terça-feira, 11 de outubro de 2022

Deve o Cristão ser Maçom?

 Origem e história

“1. Etimologicamente, este termo provém do baixo latim machio, `macio’, que também se diz provir do alemão metz; `cortador de pedra’; a do francônio manjo, cognato de sânscrito matya `clube’, a do inglês mason e do francês maçon `pedreiro’. 2. Um membro da maçonaria operativa ou especulativa.”
A exata origem da maçonaria é desconhecida, diz o Dicionário da Maçonaria, de Joaquim Gervásio de Figueiredo: “As origens reais da maçonaria se perdem nas brumas da Antigüidade”. Afirmam que começou com o Templo de Jerusalém, construído por Salomão. A maçonaria, como a conhecemos hoje, segundo o já citado dicionário, no verbete Franco-maçonaria, “foi fundada em 24 de junho de 1717, em Londres”.

A origem da maçonaria está ligada às lendas de Ísis a Osíris, Egito; ao culto a Mitra,vindo até a Ordem dos Templários e a Fraternidade Rosa Cruz. Segundo Jesus Hortal, em sua obra Maçonaria e Igreja: Conciliáveis ou Inconciliáveis?, a maçonaria é um desdobramento das antigas corporações de pedreiros surgidas na Idade Média. Estas corporações, com o passar do tempo, chegaram a monopolizar a arte gótica, pois construíram uma multinacional da arquitetura. Seus artistas e pedreiros, que trabalhavam a “pedra franca” ou arenito, cujas marcas podem ser vistas nas grandes catedrais da Espanha, França, Inglaterra e Alemanha.

Em 1717, data reconhecida pela própria maçonaria como a de sua fundação, foi que quando lojas maçônicas de Londres se unificaram e deram origem à Grande Loja da Inglaterra, conhecida como Maçonaria Especulativa ou Franco-Maçonaria. James Anderson, presbiteriano e John Desagulliers, huguenote, lideraram esse movimento. A Grande Loja de Londres é o berço da maçonaria.

Em 1723, James Anderson publicou as Constituições da maçonaria, sendo até hoje documentos universalmente aceitos como base de todas as lojas maçônicas. Essas Constituições foram levemente revisadas quinze anos depois de sua publicação. Em abril de 1738, o papa Clemente XII promulgou a primeira sentença de condenação católica à maçonaria, na bula In Eminenti Apostulatus Specula.

Influência da maçonaria Os maçons desempenharam um papel extraordinário na Revolução Francesa – Queda da Bastilha, isso inspirados nos ideais de liberdade, igualdade a fraternidade, representados nas três cores da bandeira francesa.
Operam nos EUA 15.300 lojas a mais de 33.700 em todo o mundo. A influência deles nos EUA sempre foi muito grande. Catorze presidentes americanos foram maçons, destacando-se entre eles George Washington, James Monroe, Andrew Jackson, James Garfield, Howard Taft, Franklin Delano Roosevelt, Harry Truman a Gerald Ford, entre outros4
Na religião, mesmo com a oposição da Igreja Católica, os maçons estão presentes.

Por incrível que pareça, até o fundador das Testemunhas de Jeová, Charles Taze Russell, teve ligações com a maçonaria, segundo Fritz Springmeier, em sua obra The Watchtower and the Masons – A Torre de Vigia a os Maçons. Justifica isso pelo fato de Russell haver pregado em lojas maçônicas, haver em seu túmulo uma pirâmide, e o use da cruz dentro da coroa, com logotipo da Sociedade Torre de Vigia, impresso nas edições da revista The Watchtower- a atual A Sentinela até 1930.
Isso também pode ser visto no mormonismo. Ritos a símbolos maçônicos estão presentes ainda hoje na Igreja dos Santos dos Últimos Dias – Igreja Mórmon. No começo “Muitos maçons preeminentes tornaram-se mórmons”.

A influência da maçonaria na história do Brasil tem sido grande. Ninguém pode negar os relevantes serviços que a maçonaria tem prestado à nossa nação.

A Inconfidência Mineira. Foi na casa de Silva Avarenga que se formou uma academia literária, que, na verdade, era uma loja maçônica. Nela foi iniciado um moço conhecido como Tiradentes. A bandeira da Inconfidência tinha o dístico libertas quae sera tamem e o triângulo maçônico.
Foi sob inspiração maçônica que a revolução republicana de 1817, em Pernambuco, teve início. Esse movimento fez D. João VI decretar a proibição da Maçonaria.

