nosso pastor.                                                                                                   Seguindo a mesma linha de pensamento poderemos contestar também o título de ancião usado largamente dentro da CCB para titular seus líderes, já que Deus também é chamado de Ancião no livro de Daniel (Daniel 7.9, 13 e 22). Ora, os anciãos da CCB não apascentam seus adeptos com conselhos, instruções e pregações? Portanto, tais líderes fazem o papel de pastor, porém sem usar o título. O próprio Jesus ordenou isso a Pedro: “… Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.” (João 21.17).

b) Argumento: “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então haverá um rebanho e um Pastor” (João 10.16).
A CCB toma isoladamente a expressão “um Pastor” do versículo em lide para excluir os demais pastores deste ofício, pois segundo sua interpretação, há somente um pastor: Jesus.
Refutação Apologética: O contexto imediato nos mostra que a passagem está se referindo ao ministério de Cristo como Redentor. Nesse sentido, é claro, só Jesus é nosso único pastor e nenhum pastor humano se assemelha a Ele. No entanto, o verso não desqualifica outros pastores para o ministério. As “outras ovelhas” do qual fala o versículo referem-se aos crentes gentios que se unirão ao verdadeiro Israel. A expressão “aprisco” na passagem refere-se a Israel. O “um rebanho” à Igreja, o Corpo, com sua cabeça: Cristo, o supremo Pastor.
No aspecto da redenção só há um Pastor, é claro. No entanto, no aspecto administrativo (apascentar e liderar) da igreja militante e terrena, existem alguns cristãos que foram chamados para o ministério pastoral (Efésios 4.11; João 21.15-17; I Pedro 5.4). A CCB cai na condenação bíblica de errar por não conhecer a Escritura.
Para encerrar gostaríamos de fazer a seguinte pergunta: Os anciãos da CCB não apascentam as ovelhas; com conselho, instrução e pregações? É claro que sim. Tenho para mim que os anciãos da CCB fazem o papel de pastor, porém sem usar o rótulo. E o próprio Jesus ordenou isso a Pedro: "Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas".

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O SALÁRIO OU SUSTENTO DO PASTOR
A CCB é totalmente contra esta prática adotada pela maioria das Igrejas do Brasil e mundo. Alegam ser injusto este procedimento usado pelas demais denominações. É por este fato que, é muito difícil ou quase impossível, nas grandes cidades, ver alguns de seus líderes (anciões), que não sejam pessoas de posses, ou pelo menos que tenha um razoável meio de sobrevivência.                                                                                                 
É importante que o caro aluno veja a descarada prática preconceituosa da CCB com as pessoas mais humildes financeiramente falando, pois, os irmãos sem o nível financeiro que a CCB considere desejável, tem seu crescimento ministerial praticamente impossível.
Esta forma de trabalho ou administração usado pela CCB vem de contra mão aos princípios da Bíblia. Deus não discrimina ninguém, “Ele não faz acepção de pessoas” (Atos 10. 34).
Quanto ao sustento remunerado do pastor e daqueles que dão tempo integral à obra de Deus, é uma recomendação bíblica, por exemplo:
· O apóstolo Paulo recebeu salário de algumas Igrejas para servir os irmãos em Corinto (2 Co. 11. 8).
· Paulo ensinou a Igreja de Corinto a sustentar os pregadores do evangelho (1 Co. 9. 4-14)
· Os apóstolos de Jesus viviam das ofertas que recebiam. Em João 12.6 lemos que existia uma bolsa onde eram depositadas as contribuições para o sustento dos discípulos, e Judas fazia as compras com o dinheiro, ali depositado (João 13. 29).
· O servo de Deus que dá tempo integral na assistência à Igreja é digno do seu salário (1 Tm. Farisaicamente, não é raro membros da CCB, estufarem o peito e com o dedo em riste, dizerem: "olha, nós não damos o dízimo, nós não temos pastor e, portanto, não somos ladrões". Procurando com isso uma justificativa para seus erros.
                                                                                                                                 Pois bem. Imperioso é esclarecer que seria muito injusto mesmo se um ancião recebesse salário advindo dos dízimos dos irmãos. É que, em verdade, eles não trabalham e não se dedicam completamente ao Senhor, ao trabalho espiritual.
Geralmente, sempre e sempre os anciães da CCB, trabalham em empregos seculares: comerciantes, vendedores, empresários, empregados e etc., preocupados mais em ganhar dinheiro e se enriquecerem, por isso dando muito pouco tempo de trabalho ao Senhor Jesus. E aqui cabe um
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parêntese: talvez por isso mesmo não estudam a Bíblia e daí justificam-se com respostas estereotipadas do tipo: " a letra mata, o espírito vivifica". Talvez isso justifique a oposição ferrenha ao estudo da Bíblia.
Vê-se quão facilmente os anciães colocam em primeiro lugar os interesses materiais e por último, ou o que sobrar, oferecem ao Senhor, esquecendo-se do seguinte ensinamento de Cristo: "Buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas". (Mateus 6:33).
Existe sim, uma pequena minoria que dá um pouco mais, são aposentados ou idosos que deixaram de trabalhar, mas se dedicaram quase toda a vida exclusivamente aos interesses materiais e pessoais. De fato seria injusto homens como estes receberem salários das Igrejas. Essa minoria pouca coisa ou nada faz uns pelos outros. Vão às igrejas em horários de cultos, que duram uma hora e meia, sempre à noite e no máximo quatro dias por semana, ou cerca de dezesseis dias ao mês, então, não corresponde a um trabalho normal. Se contarmos o mês, os serviços que prestam à igreja não somam vinte e quatro horas, ou seja, não equivale nem mesmo a um dia sequer de serviço por mês para a igreja.Realmente seria um pecado receber por tal atividade.Não há expediente nenhum além do acima referido. Quase não há mais nenhum compromisso com a Igreja fora desses horários.
Seria justo um ancião que não faz nada e que dá somente o mínimo para a obra, ser sustentado pela igreja?  Se estes recebessem salário de suas igrejas, seria realmente uma vergonha.
Nas outras igrejas, os pastores (sérios) dispõem de tempo integral aos fiéis, na maioria das vezes trabalham até fora de hora á disposição dos compromissos do rebanho. As igrejas evangélicas, quase todas ficam abertas o tempo todo à disposição de seus fiéis que ali se reúnem, buscando o Senhor diuturnamente em orações.
                                                                                                           
QUANTO AO VÍNCULO EMPREGATÍCIO.
Aqui, lamentavelmente, como é de costume, algumas pessoas defendem o termo “Ancião” falam sem conhecimento de causa. Inclusive jurídica. A uma, porque os pastores não possuem vínculo empregatício. Vínculo empregatício na acepção jurídica do termo enseja: subordinação; pessoalidade, onerosidade entre outros. O que não se verifica na relação pastoral. Tanto assim o é que a legislação pátria trabalhista, bem como a jurisprudência (que é unânime) não consideram a atividade pastoral como relação de emprego com a igreja. Portanto, não há falar-se em vínculo empregatício. Uma tremenda de uma impropriedade e uma aberrante confusão que fazem o pessoal da CCB.
A duas, o Sr. confunde, ainda, alho com bugalho. Ou seja, remuneração para o sustento do pastor não é sinônimo de salário tal qual a do vínculo de emprego. A dedicação integral do pastor dá ensejo, por óbvio, o seu

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sustento pela igreja. É que pastor também come, também tem filhos na escola, também adoecem e etc. Isso, nem de longe se configura amor ao dinheiro. Antes, trata-se sim de legítimo amor da igreja, dos membros do Corpo de Cristo ao seu pastor, ao seu líder. Ora, os apóstolos que antes do discipulado, tinham as suas profissões (pescadores, cobradores de impostos, médico, carpinteiros e etc.) depois que passaram à dedicar-se integralmente ao ministério pastoral, passaram a ser sustentados pela igreja. Vê-se, por exemplo, o apostolo Pedro, que ao atender a convocação de Cristo, o sumo pastor, lhe ordenou, por três vezes: "Pedro, amas-me? ... então apascenta as minhas ovelhas" "Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos. Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas. ( João 21:15-16). Para que Pedro pudesse exercer de maneira competente este ofício sagrado ele precisaria deixar de lado sua profissão secular, como de fato o fez. A três, o sustento do pastor longe está de ser uma imposição. Muitos até, vê-se dos missionários, por exemplo, que atendendo à ordem de o "ide e pregai o evangelho a toda a criatura", vão, pela fé a países longínquos, correndo perigo de morte, passando privações, fome e enfermidades por amor ao evangelho de Cristo e paixão pelas almas, pouco se importando quanto irão receber de ajuda dos fiéis ou se até mesmo vão receber. Paixão essa que os membros da CCB não possuem, na medida em que não pregam, não atendem ao ide de Jesus e para tanto, ficam criando teses antibíblicas do tipo: "não, nós não precisamos pregar, pois se a pessoa tiver que ser salva Deus a trará à Congregação". A aberração é grande meu amigo! E bate de frente com a ordem de Cristo. Assim, o cristão contribui para o sustento do pastor por uma questão de conscientização. Por uma questão de consciência da importância da pregação do evangelho, da causa de Cristo e isso porque são ensinados no zelo e na sã doutrina. Não são míopes em relação à obra salvadora de Cristo na Cruz e da expansão do seu evangelho. A Bíblia diz que aquele que dá é liberal. Devo frisar ainda que isto não pode ser abrogado só porque alguns abusam dessa generosidade, causando às vezes escândalos na igreja. Ora, seria justo Jesus acabar com as ofertas que eram trazidas ao seu ministério só por que Judas (o tesoureiro) era ladrão? Observe o que diz a Bíblia: "Ora, ele disse isto, não porque tivesse cuidado dos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, subtraía o que nela se lançava." (João 12:6) Ou, poderia Deus cessar o dom de curas, línguas, profecias ou visões só porque alguns os usam de maneira inconveniente?
O problema, meu amigo, está nas pessoas e não nas coisas em si, assim como o problema não é o dinheiro em si, mas o amor ao dinheiro.
Ademais, se algum pastor utiliza erroneamente das ofertas e do dízimo que são legítimos e estribados na doutrina bíblica como se verá, tal fato não induz ser o sustento pastoral algo vil e ilegítimo. Não se pode objurgar uma verdade com base em uma mentira. Não se pode extinguir algo legítimo porque dele se utilizam ilegitimamente. Lembrando sempre que aquele que anda indignamente para o Senhor que tudo vê terá de prestar contas.
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Quanto aos versículos bíblicos citados pelo pelos defensores da CCB nem de longe insinua o que alegam, basta apenas um exame de modo panorâmico para desmascararmos os sofismas que foram embutidos neles, vejamos:

I TIMÓTEO 5:18:
Os defensores destes versos arrazoam dizendo: "Pelo contexto, e pelo que já vimos, é inacreditável que alguém pense tratar-se de salário mensal" e dispara dizendo: "...a palavra salário se refere a honra merecida". Desculpe a franqueza, mas não poderia haver uma exegese pior do que esta!
Os defensores se gabam em mencionar o contexto, mas talvez não perceba que o contexto não é o bastante para interpretarmos uma passagem, mas neste caso nem o contexto sequer dá base à suas teses. O apóstolo está falando neste capítulo sobre sustento; primeiramente sobre o sustento das viúvas (v. 16) e depois inclui o sustento pastoral. O verso esclarece que a honra que deve ser prestada aos presbíteros deve ser dobrada e inclui o sustento material. A expressão "quando pisa" referente ao boi, está falando do trabalho do animal. Ou seja, o animal não deve ficar privado de seu sustento enquanto está trabalhando. E conclui dizendo que "o trabalhador é digno de seu salário". É claro que tal salário não precisa ser mensal, pois naquela conjuntura, o sistema daquele tempo era completamente diferente do nosso hoje em dia.
A forma pode até mudar mas o conteúdo continua o mesmo. Demais disso, a palavra "salário" colocada em dúvidas pelo senhores vem da palavra grega "misthos" que no original está assim: "legei gar h grafh boun alownta ou fimwseiv kai axiov o ergathv tou misyou autou". Donde vem a palavra trabalhadores "misthios" ou empregados "misthotos" e ainda misthapodotes" Galardoador. Portanto, o senhor desconhece por completo do que fala quando alega que tal palavra é usada de modo duvidoso pelos evangélicos. Sim, o pastor é digno de seu salário, pode ser ele mensal, quinzenal ou semanal, não importa. Há de esclarecer ainda que os próprios pastores dão o dízimo do seu sustento, e muitos deles ajudam a própria igreja quando esta precisa. Portanto, não há que se falar em "viver às custas dos irmãos", pois além de ser uma inverdade, tal pensamento é repugnante à qualquer servo de Deus. Só para esclarecimento do senhor, o pastor não "fica" com o dinheiro da igreja, este argumento é de patente exclusiva do senhor, além de ser, é claro, uma tremenda inverdade. Para isso existem tesoureiros na igreja, posso arriscar em dizer que rara são as vezes que o pastor sabe o que entra e o que não entra na igreja, pois esta não é a função dele.
JOÃO 12:6 E 13:29:
Os senhores se gabam dizendo que estes versos não prejudica a sua tese antes acaba por confirmá-la. Vejamos então:
1) A bolsa não ficava com o pastor (Jesus) = Isto já foi explicado de maneira sobeja acima.
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2) Servia para comprar suprimento para todos e para os pobres = é claro que ninguém se beneficiava individualmente destas ofertas, pois eles eram um grupo ministerial, portanto todos se beneficiavam juntamente. Não faz exatamente isso as igrejas evangélicas? Todos os que participam do ministério de tempo integral, indistintamente recebem salário. Os senhores podem provar o contrário? E quanto o "atendimento dos pobres", porventura a CCB faz isto? É preciso esclarecer que a palavra pobre aqui mencionada quer dizer pobres em geral e não só os da mesma fé. Porventura faz isto a CCB com suas ofertas? Claro que não! Então pergunto: Qual posição está correta? O senhor delira em acreditar que estes versos apóiam suas teses realmente.

II TIMÓTEO 2:4:
 Sinceramente acredito que o senhor não pondera o teor de suas palavras, ou então as emprega para apenas fazer volume ao tratado. Sobre "embaraçar-se com negócios desta vida", de se indagar quem realmente se embaraça: os pastores evangélicos que recebem sustento para poderem dedicar-se em tempo integral ao ministério da palavra como faziam os apóstolos, ou aqueles como os anciães da CCB que não recebem sustento da igreja, mas vivem se matando de trabalhar para poderem conseguir algo na vida material? Sem falar que isto causa um tremendo desfalque na obra de Deus, pois tal pessoa não poderá desenvolver um ministério totalmente voltado às coisas de Deus, mas terá que reparti-lo com as coisas materiais. Invariavelmente este último (ancião) se encaixa melhor nesta questão do "embaraço" do que o primeiro (pastor).

I CORINTIOS 9: 4-14:
Os senhores alegam baseado neste texto que o pastor deveria trabalhar, pois Paulo não recebeu salário da igreja de Corinto, mas trabalhou fazendo tendas.
Logo de início percebe-se o desmazelo para com o estudo mais aprofundado do contexto deste episódio. Caso contrário não teria ocultado este verso a seguir: "Despojei outras igrejas, recebendo salário, para vos poder servir." [II Coríntios 11:8]. Quando se estuda um assunto polêmico devemos atentar para o que diz o livro todo onde está o referido versículo que gerou o assunto. Então devemos empregar as ferramentas da exegese que estão à nossa disposição na disciplina da hermenêutica bíblica, matéria esta vinculada ao campo teológico, coisa que a CCB não gosta de fazer e por isso se atrapalha em suas deduções.
O apóstolo Paulo estava tratando com uma igreja problemática que não reconhecia o ministério de Paulo, isto foi fomentado pelos "falsos irmãos" que viviam perseguindo o apóstolo e difamando seu ministério. Nas outras igrejas o apóstolo não precisava trabalhar [II Coríntios 11:8] "Despojei outras igrejas, recebendo salário, para vos poder servir." II Coríntios 11:8,
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mas na de Corinto, no entanto, precisou fazê-lo com o fito de não colocar tropeço à sua mensagem e dar exemplo àquela igreja em particular. Todavia, deixou bem claro que isto (deixar de trabalhar) era um DIREITO dele (I Cor. 9:6-13):
Veja o texto que segue que põe, definitivamente, termo à sua dúvida acerca do sustento do pastor:
 “Ou será que só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Porventura digo eu isto como homem? Ou não diz a lei também o mesmo? Pois na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca do boi quando debulha. Porventura está Deus cuidando dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Com efeito, é por amor de nós que está escrito; porque o que lavra deve debulhar com esperança de participar do fruto. Se nós semeamos para vós as coisas espirituais, será muito que de vós colhamos as materiais? Se outros participam deste direito sobre vós, por que não nós com mais justiça? Mas nós nunca usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que servem ao altar, participam do altar? ASSIM ORDENOU TAMBÉM O SENHOR AOS QUE ANUNCIAM O EVANGELHO, QUE VIVAM DO EVANGELHO”.
E agora, (...)? Há um brocardo latino que diz: in cessat claris interpretatio. Ou seja: para as coisas claras não há necessidade de interpretação. Mais uma vez cai como uma luva sobre o pessoal da CCB a Palavra de Cristo: "errais por não conhecerdes as Escrituras...". Como se viu, o sustento do pastor procede. Em verdade tem base em pressupostos tais como o amor, a conscientização a respeito do reino de Deus, na moral e, sobretudo, base sólida bíblica."Os anciãos que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino. Porque diz a Escritura: “Não atarás a boca ao boi quando debulha”. E ainda mais:” Digno é o trabalhador do seu salário".
E tal expressão nem de longe concorda com vossa interpretação dada à clareza do texto em lide. Salário quer dizer salário mesmo. Demais disso, o que toca ao sustento dos levitas, foi preservada na sua forma essencial, mesmo desprovida da característica do ministério levítico, é o que prova o texto acima citado. Ora, os apóstolos se dedicavam exclusivamente à palavra de Deus e eram sustentados pelos irmãos. Pode-se ver um caso típico quando todos abandonaram Cristo na cruz; diz a Bíblia que eles voltaram para suas antigas profissões [João 21:2], isto levou Cristo a reforçar o ministério de tempo integral no versos 15-19.



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Argumentação da CCB: PREGADORES OBCECADOS POR DINHEIRO.

O disparate é tão grande nesse particular (caso que já foi respondido em outro tópico) que não vale a pena reiterá-lo aqui. Basta apenas dizer que o senhor parte de pressupostos equivocados, portanto, forçosamente suas conclusões o serão também. É óbvio que se o pregador viver obcecado por dinheiro, ele já não estará mais dentro do propósito para o qual foi chamado, isto é, de pregar o evangelho. Mas não podemos perder de vista o fato de que a obsessão financeira não se restringe apenas a quem vive do evangelho. Muito pelo contrário. Um ancião que não recebe salário da igreja poderia e poderá, fato este corriqueiro entre os  da CCB muito bem, e às vezes se enquadrar até mais nesta acusação do que o próprio pastor. Porventura um ancião não tem de trabalhar para se sustentar? E se ele ficar obcecado por coisas materiais a ponto de negligenciar o cuidado com a igreja de Deus, não estará incorrendo no mesmo suposto pecado do pastor? Portanto, o erro não está no sustento pastoral em si, no dízimo, está no coração desprovido de santidade e espiritualidade, e a regra vale para todos, pastor, ancião, eu e você.
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA E CLUBES SOCIAIS.
Como já foi dito, não se deve obscurecer a verdade com meias verdades. Creio que o senhor fala sem conhecimento de causa. E se porventura, há alguma base para isto, são tiradas de maus exemplos, repudiados pela maioria esmagadora dos evangélicos. De fato a Igreja de Cristo não foi e nunca será uma instituição financeira ou clube em que as pessoas são "obrigadas" a pagar determinadas "taxas" para serem sócias. Aliás, essa última é muito infeliz já que desconheço qualquer denominação evangélica que cobram taxas de seus membros. Paulo, no capítulo 9 da primeira epístola aos coríntios, defende ardorosamente seu ministério de apóstolo. Expondo explicitamente o direito de se dedicar inteiramente ao ministério, Paulo questiona:
(5) Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? (6) Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar?
Evidentemente, a pergunta era retórica. O próprio texto, citando trechos do velho testamento, regulamenta que não se deve atar “a boca ao boi que trilha o grão”. Não há espaço para pensar que esse trecho se refira a aspectos espirituais, uma vez que está em jogo o direito de Paulo ser mantido pela igreja de Corinto.  O próprio Lous Francescon fez uso desse direito. Vejamos:
“Em Março do ano seguinte, o Senhor fez saber a mim e ao irmão G. Lombardi que deixássemos o nosso trabalho material, para dedicarmos-nos inteiramente à obra que Ele nos havia preparado; ambos nos encontrávamos em má situação financeira e cada um com 6 filhos menores; entretanto, não tememos, certos de que o Senhor protegeria nossas famílias”. (p. 42)
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Paulo recebeu salário de certas igrejas em seus dias para servir aos crentes de Corinto. A CCB, porém, afirmam que o pastor ou obreiro que recebe salário é mercenário e ladrão. Prefiro ficar com a Bíblia a ficar com as opiniões da CCB. A respeito do salário e sustento do pastor ou obreiro a Bíblia diz ainda, entre outras coisas, o seguinte:

a)   O pastor ou obreiro que se dedica à obra ministerial é digno do seu salário (I Tm.5:18).
b) Paulo ensinou a Igreja de Corinto a sustentar os obreiros do evangelho (I Cor.9:4-14).
c) O mesmo apóstolo Paulo advertiu ao pastor Timóteo a não cuidar de negócios terrenos com o fim de sustentar-se, dedicando-se somente a pregação do evangelho (II Tm.2:4).
d) O apóstolo Pedro disse que a única ocupação dele e de seus companheiros de ministério eram a oração e a pregação do evangelho (At.6:4).

e) Simão e André abandonaram a profissão que exerceram por anos para se dedicarem unicamente ao ministério da Palavra (Mc.1:18).
     f) Os apóstolos e Jesus viviam das ofertas que recebiam. Em João 12:6     lemos que havia uma bolsa para receber as ofertas, bolsa essa que Judas tirava o que podia, mas que mesmo assim mantinha dinheiro para comprar pão que sustentasse uma multidão (Jo.6:5-7).

Diante disto, quem se opõe ao sustento dos pastores e obreiros opõe-se à própria Palavra de Deus. Essa era outra prática da igreja de Corinto. Paulo condena esse procedimento, informando que os Coríntios eram avarentos e, ao se propor enviar-lhes um pastor (1 Co 16.10), pede-lhes benevolência para com o novo ministro. Ele conhecia a avareza daqueles crentes e chega a dizer-lhes que não havia necessidade de ajuda, embora revela estar carente de comida, pouso e roupas (1 Co 4.11).
No capítulo 4, versículo 18, Paulo acusa os líderes em Corinto de serem coniventes com a situação, exclusivamente pela sede de poder e mando. Eles estavam "inchados" pelo orgulho e o apóstolo envia-lhes um recado incisivo: "irei visitá-los pela terceira vez, escolham se querem que eu leve vara ou o amor e espírito de mansidão".

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A soberba não permitia àquela liderança preocupar-se com a situação na igreja (5.2) e tomar atitude para resolver os problemas (vs. 6-8). Nos versículos 11-13, Paulo pede providências no sentido de que a comunidade livre-se dos iníquos e da iniqüidade.
No capítulo 9, Paulo fala especificamente obre o pagamento pastoral. Os Coríntios, embora fossem frutos do ministério de Paulo, haviam feito algumas acusações contra ele e das quais ele se defende perguntando se, por acaso, os ministros não tinham o direito de comer e beber. Em seguida, lembra que, tal direito, pela Lei de Moisés, era concedido até mesmo aos animais.No versículo 11, ele é enfático ao afirmar que "se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais"? Em seguida, recorda as palavras do próprio Jesus: "aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho "(v. 14).No capítulo 11, após ler o trecho, sentimos uma certa tristeza por sabermos que existem ainda igrejas que sugam ao máximo seus pastores. Paulo diz, com muita clareza, que embora não houvesse recebido salário da igreja de Corinto quando lá estivera ministrando, o fizera de outras igrejas, que o ajudaram de bom grado. "Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado" (v. 8).Diante de uma situação como essa, não causa nenhum espanto o fato de Paulo rejeitar ajuda daquela igreja. No versículo seguinte ele diz mais e reafirma seu propósito de jamais ter que pedir algo aos Coríntios. Depois de esclarecer que suas necessidades foram supridas pelos irmãos da Macedônia, confirma novamente sua decisão no capítulo 12, versículo 14: "estou pronto para, pela terceira vez, ir ter convosco e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas sim a vós; porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos". Leia também os versículos 16-18 desse capítulo.

DO ESTUDO DA BÍBLIA
Há um "apologista" da CCB, que já introduz mal seus argumentos ao afirmar que os acusamos de "estudarem secularmente". O que dissemos em verdade é o preparo secular em relação ao estudo da Bíblia. Infelizmente toda sua linha de raciocínio aplicada em sua réplica  gira em torno de equívocos, tornando-a num amaranhado de silogismos defeituosos.
Não conseguindo refutar com convincência a apostila ora atacada, em particular este tópico, empenhou-se enfadonhamente numa apologia de causar dó, própria de pessoas com o perfil de um alto grau de semi-analfabetismo do ponto de vista bíblico.  Com todo o respeito, pelo mau uso do vernáculo, acintosa a prática de o nosso debatedor baralhar idéias e

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confundir-se nelas. Apesar de todo o seu esforço em tentar diferir "exame" de "estudo"; basta apenas estudar, examinar nos léxicos que, de pronto, verificar-se-á quão frágil é a sua inócua sustentação. Sugiro que vá examinar ou estudar no Dicionário. É que no Dicionário Aurélio, tais palavras são sinônimas. Basta cotejar as palavras:

"EXAMINAR: Analisar com atenção e minúcia; fazer o exame de; pesquisar: 
1. Sujeitar a exame 
2. Ponderar ou meditar sobre; estudar.
3. Submeter a exame.
4. Observar, ver, sondar.
5.Observar ou analisar a própria consciência".
                                                                                                    “ESTUDAR: Dedicar-se à apreciação, análise ou compreensão de; examinar, analisar:
1. Observar atentamente.
2. Examinar ou observar atentamente.
3.Meditar, pensar; assuntar".
Vejamos, ainda, as referidas expressões no dicionário Michaelis:
"es.tu.dar”
v. 1. Tr. dir. Aplicar a inteligência ao estudo de. 2. Tr. dir. Analisar, examinar detidamente (assunto, obra literária, trabalho artístico etc.). 3. Tr. dir. Aprender de cor, fixar na memória. 4. Intr. Aplicar o espírito, a inteligência, a memória para adquirir conhecimentos. 5. Tr. ind. e intr. Cursar aulas, ser estudante. 6. Pron. Observar-se, analisar-se, procurar conhecer-se".

"e.xa.mi.nar”
(z), v. 1. Tr. dir. Proceder ao exame de, inspecionando atenta e minuciosamente. 2. Tr. dir. Estudar, meditar a respeito de; ponderar. 3. Tr. dir. Interrogar (o candidato ou examinando). 4. Pron. Fazer exame de consciência, observar-se com atenção. 5. Tr. dir. Inquirir. Não é em vão que a Palavra de Deus orienta:
"Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita (leia, estude) nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido" (Jos.1:8)." 
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O que Paulo diz em I Coríntios 2:4 é sobre a sabedoria dos filósofos da época. Eram os estóicos e epicureos, os sofistas que gostavam de usar a oratória e a retórica para impressionar o povo com sua aparente sabedoria. Este tipo de artifício não possui eficácia numa pregação cristã. Mas nem por isso vamos desprezar o estudo salutar das Escrituras, pois nenhum dos apóstolos nunca ensinou jamais tal aberração.
Tal argumento que de tão pueril, assemelha-se ao velho jargão dos católicos romanos que, desesperadamente, insistem em fazer uma suposta distinção entre "venerar" e "adorar" sendo que, na verdade, tais palavras também são sinônimas. Dizem eles: - olha, nós não adoramos as imagens e os santos, não, antes, os veneramos. Já os "congregados" dizem: "Agora, quanto a estudar a Bíblia, não usamos tal expressão. Dizemos: examinar as escrituras.". E aí acrescentam estes últimos: - a letra mata, o espírito vivifica... De concluir, então, que de duas, uma: ou desconhecem completamente a sua língua pátria, ou, o que é pior, o fazem dolosamente para tentar induzir em erro.Pois mais que se esforcem em seus sofismas nunca vão conseguir provar que uma e a mesma coisa; são duas.
Vê-se, ainda, que os congregados nutrem sentimento de preconceito em relação aos demais irmãos, ou "primos" como falam. Se um irmão escreve um livro, ou faz um estudo bíblico, logo dizem: ah, esse não tem o Espírito Santo, a sua mensagem é fria, é morta. Ora, o que o leva a pensar que aquele que escreve um livro sobre doutrinas bíblicas e matérias afins; ou faz um estudo bíblico, não está debaixo do Espírito da Graça, e que a Palavra de Deus não se torna viva? Ora, de se indagar ainda, o que escreve e estuda a Bíblia se torna irreverente por fazê-lo? De onde o senhor tirou tal idéia preconceituosa? Da Bíblia que não foi. Pois não é razoável sustentar tal idéia absurda à medida em que escrito está: "Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" [I Co. 6:19]
Ora, se o crente é morada do Espírito Santo como indicam as Escrituras Sagradas, é óbvio que ao estudar, examinar e escrever um estudo bíblico, estará sim debaixo do Espírito Santo da Graça. De esclarecer ainda que tais "estudiosos" foram e são pessoas piedosas que devotaram suas vidas a ensinar de modo límpido este sacro livro. Longe de serem "carnais" tais crentes viviam debaixo de consagração, a título de ilustração: Spurgel, Finney, Moody, Wesley, Calvino, Lutero e tantos outros santos da atualidade. Com isso temo que o senhores estejam incorrendo em grave pecado como reza os textos logo abaixo:


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"Não julgueis pela aparência mas julgai segundo o reto juízo." [João 7:24]

"Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados." [Lucas 6:37]
Ainda convém ressaltar que é equivocada a ilação proveniente de sua filosofia "anti-estudo", qual seja, que os livros e estudos bíblicos neles contidos, tornam-se fontes substituidoras da palavra de Deus. Nunca nós ensinamos tal disparate, esta tese é exclusiva de nosso debatedor que mais uma vez persiste em trocar gato por lebre!
Há de se notar ainda que estes senhores apologistas cai em flagrante contradição, pois ao tempo em que tenta esconder-se atrás de uma filosofia piegas firmada no subjetivismo, acabou por elaborar sua própria interpretação das escrituras. E isto se da por ser impossível alguém excluir-se de ler as Escrituras sem aferir de qualquer interpretação, pois como entenderá a mesma? Porventura se um membro da CCB lesse seu "estudo" comprobatório enviado ao CACP não estaria ele absorvendo suas interpretações? Apesar de óbvio, é preciso dizer que o interpretar é inerente ao homem, a todo ser humano. A questão não é interpretar, mas sim interpretar erroneamente. E não há de se falar aqui em "lançar nosso intelecto" para entendê-la, não, antes porém, dependemos da ação do Espírito Santo em nosso estudo sistemático da Palavra de Deus. E isto de modo algum é base para neutralizar o incentivo do estudo bíblico para o crente.
Para radicalizar ainda mais ele afirma: "Se o estudo bíblico dependesse de nosso intelecto, as pessoas mais simples teriam maior dificuldade em entender o plano de salvação."
Pergunto: quem jamais afirmou tal coisa? Onde está escrito que a nossa salvação depende de estudos bíblicos? Isso é um absurdo! Amigo, talvez desconheça, mas a regra bíblica é e sempre será crer em Jesus: "Quem crer e for batizado será salvo" [Mc. 16:15], e "Crê no senhor Jesus e será salvo tu e tua casa" Atos [16:31] ou ainda "Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo;pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação." [Rom. 10:9,10]
Se existe algum método para alguém ser salvo, este método é o supra citado. Por não ter uma resposta sensata ao tema em pauta o senhor apologista acaba lançando mão de picuinhas que não leva a nada. Mas

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voltando ao assunto, é importante esclarecer que nem sempre os passos em que ocorre essa salvação é perceptível e vem de modo explícito na Bíblia, aí então se faz necessário um estudo mais aprofundado da Palavra de Deus. O estudo da justificação, eleição, santificação e glorificação se encarrega de lapidar um pouco mais o que parece não estar de modo tão perceptível nas Escrituras. A pessoa estará aprofundando-se mais na compreensão de como se da essa salvação que ela já possui por ter crido em Jesus. A Bíblia pode ser comparada a uma mina de ouro que quanto mais profundo você cava, mais preciosidades você encontra. Ela também se assemelha a uma linda fonte de águas vivas, que quando mais fundo você cava, mais água você tira. O problema é que alguns nessa escavação acabam por lamear ao invés de limpá-la, mas isto não é justificativa forte o bastante para pararmos as escavações. A Palavra de Deus é tão maravilhosa que você poderá ensinar várias vezes baseado num mesmo estudo bíblico e mesmo assim o Espírito Santo poderá usá-lo de diversas maneiras de acordo com a necessidade local. Ou então podemos pregar vários tipos de sermões baseados num mesmo e único texto bíblico e ele continuará sempre atual, por que a Palavra de Deus é uma fonte inesgotável, são águas vivas que se renovam a cada dia.
Gostaria ainda de refutar aqui uma outra falácia de sua parte: "Prosseguindo, não encontramos motivos para a citação de 2 Tm. 4.13. Afinal, que ligação tem o assunto ora abordado, com o pedido de Paulo a Timóteo? Qualquer um de nós, caso esquecêssemos livros e capa em algum lugar, pediríamos a gentileza para que alguém nos trouxesse? Ou será que o autor pensa que nas residências de nossos irmãos não existem livros?"
Novamente, nosso amigo acaba mostrando a fraqueza de seu raciocínio, pois todas as vezes que aparece a menção de "livros" na Bíblia, em especial no NT, sempre está se referindo a livros sagrados, mais apropriadamente às Escrituras sagradas e não a qualquer livro secular como quer fazer entender nosso amigo. Não podemos aceitar aqui a justificativa arrazoada do senhor e nosso amigo e ao mesmo tempo ser coerente com um dos princípios de hermenêutica, qual seja, de que para interpretar um versículo bíblico temos que recorrer a toda a Bíblia.
Por último, em que pese o repisar do óbvio, é preciso dizer que Deus, o Criador, jamais fez algo, ou melhor, não deu algo ao Homem para ficar encostado, inutilizado; ou seja, se Deus deu ao homem o intelecto é para que dele o homem utilize. Não somos só seres espirituais; não somos apenas seres com uma alma; possuímos também um corpo com cérebro e intelecto. Se você estudasse um pouco as Escrituras, eu não precisaria estar lhe falando a respeito do óbvio, assim chovendo no molhado...

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DA PALAVRA INSPIRADA
Sobre tal questão o amigo comete verdadeiros devaneios em suas "interpretações". Vejamos: existe um silogismo bastante razoável em dizer que se as premissas estão erradas, as conclusões também estarão. O senhor parte do seguinte pressuposto: 1) um estudo bíblico não pode ser inspirado; 2) Que falar sob inspiração dispensa o estudo sistemático da palavra de Deus na Igreja; 3) Que o estudo bíblico é baseado em sabedoria humana. Não é preciso dizer que isto foge à realidade.Respondendo a tais indagações só posso afirmar sem sombra de duvida o  senhor desconhece por completo o que seja um verdadeiro estudo bíblico. Quando falamos em "Estudo Bíblico", nunca temos em mente algo desprovido da unção de Deus. Isto seria dar grama seca à um rebanho faminto. Seria dar bolotas ao invés do sólido alimento da Palavra de Deus. Sua concepção está totalmente errada, equivocada e porque não dizer distorcida! Os verdadeiros servos de Deus nunca dispensam a oração e o jejum para que através destes, o Espírito Santo o possa usar como um instrumento divino em seus estudos bíblicos. O senhor desconhece ainda que o crente que anda no Espírito, sempre está em sintonia com as coisas espirituais. Não é raro acontecer de no meio do estudo ou da pregação, o Espírito mudar totalmente a mensagem do papel. Mas o mais comum é jejuar e orar antes, pedindo direção a Deus para saber qual mensagem devemos trazer naquele dia ou noite à igreja. E somente após esta direção é que nós lançamos mão das ferramentas disponíveis para um bom estudo bíblico. Quanto ao seu arrazoado sobre pedir sabedoria, está bem claro nas escrituras que a sabedoria é dada a todos que pedirem a Deus. Porém, Deus não dará algo que já está na palavra. O senhor não deve ignorar que Deus e o homem cooperam de forma maravilhosa. Deus entra com a redenção e o homem com o livre arbítrio, Deus dá o perdão enquanto o homem mostra o arrependimento, Deus dá a resposta mas somente se entrarmos com a oração. Como o próprio Deus conclama; "Chegai-vos a Deus e ai então Ele se chegará a vós. Jesus fez o milagre da ressurreição de Lázaro mas era preciso que o homem fizesse a parte dele retirando a pedra. Demais disso, toda essa conversa de "pedir a palavra na hora", nada mais é do que uma camuflagem piedosa para o vício da preguiça. Tais pessoas usam esses jargões para não terem o trabalho de pesquisar mais a fundo a palavra de Deus. Pois um estudo sistemático que robustece nossa fé, demanda tempo, pesquisa, leitura e muita oração. Felizmente, o estudo nos livra do subjetivismo inerte. Caso contrário, toda pessoa poderia pregar quaisquer tipo de heresias em nome desta tal "inspiração" subjetivista e ficar impune, pois ninguém irá contrariá-lo sendo que supostamente Deus falou na boca da pessoa no caso, ancião ou pastor.
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Sobre a sua pergunta de qual pronunciação é mais eficaz, só posso afirmar que é aquela que vem sob a unção de Deus, seja ela de um estudo bíblico sadio ou de um crente cheio do Espírito Santo e com conhecimento suficiente do que estudara da palavra de Deus. Pois este terá discernimento suficiente para saber que o que acabara de pregar, sob inspiração, não contradiz a Palavra de Deus. Pois o mesmo Espírito que dá a inspiração na hora é o mesmo que inspirou as Escrituras. E Ele não pode se contradizer. O mesmo não posso garantir de igrejas que usam do subjetivismo desprezando o estudo sistemático da Palavra. Não podemos trocar o alimento sólido por leitinho, e o que é pior: preparado às pressas, se é que podemos chamar isso de preparo. Importante ressaltar ainda que o alimento sólido é para os adultos, mas o leite é para as criancinhas espirituais. Não me admira, portanto, que a CCB, pregue o sectarismo, dizendo que só por meio dela há salvação, pois se não fosse assim, não exigiria que membros de outras igrejas que queiram dela tornar-se membro, tenha que batizar novamente, contrariando, flagrantemente as Escrituras; quanto a isso bem disse Jesus: "Errais por não conhecerem as Escrituras..."

