Toda a irmandade da CCB sabe, e os outros evangélicos também, que essa religião nutre um ódio doentio pelos pastores de outras denominações evangélicas.
Com certeza esse ódio é nutrido pelo conceito herético que eles têm de que todo pastor é mercenário.
Fazem conexão entre ser pastor com ser mercenário.
Para isso, usam de uma exegese falsa de textos do Antigo e do Novo Testamentos, o que sugestiona os crentes incautos e fanáticos da CCB a crerem que sua “igreja” é a única que tem Jesus como Pastor.
Usando de textos fora do contexto costumam dizer aos crentes de outras igrejas que na CCB só Jesus é o Pastor, e nas seitas (nome que dão às outras igrejas evangélicas) o pastor é um homem mercenário.
Os textos prediletos usados por eles são: Salmos 23:1 e João 10:11-14, onde é dito respectivamente que o Senhor é o meu Pastor, e que Jesus é o Bom Pastor.
Alguns também gostam de usar o texto de Eclesiastes 12:11, onde se fala sobre o único Pastor:
“As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos, bem fixados pelos mestres das assembléias, que nos foram dadas pelo único Pastor.” – (Eclesiastes 12:11)
Aparentemente, o argumento da CCB parece ser verdadeiro, pois se em Salmos 23 está escrito que “o Senhor é o meu Pastor”, em Eclesiastes está escrito “único Pastor”, e se Jesus disse que é “o Bom Pastor”, então é errado mesmo usar para os pregadores e líderes de igrejas o nome de pastor.
Mas será que está certa essa interpretação da CCB?
Esses textos são os únicos que devem ser considerados para se formar uma doutrina sobre isso? Essas passagens encerram tudo o que a Bíblia diz sobre pastores?
Não – absolutamente.
Existem outras passagens importantes da Escritura que devemos levar em consideração para formularmos uma doutrina coerente com toda a Bíblia sobre esse assunto:
Uma passagem relevante, que devemos considerar está no Antigo Testamento, e trata-se de Jeremias 3:15:
“E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência.” – (Jeremias 3:15)
Outra passagem similar, que encontramos no mesmo livro, traz a mesma promessa:
“E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o SENHOR.” – (Jeremias 23:4)
Nessa passagem, o Senhor promete que daria ao seu povo pastores segundo o Seu coração, o que foi cumprido posteriormente, no Novo Testamento, através do ministério apostólico da Igreja Primitiva.
No Novo Testamento temos 3 passagens importantíssimas, que comprovam o cumprimento dessa profecia de Jeremias.
Examinemos cada uma delas:
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,” – (Efésios 4:11)
Nessa passagem está a confirmação da profecia de Jeremias: Deus disse através do profeta veterotestamentário que daria pastores, e o apóstolo Paulo atesta que Ele mesmo deu uns para pastores.
As outras 2 passagens restantes, do Novo Testamento estão em Hebreus 13, onde em dois versículos o autor anônimo (possivelmente Paulo) diz:
“Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.” – (Hebreus 13:7)
“Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” – (Hebreus 13:17)
Não há confusão na Palavra de Deus, o que acontece é que a CCB não interpreta as Escrituras Sagradas com fidelidade, mas distorcem a Bíblia de acordo com seus dogmas, criados na mente alucinada de seus líderes falsos profetas.
Uma das coisas que Ricardo Adam fará, se for eleito presidente dos anciãos da CCB, é extinguir o cargo de cooperador e implantar o cargo de pastor na CCB.
Entre outras propostas de mudança da Reforma, estaremos implantando o ministério de pastor e pastor de jovens e menores, extinguindo o ministério de cooperador e cooperador de jovens.
A CCB é tão dogmática nesse assunto de que só Jesus é Pastor que no seu hinário existem 2 hinos com mensagem subliminar a respeito disso: os hinos de nº 23 “O Senhor é o Meu Pastor” e 426 “Jesus, ó divinal Pastor”.
Como veremos em artigo a ser apresentado no site, a CCB incute na mente dos seus fiéis suas heresias também subliminarmente através da maioria dos seus hinos.
Outro cavalo-de-batalha que a CCB faz é no tocante ao salário dos pastores evangélicos.
Afirmam que todos são mercenários porque recebem salário, como se isso não tivesse um precedente bíblico que autorizasse tal prática.
Vide algumas passagens bíblicas que autorizam e confirmam a legitimidade da existência de pastores assalariados nas igrejas:
“E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa.” – (Lucas 10:7)
“Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.” – (I Coríntios 9:14)
“Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário.” – (I Timóteo 5:18)
Tanto Jesus quanto Paulo ratificam essa verdade, mas a CCB diz que Paulo não era assalariado, portanto eles seguem o exemplo de Paulo.
É verdade que muitas vezes Paulo trabalhou com as próprias mãos, fazendo tendas para seu sustento e dos que estavam com ele, porém a CCB despreza a passagem bíblica onde o próprio apóstolo diz que recebeu salário das igrejas também:
“Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado.” – (II Coríntios 11:8)
Paulo recebeu salário de outras igrejas para suprir a necessidade que passava quando pastoreou os coríntios.
Ele não recebeu salário dos coríntios porque eles desprezavam sua autoridade apostólica, por isso Paulo não queria passar a imagem de que pregava o evangelho a eles por dinheiro, já que essa era uma igreja muito problemática, como todo o contexto de I e II Coríntios comprova.
Paulo não entraria em contradição num assunto tão sério como esse, pois em algumas cartas defendia o salário do obreiro como então agora condenaria?
Mais uma vez afirmamos que é necessário conhecer todo o contexto da Bíblia para que possamos formular doutrina.
A Palavra Deus, infalível e inerrante, nos ensina que Jesus Cristo, o Sumo Pastor (I Pedro 5:4) nos deu pastores para o ministério, e também que eles são obreiros da casa de Deus, portanto dignos de receber salário.
Logicamente entendemos que existem pastores mercenários, porém não são todos, assim como existem diáconos honestos na CCB e diáconos ladrões de coletas.
Cabe à liderança da igreja identificar os tais e destituí-los dos seus ministérios.
Agora não é porque existem diáconos ladrões que iremos extinguir o ministério de diáconos da igreja, da mesma forma não é porque existem pastores mercenários que iremos extinguir o ministério de pastores na igreja, sendo que esses cargos ministeriais foram instituídos pelo Senhor, conforme aprendemos da Sua Palavra.
“Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém.” – (Hebreus 13:20,21)
Jesus é o Grande Pastor das ovelhas, e os pastores instituídos por ele são logicamente menores do que Ele, e, além disso, são também ovelhas do Seu Aprisco.
Os pastores instituídos por Cristo são ovelhas também, porém ovelhas encarregadas de apascentar o rebanho do Grande Pastor.
A CCB não entende isso, então criou esse mito de que todo pastor é mercenário e está usurpando o lugar de Cristo como Pastor.
Quando essa religião voltar para a Bíblia Sagrada, e abandonar suas heresias e doutrinas de homens, então compreenderá com todos os santos a importância dos pastores nas igrejas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Usar a internet, celular e outros meios de comunicação para ofender ou prejudicar o outro é crime. A prática é conhecida como Cyberbullying e pode acarretar processos tanto no campo cível, com dano moral, quanto na área criminal, como injúria, calúnia e difamação
Cuidado reconheço IP e posso usar lei 12.737 contra usuarios mal intencionados ,