Gonçalves Ledo a José Bonifácio com outros maçons tramaram a Inconfidência do Brasil. Um mês após proclamar a independência, D. Pedro I foi aclamado Grão-Mestre Geral da Maçonaria no Brasil, e o Marechal Deodoro ocupava esse cargo ao proclamar a República em 1889. A maçonaria esteve presente desde a Independência do Brasil até a Proclamação da República.

Hoje a maçonaria tem influência muito grande no Brasil a no mundo: são cerca de 6 milhões ao todo, em mais de 164 países, sendo cerca de 150 mil no Brasil. Há grande quantidade de parlamentares, altos funcionários do governo, líderes religiosos, muitos empresários e membros de outras elites. Na inauguração do novo Palácio Maçônico de Brasília do Grande Oriente do Brasil, compareceram 120 parlamentares, além do então Ministro da justiça, Maurício Correia.

Graus da maçonaria É considerado maçom quem passar pelos três primeiros graus: Aprendiz, Companheiro a Mestre. A maçonaria do Rito Escocês tem 32 graus, desde Aprendiz até o Grau do Sublime Príncipe do Real Segredo. O Grau 33 é honorário. Os três primeiros graus são chamados de graus da Loja Azul, pois são comuns a qualquer rito maçônico. Os dois ritos mais conhecidos são o Rito Escocês e o Rito de York. O Rito Egípcio ou de Misraim tem 90 graus.
Os graus do Rito Escocês estão divididos em 4 séries: Graus simbólicos: 1°. ao 3°. ; Graus capitulares: 4°. ao 18°. ; Graus filosóficos: 19°. ao 30°.; a os Graus superiores: 31°. até o Grau 33.

Graus do rito escocês Loja Azul ou Graus Simbólicos Graus Filosóficos 1. Aprendiz 2. Companheiro 3. Mestre Graus Capitulares 4. Mestre Secreto 5. Mestre Perfeito 6. Secretário intimo 7. Chefe a Juiz 8. Superintendente do Edifício 9. Mestre Eleito dos Nove 10. Ilustre Eleito dos Quinze 11. Sublime Mestre Eleito12. Grande Mestre Arquiteto 13. Mestre do Arco Real de Salomão 14. Grande Eleito Maçom15. Cavaleiro do Oriente ou da Espada 16. Príncipe de Jerusalém 17. Cavaleiro do Leste a Oeste 18. Cavaleiro da Ordem Rosa Cruz Graus Filosóficos19. Grande Pontífice20. Grande Ad-Vitam21. Patriarca Noachita ou Prussiano22. Cavaleiro do Machado Real (Príncipe do Líbano)23. Chefe do Tabernáculo24. Príncipe do Tabernáculo25. Cavaleiro da Serpente de Bronze26. Príncipe da Misericórdia27. Comandante do Templo28. Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto29. Cavaleiro de Santo André30. Cavaleiro CadoshGraus Superiores31. Inspetor Inquisidor32. Mestre do Segredo Real33. Grande Soberano Inspetor Geral
Maçonaria e religião

Os maçons e a maçonaria procuram desmentir o fato de que a maçonaria seja uma religião. Quando mostramos na literatura deles, nos mais ilustres autores, características de religião na maçonaria, geralmente respondem: “Isso é interpretação pessoal do autor a não representa a maçonaria”. Para evitar esse tipo de problema, John Ankberg a John Weldon escreveram para 50 Grandes lojas dos Estados Unidos, com a seguinte pergunta: “Como um líder maçônico oficial, que livros e autores V. Sa. recomenda como tendo autoridade com relação ao tema maçonaria?”

Eles receberam a resposta de 25 Grandes lojas. Em primeiro lugar ficou Henry Wilson Coil, sua obra Coil’s Masonic Encyclopedia: Enciclopédia Maçônica de Coil, com 44%; em terceiro, Albert G. Mackey, obra Mackey’s Revised Encyclopedia of Freemasonry: Enciclopédia Revisada da Franco-Maçonaria de Makey, com 32%, a em nono lugar Albert Pike, por sua obra Morals and Dogma: Moral e Dogma, com 16%.