Agora, para jogar definitivamente uma pá de cal sobre o assunto, nada melhor do que a própria Palavra que, de modo cabal e contundente orienta como o crente deve fazer para tornar-se sábio: "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para salvação, pela fé que há em Cristo Jesus" (2 Tim. 3:14-15).
Há de se notar ainda que nenhum dom de Deus pode ser aperfeiçoado através de seminários ou cursos bíblicos. Nossa pregação deve basear exclusivamente na sabedoria de Deus. Mas isto nem de longe possui força para repelir o estudo da Bíblia. O que Paulo diz em I Coríntios 2:4 é sobre a sabedoria dos filósofos da época. Ora, o raciocínio de que muitos estudos se contradizem não procede pelo fato de que este argumento se alicerça em bases questionáveis. Levando este pensamento às últimas conseqüências poderíamos perguntar: é justo acabar com os dons de línguas só porque alguns deles são usados de modo indiscriminado (ou até mesmo falsificado) por algumas igrejas? O senhor percebeu a incoerência de seu argumento? É o mesmo que dizer que precisamos tirar de circulação todas as notas de 100 reais de um país, por existirem notas falsificadas do mesmo valor girando no mercado! Seu argumento se assemelha ao dos católicos romanos quando querem combater a doutrina evangélica da Sola Scriptura, até usam o mesmo versículo que o senhor usou (II Pedro 1:20) para dar

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uma aparente base bíblica no que dizem. Agora vamos analisar o texto de II Pedro 1:20 dentro de seu respectivo contexto empregando as ferramentas da exegese bíblica de acordo com as regras da hermenêutica sagrada. Assim reza o texto:
 “E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações; sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo." (1:19-21)
Uma olhada rápida no texto já deixa claro que não se fala de interpretar versículos bíblicos, mas de profecias. Pedro diz que nenhuma profecia das Escrituras é de particular interpretação. Pedro aqui não está falando sobre o livre exame das Escrituras, mas sobre o processo pelo qual a Bíblia chegou até nós, ou seja, sua origem. Quem ele tem em mente ? O leitor ou os homens que escreveram a Bíblia? É lógico que ele estava falando sobre os profetas. O que ele diz é que nenhuma profecia da Bíblia foi produzida pela vontade do profeta, mas sem nenhuma exceção, todos eles foram guiados pelo Espírito Santo. Embora escrita por homens as profecias não tiveram origem neles, mas em Deus! Assim, em lugar de nos desencorajar de ler e entender a Bíblia para nós mesmos, este verso nos dá confiança para confiarmos na Bíblia completamente pois no verso 19 ele diz: "E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações" Apesar de existir pontos difíceis na palavra de Deus (3:16) isto não nos deve desencorajar de estudarmos particularmente a Bíblia, sempre dependendo do Espírito Santo que nos guia a toda a verdade (João 16:13 - I João 2:27) e lançando mão das ciências teológicas disponíveis.
Importante ressaltar que para estudarmos e interpretarmos a Palavra de Deus existem regras que regem nossa exegese. A hermenêutica é uma das disciplinas nas ciências teológicas que se encarregam em orientar tal processo.
Não se pode invalidar o certo por causa do errado; também não se pode ser preconceituoso e ao mesmo tempo complexado em relação aos que, com sinceridade, buscam, estudam e examinam a Santa Palavra, guardando-a no seu coração para não pecar contra o Senhor, conforme expressa o salmista. Quanto aos versículos mencionados por nosso debatedor, estão totalmente fora de foco e completamente desvirtuados de sua exegese, não

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tendo o condão de dar azo à retórica mal arranjada de que quem estuda a Bíblia não tem inspiração do Espírito Santo, ou que o estudo bíblico se trata de sabedoria humana em detrimento da Sabedoria de Deus. É que ambas as coisas não são opostas como crêem equivocadamente a CCB. Deus utiliza, por meio de o seu Santo Espírito, a razão e o saber do crente alicerçado na Palavra, para os seus propósitos. Sempre foi assim, veja por exemplo: Sadraque, Mesaque e Abdenego, veja Daniel; veja Moises e muito outros. O pastor Paul Yung Choo, pastor da maior igreja do mundo, disse certa vez com muita propriedade que "o estudo da palavra, tão somente, torna o crente formalista, enquanto que a busca do Espírito Santo sem o examinar e o estudar da Bíblia, torna-o cego e fanático". Portanto, meu caro, sugiro que ao invés de nutrir esse sentimento de complexo de inferioridade e preconceito contra os crentes que estudam a Bíblia; procure encontrar o equilíbrio entre as duas coisas para o seu crescimento espiritual. Sugiro, ainda, que você faça como os crentes de Beréia: "Ora, estes foram mais nobres dos que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra examinando cada dia nas Escrituras se essas coisas eram assim" (ATOS 17:11).
Como pode alguém usar um argumento tão fútil segundo o qual uma pessoa conhecedora da Bíblia não possa ser usada pelo Espírito Santo, na suposição de que, conhecer a Bíblia com mais profundidade impossibilita a pessoa de ser usada pelo Espírito Santo? E por que assim dizemos? Simplesmente porque o Espírito Santo é o autor da Bíblia.
“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1.21)
E com que persistência Paulo recomendava ao seu filho na fé – Timóteo - que se esforçasse mais no estudo da Bíblia. Disse ele:
“E desde a tua meninice sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (2 Timóteo 3.15-17)

Certa vez num consultório médico aguardava na sala de espera a vez de ser chamado, estando sentado ao lado de um senhor idoso. Puxei conversa com ele, admitindo que fosse pessoa descrente. Comecei a fazer perguntas de caráter religioso procurando uma brecha para falar de Jesus Cristo e também para saber qual a sua posição religiosa. Procurava oportunidade de ouvir sua resposta e lhe falar dentro da sua necessidade espiritual (Hebreus 4.12-13).

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Apelam frequentemente para apoio da sua forma de pensar para Mateus 10.19-10, que declara, “Mas quando vos entregarem não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer. Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso é que fala em vós”.
Naturalmente não ensina o que não se deve estudar a Bíblia sob a perspectiva de que o Espírito Santo porá as palavras oportunas na boca. A passagem é bem clara para definir o momento quando não se deve buscar apoio na cultura bíblica. O texto expressa: “E sereis conduzidos à presença dos governadores, e dos reis... (v.18) Nessas ocasiões de perseguições por causa do nome de Jesus é que o Espírito Santo agirá ponto palavras próprias na boca dos servos de Jesus. É o caso de Pedro e João perante as autoridades judaicas, quando foram proibidas de falar do nome de Jesus.

“Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus.”(Atos 4.19)
Entretanto, na falta de discernimento bíblico, recorrem os membros da CCB ao meio ilícito de tornar o ancião um vidente. Lemos no citado livro A Igreja do Véu que, “Todas as doutrinas saem unicamente da cabeça do ancião mais velho”... Eles dizem também, que devem se ater apenas aos 4 evangelhos, pois neles estão as palavras ditas por Jesus.” (p. 28)
É como Jesus disse, “Mas em vão me adoram, ensinado doutrinas que são preceitos de homens.” (Mateus 15.9)
Porque será que Deus escolheu registrar a Sua Palavra em livro, e não de outra forma? Porque além de ser um meio mais seguro, haja visto que as tradições orais e a memória tendem a fidedignidade cada vez mais frágil, os livros são escritos para servirem de pesquisa, leitura e estudo!

Ademais, da mesma forma que a Igreja Católica Apostólica Romana na Idade Média proibia o estudo da Bíblia para que seus falsos ensinos não fossem questionados, assim age a CCB. Mas graças a Deus que os reformadores por meio do estudo da Bíblia avaliaram tais ensinos, e saíram do meio do catolicismo, destarte cremos que aqueles entre a CCB que verdadeiramente querem servir a Deus agirão da mesma forma.
Eclesiastes 12:12- "E, de mais disto, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar enfado é da carne." Este versículo é usado pela CCB para rejeitar o estudo da Bíblia.


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Refutação: A chave para entendermos o livro de Eclesiastes é a expressão "debaixo do sol" (Eclesiastes 1:2 e 3). O livro foi escrito para demonstrar a futilidade da vida, e que o supremo propósito está em servir a Deus (Eclesiastes 12:13). O autor de Eclesiastes tinha em vista não o estudo das Escrituras, mas o estudar das coisas seculares do mundo quando diz que "o muito estudar enfado é da carne" (Eclesiastes 12:11) isso fica evidente no próprio contexto de todo o livro de Eclesiastes, no capítulo 1:18 ele diz: "Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza." Mas qual conhecimento ele esta a falar ? É claro que é somente ao conhecimento do mundo da carne como ele deixa bem transparecer. Além disso, a menção de 12:12 diz que o muito estudar é “enfado da carne”
Preste atenção: diz que o enfado é de quem? Da carne ou do espírito? Então pergunto - O cristão vive de acordo com quem? Veja a resposta em Romanos 8:5-9. Paulo subjugava e esmurrava seu corpo (carne) para não ser reprovado, assim devemos fazer o mesmo (I Coríntios 9:27).
Mateus 10:19:  "E quando vos entregarem, não cuideis em como, ou o que haveis de falar, porque naquela hora vos será concedido o que haveis de dizer." Esta passagem é usada pela CCB para rejeitar a atitude dos pregadores evangélicos de estudarem a Bíblia antes de pregarem.
Refutação: Quando analisamos a passagem dentro do seu contexto, verificamos que não há nenhuma alusão ao fato de que o crente deve relaxar o estudo e o amor pelo conhecimento sob a garantia de que o Espírito Santo colocará na sua boca as palavras necessárias no momento da pregação. Esta passagem se refere à maneira como o crente deve se comportar no momento da provação, no caso de vir a ser conduzido aos tribunais e à presença de governadores e reis por causa do nome de Cristo.( II Pedro 3:18; Jeremias 48:10; Provérbios 6:6)

Atos 4:13-  "Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilhavam; e tinham conhecimento que eles haviam estado com Jesus." A CCB usa esse versículo para combater o treinamento bíblico que os ministros evangélicos recebem.
Refutação: Será que a expressões "sem letras e indoutos" significam "analfabetos e despreparados" como quer a CCB? Não! Se adotássemos esse tipo de "interpretação" estaríamos indo contra o restante da Bíblia, e contra a própria cultura judaica na qual Pedro e João viviam. É preciso entender de uma vez por todas que a cultura judaica não é a mesma que a brasileira. Na área da educação os israelitas proporcionavam educação
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esmerada para os filhos, o que incluía instrução religiosa bem como treinamento em habilidades práticas de que necessitariam no mundo das atividades diárias. Eles criaram salas de aula e haviam professores qualificados para instruir todas as crianças da aldeia. A educação religiosa dos filhos era da responsabilidade dos pais (Deuteronômio 11:19; 32:46). A principal preocupação dos pais era que os filhos viessem a conhecer o Deus vivo. Em hebraico, o verbo "conhecer" significa estar intimamente envolvido com uma pessoa. Isso quer dizer que esse conhecimento era profundo, envolvendo o intelecto, a vontade e as emoções. No caso dos apóstolos, eles teriam por certo, todo o preparo básico de uma criança normal, e ainda os maravilhosos anos passados aos pés do Grande Mestre. Não eram, portanto ignorantes, no sentido em que entendemos hoje, a palavra. Os opositores estavam se referindo aqui, à ignorância dos apóstolos, quanto aos ensinamentos dos saduceus(seita religiosa judaica: Atos 23:8 compare com 4:1-2,6) que eles consideravam indispensáveis, assim como muitos hoje menosprezam a cultura teológica como se de nada valesse em vista das outras áreas do conhecimento humano. Outro exemplo que podemos citar é a rejeição da pregação de um crente diante de uma seita religiosa, enquanto o crente fala da sabedoria divina, escrita na Bíblia, os líderes das seitas ficam indignados pelo fato de eles serem ousados e não terem a autorização da seita, e não pertencerem a mesma. Podemos até mesmo considerar a atitude dos adeptos da CCB ao considerarem os evangélicos como "ignorantes e faltos de entendimento" por não pertencerem a sua organização religiosa. Quando um adepto da CCB vê um evangélico pregando ou evangelizando com alegria, ele toma o mesmo como "alguém ignorante e que não possui entendimento", isso por não pertencer a sua igreja. O apóstolo Paulo, Pedro e João davam muita importância para a questão da instrução e do preparo (II Timóteo 2:2,15; I Timóteo 4:13-15; Romanos 12:7; Hebreus 5:14; I Pedro 3:15; II Pedro 1:5-10; I João 4:1), portanto não eram homens despreparados. Ademais, além de Pedro e João terem sido instruídos e preparados durante cerca de três anos e meio pelo maior Mestre de todos os tempos: Jesus; eles sabiam ler e escrever, sendo ambos escritores de cartas que levam seus nomes na Bíblia (I Pedro 1:1; II Pedro 1:1, 3:1;I João 1:4; II João 5; III João 13; Apocalipse 2:1) portanto não eram analfabetos.

 I Coríntios 1:26 "Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados”. Usam deste verso para condenarem os pastores evangélicos que se preparam para o exercício do ministério.
Refutação: Perceba que esse verso fala da condição do crente antes da conversão. Aqueles que sabiam que eram pecadores, ou seja, os de classe baixa, miseráveis, ignorantes, moralmente corruptos e marginalizados, estavam dispostos a aceitarem o evangelho, pois conheciam a dureza da vida e estavam desprovidos das facilidades e bens que o mundo oferecia (Veja: Mateus 21:32, 9:12-13, 21:31) , enquanto que os "nobres", "sábios
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segundo a carne" e "poderosos" se julgavam "bons" e não viam necessidade alguma em aceitar o evangelho e colocar-se ao lado daquele que fora crucificado pelos "poderosos do mundo". No entanto, após a conversão o quadro mudava, aqueles que eram criminosos e corruptos deixavam o crime e a imoralidade, os miseráveis eram ajudados e sustentados pela igreja, e os ignorantes ganhavam e cresciam em conhecimento. O texto não ensina que o crente após a conversão deve continuar vivendo da maneira em que vivia antes de conhecer a Cristo.

I Coríntios 2:4- "A minha palavra, e a minha pregação não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder." A CCB usa esse versículo para mostrar que não devemos nos apegar a "sabedoria humana" que ao ver deles é o estudo e treinamento bíblico.

Refutação: O que os adeptos da CCB precisam aprender é que não podemos separar a Palavra de Deus do Espírito de Deus (II Pedro 1:21; João 6:63). Portanto, por termos o Espírito Santo dentro de nós, a nossa reação espontânea é nos aprofundarmos na Palavra de Deus por meio do estudo ou meditação.
 Ao lermos a passagem toda, podemos ver que a "sabedoria do mundo" a que Paulo se refere não é o estudo ou treinamento bíblico, mas as idéias e ensinos humanos contrários a pura revelação da Palavra de Deus (I Coríntios 1:18-25).Por exemplo: enquanto a sabedoria do mundo dita que o dinheiro deve ser o objetivo primário da vida, a sabedoria divina registrada na Bíblia deixa claro que a prioridade é para o reino de Deus (Mateus 6:33), e o amor ao dinheiro é a raiz de muitos males (I Timóteo 6:9,10). Paulo usa as expressões "palavra"(Cor 1:18), "sabedoria de Deus"(v.21) , "revelação do Espírito"(2:10) e "poder de Deus"(1:18; 2:4-5) como sinônimas, dando a entender um evidente contraste com a "sabedoria do mundo".Tudo o que Deus nos revelou, temos preservado em Sua Palavra - a Bíblia. A nossa pregação bem com nosso estudo está embasado na revelação, sabedoria ou palavra de Deus, não em nenhuma lenda, mito ou sabedoria humana. (Veja:Jeremias 23:9; Romanos 1:16; Salmo 119:130;Provérbios 3:21-22; 10:31; 31:26).
 É inadmissível que um grupo religioso que se intitula "cristão" tenha uma atitude tão contrária ao estudo da Bíblia!


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II Coríntios 3:6 -  "O qual nos fez também capazes de ser ministros dum novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica." Com base nesse versículo os adeptos da CCB não estudam a Bíblia.

Refutação: A "letra que mata" não é o estudo da Bíblia (Salmo 119:50,93, 107 e 154; Provérbios 10:14; João 6:63). Novamente os adeptos da CCB incorrem em grave erro por não conhecerem as escrituras. O apóstolo está discutindo neste capítulo sobre as duas alianças, os dois ministérios, o da graça, e o da lei dada por Moisés. Ele diz realmente que a letra mata, mas qual letra? Estaria o apóstolo ensinando com isso que não se deve estudar a Bíblia? Não. O verso 7 responde: "Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fixar os olhos no rosto de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual se estava desvanecendo". O que foi gravado com letras em pedras? Êxodo 32:16 e 34:1 responde: "E virou-se Moisés, e desceu do monte com as duas tábuas do testemunho na mão, tábuas escritas de ambos os lados; de um e de outro lado estavam escritas."... "E aquelas tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas" e "Então disse o Senhor a Moisés: Lavra duas tábuas de pedra, como as primeiras; e eu escreverei nelas as palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste." De acordo com o texto a "letra que mata" é aquela gravada em pedras (verso 7), ou seja a lei de Moisés. A "letra mata" porque por meio dela ninguém será justificado, ao contrário aqueles que querem se justificar por meio das obras da lei estão condenados, assim os homens são reconhecidos como pecadores e colocados sob o juízo da morte, a justificação só se recebe por meio da fé em Jesus Cristo, que por meio de Seu Espírito habita em nós dando-nos vida(II Coríntios 3:9, Gálatas 3:21 e 22). Os adeptos da CCB estão sob condenação, porque apesar de não ensinarem a guarda de toda lei, procuram se justificar por dois meios: a obediência que devotam as suas doutrinas, e por fazerem parte de uma organização religiosa, que consideram o caminho verdadeiro. O Espírito o qual o apóstolo diz que vivifica é o espírito da nova aliança dentro da  dispensação da graça.                                                                                                                                                                                            Pois na lei de Moisés qualquer um que a infringisse morreria, ou seja, a letra da lei matava, condenava, julgava, todavia na dispensação da graça ou do Espírito, não há morte, mas vida, Ele nos dá poder para vencer, o que a lei de Moisés não podia fazer. Se não podemos estudar a palavra de Deus (a letra), por que isso, segundo eles, seria lançar mão de obras da carne, então por que os músicos estudam a letra da música ? Não é o Espírito que ilumina na hora certa ? Por que estudar então ? Na verdade os membros da CCB conhecem muito mais seu hinário do que a Bíblia!
Filipenses 3:8- "E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo que sofri a perda de todas as coisas, e as considero como esterco, para que

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possa ganhar a Cristo."  Com base nesse trecho os adeptos da CCB afirmam que não é necessário estudar a Bíblia, que a preparação por meio do estudo não passa de "esterco".

Refutação: Paulo ao escrever esse trecho não menosprezou o estudo ou treinamento bíblico, o que ele considerou como perda e esterco foi o seu passado sem Cristo (versos 4 - 7). Ao contrário ele valoriza o conhecimento de Cristo Jesus no início do trecho.
Cultura e Estudo
Os adeptos da Congregação Cristã no Brasil defendem a idéia de que o ancião, que é o líder da igreja local, não precisa de nenhum tipo de estudo para pregar o evangelho. Dizem que todo o conhecimento necessário é dado diretamente pelo Espírito Santo. Afirmam que estudar é adquirir a sabedoria do mundo e não a divina. O texto básico deles é Mateus 10.19,20, mas quando se analisa essa passagem com cuidado, dentro de seu contexto, verifica-se que não há nenhuma idéia ou sugestão para que o crente relaxe em seu estudo e em seu conhecimento da verdade. Essa passagem se refere à maneira como o cristão deve se comportar no momento da provação, no caso de vir a ser entregue aos tribunais e à presença de autoridades governamentais.
 Citam o exemplo dos apóstolos, querendo afirmar com isso que eram leigos, indoutos e iletrados. Isso, entretanto, não é verdade. Pedro, um dos mais simples, não só conhecia textos do Antigo Testamento como também ouviu de Jesus Cristo, o Mestre dos Mestres, todos os ensinamentos necessários antes de iniciar o seu ministério terreno. Paulo era um dos maiores eruditos e intérpretes da lei em sua época; depois de ser batizado ele ficou por três anos em meditação e reflexão no deserto da Arábia, para depois iniciar o seu ministério (Gal 1.16–18). Quando estava preso em Roma, pediu ao seu amigo Timóteo que lhe trouxesse os livros, especialmente os pergaminhos (ll Tim 4.13). Paulo de forma alguma rejeitava consultar, além da “Bíblia” de sua época, os livros disponíveis que estavam ao seu dispor. ll Tim 3.8 cita dois nomes que não se acham no Antigo Testamento. Onde Paulo os teria encontrado, senão na literatura extrabíblica? Há inúmeros outros versículos bíblicos que enfatizam que o cristão deve buscar maior conhecimento através da leitura, do estudo e de outras formas de aprendizagem (Prov 9.9; Mt 13.52; ll Tim 2.15).

Além de tudo isso, os adeptos da Congregação se esquecem que se eles possuem a Bíblia em mãos hoje, é porque um grupo de homens se dedicou ao estudo, às letras, à cultura, para traduzir a Bíblia para o nosso idioma.

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Para traduzir a Bíblia é necessário estudar Grego, Hebraico e Português com muita profundidade. O próprio Hinário que eles usam em seus cultos contém hinos escritos por grandes estudiosos que não pertenciam a Congregação Cristã no Brasil, é claro; pertenciam a igrejas como a Metodista, Batista, Presbiteriana e Luterana, por exemplo.
É claro que Deus pode chamar uma pessoa sem estudo e sem muita cultura para pregar o evangelho; isso, entretanto, não impede que ela estude e se prepare para proclamar a boa nova de salvação. Deus nos usa em nossas fraquezas e limitações, mas nunca a mente preguiçosa. A sabedoria, ungida e usada pelo Espírito Santo de Deus é uma bênção; a ignorância, ao contrário, leva a erros e afirmações ridículas, rebaixando a obra do Criador e criando absurdos e heresias. Não é raro ouvir um membro da CCB dizer que "a comida servida na igreja dele é melhor por que sai na hora, pois Deus fala na boca do ancião, enquanto que a do outro é comida fria pois seu pastor precisa ficar "estudando" a Bíblia. Por exemplo na hora da “Palavra” é dito pelo ancião que, "Aqui existe irmãos que estão passando por grandes lutas, mas Deus manda lhe dizer que vai te dar vitória!". Assim o adepto sai com a impressão de que "Deus falou" com ele. Entendemos agora por que os membros da CCB entre outros motivos, não estudam a Bíblia, pois é mais fácil ouvir instantaneamente o que já se deseja ouvir do que ir meditar e estudar na lei do Senhor e extrair dela os sábios conselhos para os problemas do dia-a-dia. Alegam que para qualquer coisa que vão fazer precisam ser "guiado pela Palavra, deve buscar a “Palavra”, ou seja, o pregador que faz a pregação é o Oráculo e só ele tem a resposta, não podendo o crente da CCB buscar resposta de Deus por outro meio, como pela oração.
Sem dúvida o Espírito Santo opera poderosamente na vida de sua Igreja. Contudo a fé nos ensina a crer no Espírito Santo e nos submeter à sua direção, e é essa crença que nos leva a preparar-nos pelo exame das Sagradas Escrituras, que é a Palavra de Deus. Diz a Bíblia:
"Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim” (Jo.5:39).
"até que eu vá, aplica-te à leitura, à exortação, e ao ensino" (I Tm.4:13).

"Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Tm.2:15).

"antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei(a Bíblia) medita(estuda, lê) de dia e noite"(Sl.1:2).
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"Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita(leia, estude) nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido" (Jos.1:8).
A CCB não valoriza e nem incentiva o estudo sistemático da Palavra de Deus, pelo contrário dizem que o cristão não precisa estudar a Bíblia, pois na hora o Espírito Santo falará instantaneamente pelo crente. Os textos acima falam por si e deixa bem claro que devemos estudar a Bíblia e até lermos bons livros cristãos. O que a CCB se esquece é que o Espírito só usa um cristão que tem prazer na Palavra do Senhor e que nela medita dia e noite. Jesus disse:
"Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito" (Jo.14:26).
 Responda-me: O que o Espírito lembrará? A resposta é o que Jesus falou. E onde está relatado o que Jesus Falou? É lógico, na Bíblia, ou seja, quem não estuda a Palavra de Deus e livros afins, não têm como ser usado pelo Espírito de Deus eficazmente. O Espírito Santo não tem como lembrar algo que nós não conhecemos!
Geralmente quando estamos dialogando com um adepto da CCB não é raro recebermos como respostas textos bíblicos como o de Lucas 12:12 e João 14:16,17. Fazem isso para demonstrarem que seus ensinamentos estão baseados na Bíblia. Entretanto, tais argumentos não resistem a um exame minucioso do texto bíblico, pois foram tirados fora de seu contexto. Vejamos o primeiro:
"Porque o Espírito Santo vos ensinará na mesma hora o que deveis dizer.”

Refutação: Este versículo de maneira alguma está ensinando o crente não estudar a Bíblia. Ele está dentro de um contexto onde Jesus incentiva seus discípulos a confiarem em Deus nas horas de tribulação que viria nos tribunais perante os homens. É só ler os versos acima começando pelo versículo 4. Isto se cumpriu integralmente na vida dos apóstolos, por exemplo, em Atos capítulo 4 ; 5:27 em diante; 22:30 capítulo 23 em diante; capítulo 24 em diante. Nota-se em todos esse textos que a sabedoria com que falavam provinha é claro do Espírito Santo, no entanto eles fazem citações de profecias do Velho Testamento que para uma pessoa que não estudasse as escrituras era impossível fazer devido ao manuseio do


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livro da lei que era bem diferente de nossas Bíblias de hoje dividida em capítulos e versículos inclusive com tópicos. Mas naquela época não havia nada disso!

PORQUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA
a) Ela é o manual do crente na vida cristã e no trabalho do Senhor. O crente foi salvo para servir ao Senhor (IPe.2:9; Ef.2:10). Sendo a Bíblia o livro texto do cristão, é importantíssimo que este a maneje bem para o eficiente desempenho na missão de pregar o evangelho, pois todos somos chamados para isso. Todo bom profissional sabe usar bem a sua ferramenta, e poderíamos dizer que todo bom crente sabe manejar bem a sua Bíblia.
b) A Palavra de Deus Alimenta a nossa Alma. Disse Jesus: "Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus" (Mt.4:4)
c) A Palavra de Deus é a espada que o Espírito Santo usa. "... e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (Ef.6:17).
d) Só através do estudo da Bíblia é que iremos conhecer a vontade de Deus para nossas vidas. Quem não estuda a Bíblia não sabe o que Deus quer para sua vida, pois só na Palavra encontramos a verdade.
Leiamos:

"Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito" (Jo.15:7)


A REJEIÇÃO DO PREPARO INTELECTUAL
Essa posição da Congregação Cristã no Brasil está firmada no capítulo primeiro da 1a Carta aos Coríntios. O conteúdo localiza-se entre os versículos 19 a 28, com ênfase no verso 26: “porque, vede irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muito os poderosos, nem muito os nobres que são chamados”.



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Apóia-se também em outros trechos, como no capítulo 2, versos de 1 a 16. O mesmo acontece na segunda carta, onde Paulo fala que "a nossa capacidade vem de Deus" (3.5) que Deus nos capacita para o ministério (v. 6) e que a letra mata, mas o espírito vivifica.
Podemos ver que, em nenhum desses textos, Paulo diz ser desnecessário o preparo intelectual para o exercício do ministério. O que ele recomenda é não confiarmos somente na sabedoria da carne, mas darmos prioridade a orientação e discernimento do Espírito Santo. Somente ele pode nos mostrar a melhor maneira de utilizarmos o nosso intelecto e conhecimento humano.
A cultura, realmente, não é fundamental, e pode até atrapalhar, quando se deseja ensinar e dirigir o Espírito. Quando ele deseja agir, não existem barreiras que possam impedi-lo. Entretanto, ele não deixa de se manifestar em meio aos intelectuais, desde que o permitam fazê-lo.
Conforme previram antigos profetas, a ciência multiplicou-se como nunca visto. Esse avanço, de certo modo, facilita aos incrédulos contestarem as verdades bíblicas, apoiados nas descobertas cientificas. Os ministros precisam estar preparados para explicarem aos indoutos espirituais a sabedoria e soberania de Deus. Esses atributos divinos estão muito acima da compreensão intelectual do homem comum, mas ele insiste em querer entender Deus através do seu próprio raciocínio.
Como ensinar ao homem sem entender a sua natureza e o caráter de Deus?
Se o conhecimento intelectual não fosse necessário ao exercício do ministério, Jesus não teria chamado Paulo para levar o evangelho aos gentios. Desde a sua conversão, podemos vê-lo em sua atividade, dialogando com intelectuais gregos, defendendo-se perante os magistrados judeus e romanos, levando a palavra de Deus às autoridades de seu tempo ou em acirrados debates com os doutores da lei judaica. Ele safou-se das mais inusitadas situações, valendo-se da sua capacidade intelectual. Paulo recebeu esmerada educação, conforme revela em suas cartas e, particularmente, no livro dos Atos. Ele não faz restrições ao saber humano erecomenda aos Coríntios "abundância em fé, em palavra e em ciência" (2Co 8.7). Em outro trecho confessa ser "rude na palavra, mas não na ciência ou conhecimento humano" (2Co 11.6). A Congregação Cristã no Brasil demonstra falta de sabedoria e conhecimento ao rejeitar o preparo intelectual de seus ministros.


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INSPIRAÇÃO OU ADIVINHAÇÃO?
Continua o escritor do livro em tela, declarando à página 23: “Por ser defendida a tese de que somente o ancião recebe as ‘direções’ do Espírito Santo, os fiéis, antes de realizarem quaisquer negócios, sejam viagens, compras, mudanças, devem ir à igreja buscar do ancião a ‘direção’ ou “a Palara”, a fim de terem uma confirmação para que se concretize o negócio. Com essa doutrina de manipulação, os membros perdem o direito de pensar e agir, sendo isso extremamente perigoso e anti-bíblico. Abandonam a Palavra de Deus, e passam a depender de falsas inspirações, assim os anciãos se tornam videntes, ditando o caminho para que seus fiéis devam seguir. Em geral, os pregadores falham nas interpretações dos textos, exatamente por não terem profundidade bíblica”.

Ora, tornando-se o ancião um tipo de ‘vidente’, que é consultado para qualquer iniciativa nas hipóteses apontadas, torna essa pessoa despojada da sua condição de relacionamento com Deus, ignorando o privilégio da Nova Aliança firmada por Cristo. E o escritor do livro de Hebreus se reporta a essa situação, diferente da Antiga Aliança, quando o sacerdote exercia a função de porta voz de Deus para os homens e dos homens para com Deus. Somente o sacerdote podia entrar no lugar santo diariamente, no primeiro compartimento do santuário e o sumo sacerdote, uma vez no ano, no santo dos santos, para representar o povo diante de Deus. “Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo. Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo. (Hebreus 9.7-8). Entretanto, lemos que tal situação foi modificada. A Antiga Aliança foi substituída pela Nova.

“Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.” (Hebreus 8.13).

Hoje, então, o ancião não pode ser colocado como mediador entre Deus e os membros da CCB. Cada cristão de per si pode entrar diretamente à presença de Deus e ser por ele dirigido.
“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os
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corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa. Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.” (Hebreus 10.19-23).
Como tudo começou...
A heresia pregada pelos adeptos da Congregação Cristã no Brasil(C.C.B.) de que o estudo da Bíblia é contrário ao Espírito Santo, não é novidade. Outras seitas e movimentos hereges do passado proclamaram a mesma mentira. Ainda no primeiro século da era cristã os apóstolos enfrentaram as heresias dos chamados "gnósticos", estes afirmavam que possuíam um conhecimento místico e não racional, ou seja, que não fora adquirido por meio de estudo ou investigação, que os tornara superior aos cristãos. Essa heresia estava danificando de tal forma a vida da Igreja que o apóstolo João chegou a declarar enfaticamente na sua primeira carta: "Amados não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo" (I João 4:1). Na Frigia em 155 d.C. surgiu um movimento criado por um homem chamado Montano, cujo objetivo era acabar com o formalismo na Igreja e fazer com que ela não fosse dirigida pela "liderança humana", mas pelo Espírito Santo. Esta tentativa de combater o formalismo e a organização humana levou-o a distorcer a doutrina do Espírito Santo. Montano afirmava que o Espírito Santo falava através dele à Igreja, do mesmo modo que falara através de Paulo e os demais apóstolos. Dessa forma os seus seguidores não precisavam pesquisar as Escrituras, mas apenas ouvir o que ele tinha a falar pelo "Espírito". O Concílio Cristão de Constantinopla em 381 d.C., declarou que os montanistas deviam ser olhados como pagãos. Infelizmente, movimentos como o montanista e similares se afastavam da Bíblia, enquanto que sinceramente acreditavam estarem sendo guiados pelo Espírito.

O Catolicismo Romano e o ataque ao estudo bíblico
No período denominado na história da Igreja como Idade Média(590-1517d.C.), principalmente com a supremacia do papado (1054-1305 d.C.) o estudo da Bíblia foi desprezado, desaconselhado e até mesmo proibido, enquanto que os papas foram colocados como porta-vozes do Espírito. O analfabetismo se alastrou, o que é uma das razões por que a Idade Média foi chamada também de "Idade das Trevas". Esse analfabetismo era adequado para o Catolicismo visto que as determinações e ensinos papistas eram aceitos com mais facilidade. As heresias católicas eram aceitas como determinações divinas, muitos erros eram acolhidos, entre esses estava a substituição da salvação pela fé, sendo posta em seu lugar a idéia pagã da salvação pelas obras. A leitura e estudo do verso 17 do capítulo 1 de Romanos convenceu Martinho Lutero de que a fé em Cristo era o único meio para alguém tornar-se justo diante de Deus. A medida que ia se dedicando ao estudo das Escrituras, Lutero fora descobrindo verdades negligenciadas e deturpadas pelo Catolicismo. Foi através do estudo da Bíblia que ele passou a crer somente em Cristo para sua salvação.


