Só um golinho, pode!
CCB e o consumo de bebida alcoólica
Muitos sabem que a CCB não condena o consumo de bebida alcoólica. Isto já lhe rendeu o título vexatório de Congregação Cristã do Barril, dado por membros de outras igrejas evangélicas.
Se o consumo de bebida alcoólica está certo ou errado, isto já é uma outra história. O fato é que muitos membros da CCB afirmam que beber qualquer tipo de álcool é pecado, assim como outras denominações evangélicas também acreditam ser. No entanto, existem provas vergonhosas contra esta argumentação dos membros mais tradicionais da CCB. OFICIALMENTE, o ministério da Congregação não proíbe o consumo de álcool, desde que seja com moderação. Mas qual seria o limite? Um ex alcoólatra, por exemplo, pode se sentir confortável tomando 10 garrafas de cerveja sozinho e afirmar estar sóbrio. Um iniciante no mundo da bebida pode tomar um copo de vinho e ficar tonto, começar a falar besteira e partir para o ridículo.
Quem já freqüentou casa de ancião, cooperador e diácono, encarregados regionais já deve ter notado as garrafas de whisky, champagne, vinhos e outros tipos de bebidas alcoólicas em exibição nas estantes. Isto se eles mesmos não abriram uma latinha de cerveja no almoço e ofereceram uma outra para a visita, logo após ter sido feita a oração de agradecimento pela refeição.
Obvio que uma parcela do ministério e da irmandade continua a achar errado (ou pecado) o consumo de bebida alcoólica. Mas esta não é a posição oficial da igreja. Veja nos tópicos abaixo como a CCB trata o assunto da ingestão de bebidas alcoólicas.
TÓPICOS - ASSEMBLÉIA DE 28 A 31 DE MARÇO E 1° DE ABRIL DE 1961
SANTA CEIA
No cumprimento desse sacramento, o pão deve vir inteiro para a mesa; para ser usado não deve ser cortado com faca. Não deve ser pão doce, porém pão comum; a bandeja pode ser apropriada, assim como pode ser um simples prato. Deve ser usado um cálice e não copo e nem cálice pequenino de aperitivo; os irmãos de fora podem pedir um modelo ou comprar o cálice aqui em São Paulo.... - ...O vinho deve ser tinto, feito de uva “o fruto da vide, como diz o Evangelho”. Não há bebida alguma ou qualquer refrigerante ou refresco que possa substituir o vinho na Santa Ceia; se não há vinho é impossível realisa-la. ..... - Lembremo-nos que o povo de Deus muitas vezes não tendo cultura é sábio e nota tudo o que está fora da palavra. A santa ceia deve ser feita a tarde ou a noite e nunca pela manhã.
... Quanto ao tipo de vinho [da Santa Ceia]: NÃO É SUCO DE UVA - NÃO É VINHO BRANCO - NÃO É VINHO ESPUMANTE (FRIZANTE) - NÃO É QUALQUER TIPO DE BEBIDA ALCOÓLICA - DEVE SER VINHO TINTO, SECO.
TÓPICOS - ASSEMBLÉIA DE 23 A 27 DE MARÇO DE 1970
12 - COMPANHEIROS DE VIAGEM
Nas viagens em missão dos servos de Deus eles devem aceitar para companheiros irmãos que possuam bom testemunho. Que não falem chocarrices, nem dados a brincadeiras, comprometendo assim o serrvo de Deus perante a irmandade por onde passa. Nos percursos de viagem o servo de Deus deve permanecer em comunhão. Não se sabe o espírito que será encontrado no lugar para onde se dirige. É indispensável que se tome muita atenção quanto ao abuso de bebidas alcoólicas. Quem viaja com os servos de Deus deve saber que a missão é dele, acompanhando-o assim para onde ele for, sem interferir no desenvolvimento da missão. (Ou seja, pode-se tomar bebida alcoólica, só não pode abusar. Qual seria o limite para um ex alcoólatra e para um iniciante?)
27 - (*) BEBIDAS
Não queremos proibir bebidas; o que é necessário é se alertar contra os abusos(Qual seria o limite para um ex alcoólatra e para um iniciante?) Não comer nem beber demais. Tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém. Em casamentos tem havido abusos, não só no beber e no comer assim como no vestir. Porque é festa de casamento pode-se usar vestido curto? Usar pintura? Trajes decotados ou sem mangas? - De modo algum. E às vezes são irmãs velhas no caminho que assim agem.
Tópicos de ensinamentos 1992 - 57 – Assembléia
12 – BEBIDAS
A Palavra de Deus nos ensina a moderação. Em festas de casamento, muitas vezes, há bebidas de alto teor alcoólico. Para o povo de Deus convém sempre a moderação, em tudo, a fim de não sermos reprovados. (Ou seja, tomar um pouco pode. Qual seria a medida para um ex alcoólatra e para um iniciante?)
Tópicos de ensinamentos 1995 - 60 - Assembléia
10 - SANTA CEIA - ORAÇÕES PELO PÃO E PELO CÁLICE.
...Não se celebra a Santa Ceia em presídios, por não ser permitida a entrada, nesses locais, de bebida alcoólica.
Tópicos de ensinamentos 2002 - 67 - Assembléia
* 6 - CASAMENTOS - ONDE DEVE SER FEITA A ORAÇÃO
A irmandade não deve se esquecer da moderação na alimentação e nas bebidas, para não dar mau testemunho.
24 - BANQUETES POR OCASIÃO DE ORDENAÇÕES
Há localidades em que são alugados salões e se fazem churrascada e distribuição de bebidas até para estranhos que por ali passam, por ocasião da ordenação de anciães e diáconos. Já fomos ensinados a não fazer banquetes nessas ocasiões (tópico de 1976). A Palavra de Deus diz que os presbíteros não devem ser dados ao vinho. Evitemos tudo o que possa causar escândalo ou tropeço aos irmãos e aos de fora.
Tópicos de ensinamentos 2005 - 70 - Assembléia
12 - BEBIDAS ALCOÓLICAS - FALTA DE MODERAÇÃO
Está escrito na Palavra de Deus que os comilões e beberrões não entrarão no céu. A Palavra de Deus condena a embriaguez e a glutonaria. Nas festas, sem perceber a pessoa pode exagerar. Os servos de Deus são continuamente observados. Aos filhos de Deus convém a sobriedade e a moderação. Os que exagerarem deverão ser advertidos pelo ministério.
A CCB defende a moderação e invoca a Bíblia para suportar esta idéia. Na prática, o consumo de bebidas alcoólicas é tolerado e muitas das vezes até mesmo incentivado nas festas de casamentos, aniversários,na virada de ano novo e até mesmo naschurrascadas que comemoram a ordenação de irmãos para o ministério deancião. Irmãos que possuem ministério bebem sem muita preocupação de escandalizar outras pessoas que podem considerar esta prática um escândalo para o Evangelho.
Não estamos querendo dizer que não existam beberrões em outras igrejas evangélicas. É obvio que há. O que pretende-se elucidar aqui é o tratamento que a Congregação Cristã dá a este tema, não considerando um pecado, como alguns membros tentam argumentar
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