Os demais serão citados este artigo, se necessário.
Albert G. Mackey diz: “A Maçonaria pode ser corretamente chamada de instituição religiosa… A tendência de toda verdadeira Maçonaria é com a religião… Veja os antigos Landmarks (doutrinas), suas sublimes cerimônias, seus profundos símbolos a alegorias, tudo focalizando verdadeiros ensinos religiosos a quem pode negar que a Maçonaria é uma instituição eminentemente religiosa?
Além dessa declaração inequívoca, de uma autoridade indiscutível, acrescentamos que a Maçonaria tem todas as características de religião.

Orações na abertura a encerramento de todas as suas cerimônias. Templos ou Lojas: “Consagração (da Loja) é um ato essencialmente místico, esotérico, pois quem dá vida a uma Loja é o Grande Arquiteto do Universo. Segundo o mesmo Dicionário, “na Maçonaria, o tratamento entre os seus adeptos é o de “irmão”. Cerimônias fúnebres e enterros maçônicos: “EXÉQUIAS – Significam “funerais”… uma Pompa Fúnebre, obedecendo Ritual apropriado. Batismo de crianças. Doutrinas. código de moral, os Landmarks. Juramentos.

Ministros Oficiantes: “Vinte são os cargos que compõem uma Administração, a cada Oficial usará a seguinte Jóia: Venerável Mestre, 1° Vigilante, 2° Vigilante, Orador, Secretário, Tesoureiro, Chanceler, 1° a 2° Diáconos, Mestre de Cerimônias, 1° Experto,Hospitaleiro, Porta-Estandarte, Porta- Espada, Mestre de Banquetes, Arquiteto, Bibliotecário, Guarda do Templo, Cobridor Externo. Todos os atos litúrgicos maçônicos exigem do maçom, atos sucessivos de Fé. Ceia Mística: “A Ceia realiza-se na Iniciação do novo Cavaleiro Rosacruz a na quinta-feira de endoenças.

Os dogmas sustentados pela Maçonaria: Paternidade de Deus, fraternidade dos homens, imortalidade da alma.
Uma instituição com todos esses ritos a práticas, se não for uma religião, fica difícil saber o que se entende por religião; então os maçons estão brincando de religião dentro da maçonaria. O fato de os maçons insistirem na tese de que não se trata de uma religião, não, invalida os fatos. Não é pelo fato de um grupo de pessoas afirmar que pau é pedra que isso mudará a realidade. Os kardecistas, os rosacruzes e a seita Seicho-No-Iê também negam ser seu movimento uma religião, afirmam que é uma ciência ou filosofia. Como os espíritas e outros, há inúmeros grupos religiosos não ortodoxos que recusam ser considerados “comunidade religiosa”.

Por que não se denominam religião? A razão é óbvia. As lojas não terão novos adeptos se todos tomarem conhecimento de que se trata de uma religião de caráter secreto. Nesse caso as pessoas, principalmente as que já pertencem a um segmento religioso, não se interessariam por iniciar-se na maçonaria. Assim, a maçonaria declara-se não ser uma religião, sem interferir na religião de ninguém, ao afirmar, ainda, que uma das razões de sua existência é ajudar diversas igrejas. Com essa aparente neutralidade, a maçonaria consegue a simpatia de membros de diversos segmentos religiosos e até mesmo de alguns pastores evangélicos, que chegam a batizar maçons, sem problema algum.

Confissão do primeiro grau No primeiro grau da maçonaria o candidato admite que é profano, que está nas trevas em busca de luz, pois a maçonaria afirma que todos os que não são maçons estão em trevas .
A Palavra “profano” aparece em Hebreus 12.16, com relação à pessoa de Esaú. “Profano” significa um homem secularizado. A Bíblia diz que estávamos em trevas, antes de conhecermos a Jesus (Ef 5.8-12). Jesus, a Luz do Mundo (Jo 8.12; 12.46) nos transportou do reino das trevas para o reino da luz (CI 1.12-14), por isso somos filhos da luz (I Ts 5.4,5). Como podem os cristãos aceitar essa condição de profanos e que estão em trevas, que vão buscar na maçonaria essa luz?