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Os reformadores e a defesa do estudo da Bíblia
Todos os reformadores tinham como um de seus lemas "Sola Scriptura" (Somente as Escrituras) o que dava o devido lugar a Palavra de Deus na vida cristã. No entanto na euforia da reforma havia aqueles que ao invés de proclamar as verdades bíblicas, advogavam em nome de uma suposta "reforma", heresias que solapavam os alicerces da mesma. Este foi o caso de João de Valdez e de Tomás Muntzer, que não foram considerados pelos demais reformadores como protestantes. A ênfase de Valdez era a "vida no Espírito" enquanto que fazia oposição aos ritos externos e ao estudo da Bíblia. Muntzer dizia que o que importava não era o texto das Escrituras, mas sim a revelação presente do Espírito Santo. Até mesmo admitia que ele e seu grupo era a verdadeira igreja, inspirados por Deus, e todos quantos se lhe opusessem, opunham-se a Deus, e deviam ser exterminados. Satanás procurava semear suas mentiras enquanto Deus abençoava a causa da verdadeira reforma. Os genuínos reformadores não demoraram a responder essas heresias. Colocamos em seguida para consulta do leitor, a exposição de João Calvino frente as mesmas:
Novas Revelações do Espírito
Autor: João Calvino
As Institutas da Religião Cristã - Livro I, Capítulo 9

* * *

Os fanáticos, pondo de lado a Santa Escritura, passam por cima da
revelação e subvertem todos os princípios da piedade.
Além disso, aqueles que repudiam as Escrituras, imaginando que podem ter outro caminho que o leve a Deus, devem ser considerado não tanto como dominados pelo erro, mas como tomados por violenta forma de loucura. Recentemente, apareceram certos tipos de mau caráter que atribuindo a si mesmos, com grande presunção, o magistério do Espírito, faziam pouco caso de toda leitura da Bíblia, e riam-se da simplicidade dos que ainda seguem o que esses, de mau caráter, chamam de letra morta e que mata.
 Eu gostaria de saber deles, porém, que Espírito é esse por cuja inspiração eles são levados a alturas sublimadas, a ponto de terem a ousadia de desprezar, como infantil e rasteiro, o ensino da Escritura. Se eles responderem que é o Espírito de Cristo quem os inspira, consideramos absurdamente ridículo esse tipo de certeza uma vez que eles se concordam, como penso que o fazem, que os Apóstolos de Cristo e todos os fiéis, na Igreja Primitiva, foram iluminados por esse mesmo Espírito.
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O fato é que nenhum dos Apóstolos ou fiéis aprenderam desse Espírito a desprezar a Palavra de Deus. Ao contrário, cada um deles foi antes tomado de profunda reverência (para com a Escritura), como seus escritos o comprovam muito luminosamente. Na verdade, assim foi predito pela boca do Isaías, pois o Profeta não cerca o povo antigo com um ensino meramente externo, como se fosse para o povo como as primeiras letras, mas diz: "O meu Espírito que está sobre ti, e as minhas palavras que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca nem da boca tua descendência..." (Is 59.21), considerando antes que a nova Igreja terá, sob o reino de Cristo, a verdadeira e plena felicidade, que consiste em ser regida pela voz de Deus, não menos que pelo seu Espírito. Concluímos daqui que esses fanáticos cometem abominável sacrilégio quando separam estes dois elementos que o Profeta uniu por meio de um vínculo inviolável.
A isto, acrescente-se que Paulo, não obstante ter sido arrebatado até o terceiro céu (II Co 12.2) - não deixou, entretanto, de aproveitar o ensino da Lei e dos Profetas, exortando também a Timóteo - mestre de projeção singular - a que se dedicasse à sua leitura (1 Tm 4.13). É também digno de ser lembrado aqui o que Paulo diz da Escritura: "Que ela é útil para ensinar, admoestar, redargüir, para que os servos de Deus se tornem perfeitos" (II Tm 3.16). Não será, portanto, diabólica loucura imaginar como transitório ou temporário o valor da Escritura, destinada a conduzir os filhos de Deus até a perfeição final?
Quero que esses fanáticos me respondam também o seguinte: Terão eles bebido de outro Espírito e não daquele que o Senhor prometeu aos seus discípulos? Ainda que estejam possuídos de loucura tão extrema, não os considero, contudo, arrebatados de tão furiosa demência a ponto de terem a ousadia de gabar-se disso. Mas, ao prometer o Espírito, de que natureza declarou ele haver de ser esse Espírito? Na verdade, era um Espírito que não falaria por si mesmo, mas, ao contrario, sugeriria a mente deles e nela instilaria aquilo que ele mesmo, Jesus, havia transmitido por meio da Palavra (Jo 16.13).
Portanto, não é função do Espírito que Cristo nos prometeu desvendar novas e indizíveis revelações, ou forjar novos tipos de doutrina, pelos quais sejamos desviados do ensino do Evangelho já recebido. Ao contrario, a função do Espírito é a de selar, na nossa mente, a mesma doutrina que o Evangelho nos recomenda.

A BÍBLIA É O ÁRBITRO DO ESPÍRITO
Se ansiamos obter algum uso e fruto da parte do Espírito de Deus, podemos entender facilmente como é imperioso para nós aplicar-nos, com grande diligência, tanto a ler quanto a ouvir a Escritura. É por isso que Pedro até louva (II Pe I.19) o zelo dos que estão atentos ao ensino profético, ensino que, todavia, depois de começar a brilhar a luz do Evangelho poderia parecer ter perdido a validade. Muito ao contrário, se algum espírito, desprezando a sabedoria da Palavra de Deus, nos impõe outra doutrina, devemos suspeitar com justa razão, de que seu ensino é vaidade e mentira (Gl. 1:6-9).


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Sim, porque se Satanás se transforma em anjo de luz (II Co 11.14), que autoridade poderá ter o Espírito entre nós, se não soubermos discerni-lo por meio de sinal de absoluta certeza? E muito claramente a voz do Senhor no-lo tem apontado, mas esses infelizes (embusteiros) tudo fazem por extraviar-se, buscando a própria ruína, quando buscam o Espírito por si mesmos, ao invés de busca-lo por ele próprio.
Alegam eles que é ofensivo ao Espírito de Deus - a quem tudo deve estar sujeito -, ficar subordinado a Escritura. Como se fosse, na verdade, repulsivo ao Espírito Santo ser igual a si mesmo, por toda parte, ou permanecer de acordo consigo mesmo em todas as coisas, e em não variar em coisa alguma! De fato, se fôssemos obrigados a julgar de acordo com a norma humana, angélica ou estranha, então poder-se-ia considerar o Espírito como reduzido à subordinação, e até a servidão, se preferir. Quando, porém comparamos o Espírito consigo mesmo, e em si mesmo o consideramos, quem poderá dizer que, com isso, o estejamos ofendendo?
Confesso que o Espírito, desse modo, é submetido a um exame através do qual Ele quis fosse estabelecida a sua majestade entre nós. Ele deve ficar plenamente manifestado a nós tão logo entre no nosso coração. No entanto, para que o Espírito de Satanás não nos persuada em nome do Espírito Santo, este quer ser reconhecido por nós na imagem que imprimiu de si mesmo nas Escrituras, pois sendo ele mesmo o autor da Escritura, não pode variar nem ser inconstante consigo mesmo. Portanto, do modo como nelas se manifestou, tem de permanecer para sempre. Isto não pode ser modificado, a menos que julguemos  como dignificante, o Espírito abdicar e degenerar de si mesmo!
 A BÍBLIA E O ESPÍRITO SANTO NÃO SE SEPARAM
Quando a acusação que fazem contra nós, de que nos apegamos demasiadamente à letra que mata, acabam eles incorrendo na pena de desprezarem a Escritura. Ora, salta aos olhos o fato de Paulo (II Co 3.6), estar contendendo com os falsos apóstolos os quais, insistindo na Lei separada de Cristo, estavam, na realidade, alienando o povo da Nova Aliança, na qual o Senhor prometeu que haveria de gravar a sua Lei nas entranhas dos fiéis, e imprimi-la no coração deles (Jr. 31:33). Portanto, a letra está morta e a Lei do Senhor mata a seus leitores, quando não apenas se divorcia da graça de Cristo, mas, também, não tocando o coração, atinge só os ouvidos. Se ela, porém, por meio do Espírito, se imprime de modo eficaz nos corações e manifesta a Cristo, ela é a Palavra da vida (Fl. 2:16), que converte as almas e da sabedoria aos símplices (Sl. 19:7).
 Além disso, nessa mesma passagem (II Co 3.8), Paulo chama a sua pregação de ministério do Espírito, querendo dizer com isso, sem dúvida, que o Espírito Santo de tal modo se prende à sua verdade expressa na Escritura, nela manifestando e patenteando o seu poder, que nos leva a reconhecer na Palavra a devida reverência e dignidade. E isto não contradiz o que foi dito pouco atrás quando afirmamos que a Palavra não é absolutamente certa para nós, se não for confirmada pelo testemunho do Espírito, visto que o Senhor uniu entre si - como se fosse por mútua ligação -, a certeza de sua Palavra e a certeza do seu Espírito, de maneira que a firme religião da Palavra seja implantada em nossa alma, quando brilha o Espírito,

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fazendo-nos contemplar a face de Deus. Do mesmo modo, reciprocamente, abraçamos ao Espírito sem nenhum temor ou engano, quando o reconhecemos na sua imagem ou, seja, na Palavra!
Deus não deu a Palavra aos homens tendo em vista uma apresentação passageira, que fosse abolida assim que viesse o seu Espírito. Ao contrário enviou-nos o mesmo Espírito por meio de cujo poder nos deu a Palavra, com o fim de realizar a sua obra, confirmando eficazmente a mesma Palavra. Por isso, Cristo abriu o entendimento dos dois discípulos de Emaús (Lc 24.27, 45), não para que, pondo de lado as Escrituras, esses discípulos se fizessem sábios a si mesmos, mas para que fossem capazes de entender essas Escrituras. Igualmente Paulo, quando exorta os cristãos de Tessalônica (I Ts 5.19-20) a não extinguirem o Espírito, não os eleva as altura com vãs especulações fora da Palavra, mas acrescenta imediatamente que não se deveriam desprezar a profecias. Com isso, o Apóstolo diz, de maneira não duvidosa, que quando se desprezam as profecias, a luz do Espírito fica obscurecida.
Que dirão a respeito destas coisas esses fanáticos que consideram com validas apenas esta iluminação, desprezando e dizendo adeus a Divina Palavra, sem qualquer preocupação? Não menos confiantes e temerários são eles quando se agarram ambiciosamente a qualquer coisa que conceberam enquanto dormiam! Aos filhos de Deus, certamente, convém sobriedade bem diferente, pois eles, ao mesmo tempo que, sem o Espírito, se sentem privados de toda verdadeira luz, não ignoram, todavia, que a Palavra é o instrumento pelo qual o Senhor concede aos fiéis a iluminação do seu Espírito. Os fiéis não conhecem outro Espírito senão aquele mesmo Espírito que habitou nos Apóstolos e falou através deles, e desses oráculos os fiéis são continuamente convocados a ouvir a Palavra.

Satanás e a oposição ao estudo da Bíblia
Aqueles que negligenciam o estudo e a observação cuidadosa das Escrituras que Deus proveu e preservou através dos séculos, não precisam esperar alguma palavra nova de profecia ou algum sinal miraculoso. Os que fazem tais exigências caem nas mãos de Satanás, que está muito contente em providenciar os "sinais e prodígios" que eles procuram, e assim são desviados. No século XIX e início do XX onde os períodos de avivamento e inicio do pentecostalismo se deram, a Bíblia continuou a ser considerada de maneira adequada. Mesmo o movimento pentecostal começou graças ao mover de Deus por meio do estudo da Bíblia.


Charles Parham
O precursor do pentecostalismo, Charles Parham, era um jovem ministro metodista que buscava uma nova experiência com Deus. Tinha o hábito saudável de comparar o que dizia a Bíblia com a sua experiência diária. Por estar descontente com usa situação espiritual e de seu ministério começou a fazer um estudo acentuado no livro de Atos, viu que lhe faltava o poder lá descrito, poder esse que nem ele e muito menos sua igreja experimentavam. Era necessário então descobrir o segredo que os cristãos do primeiro século possuíam. Para tão importante missão viu que
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era necessário reunir um grupo de pessoas com o mesmo objetivo, e que estivessem dispostas a se dedicarem com afinco e perseverança ao estudo sistemático da Bíblia, até acharem uma resposta. Então após alugarem uma mansão, em Topeka, Kansas (E.U.A), a um preço baixo, que fora resposta de suas orações, fundaram a chamada "Escola Bíblica Betel". Neste seminário eles utilizavam um método de estudo que consistia em escolher um assunto, pesquisar e estudar todas as citações bíblicas sobre ele e apresentá-lo para a classe em forma de sabatina oral, isso regado a muita oração. Parham também ensinava através de palestras. Até dezembro de 1.900 eles já tinham estudado sobre arrependimento, conversão, santificação, cura e a iminente vinda do Senhor. No dia 25 de dezembro, Parham precisou ausentar-se da escola para fazer uma viagem de três dias, e deixou como tarefa para os estudantes, que descobrissem nos relatos de Atos sobre o batismo com Espírito Santo, os sinais ou o sinal que evidenciasse tal experiência. Dali em diante, Deus os agraciou tremendamente com um mover do Espírito Santo, e novas unidades da "Escola Bíblica Betel" foram abertas, em uma delas, em Houston no estado do Texas, um dos estudantes era William J.Seymour, que é considerado uma figura chave na história do movimento pentecostal mundial.


Pentecostais e estudo da Bíblia
Os verdadeiros pentecostais apreciam o estudo e mensagem da Bíblia, e acreditam que a medida que a estudamos,o Espírito Santo vai nos outorgando entendimento espiritual, que inclui tanto a crença como a persuasão. É no coração do próprio interprete que o Espírito Santo opera criando aquela receptividade interior pela qual a Palavra de Deus é realmente "ouvida". O Espírito, fazendo como que a Palavra seja ouvida pelo coração, e não apenas pela cabeça, produz uma convicção e respeito da verdade que resulta numa apropriação zelosa desta mesma Palavra. (Romanos 10:17; Efésios 3:4,19, 6:17; I Tessalonicenses 1:5, 2:13; I Timóteo 4:13-15) Movimentos que se diziam pentecostais, mas atacavam a meditação ou estudo da Bíblia foram considerados hereges e anticristãos pelos genuínos avivalistas e pentecostais.


Watchman Nee
Watchman Nee, um dos instrumentos usados por Deus para o avivamento do cristianismo na China, que ministrava muito estudos sobre a vida dirigida pelo Espírito, em um de seus livros, "O Homem Espiritual" escreve:
"Se o homem não utiliza a inteligência, Deus também não a usa, pois isso seria contrário a maneira como o Senhor opera. Os espíritos malignos entretanto, o fazem. Eles nunca hesitam em aproveitar uma oportunidade para usar a mente do homem. Portanto é insensatez deixarmos nossa mente afundar num estado de passividade, pois os espíritos inimigos estão a espreita, buscando a quem possam devorar. Avancemos mais um passo nesse assunto da passividade como base para a atuação dos espíritos malignos. Estamos cientes de uma classe de indivíduos que
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gosta de se comunicarem com os espíritos. As pessoas, em geral, não desejam se possuídas por demônios, mas essa classe especial anseia por isso. São os adivinhos, os agoureiros, os médiuns, os necromantes. Observando atentamente a forma como eles ficam possessos, podemos compreender o princípio da possessão demoníaca. Essas pessoas dizem que, a fim de ficarem possessas por aquilo que elas chamam de "deuses” (que na realidade são demônios), não podem lhe oferecer nenhuma resistência. Têm de estar dispostos a aceitar aquilo que vier sobre o seu corpo, seja o que for. Para tornarem sua vontade totalmente passiva, primeiro, têm de reduzir a mente a um branco total. O cérebro vazio produz uma vontade passiva. Esses dois elementos são os requisitos básicos para a possessão demoníaca. Por isso, um necromante que está esperando que seu "deus" venha sobre ele, põe-se a abanar a cabeça por algum tempo, até ficar tonto. Assim sua mente fica completamente desligada. Como a mente está vazia, sua vontade naturalmente se torna imóvel. Nesse ponto, sua boca começa a se mover de forma involuntária, o corpo treme gradativamente e, daí a pouco, seu "deus" desce sobre ele. Essa é uma maneira de ficar possesso. Embora haja outras, o princípio para todo o espírita é o mesmo: buscar a passividade da vontade esvaziando totalmente a mente. Todos os espíritas concordam que,quando os espíritos ou demônios descem sobre eles, sua cabeça não pode mais pensar e sua vontade não mais atua." (páginas 30-31)

Quando distingue as operações do Espírito Santo e dos espíritos malignos, ele declara nas páginas 32-33:

"1.Todas as revelações e visões sobrenaturais ou outras ocorrências estranhas que exigem a suspensão total da função da mente, ou que só obtemos quando ela pára de funcionar, não provem de Deus. 2. Todas as visões que têm sua origem no Espírito Santo são aquelas que o crente recebe quando sua mente está plenamente ativa. Para se receber essas visões,é necessário um envolvimento ativo das várias funções da mente. O empenho dos espíritos malignos segue exatamente o caminho oposto.3. Tudo o que flui de Deus se harmoniza com a natureza divina e a Bíblia."
A ênfase nas Escrituras era muito importante para aquele que queria ser guiado pelo Espírito, de acordo com a mensagem de Nee:
"Por isso o ensino das Santas Escrituras é totalmente essencial. Para confirmar se somos ou não movidos pelo Espírito e se andamos Nele, precisamos ver se alguma coisa dada harmoniza com o ensino da Bíblia. O Espírito Santo nunca moveu os profetas do passado para escreverem de um modo e a nós de outro. É categoricamente impossível que o Espírito Santo tenha instruído pessoas de ontem sobre o que não deveriam fazer e hoje Ele mesmo nos dizer que devemos fazê-las." (Página 140).
Ressurge a antiga heresia!
Vemos em todos os exemplos citados acima, que a prática de desestimular o estudo da Bíblia, não é uma prática cristã, mas pagã. Não é do desconhecimento de ninguém a posição tomada pela Congregação Cristã no Brasil com relação ao
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estudo da Bíblia. Os próprios adeptos e líderes dessa seita fazem questão de afirmar com orgulho de que não precisam ficar estudando a Bíblia, já que possuem o "Espírito Santo". Jesus, os apóstolos, os reformadores, os avivalistas e os pentecostais tinham em grande estima a Palavra de Deus e a honravam com seu estudo. Os cristãos da atualidade continuam com o mesmo princípio e prática. No entanto essa organização religiosa, que soberbamente se considera "a obra de Deus" tem contribuído para espalhar o engano combatido pelos verdadeiros servos de Deus.
Heresia perigosa ou apenas um erro secundário?
Rejeitar o estudo da Bíblia não é um erro de proporções secundárias, mas uma heresia muito séria e perigosa. Se a Bíblia não é para ser estudada, examinada ou para nela meditarmos, então qual é sua finalidade? Sutil e diabolicamente então o seu valor é anulado e destruído. Enquanto na Idade Média a estratégia de Satanás era que exemplares da Bíblia fossem queimados para que seu estudo não fosse efetuado e o conhecimento santo adquirido, na era moderna através de várias seitas a Bíblia pode até ser adquirida mas o estudo não pode ser efetuado!


“BUSCAR A PALAVRA”
Essa é uma expressão freqüente nos lábios dos membros dessa Igreja. Se tivermos um amigo, parente ou conhecido membro dessa Igreja e perguntarmos, quando ele está se dirigindo ao templo, com uma Bíblia na mão: “Onde você vai?”A resposta quase decorada por todos é: “Vou buscar a Palavra.” Então surge a pergunta feita por nós: Quê Palavra? É a palavra do ancião que vai dar resposta à sua ansiedade no que concerne a certos problemas do dia a dia: viagem, casamento, doença, trabalho que afligem as pessoas e elas entendem então que sua resposta estará na palavra do ancião.
Não seria o caso de perguntar: Mas a Bíblia não está em suas mãos? Por que não a ler? Por que não busca a Deus em oração? É o que lemos: “Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé que pregamos” (Romanos 10.8).
Diz ainda o texto bíblico: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra,(a Bíblia) e luz para o meu caminho.” (Salmos 119.105).





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O DÍZIMO
CCB dá ao César o que é de César, mas quando é para dar a Deus inventam muitos argumentos e obstáculos. Ensinam os Anciãos da CCB que o dízimo é da lei e que é maldito e hipócrita aquele que dá e aquele que o recebe.
A Bíblia ensina que o dízimo é santo; a CCB ensina que é profano. A Bíblia ensina que o dizimo é do Senhor (Lv 27.30); a CCB ensina que o dízimo é para ladrões. Jesus não condenou a prática do dízimo(Mt 23.33); condenou, sim, os hipócritas que desprezavam os principais preceitos da Lei de Deus, mas não condenou o dízimo praticado até pelo pai dos crentes, Abraão(Gen 14.20). O Autor da epístola aos Hebreus falou sobre a prática do dizimo na atual dispensação ( Hb 7.8-9).
É preciso salientar também que o dízimo, no período da Graça de Cristo, não é dado com o objetivo de salvação, mas é dado com amor, pois Deus ama aos que ofertam com alegria (II Cor. 9:7). Cada oferta é como se fosse uma semente de bênçãos que na hora certa todos colheremos (II Co. 9:10)
Não raro a CCB baralha doutrinas, invertendo, inclusive a ordem das coisas e dos fatos. Mas isso tem uma explicação: "Errais por não conhecerdes as escrituras...".

Primeiro, os defensores apologistas da CCB invertendo os fatos, nos acusa de criticar a CCB por não darem o dízimo, no entanto, a verdade é que a CCB é quem se insurge contra os demais evangélicos justamente porque dão o dízimo, e não o contrário. Temo que o defensor anti-dízimo esteja construindo um espantalho para depois se gabar de ter destruído um monstro!
Segundo, por ser ignorantes em relação à doutrina bíblica, a CCB confundem VELHO TESTAMENTO COM A LEI DE MOISES. É preciso esclarecer que no Velho Testamento estão inseridas diversas dispensações, períodos históricos e inclusive a lei. Portanto, do ponto de vista histórico teológico, especificamente no que respeita a bipartição de períodos, de uma maneira geral (didaticamente falando), abarca diversos momentos e dispensações afetas à raça humana em geral e especificamente ao povo de Deus, povo de Israel. Com efeito, no Velho Testamento encontramos a dispensação da inocência, quando da criação do homem até a perda da inocência com o cometimento do pecado, dispensação da lei e outras.
Precisamos esclarecer que a lei mosaica foi de fato abolida. Todavia, o apóstolo Paulo fala que estamos debaixo de outra lei a qual chama de Lei de Cristo [I Co. 9:20-21]. Cristo por sua vez reiterou a parte espiritual e eterna que cabe aos mandamentos de Deus. É claro que o sábado foi abolido de

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fato na cruz, todavia sua parte essencial que tem a ver com seu caráter moral foi preservado, isto é, posso descansar um dia entre os sete, a Igreja por motivos elevadíssimos como a ressurreição de Cristo e por inferência bíblica preservou o descanso semanal no primeiro dia da semana.
O dízimo por sua vez foi reiterado no NT não mais como obrigatoriedade de lei, mas tão somente como exemplo a ser seguido. O cristão que apenas dizima está vivendo nas bênçãos de Deus, mas aquele que vai além do dízimo vive acima das bênçãos de Deus.
Por que convencionou-se dez por cento? Como já dissemos, a igreja lançou mão de bons exemplos do Velho Testamento como faziam os demais apóstolos, sem, contudo, estar debaixo da velha lei mosaica. Um exemplo tirado das escrituras poderia jogar mais luz na questão: Por exemplo, quando Deus acabou a sua gloriosa criação diz Moisés que Ele "descansou no sétimo dia". Pois bem, o apologista da CCB, creio eu, não acredita que neste verso há qualquer mandamento universal para ser guardar um sábado nos moldes da lei mosaica. Porém, quando Deus insere nos dez mandamentos a lei do descanso, ele particulariza e separa um dia para os israelitas o adorarem entre os sete da semana. Não seria mais qualquer dia entre os sete, mas o sétimo dia agora cairia no sábado. A razão disso está no fato de Deus está formando uma nação organizada. Imagine uma nação enorme como a de Israel onde cada pessoa estivesse descansando cada um, num dia diferente? Seria uma tremenda inconveniência, uma bagunça até! Portanto, convencionou-se que todo o sábado (dia fixo) seria o dia de descanso religioso.
O dízimo pode ser considerado análogo a isto. Imagine cada um contribuindo como quer e quando quer na igreja? Seria uma parafernália financeira... Por isto os 10% a meu ver é a maneira mais adequada e organizada de contribuir. Lembrando que isto não anula as regras que norteiam a contribuição neotestamentaria, qual seja, voluntariedade, proporcionalidade, disponibilidade, liberalidade, generosidade etc. Tudo isto pode e deve nortear a prática do dízimo.

O dízimo foi instituído antes da lei - vide Gênesis 28:20-22

O dízimo foi ratificado pela Lei - vide Levítico 27:30, Deut. 12:6 e Malaquias 3:4-12.
O dízimo foi mantido no Novo Testamento - veja I Coríntios 16:1-2, Hebreus 7:1-10 - Na medida em que nenhuma oposição foi feita por Cristo e pelos Apóstolos referente a esta prática, pelo contrário.

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De se concluir, portanto, que a contribuição do dízimo "dekatos" (do grego, décima) está sustentada sob a égide da voluntariedade e necessidade.

Voluntariedade: a contribuição antiga do dízimo que antes da lei era um costume e na lei uma obrigação, uma norma a ser observada; como já foi dito, hodiernamente não é lei ou norma para os cristãos, como o foi na lei de Moisés. Trata-se de contribuição voluntária, por pessoas que têm consciência do sustento do Ministério na grande Seara e Obra de Deus.

Necessidade: a contribuição do dízimo, foi convencionada em um mínimo de 10% dos rendimentos, para uma otimização dos serviços e crescimento da Igreja e do sustento do Ministério Pastoral. Nada de absurdo ou anormal ou imoral nisso. Visa, tal percentual, a garantia do aproveitamento da contribuição. Nada mais. Tal prática é extraída de exemplos havidos no Velho Testamento (antes da lei e empós lei), utilizada pelos protestantes de hoje; assim como extraímos exemplos do Velho Testamento e os aplicamos hoje, embora não estejamos debaixo da Lei Mosaica e tampouco submetemo-nos a ela. Por exemplo: A palavra ancião utilizada pelo apóstolo foi extraída dos encarregados da Sinagoga Judaica; e que mal há os cristãos de hoje utilizar no ministério o dízimo?
McConoughy, erudito bíblico e historiador, diz que "Em todo o mundo pagão antigo se reconhecia à Divindade o direito à décima parte dos bens." E no N.T. ele não é referido mais fortemente porque todos, Judeus e Gentios, o entregavam. Como prova disso está que nem Jesus nem os Apóstolos têm de repreender os Cristãos por faltarem na entrega dos Dízimos, pelo contrário, eles são zelosos, At 21:20. Mas, no N.T. há muitas referências ao Dízimo, umas diretas, outras por metáfora, e ainda outras subentendidas:
Referindo-se aos fariseus, Jesus disse aos discípulos: "Fazei, pois, e guardai tudo quanto eles vos disserem ..."( Mat.23:1-3) o que incluía o Dízimo;
Jesus não os censurou por darem os Dízimos: "Sem omitir aquelas" refere-se a dizimar a hortelã, o endro e o cominho; enquanto "devíeis, porém, fazer estas coisas", refere-se "aos preceitos mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia e a fé", em Mat.23:23; censurou, sim, por negligenciarem estes !
Tratando do sustento do Ministério da Palavra na I Cor.9:4-14, Paulo usa uma porção de metáforas, muito expressivas e refere-se aos sacerdotes e levitas no v.13, os quais, indefectivelmente, eram suportados pelos dízimos, apelando, inclusivamente, antes, à autoridade da Lei no v.8. De Cristo, diz o autor de Hebreus que, como antítipo de Melquisedeque

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"recebe dízimos aquele de quem se testifica que vive", 7:4-10, ver v.8. Fica demonstrado inequivocamente que o Dízimo foi ensinado e praticado no N.T., e que os Cristãos Primitivos iam muito além do Dízimo; "Nenhum deles dizia que coisa alguma era sua própria ...", At.4:32-35.
Não obstante, devo admitir em que toca na essência da questão estamos de acordo, ou seja, em que se deva de fato contribuir na obra de Deus. A discordância está em como esta contribuição deva ser efetuada.

a) SOBRE A PARÁBOLA DO PUBLICANO E DO FARISEU (LUCAS 18:10-14). Além de distorcerem o contexto bíblico, vê-se que a CCB, também não lêem direito o vernáculo. Ora, ninguém é justificado pelas obras e se assim o é também não pode ser justificado pela prática da contribuição do dízimo, isso é óbvio. O que no texto está claro é o repudio pelo Senhor Jesus a autoconfiança em detrimento da fé. No caso do texto Jesus repreendia a altivez, a arrogância e não a prática de dizimar de per si. Leia direito. O texto já inicia no seu primeiro versículo (que é auto explicativo): Versículo 9: "Propôs esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros...":
Ademais, se levarmos às últimas consequências esse seu pensamento, devemos, por absurdo dar a mesma interpretação à questão do jejum que está intimamente ligada à questão do dízimo, no mesmo texto utilizado pelo apologista da CCB, especificamente no versículo 12. Ou seja, se formos seguir o seu raciocínio, de acordo com o texto, não devemos tampouco praticar o jejum.
b) A VERDADEIRA IGREJA DE CRISTO... Aqui, com todo o respeito, o apologista da CCB, chega ao ápice da interpretação teratológica.
Se partirmos do seu conceito de igreja verdadeira , então a sua igreja e a sua comunidade deveria, cada membro, repartir as sua propriedades e seus bens uns com os outros: vender as suas casas, seus automóveis e etc, e repartirem com os irmãos de fé. (Vocês  da CCB, fazem isso? Não. Logo, de acordo com o seu próprio raciocínio, a CCB longe está de ser uma igreja verdadeira, isto é, uma igreja que segue as doutrinas apostólicas).

A sutileza de sua distorção do texto é flagrante: para sustentar a sua tese de ensinamento apostólico, o apologista CCB omite os versículos 44 e 45 do texto, sem falar da omissão dos versículos 34 e 35 do capítulo 4, senão vejamos:

O apologista CCB inicia com o seguinte versículo: 2:42 de Atos, qual seja: "e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações".
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Mas propositadamente omite: "44 Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. 45: E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração".
Além do mais, os CCBS não vão ao templo todos os dias. E agora ?

C) SOMENTE OS LEVITAS TINHAM ORDENS DE RECEBER OS DÍZIMOS DO POVO... NÁO SERIA AGRADÁVEL AOS OLHOS DO SENHOR, METER A MÃO NAQUILO QUE NÃO NOS PERTENCE.
Primeiro, a palavra "meter a mão", usada leviana, de modo chulo e irresponsável pelo apologista CCB. (fato este muito comum entre os defensores CCB), que deixa subtendido ser o pastor um ladrão, a saber:

Quanto a questão de somente os Levitas tinham a ordem de receberem os dízimos, gostaríamos de frisar novamente que Abraão deu o dízimo ao sacerdote Melquisedeque que é um tipo de Cristo. Deus mais tarde instituiu o dízimo na lei mosaica para os Levitas. Não obstante, Deus tendo abrogado de vez o Velho Testamento, veio nos trazer um novo testamento com novas leis e novas regras, dando-nos agora um novo sumo sacerdote - Jesus Cristo.
O sacerdócio de Cristo, diz o escritor aos Hebreus, não era da linhagem dos levitas, mas da linhagem de Melquisedeque. As promessas desta nova aliança sobrepujavam as da velha.
Agora raciocinemos: se Cristo é uma figura de Melquisedeque e Abraão pagou o dízimo a este sacerdote antes da lei, nosso dízimo neotestamentario não tem nada a ver com a maneira de dizimar da lei Levítica, 21, mas com a maneira de dizimar da lei de Melquisedeque, isto é, a voluntariedade. Assim como nosso sumo sacerdote, Jesus Cristo não veio desta linhagem, mas da de Melquisedeque, nosso dízimo tem de ser entregue de acordo com a lei de Cristo nosso novo sumo sacerdote, nosso novo Melquisedeque. Por isso, erra barbaramente nosso amigo congregado quando tenta armar uma cilada teológica em cima desta conexão, Levitas + lei do dízimo + cristãos. O caso é que nosso dízimo agora não deve ser mais pago com aquela força de lei (mesmo porque tal lei já foi abolida), mas com o caráter que Abraão deu a Melquisedeque - por livre e espontânea vontade. É certo que a lei do dízimo perdeu sua força com a abrogação da lei mosaica, mas nem por isso a prática de dizimar necessariamente

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acabou. O que acabou foi à força daquela lei, a maneira que era dada o dízimo. Ora, pegando carona no mesmo pensamento, podemos dizer que o sacerdócio levítico como era praticado sob a lei também acabou, mas olhando depois da cruz nós vemos Deus transformando-o em algo mais sublime. Agora Cristo é nosso sumo sacerdote, não segundo a lei levítica, mas segundo a ordem de Melquisedeque. O nosso dízimo não é mais segundo a lei levítica, mas segundo a lei de Melquisedeque o tipo de Cristo. Qual era essa lei? A lei da espontaneidade e do amor. O dízimo do cristão não tem nada a ver com a lei levítica. Por isso não encontramos nenhuma espécie de lei no NT quanto a dar o dízimo. Mas isto não quer dizer que o ato de dizimar acabou. A transação foi feita entre Abraão e Melquisedeque no VT, mas no NT é feita entre Cristo (sumo sacerdote e figura de Melquisedeque) com os cristãos (filhos espirituais de Abraão).

b) Para jogar uma pá de cal sobre o tema, leia-se:
"I TIMOTEO 5:17-18: "Os anciãos que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino. Porque diz a Escritura: Não atarás a boca ao boi quando debulha. E: “Digno é o trabalhador do seu salário”.
E tal expressão nem de longe concorda com vossa interpretação dada à clareza do texto em lide. Salário quer dizer salário mesmo. Demais disso, o que toca ao sustento dos levitas, foi preservada na sua forma essencial, mesmo desprovida da característica do ministério levítico, é o que prova o texto acima citado. Ora, os apóstolos se dedicavam exclusivamente à palavra de Deus e eram sustentados pelos irmãos. Pode-se ver um caso típico quando todos abandonaram Cristo na cruz; diz a Bíblia que eles voltaram para suas antigas profissões [João 21:2], isto levou Cristo a reforçar o ministério de tempo integral no versos 15-19.
Gostaria ainda que o senhor apologista CCB atentasse novamente para o que diz Paulo em I Cor. 9:6-14:
"Ou será que só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Porventura digo eu isto como homem? Ou não diz a lei também o mesmo? Pois na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca do boi quando debulha. Porventura está Deus cuidando dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Com efeito, é por amor de nós que está escrito; porque o que lavra deve debulhar com esperança de participar do fruto. Se nós semeamos para vós as coisas espirituais, será muito que de vós colhamos as matérias? Se outros participam deste direito sobre vós, por
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que não nós com mais justiça? Mas nós nunca usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que servem ao altar, participam do altar? ASSIM ORDENOU TAMBÉM O SENHOR AOS QUE ANUNCIAM O EVANGELHO, QUE VIVAM DO EVANGELHO."

d) PREGADORES OBCECADOS POR DINHEIRO.
O disparate é tão grande nesse particular (caso que será respondido em outro tópico) que não vale a pena reiterá-lo aqui. Basta apenas dizer que o senhor parte de pressupostos equivocados, portanto, forçosamente suas conclusões o serão também. É óbvio que se o pregador viver obcecado por dinheiro, ele já não estará mais dentro do propósito para o qual foi chamado, isto é, de pregar o evangelho. Mas não podemos perder de vista o fato de que a obsessão financeira não se restringe apenas a quem vive do evangelho. Muito pelo contrário. Um ancião que não recebe salário da igreja poderia (e poderá, fato este corriqueiro entre os CCBs) muito bem, e às vezes se enquadrar até mais nesta acusação do que o próprio pastor. Porventura um ancião não tem de trabalhar para se sustentar? E se ele ficar obcecado por coisas materiais a ponto de negligenciar o cuidado com a igreja de Deus, não estará incorrendo no mesmo suposto pecado do pastor? Portanto, o erro não está no sustento pastoral em si, no dízimo, está no coração desprovido de santidade e espiritualidade, e a regra vale para todos, pastor, ancião, eu e você.

                                                                                                      INSTITUIÇÃO FINANCEIRA E CLUBES SOCIAIS.
Como já foi dito, não se deve obscurecer a verdade com meias verdades. Creio que o senhor fala sem conhecimento de causa. E se porventura, há alguma base para isto, são tiradas de maus exemplos, repudiados pela maioria esmagadora dos evangélicos. De fato a Igreja de Cristo não foi e nunca será uma instituição financeira ou clube em que as pessoas são "obrigadas" a pagar determinadas "taxas" para serem sócias. Aliás essa última comparação é muito infeliz já que desconheço qualquer denominação evangélica que cobram taxas de seus membros.

A QUESTÃO DA INJUSTIÇA DO DÍZIMO ENTRE RICO E O POBRE ASSALARIADO.
Há pelo menos três questões distorcidas em sua ilação, de modo que aclarado o sofisma, a sua tese não se sustenta.
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1) A sua preocupação com o pobre assalariado soa com vezo de hipocrisia, tal qual a preocupação de Judas no capítulo 12:6 de João, quando este viu que Maria tomou uma libra de alto valor e comprou um perfume muito caro e com ele ungiu os pés de Jesus, ficou horrorizado e disse no verso 5: "por que não se vendeu este perfume por 300 denários, e não se deu aos pobres?". Jesus, porém, conhecendo a hipocrisia de tal argumentação foi categórico: "vós sempre tereis os pobres convosco, mas a mim nem sempre tereis." Outrossim, é preciso atentar para o fato de que cada um contribui, voluntariamente,(não está obrigado), de acordo com os seus rendimentos. Se ganha 200,00 contribui com 20; se ganha 1000, contribui com cem, de modo que não convence a sua tese de desproporcionalidade entre ricos e pobres, ou desigualdade e complexo de inferioridade do irmão pobre em relação ao irmão rico. Isso não existe. Fala sem conhecimento de causa Veja bem: nós vivemos pela fé e não por vistas. De modo que a interpretação engendrada pelo apologista CCB restou um tanto equivocada ao dizer que o ato de dizimar dos irmãos pobres torna-se um sacrifício. Se tem fé para tal mister, isso é com ele e Deus. Não cabe a ninguém fazer juízo de valores sobre a fé alheia. Novamente se esbarram no verso bíblico que diz: “Errais por desconhecerem as Escrituras e nem o PODER DE DEUS".

