Pesquisa interessante , vamos ao resultado ...
A amostra acima sobre gênero apresenta os seguintes percentuais, 53,33 %
eram de mulheres e 46, 67% de homens. Observa-se que a maioria feminina pode
representar a maior abertura delas a participarem de algo que não as deixem com
algum receio de danos.
Pelo gráfico da questão dois, a idade mostra que a porcentagem maior foi de
60% da faixa etária entre 46 a 55 anos. Os que se submeteram ao questionário são
adultos, demonstrando a idade intermediária dos que resolveram participar da
pesquisa. Em segundo lugar, representando 20%, está o grupo dos 36 a 45 anos.
Em terceiro, os participantes acima de 55 anos. Com um percentual de 3,33%,
ficaram os jovens entre 18 e 35 anos.
Percebe-se pela amostra retro, o nível de escolaridade dos participantes.
Têm-se que 40% estudaram até a 4ª série do antigo primário; 30% cursaram até a 8ª
série do ensino fundamental; 23,33% concluíram o ensino médio e 6,67% não
completaram o ensino superior. Não houve mostra de pessoas sem escolaridade,
nem que concluíram o ensino superior.
Na amostra sobre a renda individual é de que 46,67% recebem até quatro
salários mínimos, 36, 67% recebem até dez salários mínimos, 13,33% recebem até
02 salários mínimos, 3,33% recebem acima de 20 salários mínimos, os que recebem
entre 10 e 20 salários mínimos e os que não possuem renda é de 0%. Enseja que
todos os pesquisados tem emprego.
Na amostra sobre o acesso à informação social fora da comunidade, a
maioria consegue ter informação via TV aberta e rádio, havendo o percentual de
53,33%. Já os 33,33% não possuem nenhum tipo de informação fora da sua
comunidade. Os que possuem internet e redes sociais em casa somam apenas
6,67% e com TV aberta e a cabo, revistas e outros 0%.
Os pontos de vista da maioria são de manter distanciamento com o mundo,
pois em sua relação no mundo pode sofrer várias influências. A diferença é
discrepante: 93,33% afirmam que sim e 6,67% acham que não leva à perdição.
Na amostra retro, as ações que possam estar relacionadas ao pecado e a
futura condenação espiritual apresentam 56,67% dos afirmam que diversão, shows,
bares, boates e outros levam o ser humano ao pecado, 23,33% acham que
violência, drogas, sexo fora do casamento podem representar ligação direta com o
pecado, 13,33% assimilam a atitude pecaminosa com a acumulação de riquezas e
6,67% relacionam pecado com a política.
A finalidade de compreender o que representa aos fiéis da CCB pecado ou a
condenação espiritual, metodologicamente como pesquisadora participante, utilizei a
técnica de escutar no momento da aplicação do questionário, a grande maioria das
mulheres principalmente, alegaram que todos os itens de opção de resposta
estariam associados ao pecado e seriam condenadas ao inferno em caso de incorrer
nesses tópicos descritos. Mas, que a maior luta é o distanciamento da diversão,
shows, bares, boates, etc, que causam maior fragilidade e busca de fortalecimento
na fé.
Esses adeptos acreditam na proteção que a Igreja lhes propicia só de
estarem vinculados a ela. As incertezas do mundo geram preocupações unânimes
dos membros e frequentadores. Desse modo, afirmam a sensação de proteção
encontrada na CCB
Na amostra deste gráfico, utilizou-se a técnica escuta ativa como
pesquisadora, tendo em vista que no momento da leitura desta questão, a maioria
disse que todas as opções de respostas representam ameaça a espiritualidade, mas
o maior temor é o desemprego. As questões vistas como ameaças à vida estão
representadas pelo medo do desemprego, de dívidas ou não conseguir ascensão
profissional com 73, 33%, o pecado e as tentações somam 23,33%, as ações do
diabo e os problemas afetivos estão na margem de apenas 3,33% e quanto aos
problemas de saúde e outros não houve percentual.
Na amostra referida, percebe-se o que motiva os adeptos a buscar a CCB.
Com 86,67%, há os que procuram equilíbrio para a vida, proteção de muitos males,
segurança em pertencer à Comunidade e investem na salvação; os 6,67% apontam
sua busca por ter uma vida comunitária e estar em paz, sentindo-se em reconforto
espiritual. O item que aponta para quem almeja prosperidade, status social,
encaminhamento da vida e outros teve percentual de zero.
Para a mostra desse gráfico, na hora da participação de responder ao
questionário, alguns participantes liam e falavam em voz alta que buscavam
proteção e salvação, dando a entender que são as opções mais comuns de todos na
CCB
O gráfico apresentado faz referência ao que representa a CCB na concepção
analítica dos membros que foram submetidos ao questionário. O fato de ser um
espaço de proteção representou 70,00%, o percentual de 16,67% destacou que
representa um lugar de paz, os 6,67% elegeram o lócus como espaço de reflexão e
de convivência.
Os participantes desta pesquisa alegaram que, dentre os itens de opções
apresentados na questão 11 que se liga ao gráfico 11, há a ideia de que a Igreja é
um espaço de proteção, apesar de também ser lugar de paz, conveniência e
reflexão. Pode se notar que é possível compreender os motivos que fazem os
membros se fidelizem nessa agremiação. Eles buscam por aquilo que sentem
necessidade na vida e acham que lá estão seguros para ir ao encontro do objetivo
de obter proteção e salvação
Desde as questões iniciais da pesquisa de campo, observou um panorama do
perfil e das motivações dos membros, observando idade, sexo, nível de
escolaridade, renda individual e meios de acesso à informação, entre outras. Essa
abordagem reflete no levantamento socioeconômico deles. Com isso, tem-se a
análise mais ampla dos resultados. As Motivações Individuais dos Membros da CCB numa Perspectiva
Socioeconômica
A análise da vida socioeconômica dos adeptos da CCB participantes desta
pesquisa aponta para os perfis dos participantes. O questionário serviu para apontar
que a maioria são mulheres, com idades de 46 a 55 anos. O nível de escolaridade
está entre 1ª e 4ª série/primário, renda de 2 a 4 salários mínimos, tendo pouco
acesso à informação. A TV aberta e o rádio são os meios mais comuns, havendo
uma parcela considerável dos que não possuem nenhum tipo de acesso.
Com esses dados, há um indicativo da condição socioeconômica dos
membros, que pode ser denominada de “precarização”, porém foi percebido com a
pesquisa de campo a inquietude, o que mais causa insegurança, não é a
precarização, não é sua baixa renda no mercado de trabalho e suas condições
empregatícias, e sim o desemprego, a angustia de não ter como prover sua família,
de não estar inserido no mercado produtivo e consequentemente na
sociedade/igreja. Os múltiplos fatores retratam a realidade da vida deles que
influenciam na subjetividade dos mesmos, podendo induzi-los as certas escolhas
nas dimensões da sociedade - social, cultural, religião, econômica. A afinidade dos
adeptos com a CCB reflete nos paradigmas compreendidos nas respostas, como
aponta