O juramento iniciático da maçonaria Em cada grau o maçom é submetido a um juramento. As paredes da câmara são completamente negras a têm como decoração alguns esqueletos, cabeças de mortos a lágrimas. A câmara é lugar de purificação, tomada dos antigos mistérios, por meio do elemento terra: “Eu, (cita o seu nome), juro e promete, de minha livre vontade a por minha honra a pela minha fé, em presença do Grande Arquiteto do Universo e perante esta assembléia de maçons solene a sinceramente, nunca revelar qualquer dos mistérios da maçonaria que me vão ser confiados, senão a um legítimo irmão ou em loja regularmente constituída; nunca os escrever, gravar, imprimir ou empregar outros meios pelos quais possa divulgá-los. Se violar este juramento, seja-me arrancada a língua, o pescoço cortado e meu corpo enterrado na areia do mar, onde o fluxo e o refluxo é das ondas me mergulhem em perpétuo esquecimento, sendo declarado sacrilégio para com Deus e desonrado para os homens. Amém”.

Análise do juramento à luz da Bíblia Enumeramos algumas objeções contra o citado juramento da maçonaria: É proibido pela Bíblia (Mt 5.34; Tg 5.12; Lv 5.4). Tem caráter profano – nele o cristão declara entregar o seu corpo para ser mutilado por uma sociedade secreta. Nosso corpo pertence a Deus e não estamos autorizados a entregá-lo a uma sociedade mundana. (1 Co 6.19,20). O segredo organizado e sistemático, como é próprio da maçonaria, é contrário ao ensino bíblico (Jo 18.20; o Mt 10.26,27; Mt 5.14,16). Satanás é príncipe das trevas, e as trevas são refúgio do pecado (Jo o 3.19-21; Ef 5.8,11). A sociedade do fiel com o infiel (11 Co 6.14-17). Um juramento terrível estabelece mais do que amizade entre o fiel e infiel: estabelece fraternidade indissolúvel, e a promessa de guardar segredos que ainda se ignoram (Lv 5.4). Tal juramento é uma escravização da consciência. Não devemos, sem infidelidade a Deus, submeter nossa consciência a um poder estranho (II Co 5.10).

A Bíblia na maçonaria A maçonaria se vangloria de honrar a Bíblia como a Palavra de Deus. Ensina que a Bíblia é a “grande luz da maçonaria”, recomendando aos maçons que a estudem regularmente. A maçonaria ensina que as três grandes luzes são: a luz da Bíblia, a luz do esquadro e a luz do compasso. A maçonaria realmente crê na Bíblia, mas somente como um símbolo da vontade de Deus, e não como fonte de ensinamento divino. Disse Coil: “A opinião maçônica prevalecente é que a Bíblia constitui apenas um símbolo da vontade, lei ou revelação divina, a não que seu conteúdo é lei divina, inspirada ou revelada”.

Vemos no Dicionário da Maçonaria, p.122, que o emblema da loja maçônica é constituída de “Volume da Ciência Sagrada, o Esquadro e o Compasso”. Coloca assim a Bíblia em paridade com outros símbolos, isto é, o “Volume Sagrado” que, além da Bíblia, também pode ser o Alcorão, a Tripitaka, os Vedas, o Livro de Mórmon etc. “Varia segundo a Escritura Sagrada de cada povo”. Colocam agora, além dos símbolos da maçonaria, livros de religiões opostas ao cristianismo, no nível das Escrituras Sagradas.

Isso torna evidente que a Bíblia não é usada na maçonaria como regra de fé e prática. A Bíblia, assim como a bandeira, é um símbolo. A bandeira é apenas um pedaço de pano, porém representa coisas importantes para um povo, como a sua liberdade. Para os maçons a Bíblia é apenas um livro sem valor textual, que apenas representa a Palavra de Deus, a isso unicamente nos lugares onde predomina o cristianismo.

Se considerarmos, por exemplo, a loja de Utah, EUA, a Palavra de Deus está representada pelo Livro de Mórmon; se considerarmos a Índia, o símbolo é os Vedas; na Arábia o Alcorão, a assim por diante.
Disto se pode ver que o propósito da maçonaria é usar o temor e o reconhecimento de várias Escrituras para obter o juramento de fidelidade à autoridade do livro que o maçom considera sagrado e pelo qual se compromete em obedecer à maçonaria.