3) MALAQUIAS E OS LADRÕES. Mais uma vez o Senhor fala sem conhecimento de causa, se não vejamos: Quem costuma taxar os outros pejorativamente de ladrões são os CCBs e não os irmãos que dizimam. Se raciocinarmos pelo seu ponto de vista, poderíamos dizer que Deus foi injusto em chamar os judeus de "ladrões", Malaquias 3:10, já que todo o povo, sem exceção, estava sob o jugo do Império Persa, escravizados, sem propriedades e bens. Ocasião em que deixaram de dizimar já que sofriam desemprego, baixas colheitas, fome, doenças, seca etc. Ora, segundo a visão deturpada da doutrina anti-dízimo, nada mais justo deixarem de dizimar o povo de Israel; contudo, não na visão de Deus, que os chamou de roubadores mesmo assim e só por questão de conhecimento, o apóstolo Paulo assevera que os "roubadores" não herdarão o reino de Deus. Aqui cabe um parêntese: indago a você: dado às circunstâncias do povo de Israel, com qual opinião você ficaria: com a da CCB ou com a de Deus?

Ademais tal episódio ilustra uma grande lição de fé. Deus os repreende por não dizimarem ao tempo em que os exorta e os incentiva a fazerem prova Dele. Primeiro manda que tragam os dízimos e só depois manda fazerem prova Dele, deixando a seguinte promessa: "se eu não vos abrir a janelas

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do céu, e não derramar sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha a maior abastança" - versos 10 e 11. Sim, dizimar é um procedimento cristão e abençoado, acima de tudo de fé.
Obs: Malaquias foi contemporâneo de Esdras e Neemias na época da reconstrução de Jerusalém.
E não há de se falar aqui em estar usando "textos do Velho Testamento" como se os ensinamentos espirituais das escrituras fossem abolidos, já que o apóstolo Paulo deixou bem claro esta questão quando disse: "Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça" II Timóteo 3:16 e ainda: "Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso [ensino] foi escrito, para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança." Romanos 15:4 Haja vista existirem exemplos similares neotestamentário.
I Cor.16:1-2: esta passagem não é necessariamente um ensino da contribuição para a sustento da Igreja, do Culto, do Ministério; é antes, relativa à beneficência para os crentes pobres da Judéia, como aparece em outras escrituras. Contém, entretanto, elementos valiosíssimos para a teologia da Mordomia cristã, nomeadamente o princípio da proporcionalidade, que está na base do Dízimo, aqui não expresso, mas subentendido, na frase "conforme a sua prosperidade". Esta expressão não sustenta a prática de qualquer cristão contribuir com "qualquer coisa"!
II Cor.8:1-3: do mesmo modo o objetivo deste ensino é a beneficência para os cristãos aflitos pela crise na Judéia, destacando-se, entretanto, o princípio básico de que aqueles que contribuíam não o faziam da sua fartura, muito ao contrário, "de muita prova de tribulação" e "da extrema miséria". Destacam-se também a graça, a abundância de alegria, a generosidade, a voluntariedade. Mas, quem diz que o Dízimo não pode ser entregue com estas mesmas qualidades?
II Cor.9:7: uma vez mais, as ofertas para os cristãos pobres da Judéia são feitas com presteza, estão preparadas com tempo, com zelo,  com generosidade e não avareza,  segundo o princípio da proporcionalidade, e, sem constrangimento mas com alegria. Todas estas qualidades são sustentadas por aqueles que criam a disciplina de calcular, separar e entregar os dízimos de todos os seus rendimentos e não por aqueles que tiram uma moeda qualquer, apressada e inconscientemente do bolso quando passa o saco da coleta ou vão até a caixa de ofertas!


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Fil.4:14-16: Esta passagem, que é preciosa, não acrescenta algum elemento novo, registrando o cuidado dos filipenses pelas necessidades de Paulo, que eles satisfizeram "o bastante", não o mínimo. É preciso referir aqui que estes textos nada dizem contra a prática do Dízimo, e também que estas não são as únicas passagens sobre contribuição, havendo dezenas de muitas outras, que precisam igualmente de ser interpretadas.

A ASSEMBLÉIA DE JERUSALÉM.

A Igreja vivia um período de transição, como se revela em Atos. Judaizantes que desceram de Jerusalém para Antioquia ensinavam que os gentios conversos deviam sujeitar-se à Circuncisão. Os Irmãos nascentes, com Paulo e Barnabé, resolveram que estes dois e outros subissem à Igreja em Jerusalém para dirimirem ali esta diferença. A Igreja decidiu por "pleno acordo", recomendar-lhes, por epístola, que se abstivessem das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e das relações sexuais ilícitas, A primeira e a última referem-se a valores permanentes; a segunda e a terceira a prescrições cerimoniais. Mas, nem aqui o Dízimo é revogado. Convém notar bem o que o texto de Atos.15:28 diz: "... pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo...". Não há alguma coação, alguma disciplina, alguma limitação, alguma norma. Porque o estar não debaixo da Lei, mesmo no N.T., não é estar sem lei alguma! E haveria que adicionar expressões do N.T. tais como, "os mandamentos de Deus", "os mandamentos de Jesus" e outras. Portanto, a lei do silêncio na qual quer se apoiar os apologistas CCB não é muito segura, mesmo porque, muitas coisas que nós praticamos hoje tampouco estão ali incluídas. Há de se enxergar ainda a questão da validade destes mandamentos. Ora, um dos tópicos abordados pela comissão apostólica foi justamente a da "carne sufocada", "coisas sacrificadas aos ídolos" e o "sangue", estes três estavam intimamente relacionados à prática alimentar dos pagãos e que por sua vez era veementemente rejeitada pela religião judaica. Acontece que o apóstolo Paulo não levou isto em consideração como norma moral, mas sim como algo relativo à consciência do novo convertido, pois em I Coríntios 8:7-13 diz:
 “Entretanto, nem em todos há esse conhecimento; pois alguns há que, acostumados até agora com o ídolo, comem como de coisas sacrificadas a um ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, contamina-se. Não é, porém, a comida que nos há de recomendar a Deus; pois não somos piores se não comermos, nem melhores se comermos. Mas, vede que essa liberdade vossa não venha a ser motivo de tropeço para os fracos. Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, reclinado à mesa em templo de ídolos, não será

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induzido, sendo a sua consciência fraca, a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? Pela tua ciência, pois, perece aquele que é fraco, o teu irmão por quem Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo-lhes a consciência quando fraca, pecais contra Cristo. Pelo que, se a comida fizer tropeçar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para não servir de tropeço a meu irmão."
Na carta aos Romanos 14:14 ele volta a tocar neste assunto dizendo: "Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo"
Invocar como prova o concílio de Jerusalém é argumento de debilidade evidente. Chega a ser infantil a pergunta formulada pelo apologista CCB: "Porque o Espírito Santo não revelou tal doutrina..." Ora, por que deveria revelar algo que já era praticado naqueles dias? Lembrando que o dízimo estava despido de sua roupagem mosaica que já havia sido ab-rogada.

COMO DIZIMAR, DO BRUTO OU LÍQUIDO?
De fato, Deus não é de confusão. Mesmo porque, a confusão vem exatamente da mente distorcida e incrédula dos anti-dizimistas. Como já se disse anteriormente, o ato de dizimar é um ato de voluntariedade, de modo que impertinente aferir sobre se deva contribuir do bruto ou do líquido. Isto trata-se de uma questão pessoal de cada crente de acordo com a sua fé. Não cabe ao senhor formular juízo de valores a respeito de como se deve fazê-lo se do bruto ou se do líquido. Partindo da premissa de que até os membros da CCB contribuem, responda: os membros da CCB contribuem do líquido ou do bruto do seu ganho? Viu como é contraproducente tal indagação absurda?
A CCB diz: O dízimo é da lei abolida, é contra a graça de Deus.

Refutação: Anteriormente vimos que a CCB divide a lei em três, para assim mais facilmente negar a doutrina do dízimo. No entanto de acordo com a Bíblia a lei é uma só. Agora veremos o que a Bíblia ensina sobre o dízimo.

A Bíblia diz: O dízimo é anterior à lei (Gênesis 14:18-22). Não foi imposto, mas nasceu da espontaneidade de Abraão. Assim como Abrão, os cristãos dão o dízimo espontaneamente.



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O dízimo é adotado pela lei (Levítico 27:32; Malaquias 3:8-10).

O dízimo foi adotado na dispensação da graça pela igreja cristã (Hebreus 7:1-8).

Abraão é chamado de pai da fé (Romanos 4:16; Gálatas 3:7-9), logo os cristãos de todo o mundo são filhos de Abraão. Melquisedeque por sua vez é um tipo de Jesus Cristo (Hebreus 7:1-3). O sacerdócio de Cristo tem a ver com o sacerdócio de Melquisedeque (Hebreus 7:17-21) e é um sacerdócio eterno, logo Abraão reconhece a superioridade de Melquisedeque, e dá-lhe o dízimo de tudo (Gênesis 14:20), assim o crente em relação a Cristo (Hebreus 7:8).
O dízimo é o principal cavalo de batalha da CCB contra as igrejas evangélicas. Quem escuta um membro da CCB atacar o sistema de contribuição nas igrejas evangélicas tem a impressão que na CCB não existe nenhuma forma de arrecadação de dinheiro. Contudo, ledo engano!

Ensinam os anciãos da CCB, e seus adeptos vivem alardeando que o dízimo faz parte dos preceitos da lei e como esta foi abolido por Cristo, o dízimo também o foi juntamente. Como será então que eles mantêm a estrutura econômica de sua organização? Resposta: Através das ofertas que muitas vezes chega a ultrapassar o valor do dízimo.
A Bíblia ensina e nós cristãos evangélicos acreditamos que o dízimo é santo (Lv.27:30); a CCB diz que o dízimo é para ladrões, a Bíblia diz que é para o Senhor (Ml.3:8-11). A CCB diz que o dízimo é coisa da lei; mas a Bíblia afirma que o dízimo é antes da lei e que a Igreja apostólica praticava o dízimo (Gn.14:18-29; Hb.7:8-9). Quem começou a dar o dízimo foi o pai dos crentes, Abraão e para que essa benção continue a fluir em nossas vidas devemos ser fiéis dizimistas (Gl.3:14). Embora o cristão deva sempre procurar ser mais que dizimista, pois Deus, nesta dispensação, nos chamou para excedermos os escribas e fariseus (Mt. 23:23; Mt. 55:20).





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O ÓSCULO SANTO

Era uma prática usada no Oriente desde os tempos imemoriais. O beijo era depositado na mão ou na testa entre pessoas do mesmo sexo. Em ocasiões especiais era trocado também entre pessoas de sexos diferentes. A história do ósculo como forma de saudação, perde-se no tempo ainda antes do primeiro século da Igreja.
Essa prática está registrada em diversas passagens em alguns livros do Velho Testamento, Lucas 7.45 ensina que, num banquete, os convidados poderiam ser recebidos com beijos logo na entrada. Em Romanos 16.16 os cristãos ainda saudavam-se com o ósculo santo, assim como em  l Pe5.14.
Como modelo, a Congregação espelhou-se em l Co 16.20: "Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo", Paulo está recomendando o ósculo como forma de saudação, indicando que esse não era um costume entre eles. Hoje em alguns países do Oriente, usa-se o ósculo como saudação entre autoridades governamentais, mas não é comum entre a população. No Ocidente, o sistema cultural não aceita o costume. A idéia soa estranha aos ouvidos do povo. Nos Estados Unidos, o beijo fraternal sofre maior radicalização, sendo cada vez mais raro observá-lo, mesmo entre parentes muito próximos.
Na Congregação Cristã no Brasil, o ósculo faz parte dos primeiros ensinos aos que chegam. É exigido como única forma aceitável de saudação. Não recebê-lo significa rejeitar a igreja. Em Corinto foi recomendado não tanto pelo costume, mas para diferenciar a comunidade cristã do cotidiano imoral dos Coríntios. Sempre que ouvimos alguém falar da “superioridade da Congregação Cristã no Brasil”, geralmente a justificativa vem acompanhada de que, somente a congregação tem a genuína doutrina, pois é uma igreja que usa o véu, e que os irmãos dão o osculo santo “entre sí”, e essa seria a prova de que a congregação é a única igreja certa.
Como Cristão, tenho por regra de fé e pratica a Bíblia, e é nela que deve estar fundado a nossa fé, levando isso em consideração, eu vou provar que o osculo “santo que a Congregação dá” nada tem a ver com o osculo dos dias de Jesus.

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Primeiro o Osculo da Congregação é dado só entre os domésticos da mesma fé (ou seja, um membro da congregação só pode oscular outro membro da congregação)
 “Se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?  E, se saudardes unicamente os irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós, pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” Ou seja, Jesus deixou claro a sua posição, de que a saudação deve ser dada a todas as pessoas, e não somente entre os irmãos, ao ensinar ao contrario a Congregação distorce a palavra de Deus.
Segundo o Osculo da Congregação, é evitado no meio de pessoas que não são da congregação, “a não ser que essas pessoas estejam num culto na Congregação”.
Segundo é dito, não se saúda com o osculo no meio de pessoas em outros lugares para que não haja escândalo, isso nos faz lembrar de um certo homem que convidou Jesus para uma refeição, alem de Jesus, não sabemos ao certo quantas pessoas tinham lá. Pois naquela época, as refeições para convidados era um banquete, aonde vinham muitas pessoas, bem, não quero fugir do texto, não sei precisar quantas pessoas estavam lá, mas, a Bíblia é bem clara: uma prostituta também estava lá, e o tal homem não saudou a Jesus, e Jesus não gostou: E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e os enxugou com os cabelos de sua cabeça. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Essa idéia de esconder a saudação em publico para evitar escândalo, não era compartilhada por Jesus não, aliás, Ele já havia dito:  “Bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em mim”.
Terceiro: Qual era o propósito do osculo:
O osculo nada mais era, do que a forma como as pessoas se cumprimentavam nos dias de Jesus, eles não tinham por costume apertarem a mão, como nós temos, mas sim, dar um beijo, como algumas pessoas hoje em nosso meio também fazem, ao dizer que eram para saudarem com um osculo santo, Jesus estava dizendo: quando você cumprimentar alguém faça com sinceridade e amor, pronto é só isso, e a mensagem de Paulo se ele estivesse entre nós, nos dias de hoje, ele diria: “Aperte a mão de  quem você for cumprimentar com muito amor e sinceridade”. Prova disso é que: nos lugares que os crentes da congregação se sentem “envergonhados” de dar um beijo, eles cumprimentam apertando a mão, ou ate acenam de longe com a mão, e
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está feito o cumprimento, caso o osculo santo fosse tão importante e obrigatório, eles teriam que dar ele independente das criticas que receberiam.

Certa feita, em um diálogo com um adepto da CCB, ele afirmava categoricamente que "a CCB poderia estar errada em muitos aspectos, mas ainda assim era a 'única igreja verdadeira', visto que observava o mandamento bíblico do ósculo santo" .

Em um site mantido por alguns adeptos da CCB, lemos:
Ósculo Santo - é uma das principais características da Congregação Cristã no Brasil. Cumpre uma recomendação do apóstolo Paulo. No final do culto os homens se beijam no rosto e as mulheres também, sendo um beijo de homem para homem e mulher para mulher. Num espírito de muito respeito e fé, os congregados não se misturam, é homem com homem e mulher com mulher.
A pergunta que se faz é a seguinte: Mas será que o "ósculo santo" adotado pela CCB é o mesmo que encontramos na Bíblia?
Se o ósculo praticado pela CCB é santo, por que os membros do sexo masculino da CCB não dão ósculo nas mulheres da Congregação e vice-versa? Ora, não é santo? É ou não é santo? O que você me diz desse fato?
Vamos responder as perguntas que nosso amigo congregado mandou ao escritor Milton S. Vieira:

a) ERA PRÁTICA ORIENTAL
Nosso amigo alega que embora sendo prática oriental ela foi transportada para o ocidente. Para fundamentar isso cita Romanos 16:16.
Talvez o nosso amigo por ser contra o "estudo sistemático" da Bíblia desconhece que a Igreja aos Romanos era composta por Judeus, tanto é que ele quando vai citar a lei mosaica diz: "Ou ignorais, irmãos pois falo aos que conhecem a lei, que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que ele vive?"
No capítulo 14 ele cita doutrinas tipicamente judaicas praticada pela igreja como "comer carne" "guardar dias". É claro que para seus patrícios judaicos ele iria mandar ósculo santo. Mas isto não quer dizer que era uma doutrina para todos os cristãos e para todas as igrejas de todos os tempos.

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b) A HISTÓRIA DO ÓSCULO SANTO COMO FORMA DE SAUDAÇÃO SE PERDEU NOS TEMPOS AINDA ANTES DO PRIMEIRO SÉCULO DA IGREJA
Há de se notar que esta prática perdeu-se ainda ANTES do primeiro século, antes dos apóstolos morrerem. Esta é uma prática judaica oriental que não tem força de mandamento-doutrinal, ela poderia muito bem ter se perdido entre as igrejas gentias sem causar prejuízo algum. Práticas de costumes e doutrinas locais não se aplicam à todos os tempos.


c) A CCB SE ESPELHOU EM I CO. 16:20
É alegado que a CCB se espelhou na carta supra citada para sustentar a doutrina do ósculo. Primeiramente, é preciso dizer que ósculo não é doutrina e sim costume cultural. Isto mostra o despreparo e a falta de conhecimento histórico de nosso amigo.
Segundo, não há nenhum problema em se espelhar em alguma passagem bíblica, o problema está em fazer disso um cavalo de batalha contra outras igrejas, e dizer que não guardamos a doutrina verdadeira ou ainda não temos doutrina nenhuma e as outras igrejas são seitas por não guardar o ósculo e é justamente isso que a CCB faz.

d) O ÓSCULO ERA USADO COMO SÍMBOLO DA FRATERNIDADE CRISTÃ. UMA DEMONSTRAÇÃO DE AMOR E LEALDADE PARA COM O PRÓXIMO
A única resposta que o apologista CCB fornece é: "E hoje não precisamos mais dessa demonstração fraternal?”.
Resposta: Quem disse que o ósculo santo é o único meio de demonstrar tal atitude? Claro que não! Temos o aperto de mão.
e) NO OCIDENTE O SISTEMA CULTURAL NÃO ACEITA O COSTUME
Novamente nosso amigo torna a repetir um erro crasso, qual seja, misturar doutrina com costumes, pois diz: "Já foi visto que as doutrinas bíblicas não se limita a marcos geográficos". Muito boa colocação, de fato uma doutrina bíblica não se limita a marcos geográfico. Mas quem disse que o ósculo santo é uma doutrina bíblica? Ele se esquece que nem tudo que aparece na Bíblia é doutrina. Daí a necessidade de um acurado estudo da mesma, para não cometermos equívocos abissais como esses. É necessário o estudo sistemático da Bíblia, para não cair nesses erros de interpretação bíblica.


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Nosso amigo tentando passar um ar de santidade arrazoa: "o ósculo santo somente pode soar estranha aos ouvidos daqueles que tem o coração possuído de malícia". Por falar em malícia e pureza, volto a perguntar ao defensor da CCB: Se a prática usada pela CCB é pura e sem malícia, então por que as mulheres não dão ósculo nos homens e vice-versa? ORA, NÃO ERA ESTA A PRÁTICA VERDADEIRA NO TEMPO APOSTÓLICO? Por que a CCB mudou isso? De duas; uma: ou mudaram isso para se adequar aos costumes ocidentais e livrar os membros da CCB de cometerem malícias ou então desconhecem por completo o costume verdadeiro do ósculo do NT, e falam sem conhecimento de causa.


PERGUNTAS QUE MERECEM RESPOSTAS
O apologista CCB teima em dizer que o uso do véu e do ósculo é doutrina e não costume. E que devemos tomar para nossa vida o modelo da palavra. Pois bem, em cima dessas declarações gostaria que nosso amigo respondesse as seguintes perguntas:
1) Por que então a CCB não lava os pés dos apóstolos como foi ensinado por Jesus? (Jo 13:14. l Tim 5:10).
2) Por que não fazem festas ágapes antes da santa ceia como faziam os apóstolos no NT?
3) Por que ao invés de comer pão de farinha, não comem o pão sem fermento como era na Igreja primitiva?
Ora, não estão todas estas práticas relacionadas no NT? Por que não a praticam os da CCB? Veja que eles não podem se gabar de serem coerentes se não praticam os itens acima mencionados.

1.1 O ósculo santo de acordo com a Bíblia
De acordo com a Bíblia o ósculo santo era dado:
Em várias ocasiões, e em qualquer lugar (ruas, praças, casas,etc.)sem nenhuma distinção, ou seja, o irmão podia beijar a irmã e vice-versa.
Enquanto que de acordo com o mandamento "divino" recebido pela CCB o "ósculo santo" deve ser dado:

                                                                                                    103

1) Apenas na despedida do serviço(culto) ou em caso de viagem;

2) Sempre entre irmãos e irmãs de per si, ou seja, homem beija homem, e mulher beija mulher.

 Exemplos de ocasiões e lugares para o ósculo santo:
Observamos uma grande diferença entre o ósculo bíblico e a saudação criada pela CCB. Enquanto que na CCB o ósculo é dado dogmaticamente apenas em caso de viagem ou despedida de culto, na Bíblia era um costume do dia a dia, não um mero ritual.
 A quem saudar com ósculo santo?
"E aconteceu que, vendo Jacó a Raquel...e Jacó beijou Raquel, e levantou a voz e chorou." Gênesis 29:10-11
"...Absalão se levantou pela manhã, e parava a banda do caminho da porta,...Sucedia também que, quando alguém se chegava a ele para se inclinar diante dele, ele estendia a sua mão, e pegava dele e beijava, e desta maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo,..." II Samuel 15:5-6
"...e eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu,...,e beijava-lhe os pés...Simão,Vês tu esta mulher? entrei em tua casa, e não me deste água para os pés,..., não me deste ósculo, mas esta desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.
"Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus." Gálatas 3:27-28.

Fica claro de acordo com os textos citados acima que o costume do ósculo bíblico era entre homens e mulheres, sem distinção.
O "ósculo santo" da CCB não é o mesmo da Bíblia, trata-se então de uma saudação criada pela própria CCB. O "Espírito" que revelou o mandamento do "osculo santo" para os adeptos da CCB, revelou de forma contrária daquilo que foi revelado pelo Espírito Santo na Bíblia. Deus não é "Deus de confusão” (I Coríntios 14:33), então com quem ficar? Em quem acreditar? É claro que no Espírito Santo que inspirou os autores da Bíblia (II Timóteo 3:16-17; II Pedro 1:20-21).

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"Porque se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis." II Coríntios 11:4
                                                                                                         


 O ósculo santo como um costume
Estudando a Bíblia, os cristãos chegaram a conclusão que o ósculo santo é um costume bíblico, e não uma doutrina. O que é um costume? Ou melhor, qual a diferença entre um costume e uma doutrina? Podemos dizer que um costume e uma doutrina se diferenciam em três aspectos: A origem, alcance e tempo.
A)  ORIGEM
A doutrina é algo que o próprio Deus trás para a humanidade, enquanto o costume é de origem humana. O ósculo é comum entre algumas raças, Paulo quando escreveu suas cartas, e mencionou o ósculo, estava fazendo menção de uma saudação comum entre cristãos e não cristãos que viviam naquelas cidades mencionadas.
B) ALCANCE
A doutrina não está presa a uma determinada cultura ou nação, portanto é geral, enquanto que o costume é local. O ósculo era o modo de saudação apenas entre alguns povos, enquanto que outros saudavam de maneiras diferentes.
C) TEMPO
A doutrina é imutável, por exemplo: o ensino da onipresença de Deus nunca mudou e nunca mudará, enquanto costumes são temporários. Vamos exemplificar esse ponto quanto ao ósculo: O ósculo hoje é comum entre alguns países orientais, entretanto se um indivíduo que muda de um desses países para um ocidental, acaba-se adaptando ao meio e assume outro costume.
A própria CCB reconhece esse ponto em uma de suas literaturas:
 “Naturalmente existem ensinamentos que não se acomodam mais com a época atual, pois o Senhor determinou fossem feitos para aquela ocasião e assim foram agora suprimidos, e também ampliados alguns que a prática demonstrou essa necessidade.” (Pontos de Doutrina e Fé que uma vez foi dada aos santos, página 1).


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 O ósculo santo nas cartas
Entendemos com base no contexto, que quando o ósculo é mencionado em algumas cartas, trata-se apenas de uma referência afetuosa, tendo o mesmo sentido de uma saudação nossa, quando por exemplo escrevemos à pessoas íntimas e pedimos para dar beijos nas crianças e um abraço neste ou naquele, e por isso é sempre mencionado no final de algumas cartas, e sempre nas seções de despedidas, nunca no meio das cartas. Ademais se os apóstolos quisessem que o ósculo fosse incorporado como doutrina, eles teriam dito o ósculo santo, assim como falamos do batismo e da ceia.

O equilíbrio cristão para escapar da heresia
O erro fundamental da CCB é o que diz respeito à interpretação bíblica. Os anciãos pensam que o que eles entendem da Bíblia, é aquilo que o Espírito Santo quis transmitir, e para dar força a isso dizem que não precisam estudar a Bíblia, porque o "Espírito Santo fala diretamente da boca deles". Na verdade aquilo que eles transmitem é apenas aquilo que eles querem que o texto bíblico signifique a fim de apoiar sua idéias prediletas, essa é uma tática própria dos falsos profetas (Veja: Jeremias 14:14).
Estaremos a seguir dando de maneira resumida algumas diretrizes de interpretação bíblica que nos pouparão dos enganos e interpretações absurdas dos falsos profetas. Para vermos de maneira adequada a cristologia (doutrina de Cristo) e não cairmos em heresias precisamos aceitar a união das duas naturezas de Cristo (divino/humana), ou seja, Jesus é verdadeiro homem  e verdadeiro Deus. Quando pendemos para um dos lados, e negamos o outro, rejeitamos o puro ensino da Palavra de Deus. Com respeito a bibliologia (doutrina da Bíblia) devemos vê-la como um livro divino/humano.
 É divina porque:
1. Foi inspirada por Deus;
2. Sendo assim é inerrante;
3. Apresenta unidade em seus ensinos sem nenhuma contradição;

4. E é única fonte de autoridade.




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É humana porque:
1. Foi escrita por homens;
2. Em idiomas que possibilitam a comunicação de conceitos aos leitores;

3. Cada palavra, frase e livro foram registrados em linguagem escrita obedecendo a sentidos gramaticais comuns, incluindo a linguagem figurada;

4. Foi escrita tendo em vista o contexto histórico, cultural e geográfico específico;

5. E, além disso, é formada por diversos gêneros literários: narrativas, poesia, profecias, cartas, sabedoria,etc.
Se pendemos para um dos lados também caímos em heresia. A CCB fecha os olhos para o aspecto humano da Bíblia, enquanto distorce o seu aspecto divino. A Bíblia é ao mesmo tempo humana e divina. Porque a Bíblia é a Palavra de Deus, tem relevância eterna e fala a toda humanidade, e porque Deus escolhe falar Sua Palavra através das palavras humanas na história; todo livro na Bíblia também tem particularidade histórica, cada documento é condicionado pela linguagem, pela sua época, e pela cultura em que originalmente foi escrito. A interpretação da Bíblia é exigida pela "tensão" que existe entre sua relevância eterna e sua particularidade histórica. Devemos saber que a Bíblia não é uma série de proposições e imperativos, não é simplesmente uma "coletânea de ditados da parte do presidente Deus", como se Ele olhasse para nós aqui em baixo, estando Ele no céu, e dissesse:"Ei, vocês ai em baixo, aprendam essas verdades. Número 1:Não há Deus senão um só. Número 2:Eu sou o Criador de todas as coisas, inclusive a humanidade, e assim por diante, chegando até a proposição número 7.777 e ao imperativo número 777. Felizmente não foi assim que Deus escolheu falar conosco. Pelo contrário, escolheu falar Suas verdades eternas dentro das circunstâncias e eventos específicos da história humana.Nenhum escritor da Bíblia "psicografou os seus escritos" como acontece com os médiuns espíritas, pelo contrário, falaram e escreveram levando em conta a cultura, história e geografia em que estavam inseridos. Por isso ao estudarmos a Bíblia temos duas tarefas: Exegese e Hermenêutica. A exegese é descobrir o que o autor original pretendia, quando escreveu; e a hermenêutica é procurar a relevância contemporânea dos mesmos textos, para nós hoje.Queremos saber o que a Bíblia significa para nós, e isso é certo. Não podemos, no entanto, como faz a CCB, fazê-la significar qualquer coisa que nos agrada, e depois dar ao Espírito Santo o "crédito" por esta "interpretação". O Espírito Santo não pode ser conclamado para contradizer a Si mesmo, e Ele é Aquele que inspirou a intenção original dos autores bíblicos.


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1.7  Palavra de Deus e mandamentos
Ao estudarmos cada livro bíblico, devemos levar em conta o gênero literário em que foi escrito, por exemplo: ao focalizarmos as cartas do Novo Testamento temos que reconhecer que geralmente eram pessoais(ex: Filemom) ou ao público(ex:Romanos), e que obedeciam, com raras exceções a um padrão ou modelo que constava de:
1. nome do escritor;
2. nome do endereçado(s);
3. saudação;
4. oração, desejo ou ações de graças(este ponto era variável, algumas cartas não o possuíam);
5. o corpo(conteúdo); e
6. saudações finais e despedidas.

Além disso devemos levar em conta que toda a Bíblia é a Palavra de Deus para nós, no entanto, nem tudo o que está escrito é mandamento para nós. Vamos dar um exemplo: a lei que regulava os sacrifícios em Levítico, não é um mandamento para nós, no entanto, é a Palavra de Deus para nós, mesmo que não sacrifiquemos nenhum animal, vemos nessas determinações um tipo do único sacrifício de Cristo e o princípio eterno de que sem derramamento de sangue não há perdão de pecados. A Bíblia contém muitos tipos de mandamentos acerca dos quais Deus quer que saibamos, mas que não são dirigidos para nós pessoalmente. Veja alguns exemplos no Novo Testamento: Mateus 10:9-10,11:4; João 13:14-15;I Tessalonicenses 5:26; II Timóteo 4:13,21;I Timóteo 5:3-15. Cada um dos textos citados anteriormente são Palavra de Deus para nós, no entanto não são mandamentos para nós. Se formos interpretar conforme os adeptos da CCB então teríamos de:

Mateus 10:9-10 - Não levar bens materiais ou dinheiro em um evangelismo.

João 13:14-15 - Lavar literalmente os pés uns dos outros.

E porque não seguem ao pé da letra tais mandamentos os adeptos da CCB? Veja que por exemplo, o lava-pés era comum entre os cristãos primitivos. E porque os adeptos da CCB não insistem nessa prática como fazem outros grupos religiosos? Ou melhor, porque não inventam também um novo
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modelo de lava-pés, como fazem com o ósculo santo? Isso eles não fazem! E porque não? Na verdade pregam somente o que lhes convém, por não conhecerem a Bíblia erram(Mateus 22:29), e erram em nome do Espírito Santo! O pior cego não é aquele que não vê, mas aquele que não vê e acredita que vê!(João 9:41)
 Apesar dos textos que citamos acima não serem mandamentos para nós, não deixam de ser Palavra de Deus para nós, e como tal estabelecem princípios. Enquanto a forma em que foram escritos é mutável por estar relacionada a costumes, o princípio é permanente. Os modos de vestir, os meios de transporte, as estruturas políticas, os costumes e outras coisas correlatas, não são colocados como modelos a serem seguidos pelo simples fato de haverem sido mencionados nas Escrituras. Veja que até mesmo o costume da época referente a escravidão é mencionado por Paulo em suas cartas. Naqueles dias os romanos governavam seu império com punhos de ferro. A história registra que eles tinham uma desumana instituição de escravidão. Que ordenou Paulo que os cristãos fizessem? Ele disse que os escravos devem ser obedientes a seus senhores e não somente àqueles que são bons, mas também aos maus e cruéis(Colossenses 3:22-4:1; Efésios 6:5-9; I Coríntios 7:20-24). Embora tudo quanto foi escrito nessas áreas seja fidedigno, não é necessariamente normativo.Tais coisas fazem parte da cultura humana em que viviam os povos que as Escrituras descrevem. Ao olharmos por exemplo, mandamentos como do lava-pés e do ósculo santo, vemos que eram costumes (Lucas 7:44-45), e o que podemos extrair é o princípio que o Senhor quer que sigamos:

a­) O lava-pés - a humildade. A idéia é de que cada serviço prestado ao nosso próximo seja motivado pela humildade, aliás, ser líder no cristianismo implica em ser servo(Marcos 10:43-45; João 13:13-17)
b) O ósculo santo - o amor fraternal. A idéia é que cada gesto de saudação ou cordialidade seja sem malícia, mas permeado de amor (Hebreus 13:1).

SAUDAÇÃO SOMENTE “NA PAZ DE DEUS”
Os adeptos da CCB criaram um tipo de saudação peculiar, e atacam todos àqueles que utilizam outro tipo de saudação.
Refutação: O que vamos discutir aqui é um costume, e como tal, algo pequeno, mas que infelizmente a CCB transforma em doutrina fundamental e ataca as denominações cristãs que adotam outro tipo de saudação diferente da criada por eles, essa é a razão de fazermos o nosso comentário sobre esse ponto. Não existe na Bíblia uma ordem expressa para adotarmos um determinado tipo de saudação. As igrejas cristãs geralmente utilizam
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diversos tipos de saudação, tais como: "a paz do Senhor" e "graça e paz". Mas a CCB insiste em afirmar que somente a saudação nos dizeres "a Paz de Deus" é correta, e que as outras estão erradas. O argumento geralmente usado, é que "a paz do Senhor" é errado porque existem muitos senhores, e que as demais saudações são muito vagas.Esse tipo de pensamento da CCB está errado por diversos motivos:
(1) Como já falamos, não existe um mandamento para usarmos determinado tipo de saudação.
(2) Se o argumento que eles utilizam é de que há muitos "senhores", também podemos dizer que há muitos "deuses", inclusive Satanás é chamado de "deus" (II Coríntios 4:4).
(3) Muitas vezes eles dizem que devemos dizer "a paz do Senhor Jesus" completando a frase, então eles deveriam também completar "a paz de Deus o Pai" (Ver I Tessalonicenses 1:1; II Tessalonicenses 1:2; etc). Afinal, o nome cristão para Deus é Pai!
(4) Se há dúvida da parte deles sobre o Senhor da nossa expressão, então eles teriam de duvidar também do Senhor citado na estrofe do hino 429 -
 “1. A minha alma sente paz no Senhor",Paz celestial, paz eternal; A minha alma sente paz no Senhor, Paz que não tem igual." (Hinos de Louvores e Súplicas a Deus, hino 429)
(5) Será que Pedro, Tiago e Judas saudaram vagamente nas cartas que escreveram?(Veja Tiago 1:1; I Pedro 1:2; II Pedro 1:2 e Judas 2)
(6) Para finalizar, na Bíblia é deixado bem claro que: "Porque, ainda que haja alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores). Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele." (I Coríntios 8:5 e 6). Então não há mais discussão!

A CCB ALEGA QUE SÓ O SEU BATISMO É CORRETO

A CCB não reconhece o batismo efetuado por ministros do Evangelho de outras denominações, mesmo que seja por imersão, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt.28:19). Não condenamos a fórmula adotada pela CCB para batizar os seus adeptos. É verdade que não concordamos com a maneira pela qual ela ministra o batismo nas águas, ou seja, o candidato ao batismo não recebe nenhum devido preparo ao se batizar, há pessoas que se batizam ainda com vícios e que não teve uma experiência do novo nascimento, ficando à mercê do sentimentalismo, pois acreditam
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que se Deus tocar na pessoa na hora do batismo, ela pode naquele momento ser batizada e ser salva, fazem isso devido a uma má compreensão do texto bíblico de Atos 2:38, acreditam que as águas purificam pecados. Todavia, não desmerecemos tal batismo. A problemática toda recai nos argumentos levantados pela CCB, para não reconhecer o batismo de outras denominações. Analisemos os principais argumentos:
• O batismo de outras comunidades cristãs evangélicas está errado, porque utilizam a expressão "eu te batizo". A CCB entende que ao dizer "eu te batizo" é a carne que opera, o homem, colocando-se na frente de Deus.