Em suma, para a maçonaria a Bíblia é apenas um símbolo, uma peça decorativa em que não deve crer, pois não é a literal vontade de Deus, à qual não se deve obedecer.
Considera ainda que alguns dos relatos bíblicos não passam de lenda: “Sua lenda (Jonas) muito se assemelha à Musarus Oannes, de tradição caldéia, que surgiu do Mar Eritreu e aportou entre os primitivos babilônicos durante o reinado do antediluviano Ammenon.

Como o cristianismo histórico ortodoxo recebe a Bíblia? O Senhor Jesus Cristo, a maior autoridade no céu e na terra (Mt 28.18), disse que a Bíblia é a Palavra de Deus (Mc 7.13) e não simplesmente um símbolo ou uma alegoria. Deve-se obedecer à Bíblia como Palavra de Deus (Is 8.20), é um conjunto de livros inspirados por Deus (II Tm 3.16,17) Isto é enfatizado repetidamente nas Santas Escrituras, enquanto a maçonaria nega a Bíblia como literal Palavra de Deus.
Jesus disse mais sobre a Bíblia: “E a Escritura não pode ser anulada” (Jô 10.35). “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (Jô 17.17). “Nem só de pão vive o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4). “Porque lhes dei as palavras que tu me destes; e eles a receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti; e creram que me enviaste” (Jo 17.8). “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35). “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia” (Jo 12.48)

DeusA maçonaria compreende diversas crenças; logo, tem em seu meio diversos deuses. A Maçonaria não desconsidera a crença em um deus; ao contrário, exige que seus seguidores acreditem “num Ser Supremo”. É assim que declara o Dicionário da Maçonaria, já citado, no verbete “Profano”, onde se indicam os principais requisitos para alguém se tornar maçom, e na página 365, artigo 8° declara: “Crer num Ser Supremo”. Logo, um ateu não pode ser maçom.

G.A.D.U. Embora a maçonaria não procure identificar deus, dá-lhe o nome de G.A.D.U – “Nome pelo qual na maçonaria se designa Allah, Logos, Osíris, Brahma, etc., dos diferentes povos, já que ali se considera o Universo como uma Loja ou Oficina em sua máxima perfeição.
O deus da Maçonaria, como vemos, não é identificável: pode ser aceito pelos cristãos, hindus, budistas, islamitas, judeus, etc.; logo ele não pode ser o mesmo deus.
O Deus da Biblia adorado pelos cristãos é conhecido por vários nomes, como: Adonay – “Senhor” (Is 6.1), Elohim – “Deus” (Gn 1.1), Yahweh – “Jeová, Iavé ou Senhor” (Ex 3.14), El Olam – “Deus Eterno” (Gn 21.33; Is 40.28), El Elyon – “Deus Altíssimo” (Gn 14.19,20), El Shaday – “Deus Todo Poderoso” (Gn 17.1).

O deus do bramanismo é Brahma, que é impessoal, monístico (nem unitário, nem trinitário) ou politeísta. O budismo é politeísta (crê em Buda como se fosse um deus, e há centenas de outros deuses bons e maus) ou simplesmente ateísta, afirmando que não há Deus. O deus do mormonismo é um homem exaltado, entronizado no mais alto céu e que partiu da condição de homem (Adão) até alcançar a divindade (Ensinamento do Profeta Josefh Smith,336).
Então, o que a maçonaria na verdade quer dizer é que não aceita os deuses das religiões, mas muda o deus de cada religião numa forma única: G.A.D.U.

A maçonaria faz imensa confusão de conceitos. Primeiro diz que não se interfere nos princípios religiosos de cada seguidor; depois ensina o único nome pelo qual se deve chamar a Deus, exigindo então uma crença em um “Ser Superior”. Alega que se alguém clama por deuses de diferentes nomes é apenas por não os conhecer melhor, por ignorância espiritual.

A maçonaria se propõe então a remover estas trevas revelando que, embora imperfeitos a todos os homens é conferido o direito de adorar o único e verdadeiro Deus. É difícil entender, de uma vez por todas, quem é essa divindade a que se refere a maçonaria: porém, já está claro que não é o Deus da Bíblia. O leitor dos ensinamentos de Alberto Pike sobre Deus, de alto grau na maçonaria, reconhece isso claramente.

A maçonaria se refere à sua divindade, usando nomes para deuses considerados abomináveis na Biblia. A maçonaria não é apenas uma entidade de conceitos pagãos, mas um reavivamento dos antigos cultos pagãos de mistérios.
No grau do Real Arco do Rito de York, o maçom reconhece que o verdadeiro nome de Deus é Jabulon, que até os três primeiros graus de chamou G.A.D.U. Nesse mesmo Real Arco Rito de York, a maçonaria une Yahweh com divindade pagãs como Baal, On e Osíris.

Cada sílaba da palavra Jabulon representa um deus. Segundo Coil, é uma associação de Javeh, Baal ou Bel e Om (Osíris, o deus-sol do Egito). Ja – representa Javé; Bul ou Baal – representa o antigo deus cananita, deus nacional dos fenícios, terra de Hirão, rei de Tiro (II Rs 1.2-4); On representa Osíris, o misterioso egípcio. Ora, se a maçonaria começou com o Templo de Jerusalém, construído por Salomão, então ela se desviou há muito tempo, pois a Bíblia diz que esse Templo foi construído para que nele o nome de um Deus específico e único permanecesse, fato que exclui os demais deuses (I Rs 9.3; II Cr 7.16).

Comparando G.A.D.U. com Deus A Bíblia diz que Deus não aceita outros deuses. (Is 44.6, 8; 45.5). A Bíblia diz que Deus é maior que os falsos profetas adorados pelos homens (II Cr 2.5). A crença maçônica é henoteísta (crença em que o adorador adora a um só Deus, mas admite a existência de outros). “Porque grande é o Senhor, e mui digno de ser louvado, e mais tremendo é do que todos os deuses. Porque todos os deuses das nações são vaidades; porém o Senhor fez os céus” (I Cr 16.25,26). “Ao Senhor teu Deus temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás. Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que houver à roda de vós, porque o Senhor vosso Deus é um Deus zeloso no meio de ti; para que a ira do Senhor teu Deus se não ascenda contra ti, e te destrua de sobre a face da terra.” (Dt 6.13-15).

O rei Salomão e Deus Para justificar essa união híbrida entre o Verdadeiro Deus e outros falsos deuses, a maçonaria menciona Salomão: “O rei Salomão se caracterizou por certo espírito eclético. Conforme várias passagens bíblicas, os hebreus também tributavam honras semelhantes a outros deuses, a ponto de os profetas os censurarem (Ez 8.14), e o próprio rei Salomão não era monoteísta ortodoxo. (I Rs 11.5,7), talvez em respeito aos países vizinhos, muitos deles, seus aliados, bem como várias tribos que estavam a seu governo.”
A maçonaria exclui, intencionalmente, o versículo 6 de I Rs 11, pois lá se confirma o seguinte: “Assim fez Salomão o que parecia mal aos olhos do Senhor, e não perseverou em seguir ao Senhor, como Davi seu pai”. Embora no seu reinado não houvesse divisão, tal aconteceu no reinado de seu filho Roboão, justamente por causa da apostasia de Salomão.

Jesus Cristo A maçonaria afasta o homem de Jesus Cristo, de cinco maneiras:
1ª – Elimina o nome de Jesus de suas orações e citações de suas escrituras. Eis uma fonte de oração recomendada pela Maçonaria: “Eis-nos, Oh! G.A.D.U., em quem reconhecemos o Infinito Poder e a Infinita Misericórdia, humildes e reverentes a teus pés…

Dá-nos que, por nossas obras, nos aproximemos de Ti, que és Uno e subsistes por Ti mesmo…
Presta a esse candidato, agora e sempre, tua proteção e ampara-o com teu braço onipotente em todos os perigos por que vai passar.”
Como se lê nessa oração o maçom se aproxima de Deus firmado em suas boas obras, e não no reconhecimento da medição de Cristo (Jo14.13,14; I Tm 2.5).

A maçonaria retira o nome de Cristo de diversos trechos da Bíblia em rituais maçônicos, nas citações etc. I Pd 2.5. O Ritual Maçônico diz: “… para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus…”, I Pd 2.5, na Bíblia, diz: “para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (grifo nosso). Nessas passagens os maçons não citam o nome de Jesus, como também não o citam, por exemplo, em II Tessalonicenses 3.6; 3.12.