• O batismo só é valido se efetuado com está formula: "Em nome do Senhor Jesus te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo".

•  O batismo da CCB purifica o homem do pecado.
Refutação: O primeiro argumento da CCB é de uma pobreza descomunal: Ora, qual a diferença entre a expressão, "eu te batizo", e a da CCB, "te batizo"? Na primeira expressão o sujeito está explícito; na segunda o sujeito está oculto. Das duas, uma: Ou a CCB pensa que no ato batismal não é o homem que batiza mas Deus, ou eles não conhecem a língua portuguesa! É claro que é o homem que efetua o batismo, pois Jesus mandou que os discípulos assim o fizessem. Além disso, se, pelo fato de utilizar a expressão "eu te batizo", estivéssemos errados e ofendendo a Deus, então João Batista não estaria certo tão pouco quando batizou Jesus, pois naquela ocasião usou a seguinte expressão: "Eu vos batizei em água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo" (Mc.1:8) e "Eu, na verdade, vos batizo em água" (Mt.3:11). Será que a CCB acha que João Batista estava errado também?
O segundo argumento da CCB acerca da fórmula batismal é uma prova da falta de conhecimento Bíblico e teológico. Eles criaram uma fórmula que não existe nas escrituras. A menção do batismo em nome de Jesus (Atos 2:28; 8:16; 10:48 e 19:5) encontra-se em passagens que não tratam da fórmula batismal, e, sim, de atos ou eventos feitos em nome de Jesus, pois tudo o que é feito em nossas vidas é em nome de Jesus. Veja o que diz o apóstolo Paulo em Colossenses 3:17: "E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai". O cristão quando se reúne, se reúne em nome de Jesus; Quando louva a Deus com cânticos, louva em nome de Jesus; Quando apresentamos uma criança, apresentamos em nome de Jesus;... E quando realizamos um batismo, realizamos em nome de Jesus, mas de acordo com a fórmula dada por Cristo: "Em nome do Pai, Filho e Espírito Santo" (Mt.28:19). Os textos do livro de Atos só nos mostram essa realidade e não uma fórmula batismal. Senão veja:


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Atos 2:38  – "Em nome de Jesus Cristo";
Atos 8:16 – "em nome do Senhor Jesus". Se essas passagens revelassem a fórmula batismal, seriam iguais, pois qualquer fórmula é padronizada. O que a Palavra está dizendo é que as pessoas eram batizadas na autoridade do nome do Senhor Jesus, mesmo porque não é possível que Pedro, pouco tempo depois da ordem de Jesus, em Mateus 28:19, agisse de modo tão diferente, alterando a fórmula batismal.
O terceiro argumento é de que o batismo, na CCB, purifica o homem do pecado. Tal afirmação é desqualificada, sem base bíblica, basta somente um pequeno versículo bíblico como o de I João 1:7 para lançar por terra essa heresia medieval: "...e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado". A Bíblia deixa bem clara essa questão. O que nos purifica é somente "O SANGUE DE JESUS CRISTO". Em Marcos 16:16 é dito que: "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado". Não é dito que quem não crer e não for batizado será condenado, mas apenas quem não crer. O ladrão da cruz não teve tempo para se batizar, mas creu no Senhor, recebeu a remissão dos seus pecados pelo seu sangue e foi salvo (Lc.23:43).
Apesar de a Palavra de Deus ensinar em Mateus 28:19 o uso correto da fórmula batismal, a CCB tomou emprestado a mesma concepção das seitas provindas do unicismo modalista. Isto é, que o batismo deva ser feito em nome de Jesus Cristo e comitantemente também em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo, criando uma verdadeira confusão em torno da fórmula batismal. Além de ser antibíblico e desnecessário tal procedimento é totalmente deselegante do ponto de vista gramatical. Não há porque repetir duas vezes a mesma frase - incorrer em pleonasmo e até negando o texto original.
Demais disso a frase: "sede batizados em nome de Jesus" no original é mais corretamente traduzida como "para dentro do nome de Jesus". Ora, como bem disse o apologista CCB, tudo realmente deve ser feito "em nome de Jesus", isto devido a nossa vida pertencer agora não mais a nós mesmos, mas àquele que morreu por nós - Rm.14:7-9; II Cor. 5:15; Gl.2:20.

Todavia, perdoe-me dizer, mas a sua tentativa em justificar tal ato é deveras hilariante. Veja só o seu arrazoado:
"De forma completa, por ocasião do batismo são ditas as seguintes palavras: 'irmão (ou irmã), EM NOME DE JESUS CRISTO te batizo, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" Observe que colocamos Jesus como


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aporta de abertura do serviço...Dessa forma nós da CCB, em total harmonia com a Bíblia, colocamos Jesus Cristo em primeiro lugar em todos os nossos trabalhos espirituais..."

BATISMO REGENERACIONAL
Cita o livro em tela, “Na Congregação Cristã do Brasil é ensinado aos seus adeptos que a salvação é um direito exclusivo de seus seguidores. Para alguém ser salvo deve se converter aos dogmas da igreja e ser batizado ou rebatizado. Isso vale para todos aqueles que vieram de outras igrejas evangélicas para a Congregação, pois, eles não aceitam o batismo de outras igrejas evangélicas, mesmo por imersão, considerando essas igrejas como falsas doutrinas.” (página 26) (o negrito é nosso)

Continua o escritor: “A Igreja do Véu acredita que Deus já tem a lista daqueles que serão salvos, ou seja, que foram predestinados. Se a pessoa tem que ser salva, mais cedo ou mais tarde ela estará na Congregação Cristã, esse é mais um dos motivos de não evangelizarem.” (p. 29)

O Manual de Procedimentos (ou Pontos de Doutrina e Fé), já mencionado, na página 7, estabelece o seguinte: “Este Sacramento se exerce por imersão... “EM NOME DE JESUS CRISTO”... e de acordo ao Santo Mandamento: “EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO.

Enganam-se os que pensam que a salvação pode ser adquirida por rituais. Longe de ser verdade afirmar que “o batismo faz o cristão”, na verdade, a salvação se adquire pela fé em Jesus Cristo.
 “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” (Tito 3.5)
A palavra ‘sacramento’ é empregada na Igreja Católica com o sentido de um sinal exterior que outorga uma graça interior e com isso, entendem que o batismo salva. Atribui-se um valor usado dentro de uma expressão latina, ‘ex opere operato’ ou seja, um ato de magia infalível.
 “Nascer da água” de João 3.5 ou “nascer de novo” (João 3.7) não se dá pelo batismo nas águas, mas pela atuação do Espírito Santo através da Palavra de Deus. O Espírito Santo realiza sua obra junto ao coração descrente, convencendo-o do pecado por não crer em Jesus (João 16.7-9).

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E isso se dá pela pregação da Palavra (Romanos 10.17) e então ocorre o milagre do novo nascimento, “Sendo de novo gerados, não da semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.” (1 Pedro 1.23)
“Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.” (Tiago 1.18)
“...como Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela (a Igreja) para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra. (Efésios 5.25-26)
Falsa doutrina é, pois, batizar alguém que não assumiu qualquer compromisso com o Senhor, que não tem a certeza do novo nascimento e que vai às águas do batismo esperar ser salvos. Somos salvos pela fé e não por praticar o ritualismo do batismo. O batismo é para os salvos (Efésios 2.8-9) e não para sermos salvos.
A fórmula batismal foi ensinada por Jesus em Mateus 28.19 e não deve ser usada com Atos 2.38, empregando-se então “em nome de Jesus Cristo e Em nome do Pai e do Filho e do Espírito. Atos 2.38 não encerra fórmula batismal. Declara sim que Pedro ao recomendar o batismo o fazia pela autoridade de Jesus dada em Mateus 28.19. É ilógico repetir em ‘nome de Jesus Cristo’ e em ‘nome do Filho’, pois se trata da mesma pessoa.

                                                                                                    ESCLARECENDO A QUESTÃO
1) Para começar é preciso dizer que são os congregados que nos acusam de colocar o homem em primeiro lugar, alegando que os pastores colocam a palavra "eu" na frente da frase proferida no ato do batismo e por isso na concepção deles, estariam os pastores efetuando um batismo errado, enquanto eles (CCB) não colocam o "eu" na frente, mas simplesmente dizem "te batizo" e se sentem com isto justificados. Para quem conhece o básico da língua portuguesa, sabe perfeitamente que isto não tem fundamento, chega a ser ridículo até, pois o "eu" no "te batizo", é sujeito oculto, mas os anciãos não conseguem ou talvez não querem entender isso.

2) A justificativa que o senhor tenta forjar com o fito de justificar tal disparate é no mínimo infantil e de maneira alguma está em "harmonia com a Bíblia", vejamos porque:



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a) Colocar Jesus em primeiro lugar de maneira alguma significa que você tenha que ficar repetindo toda hora a expressão "em nome de Jesus" para isto ou para aquilo outro. Seria uma maneira possível e até louvável, mas não necessária. Ora, a Bíblia diz textualmente:
"E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" [Col. 3:17].
A expressão "tudo quanto fizerdes" envolve "todas as coisas" da nossa vida. Esta expressão de Paulo tem o mesmo sentido que o verso 23 do mesmo capítulo:

"E tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens"; ou ainda a que está registrada em I Cor. 10:31:
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus".
Portanto, há de se concluir que se formos interpretar literalmente esta expressão deveríamos usá-la verbalmente em tudo: ao começar o serviço deveríamos então dizer: Em nome de Jesus eu começo este serviço tal...", no lazer, nos esportes, no leito conjugal etc...
Nem sempre usar o nome de Jesus para abrir um trabalho ou fazer qualquer coisa é sinal de se estar em harmonia com a Bíblia. Assim como não é sinal de sujeição a Deus ficar recitando a frase de Tiago "se Deus quiser". Até mesmo os incrédulos a recitam de maneira constante, no entanto suas vidas longe está de refletir tal obediência. Até mesmo muitos segmentos espíritas ao abrirem seus trabalhos fazem-no recitando justamente a expressão ora referida: "em nome de Jesus".
Por outro lado, não citar a expressão "em nome de Jesus" na fórmula batismal está em total harmonia com a Bíblia e a história da Igreja Cristã. Isto não quer dizer que a autoridade de Jesus e seu nome não sejam invocados no ato batismal. É obvio que neste ato tão solene necessariamente se faz presente o poder deste nome que nos traz salvação Atos 4:12. Outrossim, todos que são batizados em nossas igrejas são batizados em nome de Jesus, mas na hora do batismo ao recitar a frase batismal, ficamos somente com a Bíblia sagrada em obediência à ordem de Jesus em Mateus 28:19.




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No entanto, o maior disparate está em repetir desnecessariamente duas vezes a autoridade da segunda pessoa da Trindade. Pois quando se diz "EM NOME DO FILHO", já estamos invocando Jesus Cristo e sua autoridade. Não há necessidade de dizer "EM NOME DE JESUS...EM NOME DO FILHO". Ora, porventura Jesus não é o Filho e o Filho não é o mesmo Jesus invocado na frase? Meu amigo, é preciso conclamar os congregados a estudarem um mínimo de nossa língua pátria, senão vão continuar interpretando o vernáculo de trás para frente.

CORRIGINDO O MAL ENTENDIDO
A confusão feita pelos congregados é a mesma que fizeram as seitas modalistas. Iremos analisar algumas passagens pertinentes a fim de esclarecer algumas questões:
"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" MATEUS 28:19
A ordem aqui tem a ver com a imersão na água; esta é a fórmula batismal correta. Tanto é que já no final do primeiro século perto da época do apóstolo João, encontramos um documento cristão primitivo ensinando o batismo somente nesta fórmula trinitária (vide Didaquê 90-100 d.C):
“Quanto ao batismo, faça assim: depois de ditas todas essas coisas, batize em água corrente, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo’’.  Didaquê  CAPÍTULO VII
 Também vários apologistas cristãos primitivos como Irineu, Justino e outros confirmam em sua época esta mesma fórmula batismal sem alterações.                                                                                                   
As alterações tem havido por falta de uma correta interpretação dos textos bíblicos pertinentes. Vejamos então as citações bíblicas sugeridas pelos apologistas da CCB:
1º) "Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo." ATOS 2:38
2º) "Porque sobre nenhum deles havia ele descido ainda; mas somente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus." ATOS 8:16


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3º) "Mandou, pois, que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então lhe rogaram que ficasse com eles por alguns dias." Atos 10:48
4º) "Quando ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus." Atos 19:5
5º) "Agora por que te demoras? Levanta-te, batiza-te e lava os teus pecados, invocando o seu nome." Atos 22:16 (esta ultima foi omitida)

Estas basicamente são as únicas referências que dizem respeito ao batismo "em nome de Jesus".
Pois bem, perguntamos ao nosso oponente: de quais destas referencias se valem para realizarem os batismos considerando que os textos citados acima não são uniformes? E levando-se em conta o que o senhor mesmo disse: “As palavras ditas na ocasião do batismo precisam ser corretas”
Perguntamos ainda: qual destas expressões acima é adotada pela CCB? A fórmula batismal é inalterável? Vê-se que tais expressões acima não são idênticas: ora diz em nome do Senhor Jesus; ora em nome de Jesus Cristo; ora em invocando o seu nome. “As palavras ditas na ocasião do batismo precisam ser corretas", sim ou não?

POR QUE OS APÓSTOLOS USARAM ESTA EXPRESSÃO?
É algo passível de concordância entre os cristãos que a salvação estava ligada de forma íntima com a invocação do nome de Jesus. Conforme diz Romanos 10:9-13:
 “Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação...Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo."
Pedro em sua afirmação: "sede batizados" falou assim devido a pergunta de seus ouvintes, sobre a necessidade de receberem a Jesus Cristo como salvador. Naquele momento ele não estava batizando mas anunciando a necessidade de se batizar. Em nenhum momento na Bíblia está registrado alguém sendo batizado invocando esta expressão inventada pela CCB de: "Em nome de Jesus, te batizo em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo", isto é um absurdo. O que Pedro e os demais apóstolos estavam dizendo é que estas pessoas deveriam ser batizadas debaixo da autoridade do poder do nome de Jesus. No ato batismal era feita a invocação deste poderoso nome por parte do batizado conforme diz Atos 22:16 cf. Romanos 10:13.

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A grosso modo, o batismo nada mais é do que um ato exterior para exprimir o que já se operou dentro do homem interior pelo Espírito de Deus. Ou seja, morte com Cristo e para o mundo no ato da imersão e nova vida, regeneração e ressurreição com Cristo no ato da imersão. É uma figura da salvação!

DA PREPARAÇÃO PARA O BATISMO
Como de praxe, nosso amigo congregado já começa mal suas conclusões insinuando que nas igrejas evangélicas as pessoas precisam passar por um tipo de "vestibular" para só depois então, serem batizadas. Nada poderia estar mais longe da verdade! A verdade nua e crua gostem ou não, é que a CCB não prepara seus convertidos de forma correta e bíblica para o batismo. Essa é uma das razões de tantos membros da CCB não permanecerem lá, quando não, se tornam uma máquina de produzir mal testemunho diante dos ímpios. Não convém aqui ficar citando exemplos de testemunhos para comprovar o que estou dizendo, pois seria uma atitude deselegante e antiética, todavia a qualidade de testemunhos produzido pelos membros da CCB é de baixa qualidade, em curtas palavras - mau testemunho. A razão é que essas pessoas são levadas ao batismo às vezes sem o mínimo de preparo e/ou conhecimento do evangelho. Muitas vezes até são levadas pessoas em estado de embriagues e com outros vícios mais. Muitos são as pessoas que se desviam após um repentino banho na CCB. São tomados na hora por um ímpeto de entusiasmo e quando se dão por conta já estão descendo ao tanque batismal para depois nunca mais voltarem. E não são poucos os desviados deste tipo. Este saldo negativo é a consequência do desmazelo para com um preparo correto do batizado. As exceções são daqueles que vieram de igrejas evangélicas, portanto, já eram convertidos, mas foram convencidos a se batizarem de novo.

TEXTOS INVOCADOS PARA SUSTENTAR ESTA TESE
Não raro apoiam o batismo de pessoas despreparadas argumentando que Paulo [Atos 9], os doze homens em Éfeso [Atos 19], a multidão no pentecostes [ Atos 2] e o Eunuco de Candace [Atos 16] não precisaram de instruções para se batizarem.
No entanto, todas essas pessoas já eram conhecedoras das coisas de Deus, eram pessoas piedosas em suas vidas religiosas, conhecedora das escrituras. Mesmo assim, eles foram instruídos no evangelho de Cristo antes mesmo de se batizarem. Vejamos qual era a ordem na Escritura:


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 “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" Mateus 28:19.
Perceba a sequencia da ordem: primeiro aparece a ordem de "fazer discípulo" e só depois a ordem de batizar. O que é um discípulo afinal?
Discípulo vem do latim "discípulus", é aquele que se coloca sob a tutela de um mestre a fim de aprender.
Sendo assim, o dicionário define o termo "discípulo" da seguinte maneira: (Do lat. discipulu).
1. Aquele que recebe ensino de alguém. 2. Aquele que aprende. 3. Aquele que aprende ou estuda qualquer disciplina; aluno. 4. Aquele que segue as idéias ou doutrinas de outrem.
Esta é a sequencia bíblica e não o contrário. Vem em primeiro lugar o fazer discípulo, instruí-lo na fé cristã sobre o perdão dos pecados, arrependimento, santidade etc, e só depois então, ele tomará a decisão de se batizar. Logo em seguida vem outro mandamento: "ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado". Veja que o ensino é fundamental no preparo do discípulo. Repito, é inconcebível batizar pessoas sem o mínimo conhecimento do que estão fazendo, sem conhecimento do que é salvação, do que é aceitar Jesus em sua vida. Não podemos incentivá-las a se batizarem ainda com vícios, usando argumentos esfarrapados tipo: "Ah! Deus irá libertá-la logo após o batismo!". Essa prática irresponsável praticada pela CCB tem ainda mais um agravante: a santa ceia só poderá ser compartilhada com pessoas libertas caso contrário estará a igreja fazendo essas pessoas incorrerem na severa advertência de I Cor. 11:29.

O Rebatismo Segundo os Santos Anciãos da CCB
A Congregação Cristã no Brasil (CCB) é conhecida no meio dos evangélicos como um movimento que esposa doutrinas controvertidas em relação às demais denominações evangélicas existentes no Brasil e no mundo.
Sua prática de rebatizar membros que migram de outras denominações para as suas fileiras tem sido alvo de muitas pesquisas e considerações à luz das Escrituras Sagradas.

Entre tantas doutrinas peculiares da CCB estaremos nesse tratado examinando essa polêmica prática do REBATISMO.
Temos conhecimento que não é apenas a CCB que rebatiza membros de outras igrejas, mas a análise doutrinária que fazemos aqui serve também para outras agremiações religiosas que tenham a mesma prática.
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O que as Escrituras dizem a respeito do Batismo cristão? É realmente bíblico o Rebatismo de um cristão que foi batizado por imersão (imergido todo o corpo nas águas) e em nome da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo)?

Analisaremos cada uma dessas assertivas à luz da Palavra de Deus, que é considerada pela CCB e pelas demais denominações cristãs como a “única e perfeita guia da nossa fé e conduta”.


ANÁLISE DOUTRINÁRIA.

Como vimos nos textos supracitados o Batismo é uma ordenança do Senhor Jesus Cristo.
Vimos que o próprio Senhor Jesus, que não tinha pecado algum, foi batizado por João Batista.
O ato de Jesus se batizar foi uma maneira de se revelar publicamente ao povo como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29) e iniciar seu ministério.
Observamos que a Igreja Primitiva evangelizava primeiro, depois batizava os discípulos que cressem no evangelho.

Exatamente como a ordem de Jesus em Marcos e Mateus:

1º Evangelização: ”Ide por todo o mundo pregai o evangelho”
2º A crença seguida do batismo: “Quem crer e for batizado”. 
3º Ser discípulo: “Ide, fazei discípulos de todas as nações”
4º Batismo após ter sido discipulado: (Marcos 16:15,16 – Mateus 28:19)

Pedro no discurso no dia de Pentecostes respondeu aos que creram no seu sermão que é necessário se arrepender e depois ser batizado. (Atos 2:38-41)

Não se batiza pessoas que ainda não foram instruídas acerca do evangelho. Um exemplo claro disso é o eunuco que foi evangelizado por Filipe e depois de crer foi batizado. (Atos 8:35-38).
Paulo após ter encontrado o Senhor Jesus na estrada a caminho de Damasco, ficou sem ver até que foi visitado por Ananias, o qual orou para que recobrasse e vista e também o batizou. (Atos 9:17,18)
Em Atos 22:6-16 e 26:12-18 Paulo deixa mais explícita ainda essa experiência. Podemos concluir baseado nesses relatos que o Senhor Jesus se revelou pessoalmente a Paulo, o que fez desnecessária a evangelização pessoal, já que o mesmo creu após o encontro. Depois o discípulo Ananias enviado por Deus confirmou a fé de Paulo e o batizou para cumprir a ordenança de Jesus.




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Podemos conjecturar que Paulo não foi evangelizado por algum discípulo porque estava decidido a prender todos os que proclamassem o evangelho de Jesus. Em Atos 26:11 ele declara que estava enfurecido contra eles, portanto não daria crédito a nada do que lhe falassem. Foi necessário o próprio Senhor aparecer a ele e questioná-lo porque o estava perseguindo. O caso de Paulo é uma exceção. Podemos dizer que Paulo foi “evangelizado” pelo próprio Senhor Jesus.

Outro relato encontrado em Atos é a evangelização de Cornélio e sua família, que foi batizada no Espírito Santo durante a pregação de Pedro. Logo após crerem foram batizados nas águas. (Atos 10:44-48).

Lídia ouvia a pregação evangelística de Paulo e foi convencida pelo Espírito Santo. Logo após foi batizada ela e sua família. (Atos 16:14,15).

Ao carcereiro de Filipos Paulo e Silas pregaram o evangelho após serem questionados sobre o que deveria fazer para ser salvo. Ato contínuo, foram batizados ele e a sua família. (Atos 16:30-33).

A passagem de Paulo em Éfeso apresenta um rebatismo, porém não em nome da Trindade, como foi ordenado por Jesus. Os discípulos que ali se encontraram com o apóstolo não sabiam que existia um Espírito Santo, e eram batizados apenas no batismo de João Batista. Paulo esclareceu-os a respeito e batizou-os no batismo de Jesus. (At. 19:1-5).

Essa passagem em particular tem sido usada como argumento para os anciãos e membros da CCB dizerem que é bíblico o rebatismo de cristãos. Porém o fato é que os efésios eram apenas batizados no batismo de João e não no batismo cristão em nome da Trindade como ordenou Jesus. Os cristãos da CCB dizem que o batismo de outras denominações é igual ao batismo de João porque o homem é que batizou. Dizem que na CCB Deus chama, e nas seitas (como chamam as outras denominações) é o homem quem determina o batismo, por isso não tem valor. Ou seja, Deus não está nas outras igrejas, e segundo eles, o batismo dos evangélicos não valem.
Eles fazem estes três tipos de erros:

-Confusão: - por desconhecerem a diferença entre o batismo de João e o de Cristo.

-Ignorância: - por fazerem analogia de duas coisas distintas.

-Prepotência: - por julgarem que Deus só age na igreja deles e através deles.





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O BATISMO – SEU SIMBOLISMO

É concorde entre a maioria esmagadora das denominações cristãs (evangélicas ou protestantes) que o batismo além de ser uma ordenança, é um símbolo, uma analogia, uma representação do sacrifício de Jesus.

O batismo, como Paulo explica em suas epístolas, é uma cerimônia na qual o fiel é identificado com Cristo na sua morte. É um testemunho público de profissão de fé no Salvador Jesus Cristo. É símbolo de sepultamento quando a pessoa é imersa (submersa) nas águas e de ressurreição quando é imersa das mesmas. É também uma figura de lavagem, de purificação. (Gálatas 3:27 – Colossenses 2:12).

Porém o batismo em si não lava, não perdoa, não regenera, não purifica. Ele é apenas uma cerimônia, um rito. A compreensão do mesmo está em ser visto como um mandamento a ser obedecido, uma decisão de andar e servir a Cristo por parte de quem já foi lavado, perdoado, regenerado, purificado e renovado no ato de crer e receber ao Senhor Jesus Cristo como seu único, suficiente, exclusivo e eterno Salvador. (João 1:12)

O BATISMO NA CCB.

No ponto de doutrina nº 6 da CCB lemos o seguinte:

“Nós cremos no batismo na água, com uma só imersão, em Nome de Jesus Cristo (Atos 2:38) e em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. (Mateus 28:18,19) – (Hinos de Louvores e Súplicas a Deus – Livro nº 4 – 9ª Edição - 1994)

Percebemos nesta declaração uma grande divergência quanto ao mandamento de Jesus exarado nas Escrituras (Mateus 28:19) e seguido fielmente pelas demais denominações cristãs com o batismo da CCB.

Na CCB eles batizam em nome de Jesus Cristo e em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, contrariando a ordem de Jesus em Mateus 28:19. Quando os apóstolos e discípulos em Atos batizavam está registrado que foi em nome do Senhor (Atos 10:48), em nome do Senhor Jesus (Atos 19:5), e em nome de Jesus Cristo(Atos 2:38). São três expressões diferentes, portanto não é uma fórmula batismal como a de Jesus em Mateus 28:19.

O que acontece é que quando é dito que foram batizados em nome de Jesus Cristo, em nome do Senhor, e em nome do Senhor Jesus, significa que o batismo está na autoridade do nome de Jesus, porém os apóstolos seguiam a fórmula batismal designada por Jesus em Mateus 28:19 – Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.




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Essa confusão doutrinária faz com que a CCB cometa uma redundância quanto à fórmula batismal. Qual é o nome do Filho? Não é Jesus? Então porque duas vezes citar o Filho?

A CCB chega ao ponto de ensinar, como foi presenciado por este que escreve estas linhas, que mesmo que você tenha sido batizado em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo em outra denominação, você não foi batizado em nome de Jesus Cristo, portanto o seu batismo não teve valor!!! Absurdo de gente que não tem honestidade ao interpretar e ensinar as Escrituras Sagradas!

Criticam o fato das outras denominações cristãs discipularem as pessoas para depois se batizarem, dizendo que Deus tem de chamar as pessoas nas águas. Onde está a base bíblica para afirmar que Deus chama para o batismo? Batismo é questão de obediência ao mandamento de Jesus em Mateus 28:19. É decisão consciente do crente na pregação apostólica do evangelho de Cristo. Não é uma questão subjetiva, emocional de sentir que Deus está chamando.

Deus realmente chama a pessoa no ato que ela crê no evangelho. Não é chamar para se batizar ou rebatizar, mas o Espírito Santo convence a pessoa do pecado, da justiça e do juízo. (João 16:8).
A pessoa responde ao apelo interno do Espírito de Deus e recebe a Graça de Deus, que nada mais é que o sacrifício vicário (substitutivo) de Jesus na Cruz do Calvário em favor dos nossos pecados. Essa é a Graça de Deus, não uma denominação, não uma igreja, mas o ato de Jesus pagar o preço da nossa redenção.

Ser chamado na graça é através do ato de crer no evangelho e receber o Senhor Jesus como Salvador Pessoal. E isso é feito não apenas na CCB, mas em qualquer denominação cristã, pois nenhuma delas possui o monopólio da salvação. Salvação é dom de Deus (Efésios 2:8) não de homens ou de igrejas!!! Em Romanos Paulo diz que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Romanos 10:13) Não diz que todo aquele que se batizar ou rebatizar na CCB será salvo.


A UNIDADE DA FÉ.

Em Efésios 4:4 Paulo começa a explicar que fomos chamados em uma só esperança da nossa vocação. Há um só corpo, um só Espírito, um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos.

É um só batismo, uma só vez. Não podemos usar o exemplo dos discípulos que Paulo encontrou em Éfeso que só eram batizados com o batismo de João para justificar um rebatismo cristão em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Não há base bíblica para tal inferência.




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Á luz dessas passagens, podemos chegar à conclusão definitiva de que REBATISMO é apenas um banho. O primeiro batismo que foi feito com consciência e entendimento é que foi o compromisso real. Deus não é Deus de brincadeira nem de confusão. O compromisso que fizeste com Ele foi real e não ficção.


CAUSAS QUE LEVAM AO REBATISMO.

Entre tantas outras podemos citar 3 causas que podem ocasionar um rebatismo:

EMOÇÃO – A pessoa vai assistir um batismo (ou vários) na CCB e fica esperando para ver se Deus vai “chamar” para se rebatizar na “graça” verdadeira. Pede sinal para Deus confirmar se deve ou não se rebatizar. Qualquer emoção diferente ou palavra que fale sobre a sua situação (ser batizado em outra igreja) acha que é uma confirmação. Acaba muitas vezes aos prantos cedendo ao rebatismo.


PRESSÃO – A pessoa sabe que a CCB não aceita o seu batismo feito em outra denominação e que por isso não tem liberdade, não é considerado “irmão”, mas é chamado de “testemunhado” (palavra que não existe na Bíblia), não pode participar da santa ceia, etc. Por isso acaba cedendo ao rebatismo.

CONFUSÃO – A pessoa fica maravilhada ao ouvir tantos testemunhos que pensa estar na “única igreja verdadeira”, “na graça de Deus”, no “único caminho”. Se acontece milagres, deduz, é porque é aqui o verdadeiro e único caminho. A partir dessa confusão o rebatismo é só uma questão de tempo.


UMA VEZ REBATIZADO E ARREPENDIDO O QUE FAZER.

Muitas pessoas se rebatizam por uma ou todas essas causas descritas acima, e ao cair em si (isso pode levar dias, meses ou anos) se arrependem. O que fazer ao perceber que cometeu tamanho erro?
                                                                                                      Primeiro Passo – Reconheça diante de Deus que você agiu contra a Palavra de Deus (a Bíblia). Peça perdão crendo que Deus está pronto para perdoar e purificar de toda a injustiça. (I João 1:9).

Segundo Passo – Entenda que o seu primeiro compromisso com Deus foi real e não algo sem importância. Compreenda que batismo não é uma ordenança de nenhuma igreja, e sim um mandamento de Jesus Cristo. (Mateus 28:19).


                                                                                                       124

Terceiro Passo – Instrua outros que estão prestes a cometer o mesmo erro, advertindo-os que batismo não é questão de emoção, mas sim de obediência a Palavra de Deus.

Pontos que a CCB acredita apoiar sua tese na salvação só pelo batismo:

"Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus."
Refutação: A "água" simboliza a Palavra de Deus (Tiago 1:18; Efésios 5:26; I Pedro 1:23). As "águas batismais" são físicas, e Jesus não estava falando de acontecimentos físicos, mas espirituais (João 3:4-6). Quando ouvimos a Palavra de Deus o Espírito atua em nosso coração, e quando recebemos a Jesus nascemos de novo (João 3:14-18). O Espírito e a Palavra atuam em conjunto, o Espírito é Deus, e a Palavra é a Palavra do próprio Deus, não podemos separar um do outro. A regeneração é uma obra espiritual operada pelo Espírito no espírito do homem, é a comunicação da natureza divina ao homem pela operação do Espírito Santo por intermédio da Palavra.

BATIZAR DE NOVO?
Não há de se negar que aqui fala a voz do sectarismo e da heresia: "Cremos que realmente deve ser realizado uma única vez, conforme recomenda a Bíblia, desde que ministrado de forma correta, por um verdadeiro ministro cristão...”
Marcos 16:16- "Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado." Essa passagem é usada pela CCB para fundamentar sua crença no batismo para regeneração do pecador.
Refutação: É a falta de fé que traz a condenação e não a falta de ser batizado. Nesta passagem ensina-se que a fé é essencial em relação a "ser" ou "não ser" condenado diante de Deus (João 3:18), enquanto que o batismo é um testemunho público aos homens, em relação a salvação que já se efetuou por meio da fé em Cristo. Podemos dizer que a salvação é algo para com Deus e para com os homens, ser salvo diante dos homens é uma questão de demonstrar por atos a mudança que se efetuou interiormente (ler a passagem toda, principalmente os versos 17-18, onde a ênfase está nos sinais exteriores, Hebreus 2:4), e diante de Deus é uma questão apenas de crer. Os adeptos da CCB se assemelham aos judaizantes que perturbavam a igreja primitiva, enquanto os judaizantes pregavam que sem a circuncisão a salvação não era efetuada (Atos 15:1), os adeptos da CCB pregam que sem o batismo a salvação não é efetuada.
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 O interessante é que o batismo cristão é comparado por Paulo à circuncisão judaica (Colossenses 2:11-12). Essa pregação da CCB é outro evangelho (Gálatas 1:7-9). Agora vejam as respostas que os apologistas da CCB dão:
                                                                                               Pergunta:   Qual a forma de batismo que devemos obedecer, para nossa salvação?
Resposta:   A Bíblia relata vários batismos, porém sabemos que, depois da morte de Cristo, foi deixado só um: o dos Apóstolos. Efésios cap 4, v 5.
Refutação: Vemos nessa declaração duas inverdades - primeira,a de que o batismo nas águas é a maneira pela qual obedecemos para sermos salvos; e a segunda, que depois da morte de Cristo foi deixado apenas um só batismo.
A primeira declaração trata-se de uma heresia de perdição, porque nega a exclusividade do sacrifício de Cristo para nossa salvação (II Pedro 2:1), desta forma  a mensagem do evangelho da salvação em Cristo unicamente pela fé, fica anulada, dando lugar para outro evangelho (Romanos 1:16-17, 11:6; Gálatas 2:21, 1:8-9). Batismo é obra de justiça, ou seja, uma boa obra (Mateus 3:13-15 compare com Tito 3:5, e Isaías 64:6; Efésios 2:8-9). Paulo separou o evangelho do batismo nas águas (I Coríntios 1:17). O ladrão na cruz foi salvo sem batismo (Lucas 23:42-43), e Cornélio até mesmo recebeu o Espírito Santo e o poder deste, antes do batismo nas águas(Atos 10:44-48). A salvação do cristão está na obediência de Cristo, na justiça Dele, e não na nossa (Romanos 5:19).
Pergunta:   Quais são os batismos que a Biblia relata?
Resposta:   I – O de Moisés 1 Coríntios. Cap 10, v 2 — 20 II - O de João - São Mateus cap 3, v 5-7 - Atos cap 18, v 25 -
Atos cap 19, v 3 — 30  III-E o dos Apóstolos, deixado por Cristo. São Mateus cap 28, v 19-20.
Pergunta:   O que significava o batismo de Moisés?
Resposta:   Ele era uma figura, do Batismo Apostólico, que hoje são sepultados nas águas, os pecados daqueles que deixam, o Mundo figurado pelo Egito, e o domínio do diabo, figurado por Faraó. Como o exército de Faraó, foi lançado no fundo do Mar, assim ficam também os pecados, daqueles que são batizados. Miquéias  7, v 18-19.



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Refutação: Como vimos anteriormente ao contrário da doutrina dos apóstolos da CCB, a Bíblia relata além do batismo de Moisés e de João, o batismo nas águas (Mateus 28:29), o batismo com Espírito (Mateus  3:11), o batismo no Corpo ou em Cristo (I Coríntios 12:13), e o batismo de sofrimento  (Marcos 10:38-39), de tal forma que temos a doutrina dos batismos (no plural) em Hebreus 6:2.
O batismo de Moisés não é uma figura do batismo nas águas, é um absurdo acreditar que uma figura seja símbolo de outra figura, como acontece com o batismo nas águas. Toda figura aponta para uma realidade, e é isso que acontece com o batismo de Moisés. A "nuvem e o mar" foram para os israelitas o que a operação espiritual da cruz é para o crente. A nuvem punha-os ao abrigo dos seus inimigos e o mar separava-os do Egito - da mesma maneira a cruz protege-nos de tudo que podia ser contra nós. A Bíblia ensina que além de Cristo ter morrido por nós, morreu também conosco na cruz (I Coríntios 5:14-15; Romanos 6:8; Gálatas 2:19-20). O morrer por nós nos garante o perdão, e o morrer conosco garante libertação. Paulo na carta aos Gálatas afirmou que o mundo estava crucificado para ele, e ele para o mundo (6:14). E para lidar com o mundanismo na Igreja de Corinto sua mensagem era Cristo e sua cruz (I Coríntios 2:2).
Acreditar que os pecados ficam sepultados nas águas batismais é heresia profana ao sangue da Aliança e ofensiva ao Espírito da Graça. (Hebreus 10:29; Apocalipse 1:5). A falsa doutrina da regeneração batismal torna o batismo nas águas como uma espécie de "fetiche". As religiões de tendências espíritas acreditam nos chamados "fetiches" que eram objetos materiais aos quais eram atribuídos poderes sobrenaturais. A CCB, assim como o Catolicismo Romano adotou uma visão paganista com respeito ao batismo nas águas. Isso acontece de tal forma que o ancião(CCB) ou padre(Catolicismo) funciona como um  "xamã" (ou feiticeiro no espiritismo), que apregoam um batismo cujas águas materiais sepultam pecados espirituais, como uma espécie de água benta. Usar a linguagem figurada de Miquéias 7:18-19 é uma total incoerência, a idéia do profeta é que Deus perdoa totalmente os nossos pecados, basta apenas ler com atenção todo o texto para chegar-se a essa conclusão. Miquéias usa no texto diversas figuras de linguagens para retratar a misericórdia de Deus para com Seu povo.
Pergunta: O Batismo de João perdoava os pecados?
Resposta:  Não! João confessou, que seu batismo era para arrependimento. São Mateus cap 3, v 11-12 — Atos cap 19, v 4. Preparando o povo para chegar a Cristo, para receberem o perdão dos pecados.


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Pergunta:   O Batismo apostólico perdoa pecado?
Resposta:  Sim! Porque ele é realizado, de acordo com o mandamento, dado pelo Espírito Santo, na Boca dos Apóstolos, no dia de Pentecostes. Atos cap 2, v 37-38. Ligado à ordem do Mestre, após a sua Ressurreição. São Mateus cap 28, v 19-20. Portanto o Verdadeiro Batismo é realizado assim: “Irmão ou Irmã: Em nome de Jesus Cristo, te Batizo! Em nome do Pai e do filho e do Espirito Santo”. E sepultado nas águas, conforme Romanos cap 6, v 4 — Hebreus cap 10, v 22, Colossensses cap 2, v 12.
Refutação: Enquanto concordamos com a afirmação de que o batismo de João não perdoava os pecados, discordamos com a segunda, que afirma que o batismo dos apóstolos perdoava pecados. Vamos então as razões bíblicas e lógicas para isso:

1.   O batismo não precede a fé e nem concede fé. Pelo contrário, o batismo segue a fé. O Novo Testamento inteiro ensina que a fé deve preceder o batismo e que os únicos sujeitos adequados para o batismo são aqueles que já se arrependeram de seus pecados e confiaram em Jesus Cristo (Veja, por exemplo: Marcos 1:15; João 3:16,18 e 36;  8:24, 11:25, 12:46, Mateus 28:19; Atos 8:36-37; Romanos 1:16-17, 10:8-13, 2:41, 18:8;etc).

2.   O batismo não é essencial para a salvação, pelo contrário, a salvação é essencial para o batismo.  Ninguém recebe o perdão de pecados por ser batizado, mas por se arrepender dos mesmos (Lucas 24:47; Atos 3:19, 5:31, 20:21). O ladrão na cruz recebeu perdão, sem batismo, e Cornélio foi salvo integralmente antes de receber batismo (Lucas 23:43; Atos 10:44-48). Ainda que os discípulos efetuassem batismos (João 4:2) é interessante notar que  nas passagens onde lemos que Jesus perdoava pecados não há menção de que tenham submetido as pessoas a qualquer espécie de batismo (Mateus 9:2; Lucas 7:48,etc.).
3. Só o sangue de Jesus tem poder para lavar pecados, nunca o  batismo. Quem crê que Jesus é o único e suficiente Salvador não precisa de "sacramentos" para lavar pecados, pois o sangue de Cristo fará isso no momento de sua conversão. (Efésios 1:7; I João 1:7; Apocalipse 1:5) Ou se crê na regeneração batismal ou se crê que o sangue de Jesus é quem tira pecado! Todo movimento que crê ser o batismo um sacramento para perdão dos pecados está dizendo que o sangue de Jesus não é suficiente, e portanto há a necessidade de ser batizado para lavagem ou purificação dos pecados, e isso é notadamente um outro evangelho (Gálatas 1:8-9). 
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 4. A questão aqui é: Somos salvos pela água ou por Jesus Cristo? A água morreu por nossos pecados? A água tem vida? A água é nossa Salvadora? A substância física, material e temporal da água não pode purificar a alma que é espiritual por natureza. Nem toda a água do mundo é suficiente para lavar o pecado original nem os pecados atuais da alma! (Veja Jeremias 2:22) Todo cristão genuíno acredita que somente a pessoa de Cristo tem o poder de lavar pecados e dar a Salvação.
5. A Palavra de Deus insiste que a salvação é um dom gratuito que as obras não nunca podem comprar ou receber (Compare Mateus 3:14-15 com Tito 3:5; Isaías  64:6; Romanos 11:6; Gálatas 2:21, etc). Efésios 2:8-9 diz: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie".
6. Se o batismo fosse necessário para a salvação, o apóstolo Paulo nunca teria dito, em I Coríntios 1:14: "Dou graças a Deus, porque a nenhum de vós batizei, senão a Crispo e a Gaio". Seria ridículo pensar que Paulo ficasse agradecido a Deus pelo fato de algumas pessoas não serem salvas, uma vez  que o batismo as pudesse salvar! Se a salvação se desse pelo batismo, por que Paulo teria dito, em I Coríntios 1:17: "Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar"?
7 . A natureza de um símbolo é representar o verdadeiro. Nunca pode a representação tornar-se o fato que ela simboliza. Trata-se apenas de uma representação. Quando um símbolo torna-se mais algo além de uma representação, deixa de existir o seu valor simbólico. Nesse caso, se o batismo é mais do que simbólico, então ele pode deixar de ser batismo. O mesmo se aplica com a ceia do Senhor, se ela for mais do que um símbolo temos de acreditar na teoria herética da transubstanciação. A ceia e o batismo são símbolos.
 E quanto aos textos isolados e tirados fora do contexto citados na "doutrina dos apóstolos" da CCB? Vamos então a consideração doutrinária dos mesmos:
Atos 2:37-38 - A mesma construção gramatical  é encontrada em Marcos 1:4 e associada ao batismo de João, então vejamos:
"e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para (eis) perdão dos pecados;"(Atos 2:38)
"apareceu João batizando no deserto, e pregando o batismo de arrependimento, para (eis) remissão dos pecados."(Marcos 1:4)
Ora, se admitirmos que o verso de Atos 2:38 da guarida ao perdão[ou remissão] dos pecados pelo batismo, temos de chegar a mesma conclusão em relação ao batismo de João em Marcos 1:4. Faz isso a doutrina dos apóstolos da CCB?
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A palavra grega traduzida "para" em Atos 2:38 e Marcos 1:4 é a preposição "eis". Esse termo grego não indica propósito ou direção, mas fundamento ou base. João e os apóstolos não batizavam para o propósito da remissão ou perdão de pecados, mas "por causa" ou "em relação" ao perdão de pecados. Esta mesma preposição é encontrada em Mateus 12:41, quando Jesus disse: "Os ninivitas...se arrependeram com (eis) a pregação de Jonas", e também em Mateus 3:11: "E eu, em verdade, vos batizo com água para (eis)  arrependimento". Certamente que João não estava dizendo que batizava as pessoas para que elas pudessem arrepender-se, mas porque elas já tinham se arrependido. Além disso, os que foram batizados em Atos 2, foram os que anteriormente haviam crido(ou seja, exercido fé ) antes de receberem o batismo: "de sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra, ...e todos os que criam estavam juntos." (Atos 2:41,44) Pedro pregou-lhes a Palavra de Deus, e esta gera a fé  (Compare Atos 2:16-37 com Romanos 10:17).
Romanos 6:4 - Lendo todo o capítulo seis podemos observar qual o batismo que Paulo está mencionando, no verso 3 ele diz: "batizados em Jesus Cristo", ou seja, o batismo mencionado não é o batismo nas águas, mas o batismo em Cristo ou no Corpo (I Coríntios 12:13). Este batismo acontece no ato de nossa conversão, quando cremos no Senhor, deixamos de estar em Adão e somos colocados em Cristo (Efésios 4:5).
Hebreus 10:22 -  Lendo com atenção o texto em pauta podemos entender que o "coração", o "corpo" e a "água limpa" mencionados não são literais, mais figurados. O autor de Hebreus não tinha em vista o coração que bombeia o sangue, o corpo físico e a água física, ele não estava dando uma lição de higiene pessoal, mas de purificação interior. A água limpa é a Palavra que purifica nosso interior (coração) e todo nosso ser (corpo) (Veja Efésios  5:26). Além do mais a água dos rios onde os cristãos eram imergidos não era totalmente limpa.
Pergunta:   Porque é necessário pronunciar, o nome de Jesus Cristo no Batismo?
Resposta:   Porque só o seu nome perdoa pecados, conforme, Atos cap 2, v 37-38 — Atos cap 10, v 42-43 — Lucas cap 24, v 47 — 1 Coríntios, cap 6, v 10-1 1 — 1 São João, cap 2, v 12. Só o seu nome expulsa demônios, conforme São Marcos cap 16, v 17 — Atos cap 16, v 16 a 18. E o seu nome cura os enfermos. Conforme Atos cap 3, v 6 a9—Atos cap 3, v 16— Atos cap 4, v lOa 12— São Marcos cap 16, v 18.
Pergunta:  Os Apóstolos batizavam em nome do Senhor Jesus?
Resposta:  Sim! Eles procuravam seguir, tudo o que o Espírito Santo lhes ordenava. Atos cap 2, v 37-38 — Atos cap 8, v 12 — Atos cap 10, v 43 a 48 — Atos cap 19, v 1 a 7.

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Portanto sendo o Batismo, um serviço realizado por palavras e por obras, é preciso colocar sempre, em primeiro lugar, o nome do dono da obra. Conforme Colossenses cap 3, v 17.
Refutação: Percebam irmãos a malícia do argumento da doutrina dos apóstolos da CCB. Ora, se o "verdadeiro batismo" é feito com uma fórmula em que é invocado uma quaternidade de nomes, então, o batismo conforme efetuado pelas denominações evangélicas em nome da Trindade é falso. Anteriormente vimos que Romanos 6:4, Hebreus 10:22 e Colossenses 2:12 não se referem ao batismo nas águas. Agora dando prosseguimento a nossa análise, veremos que a exposição "Doutrina dos Apóstolos" segue dizendo porque o batismo deve ser efetuado com a fórmula "em nome de Jesus" e para isso cita os seguintes argumentos:
1.Porque o nome de Jesus perdoa pecados, liberta e cura;
2.Por causa das referências em Atos do batismo em nome de Jesus;
3.Por conta do mandamento de Colossenses 3:17.
 Além disso tal heresia é reafirmada até mesmo nos artigos de Fé da CCB:
“Artigo 6. Nós cremos no batismo na água, com uma só imersão, em Nome de Jesus Cristo(Atos,2:38) e em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.(Mat., 28:18-19)”
Os grupos chamados de "unicistas"  entendendo errado a menção do batismo em nome de Jesus em Atos dos Apóstolos acreditavam que tal acontecia porque o "Pai, o Filho e o Espírito Santo" são três títulos para Jesus, enquanto que os adeptos da CCB criaram um outro erro entendendo que seria uma outra fórmula em acréscimo aquela dada por Jesus em Mateus 28:19.
Então no ato batismal da CCB, o Senhor é invocado duas vezes, como "Jesus" e como "Filho",como se fossem dois seres distintos, quando na verdade se trata da mesma Pessoa. Se crermos que Jesus é o Filho (I João 4:14-15, 2:23) não temos necessidade de contrariar a Palavra de Deus acrescentando uma outra invocação ou fórmula (Apocalipse 22:18).
Em Mateus 3:16-17, Marcos 1:9-11, Lucas 3:21-22 e João 1:32-34 vemos a menção do ato do batismo nas águas e as três pessoas da Trindade presentes: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Em Mateus 28:19, em consonância a isso vemos a ordem dada aos discípulos para batizarem em nome da Trindade. E em I João 5:7 lemos acerca das três testemunhas celestiais: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.


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Agora vejamos os três argumentos da CCB, que também são usados pelos unicistas:
 1. O nome de Jesus perdoa, liberta e cura: Não negamos que o nome de Jesus perdoe pecados, cure e liberte. Mas quando dizemos "o nome de Jesus" perdoa pecados, liberta e cura, nos referimos a Pessoa de Jesus, e não simplesmente a uma frase ou rótulo. E isso fica claro nas próprias citações feitas pela exposição da CCB:
Atos 10:11: "A este deu testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome." - Perceba que nesse texto "seu nome" é sinônimo para "sua pessoa". O texto nos remete a Isaías 53:11, Jeremias 31:34 e Miquéias 7:18, que tratam da Pessoa de quem recebemos o perdão. Por Jesus ter feito o que fez, e ser o que Ele é, pode perdoar os pecados daqueles que nele crê. É interessante que em Atos Capítulo 10, Cornélio e seus amigos receberam o perdão dos pecados e o Espírito Santo sem ao menos terem sido batizados nas águas (Veja Atos 10:43-48, 11:13-18, 15:7-9) 
Lucas  24:47: "E em seu nome se pregasse o arrependimento  e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém" - O sentido claro desse texto é que os discípulos iriam anunciar o Senhor Jesus, revelando para seus ouvintes que deviam se arrepender e crer Nele para terem os pecados perdoados (Veja Atos 5:42, compare Atos 8:5 e 12).
I Coríntios 6:10-11 : "...mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus." - Esse texto indica que os crentes coríntios haviam crido na Pessoa de Jesus e recebido o Espírito de Deus, consequentemente haviam sido lavados, santificados e justificados por conta desses dois fatos espirituais.
I João 2:12: "Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados." - Ou seja, pela Pessoa de Jesus é que os irmãos a quem João escreve tinham sido perdoados de seus pecados (Veja I João 1:9, 2:1-2).
 A exposição continua, citando um ou outro texto que citam exemplos dos apóstolos expulsando demônios (Atos 16:16-18) e curando enfermos (Atos 3:6 a 9,16; Atos 10:12) fazendo uma citação oral do nome de Jesus. Mas se esquecem, ou intencionalmente deixam de mencionar outros textos em que não há uma citação oral, a despeito do milagre ocorrer (Veja Atos 9:40-41,9:17-18,13:9-11,14:9-10,28:8).
Em Atos 19:13-16 vemos o exemplo daqueles que recitavam a frase"em nome de Jesus", mas que no entanto não presenciaram nenhum efeito. É comum no paganismo a crença em  recitações mágicas e mantras. Ao que

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parece aqueles exorcistas ambulantes viam dessa maneira, mas aprenderam uma dura lição: que o mais importante do que fazer uma recitação é desenvolver um relacionamento vivo com Jesus (Vide Mateus 7:22-23), lição essa que os adeptos da CCB também precisam aprender.
Existem diversos grupos religiosos, e até mesmo espíritas que citam o nome de Jesus, mas que no entanto não presenciam curas, libertação e perdão de pecados.
Vale lembrar que nos textos onde aparecem os apóstolos citando o nome de Jesus em uma confrontação com o demônio ou em operação de cura não existe nenhuma padronização de uma fórmula, vejamos:
"em nome de Jesus Cristo, o Nazareno." Atos 4:10
"Enéias Jesus Cristo te cura! Levanta-te. e arruma o teu leito." 9:34
"Em nome de Jesus Cristo eu te mando: Retira-te dela." 16:18
Para finalizar esta parte, temos o texto de Marcos 16:17-18 - "estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome expelirão demônios, falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e ,se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre os enfermos, eles ficarão curados."
A mensagem do texto é  muito clara: aquele que crê no Senhor, junto com Ele, ligado a Pessoa Dele e na autoridade conferida por Ele expelirá demônios, falará em línguas, pegará em serpentes, tomará veneno e não morrerá, e efetuará curas, isso significa envolvimento com uma Pessoa, e não recitação de uma fórmula.Repito:Não significa que em todas essas atividades recitará uma fórmula. Veja por exemplo a questão de falar novas línguas, os que recebem tal dom, recebem por crer no poder de Deus, no Senhor, e não por recitarem uma fórmula. Quando falei em línguas ninguém chegou a mim e disse: "fale em línguas 'em nome de Jesus Cristo'", e nem disse a mim mesmo "agora ordeno a minha pessoa que vou falar em línguas em nome de Jesus".
Tanto na minha experiência não precisei ficar citando uma fórmula, como na da igreja primitiva(Atos 2:1-4, 8:15-17,10:44-47; 19:6). Diante disso podemos dizer que os adeptos da CCB, assim como os fariseus nos dias de Jesus, "coaram um mosquito e engoliram um camelo" Mateus 23:24.
Dando prosseguimento, vejamos os dois últimos argumentos colocados pela "doutrina dos apóstolos" da CCB para apoiarem o batismo em nome de uma quaternidade, e as refutações dos mesmos:


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Ele havia deixado e ensinado. Jamais os apóstolos e discípulos teriam mudado aquilo que o Senhor havia deixado em Mateus 28:19.
 3.O mandamento de Colossenses 3:17.
 Esse texto não significa que devemos recitar uma fórmula  antes de falarmos ou agirmos, mas que devemos fazer tudo de acordo com a Pessoa de Jesus. Nossas palavras e ações tem um grande poder de influência, portanto devemos honrar o Senhor com elas. Se formos dar a interpretação falseada da CCB a esse texto, ela mesmo estaria em culpa já que não recita em tudo que fala ou faz a frase "em nome de Jesus". Por exemplo: Você já ouviu alguém da irmandade lhe saudar - "em nome de Jesus a paz de Deus???"
Irmãos analisem também que a fórmula batismal adotada pela CCB não utiliza um sujeito explicito, mas oculto.
"Em nome de Jesus Cristo, te Batizo!..."
Utilizam esse fato como um cavalo de batalha contra as denominações evangélicas, dando a entender que por conta disso  - "quem está à frente do batismo da CCB é Jesus e não o homem".
Tal argumento da CCB é impróprio gramaticalmente,  assim como biblicamente. Veja o sujeito existe na frase, apenas está oculto, não alterando então o sentido de que quem ministra o batismo é um ser humano, um homem comissionado por Deus.
Dentro da Bíblia podemos dizer que a intenção de Deus não é anular o homem, mas que este se submeta a Ele sendo um cooperador do Senhor (I Coríntios 3:9, 4:17, 9:1-2,23; Marcos 1:8;etc.). O batismo cristão não é uma sessão de mediunidade onde o ministro perde a consciência e a personalidade por ter incorporado uma entidade, mas está de posse de sua consciência e responsabilidade diante de Deus. O próprio Jesus comissionou homens, e ordenou: "Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo." Mateus 28:19





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SOBRE A POSIÇÃO DA ORAÇÃO: PODEMOS ORAR DE PÉ?
Com este pressuposto deficiente querem corrigir a posição das demais igrejas evangélicas. Orar de joelhos é uma maneira muito piedosa, e eu prefiro orar de joelhos quando estou na igreja. Todavia, longe está de ser a única forma que Deus requer na Bíblia para entrar em contato com ele. Jesus deixou bem claro que o cristianismo não tinha nada a ver com as formalidades da velha religião judaica. Certa feita uma mulher querendo saber de Jesus sobre como devemos adorar argumentou:
 “Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar".
Então disse-lhe Jesus: "Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não  conheceis; nós adoramos o que conhecemos; porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." João 4:20-24
Veja que nossa adoração a Deus não está mais restrita a lugares, dias, ritos ou posições. É patético dizer que Deus só ouve a oração de quem estiver de joelho. Há fartos exemplos bíblicos de homens orando dos modos mais variados possíveis. Em pé, sentados, de joelhos deitados, em cima de cavalos etc. O que vale mesmo é a intenção do coração na hora da oração...
Quem acredita que Deus exige certas regras ou posturas como norma para entrar em comunhão com Ele, está descambando para o farisaísmo puro!

Vejamos então a eisegese engendrada pelo nosso amigo. Vale dizer que se tentarmos argumentar que o verso 10 e 11 de Filipenses capítulo 2, é um mandamento a ser seguido, perderemos o sentido exato do texto. Se seguirmos a linha de pensamento esposada pelo senhor chegaríamos às mais esquisitas conclusões: Ora, como alguém que está em baixo da terra (que possivelmente é a região infernal) poderá dobrar seu joelho em adoração a Deus agora? Este episódio se encaixa melhor na consumação dos tempos. Este verso não pode ser usado para provar a oração de joelhos. O que Paulo está querendo passar neste capítulo é uma lição de humildade aos Colossenses. E é isto que ele pede aos Colossenses no verso 12 para praticar, e, diga-se de passagem, que não tem nada a ver com um suposto ensinamento sobre orar de joelhos. A menção da oração de joelhos não foi inserida ai como mandamento, mas como exemplo do poder da
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exaltação que Deus conferiu a Cristo através da ressurreição. Mostra que todo o universo irá reconhecer este senhorio conquistado na cruz através de se humilharem, ajoelhando-se. Tanto é, que Paulo repete novamente este pensamento em Romanos:
" Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor tanto de mortos como de vivos. Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Deus. Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua louvará a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus." [Romanos 14:9-12]
Todos os verbos destes versículos apontam para uma ação futura e não presente. A sequencia mostra a morte, ressurreição e julgamento futuro. Não há como negar este fato! Por outro lado, não se pode negar que há muitos versículos na Bíblia que nos incentivam a adorar a Deus de joelhos, em contrapartida, há outros tantos que mostram que essa posição não era necessária para que Deus pudesse ouvir a oração. Não existe nenhum mandamento na Bíblia que incentiva a nós, os cristãos, a orarem somente de joelhos. Ir além disso, e fazê-lo um cavalo de batalha contra outros cristãos, chega às raias da heresia e do sectarismo.
Quanto à questão da "contenda", bem, isto fica melhor com a CCB que não sabe fazer outra coisa a não ser contender por coisas que nem ao menos entendem.
Sinto em dizer que seus esforços exegéticos de nada valeram para defender esta doutrina esdrúxula da CCB com relação a oração de joelhos. O que o apologista CCB fez foi se meter numa área que tanto ataca, a da interpretação bíblica, e que por sinal se mostrou em total despreparo no conhecimento histórico/teológico.
Não procurei replicar suas refutações sobre os exemplos bíblicos de homens que oraram de pé, pois de fato não carece de muito esforço, os fatos falam por si. A verdade é uma só "não se pode lutar contra a verdade dos fatos"!
Pergunta:   Podemos orar de pé?
Resposta:   Não, por que Deus não nos responde. Jó cap 30, v 20. E também Cristo nos proíbe. São Mateus 6, 5.



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Refutação: Irmãos, vejam que declaração absurda! Afirmar que Deus não responde as orações feitas em pé e que Cristo proíbe, é ir além do que está escrito na Bíblia (I Coríntios 4:6), e incorrer no juízo exposto em Apocalipse 22:18 -
"Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro;"
 Percebam que os dois textos citados na exposição são distorcidos para dar suporte para uma doutrina antibíblica. Vejamos:
 Jó 30:20 - "Clamo a ti, porém, tu não me respondes; estou em pé, mas apenas olhas para mim."
Refutação:
Primeiro: O contexto do capítulo não tenciona ensinar que Deus não ouve as orações que são feitas de joelhos, mas mostra o desespero de Jó por conta do sofrimento que vinha passando. Então, descreve as lamentações de Jó: Do verso 1 ao 15 - Jó fala sobre aqueles que outrora ajudou, e que agora o desprezam. Do 16 ao 18 - Jó desabafa a dor de sua alma e do seu corpo. Do 19 ao 23 - Jó acredita que diante do que tem sofrido Deus o havia abandonado. Do 24 ao 31 - Jó mesmo diante da aflição não deixa de gritar por socorro, e lamenta por  seu estado.
Segundo: Vale lembrar que independente do lamento expresso por Jó, Deus estava cuidando dele, conforme tomamos conhecimento em Jó 1:12 e 2:6. E no final do livro vemos Deus virar o cativeiro de Jó (Jó 42:10-17).
Terceiro: Jó não estava dizendo que pelo fato de orar em pé Deus não o ouvia, mas que Deus estava indiferente ao que estava acontecendo, mesmo que ele clame ou fique de pé, Deus não ouve e fica apenas "parado" olhando.Se formos fazer uma paráfrase daquilo que Jó expressou, seria o seguinte: "Deus tenho orado, mas o Senhor não tem me respondido, Deus tenho ficado em pé para chamar tua atenção, mas o Senhor fica apenas me olhando."
Quarto: Deus ouve as orações feitas em pé. Vejam por exemplo o caso de Josafá e dos levitas: "Pô-se Josafa em pé, na congregação de Judá e de Jerusalém, na casa do Senhor, diante do pátio novo e disse: Ah! Senhor, Deus de nossos pais, porventura não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos dos povos? Na tua mão está a força e o poder, e não há quem te possa resistir... Todo o Judá estava em pé diante do Senhor, como também as suas crianças, as suas mulheres, e os seus filhos. Então veio o Espírito do Senhor no meio da congregação..." 2 Crônicas 20:5-14. Há muitos versos na Bíblia que apoiam a orações em pé.

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Não podemos julgar as pessoas a maneira que eles buscam a Deus, porque Deus atende a oração seja a maneira que feita. Veja por exemplo estes homens que oraram a Deus, como eles oraram, sua posição e Deus ouviu suas orações:
"Jesua, Bani, Cadmiel, Sebanias, Buni, Serebias, Bai e Quenani se puserem em pé no estrado dos levitas, e clamaram em alta voz ao Senhor seu Deus." Neemias 9:4
Mateus 6:5: “E quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.”
Refutação:
Primeiro: A ênfase da passagem não está  na posição do corpo na oração, mas na motivação, o verso 6 nada diz sobre orar de joelhos, o que se contradita não é a posição, mas a motivação do verso 5.
Segundo: O que o Pai vê é o coração e não a posição do corpo na oração (Salmo 34:17-18, 51:17, 66:18).
Terceiro: Jesus Cristo mesmo orou em pé, e falou de alguém que foi justificado por Deus estando orando em pé (João 11:32, 41 e 42;Lucas 18:13-14). O Deus da Bíblia recebe orações que são feitas em pé, mas o "deus" pregado pela CCB não. O Cristo bíblico tem prazer em ouvir seus filhos ainda que estes estejam de pé, o "cristo" da CCB não.  Isso nos lembra da advertência de Paulo em II Coríntios 11:4 "porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis”.
Tentando ainda achar algum suporte bíblico para a falsa doutrina sobre a oração, a exposição prossegue afirmando que Cristo proibe orar em pé. Veja abaixo:
 Pergunta :    Porque Cristo nos proíbe orar em pé?
Resposta:   Por causa do juramento de Deus. Eclesiastes cap 8, v 2 —  Isaías cap 45, v 23.




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 Refutação: Vamos então a análise dos dois versos citados que supostamente tratam de um juramento que as orações só devem ser feitas de joelhos:
 Eclesiastes 8:2 - "Eu te digo: Observa o mandamento do rei, e isso por causa do teu juramento feito a Deus."
Isaías 45:23 - "Por mim tenho jurado; da minha boca saiu o que é justo, e a minha palavra não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo o joelho, e jurará toda língua."
Percebam que esses versos não provam que exista algum juramento da parte de Deus de que as orações devem ser feitas apenas de joelhos, querer enxergar isso é acrescentar aquilo que não está no texto. Em Eclesiastes, vemos qual seria a atitude que um israelita deveria ter diante de um rei, o que está em pauta neste caso é o juramento do homem feito a Deus, e não o juramento de Deus.  O texto de Isaías não tem nenhuma ligação com o de Eclesiastes, porque tratam de juramentos distintos. Uma coisa é Deus jurar, outra coisa é o homem jurar (Hebreus 6:13-17; Mateus 5:33-37).Além disso, Isaías trata de um juramento que terá cumprimento escatológico, no julgamento final, isso fica evidente pelos seguintes fatos:
1. O tempo futuro dos verbos ("dobrará" e "jurará");
2. A menção de "todo" e "toda", indicando toda a humanidade.
3.Romanos 14:10-11 e Filipenses 2:10-11 fazem referência a mesma passagem e acrescentam outros detalhes. O primeiro menciona o tribunal de Deus, enquanto o segundo fala daqueles "debaixo da terra" que dobrarão os joelhos, e estes só poderão dobrar os joelhos depois da ressurreição, já que no presente ainda estão "debaixo da terra".
4. O texto não se refere as orações cotidianas, mas a uma confissão coletiva e especial do senhorio de Cristo que acontecerá no juízo final.
Para finalizar esta parte, afirmamos que a humildade não está na posição do corpo, mas na atitude do coração (Salmo 66:18; Marcos 7:6). Em Mateus 27:29  lemos daqueles que se ajoelhavam para zombar de Cristo.Em Colossenses 2:18 temos um alerta sobre aqueles que com pretexto de humildade ensinam falsas doutrinas, que possamos nos acautelar!



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Pergunta:   Como oravam os Profetas?
Resposta:   Ajoelhados ou prostrados com o rosto em terra. Josué cap 5, v 14-15 — Josué cap 7, v 6 ao 10 — 1 Reis cap 8, v 54—1 Reis cap 18, v 42—11 Crônicas cap 7, v 1 ao 3—Salmo cap 95, v 6— Daniel cap 6, v 10.
Refutação:  O grande problema da exposição é basear-se em alguns versos bíblicos isolados, e deixar de lado outros, este é um sério erro de interpretação bíblica. Só porque existem referências  de orações sendo feitas de joelhos ou prostradas, isso significa que estas são as únicas posições aceitáveis a Deus? É claro que não!   Abraão foi o primeiro homem textualmente chamado de profeta (Gênesis 20:7), e nem por isso deixou de orar em pé.  Em Gênesis 18 observamos o encontro de Abraão com o Senhor, seu dialogo com Deus que estava junto de dois anjos, e sua consequente intercessão por Ló, tais orações foram feitas em pé (Leia com atenção Gênesis 18:8-33). Em Êxodo 3 e 4, que narra o chamado de Moisés, a guisa do que vai sucedendo no diálogo e as ações efetuadas por ele subtende-se que estava falando com Deus em pé (Êxodo 4:2-3,7,17). Gideão falou com Deus enquanto malhava o trigo no largar (Juízes 6:12-24). Sansão de pé entre as colunas clamou ao Senhor e sua oração foi ouvida (Juízes 16:25-30). Jacó falou com Deus, agarrado  Nele, e recebeu a benção sem estar de joelhos (Gênesis 32:24-30). O rei Josafá orou em pé, e Deus ouviu manifestando a glória do Seu Espírito (II Crônicas 20:5-6,14). Neemias orou em pé e foi ouvido (Neemias 2:4-8). Os levitas oraram em pé e com alta voz (Neemias 9:4). Os homens de Judá no momento da peleja clamaram ao Senhor e foram ouvidos (II Crônicas 13-15).
Pergunta:   Teve um rei que orou deitado, e Deus ouviu a sua oração?
Resposta:   Sim, Ezequias orou deitado, com o rosto voltado para a parede, e Deus ouviu a sua oração. Isaías cap 38, v 2 a 5. Porém ele estava enfermo na carne, sem poder se ajoelhar. Isaías cap 38, v 1 ao 21. Hoje todo aquele, que com saúde na carne, orar deitado, é sinal que ele está enfermo no espírito. l  Corintios cap 11, v 30- 31.
Refutação: Seria verdade que todo aquele que orar deitado está manifestando enfermidade no espírito? É claro que não! Samuel orou deitado, Deus falou com Ele, e o usou tremendamente (Veja I Samuel 3:9-15). Jacó deitado sonhou e falou com Deus (Gênesis 46:2-5). Um comparativo entre o Salmo 4 e o 77 indica que podemos orar deitados:
1. No Salmo 4:4 lemos: "consultai no travesseiro o vosso coração, e sossegai"; no 77:6 lemos: "de noite indago o meu íntimo,e o meu espírito perscruta". Isso indica que consultar o coração(espírito) ou indagar o íntimo são a mesma coisa nos dois salmos. O que envolve o ato de indagar o íntimo ou consultar o coração? No Salmo 77:7-20 e 4:1-3 relaciona a oração.

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2. Colaborando com essa verdade que estamos mostrando temos a  Tradução Almeida Corrigida que tanto no Salmo 4:4 e no Salmo 77:6  o "consultar o coração" e o "indagar o íntimo e perscrutar com espírito" são descritos respectivamente como "falar com o coração" e "meditar com o coração e investigar com o espírito". Resumindo, o crente tem a possibilidade de falar em seu interior com Deus.
Em Efésios 6:18 vemos que temos de "orar em todo tempo no Espírito". Perceba então, que se a oração não pode ser feita no tempo em que estamos deitados, então ela não pode abarcar todo o tempo conforme nos ensina o texto. A doutrina dos apóstolos da CCB contraria a verdadeira doutrina dos apóstolos da Bíblia.
Tenho tido experiências riquíssimas com Deus em momentos que oro deitado, o meu falar com Ele não está restrito apenas ao ficar de joelhos, mas é um relacionamento vivo e dinâmico com Aquele que não tosqueneja, e nem dorme, e que sonda o meu coração no meu deitar (Salmo 121:4, 139:1-3).
Pergunta:   Como orou Jonas no ventre da baleia?
Resposta:   A Bíblia não relata como ele orou, se foi em pé ou ajoelhado, mas cremos que ele orou deitado, no ventre do peixe. Jonas cap 2, v 1. Porém, sabemos que Jonas estava em desobediência diante de Deus. Jonas cap 1, v 3. E dormindo no porão do navio para não fazer a vontade de Deus. Jonas cap 1, v 5.Hoje, todo aquele que procura imitar Jonas, está confessando ser desobediente, dormindo na fé, fugindo de Deus, e próximo do inferno. Jonas cap 2, v 1-2.

Refutação:  Jonas havia desobedecido a ordem de Deus em princípio, mas na ocasião em que orou seu coração já estava quebrantado, tanto é que, no verso 12 do capítulo 1 lemos que ele admitiu seu pecado diante dos marinheiros, e Deus poupou sua vida fazendo com que uma baleia o engolisse (Jonas 1:17). Jonas orou com um coração sincero e voltado para Deus. Será verdade que o crente que ora deitado é desobediente, está fugindo de Deus, dormindo na fé e próximo do inferno?! Isso além de absurdo chega às raias de heresia de perdição. Insinuar que o fato de orarmos deitados nos aproxima do inferno, é querer associar a salvação com a posição do corpo na oração. E admitir que a salvação está ligada a uma posição do corpo físico, é apregoar um outro evangelho! No verso 12:2 vemos Jonas mencionando em sua oração: "Na minha angústia clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz". A palavra  hebraica "seol" que é traduzida "ventre do inferno" na Almeida Corrigida, e como "ventre do abismo" na Almeida Atualizada não se refere ao lugar espiritual onde os ímpios vão após a morte, mesmo porque Jonas além de crente em Deus, estava no corpo. No verso 3 ele deixa claro o que queria dizer - "pois me lançaste no profundo, no coração
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dos mares e a corrente dos águas me cercou;..." Em outras palavras Jonas descreve numa linguagem poética que estava  no profundo do mar à beira da morte, mas Deus o socorreu.
Pergunta:   Como orou o Senhor Jesus?
Resposta:   Jesus, como costumava, orou muitas vezes no Monte das Oliveiras, e para dar exemplo aos seus apóstolos e a nós, orava ajoelhado. Lucas cap 22, v 39 ao 41. E ele próprio disse: Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração. São Mateus cap 11, v 29.

Refutação: Jesus vivia em plena comunhão com o Pai, sendo assim um absurdo acreditar que suas orações se limitaram a serem feitas de joelhos (João 6:57). Em nenhuma parte dos evangelhos Jesus instruiu os discípulos de que as orações deveriam  serem feitas apenas de joelhos. Em Mateus 5:1 no famoso sermão da montanha o Senhor assentado fez a famosa oração do Pai nosso (Compare a sequencia de Mateus 5:1 a 8:1). Em João 11:32-42 Jesus orou em pé, e Lázaro foi ressuscitado. Em Lucas 22:46 vemos Jesus ordenando seus discípulos a levantarem-se para orar. O cego de Jericó orou assentado, e não precisou se ajoelhar para ter sua oração respondida pelo Filho de Deus (Marcos 10:46,52). Na parábola do publicano e do fariseu, Jesus ensina sobre a importância da atitude do coração sem levar em conta a posição do corpo na oração, já que tanto o publicano como o fariseu oraram em pé (Lucas 18:11-14). Concluímos então, que os adeptos da CCB deveriam realmente seguir o exemplo de Jesus, o que não fazem quando limitam as orações a serem feitas apenas de joelhos.
Pergunta:   Como oravam os apóstolos?
Resposta:   Os apóstolos aprenderam do Senhor Jesus, por isso só oravam ajoelhados. Atos cap 7, v 5 9-60 — Atos cap 9, v 39-40 — Atos cap 20, v 36 — Atos cap 21, v 5 — Efésios cap 3, v 14.Romanos cap 14, v 11-12 — Felipenses cap 2, v 8 ao 10.

Refutação: Vimos na refutação anterior que em nenhuma parte dos evangelhos Jesus trouxe alguma instrução na qual seus discípulos deviam orar apenas ajoelhados, e  que Ele próprio orava em várias posições (de pé, prostrado, sentado, andando, etc) e vivia uma vida perfeitamente ligada ao Pai em comunhão. Não contente em apresentar uma descrição falsa sobre a vida de oração de Jesus, a exposição da "doutrina dos apóstolos da CCB" segue utilizando textos isolados e tirados fora do contexto para ensinar mais duas distorções: os discípulos só oravam ajoelhados, e, a oração só de joelhos é mandamento.

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Seria verdadeira a afirmação de que os discípulos oravam apenas de joelhos? Respondemos com um enfático não! Os textos de Atos dos apóstolos nos dão alguns exemplos de orações sendo feitas de joelhos, mas não estabelecem nenhum padrão. Uma coisa é dizer que os discípulos oravam ajoelhados, outra coisa muito diferente é dizer que eles oravam apenas ajoelhados. A primeira afirmação é verdadeira, afinal qualquer cristão pode orar de joelhos. Mas a segunda afirmação é falsa, porque apesar do cristão poder orar de joelhos, sua oração não fica limitada a essa posição física. O próprio Paulo ordenou em suas cartas - "orai sem cessar” (I Tessalonicenses 5:17),e, "orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito"(Efésios 6:18).
Agora queremos analisar os textos utilizados na exposição: Atos 7:5,9-60, 9:39-40, 20:36, 21:5; e Efésios 3:14.
Em Atos 7 lemos acerca do martírio de Estevão, é interessante notar que Estevão inicia sua oração em pé, e depois provavelmente já enfraquecido por conta das pedradas que levava, se ajoelha e continua sua oração, chegando até mesmo a clamar em voz alta por conta do barulho da multidão:
"E apedrejavam a Estevão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito, [perceba que aqui ele inicia sua oração], e pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado [aqui ele termina sua oração]. E tendo dito isto, adormeceu".
Atos 9:39-40, trata da ressurreição de Dorcas, se formos estabelecer um padrão em cima desse texto teríamos também que dizer que as orações além de serem feitas só de joelhos deveriam ser feitas apenas isoladas, já que Pedro fez sair todos de sua presença, se padronizarmos um exemplo devemos fazê-lo inteiramente. Mas as orações que são feitas pelos adeptos da CCB são de joelhos e no geral coletivas (com todos orando de joelhos no templo) então, estão fora de um suposto padrão em Atos 9.
Atos 20:36 e 21:5 são textos curiosos porque tratam de orações sendo feitas de joelhos em lugares públicos: no porto e na praia. Se padronizarmos isso teríamos então de orar de joelhos em lugares públicos. Pergunto - oram os adeptos da CCB em lugares públicos de joelhos? É claro que não. Como em um restaurante, oram sentados mesmos.
Efésios 3:14 fala da oração intercessória de Paulo em favor dos cristãos de Éfeso, perceba que ele não ordena em nenhum momento que os efesios façam orações apenas ajoelhados, mesmo porque se o fizesse, entraria em choque com seu mandamento em Efésios 6:17.Paulo apenas está dizendo que se punha de joelhos para interceder em favor dos irmãos de Éfeso, mas não que só o fazia dessa forma.

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A exposição das "doutrinas dos apóstolos da CCB esquecem de citar Atos 1,e,2, onde os discípulos perseveravam em oração e assentados receberam o poder do Espírito Santo(Note Atos 2:1-4).
Ora, se os discípulos estavam em oração,e estavam assentados, e foram surpreendidos por um derramar do Espírito Santo, isso prova que orar de joelhos não era um padrão para a Igreja, e que Deus ouve as orações que são feitas em qualquer posição desde que a situação do coração esteja correta (Salmo 66:18; Atos 16:24-25). Para terminar vamos fazer uma segunda pergunta - Seria as orações apenas de joelhos um mandamento? Novamente respondemos - Não! Os dois textos utilizados na exposição da CCB são também tirados fora do contexto.Tanto em Romanos como em Filipenses lemos sobre um evento futuro, onde "toda língua" e "todo joelho", inclusive os que estiverem debaixo da terra confessarão e se ajoelharão. Como será isso possível, senão no juízo final? Além disso, o texto não está dizendo que as orações devem ser feitas só de joelhos, mas que haverá uma confissão futura do Senhorio de Cristo.
 Pergunta:   Como os Anjos adoram a Deus?
Resposta:   Ajoelhados e prostrados. Apocalipse cap 7, v 11 — São Mateus cap 6, v 10.  O diabo sabendo disso, disse a Jesus: Tudo isso te darei, se prostrado me adorares. São Mateus cap 4, v 8-9. Pois ele entendia que uma adoração, só teria validade se fosse ajoelhada. Salmo cap 95, v 6.
Refutação: Não é verdadeira a informação de que a adoração só teria validade se fosse ajoelhada.  Em Isaías 6:1-4 lemos sobre uma categoria de anjos (os serafins) que adoravam a Deus enquanto voavam. Em Apocalipse 7:9-10 vemos a grande multidão adorando a Deus em pé. Jacó adorou a Deus encostado ou apoiado no seu bordão (Compare Hebreus 11:21 com Gênesis 48:2,11,12, 49:33). A congregação de Israel adorava a Deus em pé na porta das tendas (Êxodo 33:8-10). A grande dificuldade da exposição da CCB é acreditar que a única maneira exclusiva de adorar a Deus é estar de joelhos, quando entendemos pelo ensino bíblico que adorar de joelhos é apenas uma forma, entre muitas que podemos adorar a Deus. Alias, todo cristão deveria viver uma vida de adoração a Deus em tudo que fizesse, em João 4:23 vemos que a adoração aceitável a Deus é aquela que é feita em espírito e em verdade. Em "espírito" indica o profundo do interior do homem (Filipenses 3:3; João 3:6; Romanos 1:9; II Timóteo 4:22), e em "verdade", no singular, indica a Pessoa do próprio Jesus, ou seja, nós adoramos a Deus única e exclusivamente "por meio", e, "com" Cristo (João 14:6, 8:32,36; Romanos 1:8; Efésios 3:21; Filipenses 1:11). Então, podemos dizer que nem sempre por estarmos de joelhos adoramos a Deus, podemos estar de pé adorando, como podemos estar de joelhos com o coração longe de Deus. Concluir que por estarmos de joelhos estamos adorando a Deus, e que a adoração só pode ser expressa dessa forma, é propagar um ensino herético e de proporções perigosas, pois leva o povo a se apegar as formas, e reduzir o aspecto interior, pecado em que os fariseus incorreram, e foram reprovados pelo Senhor.
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Mateus 22:14- "Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos." Este versículo é usado pela CCB para rejeitar o ensino bíblico da certeza da salvação.
Refutação: Lendo a passagem toda, a conclusão a que chegamos é que: os que são chamados e não aceitam a Cristo morrerão nos seus pecados, mas os que são chamados e recebem a Jesus, tornam-se a sua escolha e fazem parte dos convidados, na alegria da festa que acontece na casa do Rei. Os escolhidos de Deus são aqueles que receberam o seu Filho como Salvador e foram justificados por ele(Efésios 1:4). Os chamados e os escolhidos têm uma coisa em comum: todos foram chamados. Eles se distinguem porém, pelo fato dos primeiros permanecerem chamados, porque não atenderam o chamado. Os outros, porém tornaram-se escolhidos, porque ouviram o chamado do Senhor e o atenderam. Tomemos como exemplo um general, que durante a guerra reúne todos os soldados sob suas ordens. Ele lhes explica uma operação perigosa que tenciona executar. Para essa ação, ele procura voluntários. Ele, portanto, chama todos os soldados, mas somente alguns se apresentam e dizem: "Eu quero fazê-lo!" Esses poucos são, então, os escolhidos. Outro exemplo é uma dona de casa que vai ao supermercado. Quando vai comprar algum produto, ela possui alguma base para escolha da mercadoria que vai levar, que pode ser o preço, o valor nutritivo, a qualidade, etc. Assim Deus nos escolhe com base em Seu Filho. Aqueles que estão em Cristo, são os escolhidos. Deus de antemão determinou o meio de salvação e escolha - Jesus Cristo. Com base em nossa atitude para com Ele (fé ou incredulidade) está determinada a nossa escolha ou exclusão (Efésios 1:4-5,13-14) Ademais, a certeza da salvação é o testemunho de Deus no crente, e nega-la é chamar Deus de mentiroso (I João 5:10-13; Romanos 8:16).
A APOSTASIA DA IGREJA
Entendem os adeptos da CCB que a Igreja apostatou totalmente depois da morte dos apóstolos e só foi recuperada em 1910 por Louis Francescon no Brasil, até então a "Obra de Deus" não havia sido estabelecida. Acreditam serem os únicos que seguem o genuíno cristianismo apostólico do primeiro século e que as demais igrejas estão debaixo da desobediência, portanto não pertencem a Deus.

Refutação: Se ficar provado à luz da Bíblia que a Igreja que Jesus fundou no primeiro século subsiste até hoje, ou seja, que ela não desapareceu da face da terra, que nunca deixou de existir, e que nunca houve uma apostasia geral que pudesse afastá-la de Jesus Cristo, cairá por terra a presunção da CCB, pois, se não houve a necessidade de restaurar a Igreja de Cristo, tampouco houve necessidade de um restaurador humano que recebeu de Deus tal tarefa. Dessa forma concluiremos que os que ensinam tal coisa mentem e tentam perverter as Escrituras que atestam a indestrutibilidade da Igreja de Jesus Cristo. Jesus prometeu que Sua Igreja nunca apostataria. Ele disse: "eu te digo que tu és Pedro,


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e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16:18.) Se a Igreja de Cristo tivesse apostatado então as portas do inferno teriam prevalecido, o que faria de Cristo um mentiroso.
Em outras passagens Cristo afirma a mesma verdade:
1.Em Mateus 28:20 ele disse: "e eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos. Amém": Se ele prometeu estar com seus discípulos (sua Igreja) "até a consumação do século", seria evidente que sua Igreja subsistiria intacta até esse período; logo, como a "consumação" ainda não ocorreu, temos a certeza de que Jesus desde que fez tal promessa continua a assistir sua Igreja, pois se ele estaria "todos os dias" é porque sua Igreja também existiria "todos os dias". Ainda em João 14:16, 18, ele disse: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós". Como Cristo poderia estar com Sua Igreja, se ela tivesse desaparecida durante longos 1.810 anos, e fosse apenas recuperada em 1910 no Brasil?
2.Mateus 13:24-30, 36-43 - A parábola do trigo e do joio é a maior prova escriturística de que a Igreja é indestrutível. Jesus disse que plantaria no mundo a boa semente, ou seja, os filhos do reino, que representam a Igreja; por outro lado, o Diabo plantaria o joio (os filhos do maligno) no meio do trigo. Segundo Jesus ambos deveriam crescer juntos até o fim dos tempos, que ainda não ocorreu. Em outras palavras, se sempre haveria joio, sempre haveria trigo; contudo, se alguém disser que o trigo (os filhos do reino) desviou-se da fé, caindo em apostasia, estará fazendo de Jesus um mentiroso. Além do mais, ele disse que os anjos (os ceifeiros) fariam a separação do trigo e do joio, mas somente no fim dos tempos; até lá, ambos cresceriam juntos. Sendo assim, é impossível aceitar a posição assumida pelos grupos que afirmam ser a restauração da primitiva Igreja. 3.Efésios 3:21 - "A este glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém".Paulo disse que Deus é glorificado na Igreja através de Jesus Cristo em todas as gerações. A crença de que a Igreja caiu por séculos em apostasia, faz com que essa passagem perca sua força, pois haveria gerações que não puderam glorificá-lo.
Se os adeptos da CCB aceitam a doutrina da apostasia, eles fazem de Cristo um mentiroso. Considerando que eles não acreditam que Cristo seja mentiroso, eles estão ignorantes espiritualmente daquilo que Cristo prometeu, e o ensino da CCB está em plena contradição a Bíblia. Enquanto Jesus ensinou que Sua Igreja não apostataria, a Bíblia ensina que haverá uma grande apostasia e que alguns que não são cristãos genuínos cairão nela,ou seja, seria uma apostasia apenas parcial, e não geral como querem as seitas(I João 2:18-19),veja abaixo: "Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição" (II Tessalonicenses 2:1-3). "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência." (I Timóteo 4:1) "Porque virá o tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias conscupisciência. E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (II Timóteo 4:3-4).
Outro detalhe a ser observado é o seguinte: se determinarmos as credenciais e o caráter daquele que é o alicerce da Igreja, saberemos então se ela é ou não indestrutível. Assim, quais são as credenciais de Jesus, o construtor da Igreja? Ele é...                               
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· Deus Forte (Isaías 9:6)

· Deus Todo-poderoso (Apocalipse 1:8)

· Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19:6)

· Sustentador de todas as coisas pela palavra de seu poder (Hebreus 1:3)
·Detentor de todo o poder no céu e na terra (Mateus 28:18). Medite nessas perguntas:
a) Com toda essa credencial, quem ousaria derrubar a Igreja que tem como construtor o próprio Cristo? (Romanos 8:31-39).
b) Seria Cristo um péssimo construtor? Se a Bíblia diz que ele veio para "destruir as obras do Diabo", como poderia o Diabo destruir a Igreja, obra-prima de Jesus Cristo? (I João 3:8).
c) Se a Igreja é o corpo de Cristo, como poderia o Diabo, por meio duma apostasia, separar Cristo de seu corpo durante séculos? (1ª Coríntios 12:12-20; Efésios 5:23) É preciso muita imaginação para se acreditar nisso! Finalizando, citamos Apocalipse 17:14: "Pelejarão eles [agentes de Satã] contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele".
Se não houve uma apostasia, então não houve necessidade de Deus estabelecer só em 1910 a sua obra no Brasil, visto que sua genuína obra nunca morreu, então o alicerce que sustenta a CCB é a mentira, e o pai da mentira é Satanás (João 8:44).

A MULHER NÃO PODER PREGAR NA IGREJA
 I Coríntios 14:34 e 35 - " As vossas estejam mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas como também ordena a lei. Se porém, querem aprender alguma cousa, interroguem, em casa, a seus próprios maridos; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja."
Essa passagem é usada pela CCB para desconsiderar o ministério feminino.

Refutação: Paulo em 11:15, já se referiu à mulher que ora e profetiza na Igreja. Quando se diz: em casa, a seus próprios maridos (v.35), isso indica imediatamente que o apóstolo está pensando no comportamento de algumas mulheres casadas de Corinto.
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Ao que parece Paulo estava confrontando problemas de tagalerice e falta de submissão da parte dessas mulheres. Se formos com base nesse texto pensar que a mulher tem de parar de falar em todos os sentidos, então as mulheres da CCB não poderiam participar do momento da "testemunhança" e nem ao menos "chamar" ou pedir os hinos.
Pergunta: Na doutrina dos Apóstolos, as Mulheres pregam nas Igrejas”?
Resposta: Não! Isso só acontece, na doutrina dos homens. Na doutrina dos Apóstolos, as mulheres receberam ordem do Senhor, para ficarem caladas. Leia: 1 Coríntios cap 14, v 34 a 37.
Refutação: Após negar a possibilidade da mulher pregar, contraditando o próprio princípio cristão, a exposição segue dando a "razão" para isso - o texto de I Coríntios 14:34 a 37.
Seria então esse texto uma prova da rejeição do ministério feminino? A resposta é não. Observando atentamente o mesmo vemos que a preocupação de Paulo era com as mulheres casadas de Corinto -
"...interroguem em casa seus próprios  maridos;" (verso 35)
O que também é confirmada com a menção da lei -
"...mas estejam sujeitas como também ordena a lei,." (verso 34)
O que é reforçado por Pedro em sua carta: "Semelhantemente vós, mulheres sede submissas aos vossos próprios maridos... porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos." (I Pedro 3:1,5)
Então porque Paulo pediu para as irmãs casadas de Corinto pararem de falar nos cultos?
Com base na própria carta aos Coríntios é provável que Paulo neste texto esteja  repreendendo a prática de tagarelice nos cultos, dando a entender que essas irmãs casadas estavam falando com seus maridos durante as reuniões e interrompendo o desenvolvimento das mesmas, esclarecendo também o uso da expressão "indecente” (ou "vergonhoso" -14:35) Mesmo porque em I Coríntios 11:5 lemos sobre a mulher que ora ou profetiza, que eram funções que utilizavam o recurso da fala.
Em I Coríntios 12:27-31, Paulo ministra sobre os dons espirituais, indicando que todos os filhos de Deus (sejam eles homens ou mulheres) fazem parte do corpo de Cristo, e que participam do exercício de dons espirituais, não dando nenhuma indicação de que existe segregação sexual da parte do

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Espírito Santo. Além disso, em I Coríntios  16:19 é mencionado Priscila e Aqüila, que tinham uma igreja na casa deles, e cujo ministério era o ensino (Atos 18:26).
Pergunta:  Então as mulheres, não fazem nada nas igrejas?
Resposta:  Sim, as mulheres podem chamar hinos, cantar, dar testemunhos, orar, profetizar, desde que estejam cobertas com véu, só não podem ensinar. Leia: 1 Timóteo cap 2, v 11 a 15 - 1 Coríntios cap 11, v 5-6.
Pergunta:  Mas se o anjo da igreja, (o dirigente do culto) chamar a mulher para pregar a mensagem?
Resposta:  Se ele fizer isso, o Senhor lhe repreenderá. Apocalipse cap 2, v 18 a 20.
Refutação: É incrível como tiram e acrescentam na Bíblia para favorecer seus pontos de vistas.
1.Seria verdade que a mulher cristã não pode ensinar?
Apesar da exposição reconhecer que a proibição de falar em I Coríntios 14:34-35 não se refere literalmente em todos os sentidos, admite que essa proibição envolve o ensino, citando para tanto o texto de I Timóteo 2:11 a 15. Ao analisarmos com cuidado esse texto podemos observar que o mesmo não se refere à vida da Igreja, mas ao lar. Então vejamos:
"Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio." (verso 12)
Perceba que o texto faz referência apenas a mulher casada, e a restrição para ensinar o marido pode ser anulada (salvar-se dessa restrição) conforme o mesmo,  se essa mulher for mãe, tiver fé, amor, santificação e modéstia.
"Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, na caridade e na santificação."
Outro texto que faz a mesma menção instrutiva é o de Efésios 5:22 (Veja também Colossenses3:18-19)-
"Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor, porque o marido é o cabeça da mulher,..."


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E o de Tito 2:3-4 - "As mulheres idosas, semelhantemente que sejam sérias no seu viver, como convém a santas,... para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos... sujeitas a seus maridos".
Colocando todos esses textos lado a lado, podemos entender que a intenção do apóstolo Paulo não era de proibir as irmãs de exercerem o ministério de ensino ou qualquer outro no contexto da Igreja, mas de se orientá-las a que se submetessem ao encabeçamento do esposo no lar, respeitando às convenções sociais. É grande a preocupação do apóstolo com as irmãs recém-casadas, que poderiam levar a plena igualdade que havia na Igreja para o  lar, o que não seria adequado já que o contexto do lar e as funções eram diferentes. É interessante notar que as restrições quanto à  ensinar o marido se desfazem quando essa mesma mulher mostrava maturidade, que era demonstrada pela criação dos filhos, a virtude da fé, amor e santificação expressas no lar ( Veja Provérbios 31:10-31).
O mesmo modo de abordar o contexto do lar e da Igreja acontece com outro tema mencionado por Paulo: o escravo e o patrão. Enquanto que na vida da Igreja não havia distinção entre patrão e escravo, sendo ambos em pé de igualdade no serviço do reino, no contexto social o servo deveria se submeter as orientações de seu patrão (Veja Gálatas 3:27-29; Colossenses3:22-23).
Se formos usar I Timóteo 2:11-15 como usa a CCB, então porque não deixam as mulheres solteiras, e as casadas com filhos ensinarem na Igreja??? Ora, se  tomam o texto  deturpadamente como fazendo referência ao contexto da Igreja devem tomá-lo por completo.
Uma outra questão: Se a mulher de acordo com a "doutrina dos apóstolos" pode profetizar, porque não pode ensinar, já que a profecia quando é ouvida não deixa de trazer ensino?(I Coríntios 14:29-31; Juízes 4:4-16)
2. Será mesmo que o verdadeiro Deus repreende os dirigentes que dão oportunidade para as irmãs pregarem?
Insinua eles que o texto de Apocalipse que trata dos falsos ensinamentos de Jezabel, é apelar demais! O que na verdade o texto ensina não é que as mulheres não deveriam ensinar, mas que os irmãos não deveriam deixar aquela falsa ensinadora específica ensinar e instigar os servos de Deus à práticas pagãs(verso 22).
Em outras palavras, a indignação à respeito da Igreja de Tiatira era porque além dos servos de Deus deixarem Jezabel ensinar (provavelmente uma mulher tão pervertida quanto aquela mencionada no A.T.), aceitavam e seguiam suas práticas libertinas e idólatras. Usando esse texto a CCB acaba se contradizendo a si própria, já que o texto se mostra sendo um forte indício de que não era incomum as mulheres terem parte no ensino cristão
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(já que os irmãos entre elas acabaram aceitando uma falsa ensinadora, e só Jezabel foi rejeitada), e que a profecia está na verdade ligada ao ensino, já que Jezabel era profetiza e é mencionada como trazendo ensino.

BEBIDAS ALCOÓLICAS: PODEMOS BEBER?
A embriaguês devido ao uso de bebidas alcoólicas entre os membros da CCB já lhes valeram o apelido de "Congregação Cristã do Barril". Isto porque, em suas festas sociais como as de casamento e outras, não se intimidam em se embriagarem perante crentes e incrédulos. O próprio autor deste livro foi garçom voluntario da CCB nestes casamentos e já serviu mesa dos Anciãos (Dirigente principal da CCB) com várias garrafas de cervejas e não se importavam se tinham pessoas não crentes entre eles.
Os membros da CCB desde os jovens até os adultos dão um verdadeiro show de mau testemunho para com os que estão de fora. Para esses, cai como uma luva as palavras do apóstolo Paulo: "Assim, pois, por vossa causa, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios..." (Romanos 2:24)

A CCB alega que beber socialmente, ou seja, sem se embriagar não é pecado. Entretanto não é isso o que a Palavra de Deus nos afirma.
I Timóteo 5:23 - "Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades."
A CCB usa este versículo para mostrar que o "crente" pode beber bebidas alcoólicas.
Refutação: A Bíblia condena o uso de bebidas alcoólicas (Provérbios 20:1; 23:29-35; Gálatas 5:21; I Pedro 4:3; I Coríntios 5:11). Não somente condena o fim do processo destrutivo a que o álcool leva, ou seja, a embriaguês, mas também o início. Afinal, o bêbado não se embriaga no primeiro copo, assim é com todo tipo de pecado, todo o pecado antes de se consumar tem um processo que começa no interior do homem (Mateus 5:28; Marcos 7:20-23). O crente é chamado para tirar o "mal pela raiz", se abstendo de toda aparência do mal (I Tessalonicenses 5:22).
A palavra vinho na Bíblia é "oinos" e pode referir-se a dois tipos bem diferentes de suco de uva: (1) suco de uva não fermentado, e (2) vinho fermentado e embriagante. O primeiro não é condenado por Deus, mas o segundo sim. No trecho em pauta Paulo orientou Timóteo de modo especial a que tomasse "um pouco de vinho" por questões de saúde.
O beber socialmente tem sido o argumento que tem levado a muitos á beira da escravidão alcoólica. Haja vista que alguns começaram com uma simples bala de licor para hoje estarem viciados na bebida. Os centros de
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recuperação de "alcoólicos anônimos" continuam lotados enquanto que sistemas religiosos como o da CCB, tem se escondido atrás da alegação do diabo, de que os irmãos podem beber, é só tomarem cuidado para não se embriagarem! Mas voltemos à palavra de Deus, vejamos o que ela tem a nos dizer quanto a isso:
“Ai daquele que dá de beber ao seu próximo, adicionando à bebida o seu furor, e que o embebeda para ver a sua nudez! Serás farto de ignomínia em lugar de honra; bebe tu também, e sê como um incircunciso; o cálice da mão direita do Senhor se chegará a ti, e ignomínia cairá sobre a tua glória" (Hb.2:15-16).

"Mas também estes cambaleiam por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, estão tontos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte; erram na visão, e tropeçam no juízo" (Is.28:7).
"Não é dos reis, ó Lemuel, não é dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte; para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de quem anda aflito"(Pv.31:4-5).
"O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoraçadora; e todo aquele que neles errar não e sábio" (Pv.20:1).
"Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho (fermentado), quando resplandece no copo e se escoa suavemente" (Pv.23:31).
"Beberão, e cambalearão, e enlouquecerão, por causa da espada, que eu (o Senhor) enviarei entre eles" (Jr.25:16).
Os textos acima falam por si e não deixa dúvidas quanto à vontade de Deus em relação a bebida alcoólica. Entretanto vamos ainda falar do sacerdócio cristão.

Grupos religiosos que admitem bebida alcoólica como é o caso da Congregação, costumam se estribar na passagem da santa ceia onde Jesus ingeriu vinho. Raciocinam então: Se Jesus bebeu, nós podemos beber também!

Refutação: Os evangelhos sinóptico empregam a expressão: "fruto da vide" (Mat. 26:19 ; Mc. 14:25 ; Lc. 22:18).
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O fruto da vide é o único vinho verdadeiramente natural contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool. A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira produziu. O vinho fermentado não produzido pela videira. O Senhor instituiu a ceia guando Ele e seus discípulos estavam celebrando a páscoa. A lei da páscoa em Êxodo 12:14,20 proibia durante a semana daquele evento a presença de "seor" (Êxodo 12:15) palavra hebraica para fermento ou qualquer agente fermentador, seor no tempo antigo era obtido especialmente da espuma espessa da superfície do vinho quando em fermentação. Além disso, todo o "hametz", ou seja, qualquer coisa fermentado era proibido (Ex. 13:7; 12:19). Deus dera essa lei por ser a fermentação o símbolo da corrupção e pecado. Sendo exatamente isso o que causa a bebida alcoólica no homem. O vinho da ceia de maneira alguma era fermentado tendo o teor de bebida forte!
                                                                                                   OBJEÇÃO: Alegam ainda que Jesus não só transformou água em vinho na festa de casamento em Cana da Galiléia como também o bebeu, e acrescentam que aquele vinho não era o da santa ceia, mas vinho comum.

Refutação: Faz-se necessária uma nota de esclarecimento a respeito desta passagem. Comenta o pastor Antonio M. N. Vieira em lições bíblicas que:
"A palestina, antiga Canaã, sempre foi um dos maiores produtores de uva do mundo (Nm 13:23). Por isso, seus moradores produziam diversos tipos de vinho, ou seja, com e sem fermento, azedo, etc. No versículo em apreço (2.3), encontramos o termo grego "oinos" (suco), "yayin" (hebraico), diferente de "sikera" (palavra semítica) e "shêkhâr" (hebraico) que significam "bebida forte", alcoolizada (Lc 1.15), e "gleucos" (grego), "bebida embriagante" (At 2:13).

O vinho sem fermento "oinos", era muito apreciado por todos, pois além de estimulante ao apetite, era um fortificante para o sangue e alimento protético para o organismo...o Filho de Deus fez questão de estabelecer o fruto da vide ("oinos") como símbolo do seu sangue que ia ser derramado, para a remissão de nossos pecados ( Mt 26:27-29; 1 Co 11:25)."
 Se fosse hábito de Timóteo beber vinho, porque Paulo precisou escrever-lhe recomendando que bebesse um pouco de vinho? Timóteo como muitos cristãos, achou por bem se abster dos dois tipos de vinhos, por causa dos tropeços (I Coríntios 10:24,31; Romanos 14:13,21). Por certo a recomendação referia-se ao vinho não embriagante, e seu uso era medicinal, aja visto que estava relacionado aos problemas estomacais de

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Timóteo. A bebida alcoólica leva tantos a cair, que aquele que tenta ajudar ao seu próximo a não tropeçar certamente não lhe dará o exemplo, bebendo diante dele.
A Bíblia sistematicamente exige que sejamos sóbrios (leia com cuidado 1 Tessalonicenses 5:6; 2 Timóteo 4:5; 1Pedro 4:7; 5:8). Entre as primeiras consequências da bebida são a ausência de inibições, o enfraquecimento do mente.

O SACERDÓCIO CRISTÃO
“Falou também o Senhor a Arão, dizendo: Não bebereis vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando entrardes na tenda da revelação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso pelas vossas gerações, não somente para fazer separação entre o santo e o profano, e entre o imundo e o limpo”(Lv.10:8-10).
De acordo com o texto de Levítico nenhum sacerdote deveria beber bebida alcoólica, a fim de desempenhar suas funções sacerdotais diante de Deus. A pergunta é: Isso é também para a Igreja de Jesus? Leiamos: Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (IPe.2:9) O apóstolo Pedro está falando a respeito da Igreja de Jesus e notem que ela é chamada de "sacerdócio real". Deus levantou uma Igreja sacerdotal, ou seja, intercessora que ora em favor do mundo. E é claro que o nosso Deus que da Lei trouxe a graça não mudou seus padrões de santidade e requerem de nós as mesmas coisas. Vejamos ainda: "...e nos fez reino, sacerdotes para Deus, seu Pai, a ele seja glória e domínio pelos séculos dos séculos. Amém" (Ap.1:6).
"...e para o nosso Deus os fizeste reino, e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra" (Ap.5:10).
Quando aceitamos o Senhor Jesus como sendo nosso único salvador nos tornamos sacerdotes de Deus. E como tais devemos cumprir a Palavra que diz: "Não bebereis vinho nem bebida forte"(Lv.10:8).
Em muitas cidade tem várias casas de recuperação de alcoólatras e muitas delas não são religiosas.Segundo eles, dizem com  convicções que uma das maiores hipocrisias da sociedade é o "beber socialmente", que todo alcoólatra começou com uma pequena dose de cerveja por exemplo. Alguns até gostariam que fosse crime o consumo dessas bebidas, visto que fazem mais mal que outras drogas proibidas. Veja o depoimento de José M. de Melo, ex-alcoólatra, hoje ministro do evangelho:
“A incontestável realidade é que o beber apenas um aperitivozinho diariamente não nos outorga nenhum privilégio. Preferível lhe seria... sofrer uma terrível e nauseante "ressaca", por embriagar-se desenfreadamente uma única vez na vida, que paulatinamente ir sendo envolvido pelo álcool..." (Da Escravidão Alcoólica à Libertação Cristã; pág. 21 ed. 1982 – itálico do original).
Você que é servo de Deus não deve se envolver com esse mal e sim tirar os que nele estão envolvidos. Imagina como alguém que bebe poderá pregar e dar bom testemunho à um viciado que se encontra possuído pelo álcool ? Dizer que Jesus liberta? Isto seria bater de frente com Romanos cap.2 que afirma o seguinte: "tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve cometer adultério, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, roubas os templos? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?" Ainda que a doutrina de sua "Igreja" permita tal coisa.

"Deus não é de confusão, então só existe uma igreja verdadeira, e essa é a CCB."
Refutação: Se as igrejas genuinamente cristãs adotassem esse ponto de vista preconceituoso, então sim haveria confusão. Imagine a denominação Batista afirmando que só os batistas eram a igreja verdadeira porque somente todos os seus pontos de vistas eram corretos, ou quem sabe, a Assembléia de Deus, ou a Metodista, e outras. Isso geraria então a maior confusão! No entanto a convivência entre as diversas denominações não é assim, por quê? Porque sabemos que unidade não é o mesmo que uniformidade. Podemos para finalizar essa questão afirmar não só para a CCB, mas para toda seita que adota o mesmo ponto de vista, que:
Um dos ensinos bíblicos que os cristãos procuram preservar apesar de tantas dificuldades que enfrentam é a unidade, dizer que não nos preocupamos com isso é pura insensatez; entretanto essa unidade não é denominacional, mas espiritual, conforme Jesus e Paulo declararam(João 17:21-23; Efésios 4:3-6); além disso o fato das seitas serem unidas em seus respectivos movimentos não é prova de que contam com a aprovação de Deus, mesmo porque "os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz"(Lucas 16:8); a dita unidade das seitas não é do Espírito, pois, gira em torno de falsos ensinos e doutrinas antibíblicas, e muitas vezes essa unidade é buscada como meio de se justificarem diante de Deus, enquanto que nossa justiça é unicamente Cristo; as questões de diferença doutrinaria entre as denominações evangélicas giram em torno de questões secundárias(liturgia, usos e costumes, formas de administração),e

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não de doutrinas essenciais (Bíblia,Jesus, Salvação, pecado;etc.). Existe sim apenas uma igreja verdadeira, e esta é composta por todos os que são lavados e remidos no sangue de Jesus Cristo. Na verdade quem promove a confusão é a CCB, pois procura enganar os mais ingênuos tentando se passar por uma igreja cristã.
A Congregação Cristã no Brasil - abandonou a doutrina da Suficiência da Escritura?

A Congregação Cristã Apostólica, denúncia a CCB Brás de fazer uma séria mudança doutrinária em 1995. Agora aqui entra nossa preocupação como Protestantes. Leia o trecho abaixo e entenda:

“A Bíblia “É” ou a Bíblia “CONTÉM” a Palavra de Deus?
Para respondermos a esta pergunta vamos retornar um pouco no tempo.
O nosso primeiro ponto de Doutrina, revelado pelo Nosso Deus, é originário da Assembléia Cristã de Chicago e está conosco desde 1927; veja sua redação a seguir, igual a que está no final do Hinário:
Nós cremos na inteira Bíblia e aceitamo-La como infalível Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo. A Palavra de Deus é a única e perfeita guia da nossa fé e conduta, e a Ela nada se pode acrescentar ou d’Ela diminuir. É, também, o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. (II Pedro, 1:21; II Tim., 3:16,17; Rom., 1:16)
Vejam como eles (Anciães) querem que fique a redação no novo Hinário:
Nós cremos na inteira Bíblia Sagrada ,aceitamo-La como contendo a infalível Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo. A Palavra de Deus é a única e perfeita guia da nossa fé e conduta, e a Ela nada se pode acrescentar ou d’Ela diminuir. É, também, o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. (II Pedro, 1:21; II Tim., 3:16, 17; Rom., 1:16)”
http://www.cristanews.com.br/index.php/noticias/23-mudanca-do-primeiro-ponto-de-doutrina-da-congregacao-crista-no-brasil-nos-novos-hinarios
A CCA-MR lança contra a CCB a possibilidade desta não crer na inerrância da Escritura. E que a mesma estaria em conformidade com a Teologia Liberal.
Particularmente acredito em outra coisa. Dificilmente algum ancião da CCB conheceria algum autor Liberal (como Rudolf Bultmann, Paul Tillich). Eles não leem nada teológico. O que creio é que com essa mudança, a CCB estaria solidificando a crença deles de que a mensagem pregada na CCB é
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TAMBÉM a Palavra de Deus. Sabemos como os crentes da Congregação ‘buscam a palavra’ como se essa fosse a voz de Deus, tal como está na Bíblia ou é a Bíblia.

NÃO FAZEM CERIMONIAS DE CASAMENTO NOS TEMPLOS
"Não é permitido realizar casamento nas Casas de Oração da Congregação Cristã no Brasil." ("Pontos de Doutrina e da Fé que uma vez foi dada aos santos", página 8).

Comentário: Para os adeptos da CCB a Igreja ou a Casa do Senhor é um prédio feito de tijolos, que por ser sagrado, não pode ser usado para cerimônia de casamento. A Bíblia nos mostra que "o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens" (Atos 7:48-50, 17:24-25), nós somos a casa de oração ou casa espiritual de Deus (I Pedro 2:5).
Por isso, não há nenhum problema em usar o local onde a Igreja se reúne para realizar cerimônias de casamento, mesmo porque, o casamento é uma cerimônia espiritual.

REVELAÇÕES ALÉM DA BÍBLIA
Na prática a Bíblia tem pouca relevância para a CCB (o seu estudo é estritamente proibido) e aceitam apenas as "interpretações" dadas pelos anciãos.O Ancião é a maior autoridade que possuí as "profecias" dadas no culto ("buscar a palavra"), essas não podem ser questionadas e devem ser aceitas como palavras vindas diretamente de Deus ; e também as literaturas (manuais de doutrinas), tais ensinos registrados são considerados revelados pelo Espírito Santo e isso é deixado muito claro nas mesmas.

Refutação: A Palavra de Deus (a Bíblia) é a revelação final e completa de Deus, que não pode ser substituída por qualquer outra revelação (Provérbios 30:6; Apocalipse 22:18-19; Jeremias 14:14; II Timóteo 3:16-17; II Pedro 1:20-21). As seitas, porém não tem esse compromisso, porquanto acreditam que Deus tem falado e registrado palavras além da Bíblia com o mesmo peso de autoridade e no mesmo grau de inspiração. O Deus da Bíblia sabendo que isso sucederia no futuro da Igreja, declarou mui claramente que a Sua Palavra, as Escrituras, é a revelação final e insuperável (Apocalipse 22:18-19; Gálatas 1:8,9).
O que acontece com a CCB é semelhante com o que aconteceu no período da Idade Média quando o Catolicismo Romano prevalecia. Os católicos, assim como os adeptos da CCB hoje, não podiam estudar a Bíblia, era incutido na mente deles que o "estudo da Bíblia levaria a loucura" (mesmo argumento utilizado pelos anciãos da
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CCB), também a palavra dita pelo papa tinha o peso de ser a própria determinação de Deus, infalível (como acontece com a CCB em relação as "profecias"), e os "manuais de doutrinas católicas" tinham de ser acatados pelos católicos, pois tinham muita autoridade e o aval divino (como também acontece com a CCB).
Como diz em Eclesiastes 1:9 - "O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: de modo que nada há de novo debaixo do sol", o que foi ensinado pelos católicos no passado, é o mesmo que é apregoado pela CCB no presente.
Tal doutrina católica foi combatida pelos reformadores evangélicos, sendo um dos motivos para a chamada Reforma Protestante, mas infelizmente nos tempos modernos essa doutrina ressurgiu  através de algumas seitas, entre elas a CCB.
Fica a advertência de Isaías 8:20 - "À Lei e o Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva."
A falsa graça
A CCB entende que o batismo é necessário para a salvação, por isso adotam a prática de convidar "testemunhados" (os que não se uniram ainda a CCB pelo batismo) e os "seitários" (designação dada pela CCB a todos os evangélicos) para assistirem os cultos de batismo, entendem que eles podem "obedecer" e assim receber a "graça" de Deus por meio do batismo unindo-se a "gloriosa" CCB,ainda que seja a primeira vez que tenham vindo ao culto.


Refutação:Temos três erros fundamentais nessa prática da CCB:
Primeiro, a ênfase mística que se dá ao batismo, vendo nele um veículo para se receber a graça de Deus, distorcendo assim a verdadeira natureza da graça.
Segundo, dando um papel exagerado ao batismo, que a própria Bíblia não dá, a CCB deixa de lado o preparo do candidato ao batismo.
Terceiro, tal prática incomum ao testemunho bíblico e a história do cristianismo, leva a CCB a se posicionar contra os cristãos, a ponto de faze-los negar a Jesus, submetendo-os a um rebatismo, visto que no pensamento da CCB os evangélicos são seitários.
Devemos observar que:
1. A verdadeira graça de Deus é o favor imerecido de Deus que recebemos, podemos também dizer em poucas palavras que graça é Cristo, tudo o que Ele é, e faz por nós (João 1:17; I Coríntios 15:10; Efésios 2:8,9; II Coríntios 13:13; Colossenses 1:6; I Timóteo 1:14, 6:21; II Timóteo 2:1, 4:22; Tito 3:15; Filemom 25; etc). O ensino dos adeptos da CCB de que "todo aquele que 'obedece' sendo batizado recebe a graça de Deus unindo-se a organização religiosa deles", é herético, falso, de tendência maligna e que perverte a graça (Judas 4).
2. O batismo só deve ser ministrado naqueles que já são salvos (Mateus 28:19; Atos 16:31-33, 8:36-37, 10:43-48;etc). Pregar o evangelho aos incrédulos e apelar para que aceitem a Cristo é certo, é bíblico; mas pregar como a CCB diante de um batistério e apelar para que se batizem é leva-los a crer no "poder" das águas para tirar os pecados, em vez de leva-los a crer em Jesus somente.
3. A atitude contrária da CCB para com os evangélicos não é de se estranhar, já que de acordo com a Palavra de Deus uma das características daqueles que estão no espírito do erro é a rejeição em relação aos cristãos (I João 4:6; João 15:18-19).
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Entre os evangélicos é comum, alguns irmãos saírem de uma denominação cristã e ir para outra, por exemplo: há irmãos que são da Assembléia de Deus e vão para a Batista e vice-versa, outros são da Metodista e vão para a Presbiteriana, e assim por diante. Entretanto, nunca vi um crente sair de uma denominação evangélica para outra alegando que o fez porque finalmente encontrou a verdade. Isso só acontece em relação a uma seita herética, que é o caso da CCB. Veja o testemunho daqueles que eram de denominações evangélicas e foram para a CCB, eles são impreterivelmente rebatizados, afirmam que "estavam enganados em suas denominações de origem" e declaram que "somente encontraram a verdade na CCB".
Precisamos entender que o fato de um grupo religioso qualquer se denominar "cristão", ter "aparência" de piedade, ou ter bastante seguidores, não faz dele um grupo genuinamente cristão (Mateus 7:13 -23; II Timóteo 3:5).
Julgue você mesmo - "Pode uma organização religiosa que prega tais doutrinas, ser considerada uma igreja genuinamente cristã?"
Se a resposta for positiva, isso indica que já se perdeu o significado de cristão que a Bíblia nos apresenta, o que levaria a considerar também como cristãos outros grupos, como por exemplo: as Testemunhas de Jeová, os Católicos, os Mórmons e os Espíritas.
 E se a resposta for negativa, podemos realmente ter certeza de que estamos dentro do limite da ortodoxia, sendo fiéis ao que a Bíblia apresenta do que significa ser cristão. Contra fatos não há argumentos!

CEIA DO SENHOR REALIZADA COM UM SÓ CÁLICE E UM SÓ PÃO
"A Santa Ceia deve ser efetuada com um só pão e partido com a mão, e também com um só cálice, não alterando o que é determinado na Palavra de Deus." (idem, página 7)
Refutação: Estão alterando a Palavra de Deus as igrejas evangélicas que celebram a Santa ceia com vários cálices? De acordo com a CCB, sim. Nos textos de Mateus 26:26-28; Marcos 14:22-25; Lucas 22:19-20 e I Coríntios 11:23-26 não há um mandamento expresso para se utilizar um só cálice. Nada de método é sagrado, pão e fruto da vide são exigidos por Jesus, o comer e o beber em lembrança da paixão do Calvário. Mas o método de fazê-lo, não é ordenado. O simbolismo ensina princípios, não dá valor mágico à métodos. Seguindo a linha de raciocínio da CCB teríamos de nos batizar em rio ou em piscinas públicas como Jesus e os discípulos foram batizados (Mateus 3:13-17; Marcos 1:9-11; Atos 8:26-39, 2:2:37-41), afinal o método era esse. Ademais, a expressão usada por Jesus em relação ao cálice é bebei "dele" todos, e não "nele”. (Marcos 14:23).

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SANTA CEIA SÓ REALIZADA UMA VEZ AO ANO
Analisemos as perguntas e as respostas do apologista CCB:
Pergunta:   Como é realizada a Santa Ceia, na Igreja Apostólica?
Resposta CCB:   Na Doutrina dos Apóstolos, a Santa Ceia, é Ministrada uma vez ao Ano. Lembrando sempre a Morte do Senhor, até que ele venha. 1 Coríntios, cap 11, v 26. Sobre a mesa é colocado um Pão caseiro, e um cálice que depois de Orado e colocado o vinho, Simbolizam o corpo do Senhor, que foi partido por nós, e o seu sangue que foi derramado na Cruz, pelos nossos pecados. Depois o pão é partido em pequenos pedaços, e repartido com aqueles que se sentem dignos, de receberem o corpo do Senhor, em seus Corações. Semelhantemente o cálice é dado a todos, os que receberam o pão, e assim todos comem de um só pão, e todos bebem de um só cálice. Conforme disse o Senhor Jesus. São Mateus cap 26, v 26 a 28 São Marcos cap 14, v 22-23 — 1 Coríntios cap 11, v 27.
Pergunta:   Conheço muitas Igrejas, que dão a Ceia todos os Meses, colocam sobre a mesa vários pães, e cada membro, toma o vinho no seu próprio cálice. Porque essa diferença?
Resposta CCB:   Os que assim procedem, estão enquadrados, na doutrina dos homens. Porque a Santa Ceia, foi instituída, por Cristo no lugar da Páscoa. E sendo a páscoa uma vez ao ano, logo a Santa Ceia, não poderia ser todos os meses. Exodo cap 13, v 10 a 16 — São Marcos cap 14, v 12.
Refutação:Não discordamos da CCB pelo fato dela celebrar a "Ceia do Senhor anualmente" ou com "um só cálice", mas por fazer desses dois característicos um 'dogma' usado para suas práticas sectaristas, e num espírito contrário ao Espírito de Cristo contra as denominações evangélicas. A postura de enquadrar as denominações evangélicas nas "doutrinas dos homens" por não se conformarem com o padrão da CCB com toda certeza não é característica de uma igreja realmente cristã.
Vale lembrar ainda que nos textos de Mateus 26:26-28; Marcos 14:22-25; Lucas 22:19-20 e I Coríntios 11:23-26 não há um mandamento expresso para se  utilizar um só cálice. Nada de método é sagrado, pão e fruto da vide são  exigidos por Jesus, o comer e o beber em lembrança da paixão do Calvário. Insistem também os legalistas da CCB que a Ceia só deve ser comemorada anualmente, no entanto não temos tal ordem na Bíblia. Paulo declarou que “... todas as vezes que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor,...” (I Coríntios 11:26), isso quer dizer que é deixado em aberto a periodicidade em que se realiza a ceia. Algumas denominações celebram a Ceia todos os domingos, enquanto outras uma vez por mês, segundo o critério que cada uma adota. Lendo a Bíblia descobri sozinho quando eu


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pertenci a CCB que a Igreja cristã na época de Paulo tomava a Santa Ceia todos os domingos! Leia a prova do que digo em Atos 20:7: “E no primeiro dia da semana,(que é domingo) ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite”. Mas o interessante mesmo que havia igreja em Jerusalém que tinha o costume de tomar a Santa Ceia diariamente!! (Compare Atos 2:42, 46). Se como querem os congregados, estão erradas as denominações que não celebram a ceia anualmente, então concluímos que o próprio fundador da CCB errou.Veja abaixo o depoimento de Louis Francescon:
“...reuniamo-nos de casa em casa nos dias estabelecidos, e todos os domingos partia-se o pão, recordando a morte do Senhor.” (“Histórico da Obra de Deus revelada pelo Espírito santo no século atual”, página 11)
Pergunta-se: Será que o fundador da CCB estava comemorando a Ceia de forma errada? Se era de forma errada, Deus então não se agradava? Se era da forma certa, então porque  criticar as denominações evangélicas que não comemoram a ceia anualmente?

NÃO REALIZAM APRESENTAÇÃO DE CRIANÇA NOS TEMPLOS
 "Não se encontra na Palavra de Deus que o recém-nascido deva ser apresentado ao Senhor pelo Ancião ou Cooperador do Ofício Ministerial, porém por seus pais nos seus próprios lares. Há um só mediador entre Deus e os homens, que é Cristo Jesus que o abençoará." (idem, página 9).
 Refutação: O menino Jesus não foi apresentado em seu lar (Lucas 2:22). Quando os pastores evangélicos apresentam crianças, não querem tomar o lugar de Deus no dar a benção, afinal eles apresentam a Deus, para Ele abençoar. Será que a CCB reprova a atitude de Simeão, que de acordo com o texto bíblico - "Simeão os abençoou..." (Lucas 2:34)?
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Os ofícios ministeriais da igreja
"A unção pertence ao ancião e na sua ausência ao Cooperador de Ofício Ministerial ou ao Diácono." (idem, página 5).
Refutação: De acordo com a Bíblia não existe o ofício de Cooperador de Ofício Ministerial, é pura invenção da CCB. Ser cooperador tem haver com atitude e não com ofício. Paulo cooperava para o progresso do evangelho, e cada cristão deve seguir o exemplo - "Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele." (I Coríntios 9:23); "Portando, devemos acolher esses irmãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade." (III João 8). Timóteo além de pastor, foi chamado de cooperador por Paulo. (Romanos 16:21).
Sobre a questão da unção, a CCB ataca as igrejas evangélicas porque nelas todos os cristãos podem ungir. Mas na CCB a unção não é restrita apenas ao ancião, o "Cooperador de Ofício Ministerial" e o diácono também podem ungir. Então se "erramos" em deixarmos outras pessoas ungirem fora o pastor, eles também erram. O grande problema da CCB é tomar versículos isolados da Bíblia, estabelecer doutrinas em cima deles, e atacar as igrejas que não concordam com seu ponto de vista. Esse tipo de radicalismo é totalmente contra o Espírito de Cristo. No mesmo texto de Tiago 5, no verso 16, temos uma ordem em relação a oração, que envolve toda igreja - "orai uns pelos outros, para que sareis." O fato de citar os presbíteros ou pastores como os primeiros responsáveis pela unção dos enfermos, não exclui a responsabilidade do restante da Igreja.

NÃO COMEMORAM O NATAL E REPUDIAM O SIMBOLO DA CRUZ
Refutação: Assim como as Testemunhas de Jeová os adeptos da CCB não comemoraram o Natal e repudiam o símbolo da cruz.
 (1) Sobre o Natal: Tacham de festa mundana, e aqueles que comemoram são idólatras. O primeiro Natal foi comemorado em Lucas 2:8-20 pelos anjos e pastores, portanto não é uma "festa mundana". O fato de não sabermos o dia e mês certos do nascimento de Jesus não invalida a
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comemoração, a ênfase está na comemoração e não na data. Suponhamos que uma criança seja adotada, e não possua registro de nascimento, e a família separa um determinado dia e mês do ano para comemorar o seu aniversário, isso ao contrário do que se possa pensar, demonstra consideração, e não mundanismo ou idolatria.
Em relação à idolatria, esse pensamento da CCB é um absurdo. Nenhum evangélico se prostra diante de uma árvore de Natal ou de qualquer outro símbolo para adora-los!
 (2) Sobre o símbolo da cruz: A explicação da CCB é a seguinte - "A cruz é um instrumento de morte, se um assassino matasse seu melhor amigo, você ficaria honrando ou mesmo utilizando a arma do crime? A cruz matou Cristo, deve-se honrar a arma do crime?" Por isso rejeitam o símbolo da cruz, deixando de utilizá-lo como símbolo do cristianismo, rejeitando até mesmo o uso em lápides de cemitério.
Ao contrário do que a CCB possa pensar, os cristãos não idolatram a cruz como os católicos, nós adoramos a Cristo que morreu por nós na cruz. Mas nem por isso deixamos de usar a cruz em ilustrações ou como símbolo do cristianismo, porque de acordo com a Bíblia, a cruz que era um símbolo de maldição se tornou um símbolo de reconciliação (Veja as seguintes passagens:Gálatas 6:14; I Coríntios 1:17 e18; Colossenses 2:14; Efésios 2:16;Filipenses 3:18). Paulo falou muito sobre a cruz, e o significado desta para o cristão, no entanto, não ensinou aquilo que a CCB ensina (I Coríntios 1:18, 2:2). Ademais, tanto a cruz como o peixe foram símbolos cristãos que durante séculos representaram o cristianismo. Falta para a CCB conhecimento bíblico e histórico.
Dogmatismo doutrinário
 A CCB diz:
1. Sobre o casamento: "Não é permitido realizar casamentos nas Casas de Oração da Congregação Cristã no Brasil.” ("Pontos de Doutrina e da Fé que foi dada aos santos",página 8)
2.Sobre comemorações: "A Congregação Cristã no Brasil não admite certos costumes como em alguns lugares se principia a praticar, como seja a vigília do 1° do ano em cantos e orações assim como outras solenidades para comemorar festas materiais."(idem, pág.9) Aqui se inclui a comemoração do Natal.
3. Sobre os funerais: "O serviço religioso...não se deve levar o corpo na Casa de Oração, pois isto tornar-se-ia um hábito e imitação de costumes mundanos, que não se fundamenta na fé apostólica e na Palavra de Deus." (pág.9)

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O que a Bíblia diz:

A atitude da CCB é de condutores cegos que "coam um mosquito e engolem um camelo.” (Mateus 23:24)
Em pontos doutrinários essenciais os evangélicos possuem a mesma crença (Deus, Jesus, Espírito Santo, Bíblia, Evangelho, Salvação,etc), a divergência encontra-se em pontos doutrinários secundários, formas de administração, liturgia e em usos e costumes, sem com isso ser um impedimento para a genuína comunhão cristã (Veja o princípio deixado por Paulo em Romanos 14:5-6). Como disse certa feita o cristão Agostinho - "Nas coisas essenciais, unidade; nas secundárias, liberdade; mas em todas as coisas - amor!"

O apóstolo Paulo procurava de todas as maneiras glorificar e anunciar o nome do Senhor, tudo ele fazia para que o evangelho fosse conhecido pelo maior número de pessoas possíveis, certamente o Natal é uma ocasião muito propícia e ideal para que Jesus Cristo seja glorificado e anunciado pelos cristãos como sendo o verdadeiro sentido do Natal, visto que essa comemoração chama a atenção mundialmente.(I Coríntios 10:31, 9:19-23, 11:1; Filipenses 1:18; Atos 17:23-31; João 1:1-3; I Coríntios 3:11) Os adeptos da CCB algumas vezes para mostrar "superioridade espiritual" diante dos cristãos, dizem que "não devemos comemorar o Natal, porque não há nenhum mandamento na Bíblia para nós o comemorarmos". Tal argumento é falho por diversas razões: Primeiro, porque se é permitido somente aquilo que é especificamente ordenado na Bíblia, então seria errado, por exemplo - comemorar qualquer tipo de aniversário, noivado, casamento, formatura,a igreja usar templos, púlpitos, hinários, aparelhos eletrônicos, órgãos, pôr-se de pé para cantar, usar instrumentos musicais modernos, adotar certas liturgias de cultos e muitas outras coisas semelhantes, a própria CCB teria de modificar a maior parte de sua doutrinas e costumes, e até mesmo em coisas mínimas de práticas adotadas por ela, tais como os dizeres colocados nos templos internamente acima do púlpito "Em Nome do Senhor Jesus" , e na saída do templo a placa com os dizeres de uma "revelação" recebida pelo fundador Louis Francescon.
Segundo, que enquanto a Bíblia não ordena especificamente certas coisas, no entanto também não as proíbe. Terceiro, é que enquanto a Bíblia não proíbe certas coisas seja explicitamente ou por implicação de alguns princípios morais, é permitido ao cristão, enquanto for para a edificação (Romanos 13:10; 14:1-23; I Coríntios 6:12, 10:23,31; etc).
Quarto, desde que a Bíblia não proíbe aniversários, e eles não violarem princípios bíblicos, não há base bíblica para rejeitar aniversários, pelo mesmo motivo, não há razões bíblicas para rejeitar a idéia de celebrar o aniversário de Jesus.
Quinto, no que diz respeito aos funerais, parece-nos pelas evidências históricas que quem imita o mundanismo, e em especial o paganismo é a CCB visto que por medo de profanarem sua casa de oração sacramentalizam os templos. O templo material

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é apenas um local em que a Igreja se reúne para cultuar a Deus, sem nenhum valor místico, por isso os cristãos não vêem nenhum problema em se reunirem em casas, prédios, escolas, praças públicas ou salões alugados para cultuarem a Deus e proclamarem o evangelho da salvação.(Mateus 18:20; I Pedro 2:5).
Jesus deixou bem claro que não é uma questão de local, mas do coração, porque disse que: "...a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai,...,mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem." João 4:21,23.

Sono da alma após a morte
Creem os adeptos da CCB que após a morte o homem cai em um estado de inconsciência até a ressurreição. Para "provar" tal ensinamento eles utilizam dois argumentos: a morte na Bíblia é comparada ao sono, e a alma é o sangue (não tendo assim existência separada do corpo).
Refutação: “As expressões bíblicas “dormir” ou adormecer” são usadas quando se referem a morte como figuras de linguagem, e sempre em relação ao corpo. "Dormir" ou "adormecer" são figuras de linguagem apropriadas para o corpo, uma vez que a morte é apenas temporária, aguardando apenas a ressurreição, ocasião em que o corpo será "despertado". Além disso, tanto o ato de dormir quanto a morte possuem a mesma postura - o corpo permanece deitado. A Bíblia é muito clara quando ensina que a alma do crente (e o seu espírito) sobrevive a morte (Lucas 12:4), ela está conscientemente presente com o Senhor (II Coríntios 5:8) em um lugar melhor (Filipenses 1:23). De um modo semelhante, a alma do descrente está em um lugar de tormento consciente (Mateus 25:41; Lucas 16:22-26).
A alma é juntamente com o espírito uma parte imaterial e imortal existente dentro do homem (Mateus 10:28; Apocalipse 6:9-11;Filipenses 1.23; II Coríntios 5:1,2, 6,8; Mateus 22:31-32; I Reis 17:21-22; Gênesis 35:18; III João 2; I Tessalonicenses 5:23; Hebreus 4:12). Tal como as Testemunhas de Jeová, a CCB entende que a alma é o sangue, isso para negar a doutrina bíblica da imortalidade da alma. No entanto devemos ver que várias palavras são empregadas na Bíblia com idéias diferentes, em sentido figurado. A sinédoque, por exemplo, é uma figura de linguagem em que se toma o gênero pela espécie, a espécie pelo gênero, o todo pela parte, a parte pelo todo, o plural pelo singular, o singular pelo plural. Quando usamos "os mortais" ao invés de "os homens", "10.000 tetos" no lugar de "10.000 casas", "mil almas" ao invés de "mil habitantes". É neste sentido que a Bíblia emprega a palavra "alma" no sentido de sangue, pessoa, vida,

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coração(Dt. 12:23-35; Lv. 17:14; Gn. 46:22,27; Lv 22:3; Dt. 2:30), pois se não fosse figurado, como poderia ser sangue, pessoa, vida e coração ao mesmo tempo? Ou seria uma coisa ou seria outra. Para os adeptos da CCB a alma humana é então semelhante à dos animais, que pode ser destruída, no entanto a Bíblia ensina que a alma humana é imortal, invisível e foi criada pelo próprio Deus (Gênesis 2:7, 35:18; Atos 7:59; Filipenses 1:21; Lucas 23:42,43, 16:19-31; Hebreus 12:22,23; Apocalipse 7:9,14; Eclesiastes 12:7; II Coríntios 5:1,6,8; Mateus 10:28) Jesus disse: "a minha alma está cheia de tristeza até a morte"(Mateus 26:38), substitua a palavra "alma" por "sangue" e veja que absurdo. Então alma não é sinônimo de sangue como querem os adeptos da CCB.

PROIBIÇÃO DOS DONS DO ESPÍRITO SANTO
A Congregação Cristã, infelizmente, com o passar dos anos, ela foi cada vez sufocando o movimento do Espírito Santo e suas manifestações, tais como falar em línguas, dar glórias à Deus, sentir a presença de Deus. Assisti a cultos que vi o Ancião mandar irmãos calarem a boca quando falavam em línguas! Outros que sentiam a presença de Deus e glorificava a Deus em voz alta e os Anciães mandarem ficarem em silencio, dizendo que Deus não é surdo! Tantos absurdos! Nota-se que eles estão matando homens de Deus e proibindo o movimento do Espírito Santo, e fazendo famílias inteiras deixarem a CCB por sentirem humilhados, e não poderem manifestar os dons do Espírito Santo. Será que Deus está gostando de uma igreja que está fechando as portas para o Seu Espírito Santo? Quando sai da CCB, notei que a igreja está como morta, parece mais um velório do que um culto! Os cultos estão ficando vazios os poucos que tem são pessoas bem idosas, pois frequentam a igreja por tradição e não por amor a ela. A onde estão os jovens? Os jovens gostam de virtude e fervor e tirando isso deles, o ministério tiram tudo deles! Sempre fui um jovem cheio de fervor e que glorificava a Deus em voz alta e profetizava e me proibiam! Logo vim para uma igreja pentecostal, como a fervorosa Assembléia de Deus. Nesta igreja ninguém proíbe de glorificar a Deus e nem de falar em línguas. Também na CCB, eles proíbem os membros de profetizarem, dizendo que a profecia só pertencem somente ao ministério da CCB, pregada num púlpito. Inclusive no Estado do Paraná e Santa Catarina, tão pouco podem orar ou mesmo fazerem visitas em casas de membros da CCB, os que desobedecerem perderão suas liberdades na igreja, serão excluídos! Veja a que ponto chegou essa igreja que um dia já foi chamada de “igreja dos glórias”, de tanto fervorosos que eles eram!. A CCB agora é uma igreja morta no

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Espírito, no fervor. Os homens do Ministério do Brás são homens corruptos, arrogantes, que querem matar o Espírito Santo e estão fechando as igrejas que são fervorosas, dizendo que são barulhentos, carnais, e tirando grandes pregadores fervorosos, dizendo que são pessoas usadas pelo demônio! As poucas igrejas fervorosas que existe na CCB, são perseguidas, seus dirigentes são excluídos e ou difamados de pecadores, como o caso de um famoso pregador da CCB, da cidade de Catanduva-Sp, Parque Flamingo, por nome de Marcos Zucchini. Por causa deste simple homem atrair multidão com sua pregação, por pregar que poder falar em línguas na igreja, pode dar glória à Deus em voz alta, pode “sapatear”, “pular”, por ele querer soltar o dom de Deus, ele foi excluído do Ministério da CCB. Dizem os principais  Anciãos da CCB: “Não somos pentecostais”  É, realmente não são mesmos!!! São crentes frios, pois crente pentecostal que não faz barulho, não é crente pentecostal! Agora já tem um ensinamento entre eles que nem em anjos podem falar nas igrejas! O que mais eles irão proibir? Infelizmente a grande maioria dos adeptos da CCB são ex-evangélicos, que rejeitaram suas denominações de origem, e passaram a pregar a "verdade" que descobriram na novel seita (I Timóteo 4:1). Isso não é de admirar, pois é traço comum nas principais seitas pseudocristãs do país e do mundo. Que possamos orar pela salvação de cada adepto da CCB, lembrando que Jesus também morreu por eles. E que possamos mostrar-lhes a correta atuação do Espírito Santo em nossas vidas (João 15:26 e 27, 16:14) exaltando o Nome que está acima de todo nome, inclusive acima do nome - CCB, e que é o único nome pelo qual importa que sejamos salvos - JESUS! (Atos 4:12).
Enquanto a CCB não reavaliar suas doutrinas heréticas e radicalismo, mudando-os, deixando de apregoar seus ensinos enganosos, não podemos apóia-la, e muito menos acreditar que compartilha de uma fé comum ao cristianismo. Veja o que uma igreja fechada e exclusivista são:
(1) O sistema doutrinário das seitas se caracteriza por um fechamento da mente. Eles não buscam uma avaliação cognitiva racional dos fatos. As crenças ocupam um compartimento fechado na mente do adepto, que, uma vez inteiramente submisso ao padrão de autoridade de sua organização, nunca mais questiona nada, nem tem mais dúvidas.
 (2) Forte antagonismo contra os cristãos. A quase totalidade das seitas ensina a seus discípulos que todos aqueles que se opõem às suas crenças só podem estar motivados por uma influência satânica, preconceitos cegos e grande ignorância.
(3) Intolerância para com qualquer forma de pensamento que não a sua. A base de suas teses quase sempre é, como alegam eles, de origem sobrenatural.
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“... mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema." Gálatas 1:7-9.

Jesus disse em Mateus 22:29 - "Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus". Esse é o caso da Congregação Cristã no Brasil.
Infelizmente alguns crentes afoitamente, desconhecendo a verdadeira intenção desse movimento, acredita ser a CCB mais uma denominação evangélica pentecostal. Louis Francescon, de origem protestante, fundador da CCB não hesitou em taxar as denominações evangélicas de seitas, veja seu testemunho abaixo:
"Eis como o benigno Deus começou a Sua obra. Pelo batismo em água, segundo o mandamento do Senhor Jesus, fomos tirados das seitas humanas e de suas teorias;..."(Histórico da Obra de deus revelada pelo Espírito Santo no século atual, página 25).
Esse testemunho está reproduzido em um livreto que é entregue para todo adepto da CCB, e os adeptos da CCB não estão nem um pouco dispostos a discordar da opinião do seu líder. Mais recentemente, uma descendente dos fundadores da CCB, quando entrevistada declarou sem nenhum encargo de consciência:
"Nós não somos protestantes, nem pentecostais, porque protestantes são essas seitas luteranas e outras mais antigas, que derivam de Lutero. Nós somos católicos e apostólicos, mas não romanos. Nós seguimos o Cristianismo como foi pregado por Cristo e não o Cristianismo introduzido pelos romanos. Nós seguimos os continuadores de Cristo, ou apóstolos. A base da doutrina é o Novo Testamento porque trata das coisas espirituais e é onde encontramos o exemplo deixado por Cristo. O Velho Testamento trata de coisas materiais, boas colheitas, terras abundantes, restrições alimentares. Considero que o termo pentecostal não é próprio, porque o dia de Pentecostes é apenas uma das passagens do Novo Testamento e, portanto, não abrange todos os pontos da doutrina da Congregação."(A doutrina da Salvação, página 160).
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A PREGAÇÃO NAS RUAS
O fato de a Congregação Cristã no Brasil não pregar o Evan­gelho pelas ruas e praças não encontra apoio nas Escrituras. A sua omissão se deve à falsa interpretação que fazem de Mateus 6.5: "E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens". Desse modo, com medo de serem conside­rados hipócritas, desobedecem ao imperativo de Jesus:
"Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura" (Mc 16.15). Como será possível evangelizar o mundo inteiro quan­do se alcançam apenas aqueles que freqüentam os nossos tem­plos?
Na parábola da grande ceia, Jesus ensinou o modo como a Igreja deve proceder quanto à evangelização:
"Saí depressa pelas ruas e bairros da cidade, e trazei aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos... Saí pelos caminhos e vaiados, e forçai-os a entrar, para que a minha casa se encha" (Lc 14.21,23).
Segundo a Bíblia:
• Jesus pregou nas ruas (Lc 13.26), nas praças públicas (Mc 1.15,20) e nos montes (Mt 8.1).
• Paulo pregou à beira de um rio e num logradouro público (At 16.13; 17.17).
Famosos cristãos do Novo Testamento foram salvos, não num culto dentro de um templo, mas onde estavam, nos seus afazeres.
• Pedro, André, Tiago e João, foram salvos durante um culto realizado por Jesus, à beira do mar da Galiléia (Mt 4.18-22).
• Mateus estava na coletoria quando ouviu Jesus dizer: "Se­gue-me!", e o seguiu (Mt 9.9).
• Lídia foi salva à beira de um rio, enquanto ouvia Paulo (At 16.13-15).
• Dionísio e muitos outros gregos foram salvos enquanto ou­viam Paulo pregando no Areópago, lugar comum de discussão em Atenas (At 17.34).
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Jesus jamais disse ao pecador: "Vinde ao templo para serdes salvo", pelo contrário, Ele diz à Igreja: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura" (Mc 16.15).

Veja só uma listinha de práticas primitivas que a CCB nunca praticou:
1. O partir do pão se fazia todos os domingos em vez de uma vez por ano.
2. A Ceia do Senhor não era composta por pães fermentados .
3. Lavava-se os pés uns dos outros na ocasião da reunião cristã.
4. Tinha-se tudo em comunidade; nada era de ninguém.
5. A Igreja Cristã Primitiva não construía prédios para congregar, e se construisse não iria divinizá-lo por causa de seu modelo e de sua cor.
6. A Igreja Primitiva tinha também bispos, presbíteros, evangelistas, DOUTORES da Palavra, e pastores (Ef 4:11; Hb 13:7,17).
7. Os primeiros cristãos não usavam calças e suas mulheres não andavam nas ruas com a cabeça descoberta.
8. Os anciãos dos primeiros séculos nunca presidiram uma congregação, mas eram limitados a decidir as questões sociais mais problemáticas da comunidade.
9. Os jovens cristãos primitivos também não tinham a liberdade que os nossos têm hoje para celebrar um culto individual na semana.
10. O casamento era realizado somente diante do consentimento familiar sem a participação de um juiz ou de um cartório.
Estes dez exemplos são apenas algumas entre as muitas diferenças entre a Igreja Cristã Primitiva e as nossas igrejas do século XXI.
Então, querido, pode acreditar: De padrão apostólico nada têm a CCB nem qualquer outra igreja contemporânea. A CCB é tão contemporânea e tão fora dos padrões primitivos quanto qualquer outra igreja disponível em solo terrestre. Conforme-se, isto faz parte dos propósitos de Deus.
E, para concluir, se o fato de alguém se desligar da CCB é ato pecaminoso, Louis Francescon assim o foi também, pois morreu sem ter vínculo algum com a Congregação Cristã no Brasil (principalmente pelo fato de a CCUS ter chegado aos EUA bem depois da morte de Francescon). Ele saiu da Assembleia Cristã que ele mesmo havia fundado e passou a congregar na Christian Congregation Church que subsiste até hoje independente da Christian Congregation in United States (CCUS - a CCB nos EUA).
Francescon também era rebelde? Também pecou por não ter raízes na CCB?
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DISSIDÊNCIAS
Interpretações como essas e outras mais são um dos motivos do surgimento de inúmeros grupos dissidentes da Congregação Cristã no Brasil, ainda na década de 50. A primeira ruptura de que se tem notícia ocorreu no alto escalão da CCB, com a saída do cooperador Aldo Ferreti que abdicou do seu cargo para fundar a Igreja Renovadora Cristã. Sua atual sede fica na Vila Madalena (SP) em um prédio cuja arquitetura é semelhante aos templos da CCB.
Amigo de longa data de Francescon, Ferreti denunciou – na noite de 14 de maio de 1952, no Brás – os motivos pelos quais ele decidira abandonar o ministério, como a falta de humildade do Colégio de Anciões e o uso excessivo por parte destes de bebida alcoólica – sendo este um dos motivos que mais preocupavam Ferreti. Seguindo o exemplo da IRC, nos anos seguintes novos grupos dissidentes surgiram da CCB, tais como:

Igreja Cristã Remanescente (fundada em 1967 pelo ancião Nilson Santos, em Telêmaco Borba, PR);
Congregação Cristã no Brasil Renovada (fundada em 1991 pelo ancião José Valério, em Goiás);
Congregação Cristã do Sétimo Dia (fundada em 1993 pelo ancião Luiz Bento Machado, em Santa Catarina);
Congregação Cristã Apostólica (fundada em 2001 pelo cooperador Antônio Silvério Pereira, em Aparecida de Goiás, GO. Surgiu de uma fusão da Congregação Cristã no Brasil com a Igreja Renovação Cristã);
Congregação Cristã Moriá (fundada em 2004 por Saulo Corcovado Macedo, em Mairinque, SP);
Congregação Cristã-Ministério Jardira, Fundado pelo Ancião Samuel Trevisan. Uma das divisões da CCB mais aberta com relação aos evangélicos, não precisando membros de outras igrejas ser necessário o rebatismo.
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Vocabulário da Congregação Cristã no Brasil
a)Irmandade: Os adeptos da CCB em geral, ou em determinado local.
b)Buscar a Palavra:Recebimento de orientações "divinas" específicas em determinados pontos da mensagem.
 c)"A comum":Expressão usada pelo adepto para designar a igreja da localidade em que freqüenta.
 d)Reunião de Jovens e Menores: Culto específico para os mesmos.
 e)Assembléias:Reuniões anuais para os adeptos conhecerem o desenvolvimento e a expansão da seita para outras regiões.
 f)Obra de Deus: A Congregação Cristã no Brasil.
g) "Vir para a graça": Expressão usada pelos adeptos quando convidam alguém para fazer parte da seita.

h)"Nascido na graça": Expressão usada em referência aos filhos dos adeptos.
i)Ancião: Equivalente a pastor nas igrejas evangélicas.
j)Cooperador de Ofício Ministerial:Auxilia o ancião nos trabalhos da igreja, e pode até mesmo ungir os enfermos na ausência deste.
l)Seitários:Todos os evangélicos.
m)Testemunhados: Uma das categorias do cartão de pedidos de oração da CCB, é outra designação para os que não pertencem à CCB.
 n)Obra da piedade:Composta por uma comissão para ajuda dos pobres da CCB.
 q) "Conhecer toda a verdade": O mesmo que fazer parte da CCB.
 r)Igreja: Notadamente o termo é usado em relação ao templo material.
 s)Obedecer:Unir-se a CCB pelo batismo.
t) "Hinos de Louvores e Súplicas a Deus" -Nome do hinário de uso exclusivo da CCB.
u) "Congregar" -Freqüentar a CCB.
v) "Chamar um hino" - Pedir um hino no momento do culto.
x)Criatura-Todo aquele que não é adepto da CCB.
z) "Repouso dos santos" -Expressão usada para designar a morte de algum adepto.


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Conclusão
Caro leitor, não há como conciliar tal atitude com a Palavra de Deus que declara:
"Mas se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado. I João 1:7
Enquanto a CCB não rever suas falsas doutrinas, deixando de pregá-las como se fossem reveladas e inspiradas por Deus, abandonando também o radicalismo que a distancia das denominações cristãs, não podemos falar de uma fé em comum.
"E Jesus disse-lhes: Adverti,e acautelai-vos do fermento dos fariseus..." Mateus 16:6
Os fariseus no tempo da vida humana de Jesus, com suas doutrinas antibíblicas, procuraram prejudicar a obra do Senhor Jesus Cristo. Hoje, a Congregação Cristã no Brasil (os fariseus modernos), com suas doutrinas erradas e fora da Bíblia, muito tem procurado prejudicar a obra de Deus em solo nacional.
Diante de tamanhas heresias pregadas pelos adeptos da Congregação Cristã no Brasil, possamos orar pela salvação deles, e levar-lhes o evangelho puro e simples que pode liberta-los dos enganos do diabo (II Timóteo 2:24-26).

CCB BRAS SP FEZ AMEAÇA DE MORTE A UM IRMÃO QUE DESCOBRIU UM GRANDE SEGREDO ! #DENUNCIA

  Irmão viaja para os estados unidos , onde lá encontra uma denominação idêntica a Congregação Cristã no Brasil , com a mesma organização e...