Todo cristão deve saber que a Bíblia é a Palavra de Deus e que, portanto, não pode ser alterada (Dt 4.2; Ap 22.18,19). O maçom não só retira o nome de Jesus da Bíblia, como também proíbe que se façam orações no nome dele. A Bíblia deixa claro que todo cristão ora em nome de Jesus: “E tudo quando pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho”. (Jo14.13). “Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu farei.” (Jo14.14)

Considere a seguinte declaração apenas como ilustração da proibição de orar em nome de Jesus: “O vigilante chamou-me em particular e repreendeu-me claramente. Ele disse que eu tinha usado o nome de Jesus no encerramento de minha oração. Por isso ele disse que eu poderia ser repreendido… Fui chamado à Secretaria do Rito Escocês para ouvir sobre a maneira imprópria de orar. Ele foi delicado, mas me proibiu encerrar qualquer oração ‘em nome de Jesus’. Ele disse: “Faça uma oração universal”.

O motivo por que a maçonaria proíbe o nome de Jesus nas suas orações é que alguns maçons não são cristãos, e isso os escandaliza. Será que a maçonaria se envergonha do nome de Jesus? É bom lembrar que Jesus disse que quem se envergonhasse de Seu nome, ele se envergonharia dele diante do Pai. (Mt 10.32,33; I Jo2.23; 4.3,14,15; 5.10-12).

2ª – Requer dos cristãos que desobedeçam a Jesus, proibindo toda a discussão sobre ele nas atividades da Loja. O cristão é ordenado por Jesus para testificar dele a todos os homens, (Mt 28.18-20). Paulo disse que tudo fazia por todos, para, por todos os meios, salvar alguns (I Co 9.16-19; II Tm 4.1-4; Rm 10.11-15).

3ª – Oferece os títulos e ofícios de Cristo a descrentes. Os títulos e ofícios de Cristo são apropriados pelos maçons durante seu ritual e usados nas citações secretas: Eu sou o que Sou, Emanuel, Jeová, Adonai.

4ª – A maçonaria ensina que Jesus foi meramente um homem fundador de uma religião como outros. No verbete “Religião” do Dicionário da Maçonaria, se diz: “Seus imortais fundadores foram todos mensageiros da Verdade Única” e diz ainda… “Todos eles foram unânimes em proclamar a paternidade de Deus e a fraternidade dos homens. Tal foi a mensagem de Vysa, Hermes Trimegistro, Zarathustra, Orfeu, Krisna, Moisés, Pitágoras, Cristo, Maomet e outros. A maçonaria rejeita a Javé-Deus. Permite, ao mesmo tempo, que os deuses do hinduísmo, islamismo, mormonismo, xintoísmo sejam adorados em torno do altar da Loja, de acordo com a idéia de cada indivíduo. Num nível mais alto, a maçonaria define Deus como G.A.D.U.: um vago e absolutamente desconhecido, um inofensivo deus, encorajando todos os homens a adorá-lo.
5ª – Afirma que a mensagem cristã sobre a redenção exclusiva na pessoa de Cristo é meramente um retorno às antigas “histórias pagãs”.

A posição da Bíblia, referente a Jesus A Bíblia ensina que Jesus é o Salvador. “Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nosso pecados” (I Jo4.10). “E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu filho para Salvador do mundo” (I Jo 4.14).
Outros ensinamentos sobre Jesus na Bíblia. Filho Unigênito de Deus (Jo1.1-14; 3.16); Eterno (Is 9.6; Mq 5.2; Hb 13.8); Sábio (Lc 2.40,47.52; I Co 1.24; Cl 2.3); Luz do Mundo (Jo1.8;8.12); acima de qualquer outro (Ef 1.20, 21; Jo3.31); Deus Verdadeiro (Jo1.1; Cl 2.9; Tt 2.13; I Jo5.20); Criador (Jo1.1-3; Cl 1.16-18; Hb 1.2,8-10); Juiz (Jo5.22,23; Mt 25.31-34, 41,46).

Os escritores do Novo Testamento, assim como o próprio Jesus, declararam ser ele o Salvador do mundo, cuja morte na cruz pagou a penalidade do pecado do homem. (Jo 1.29; 4.3.16; 6.29;14.6; Mt 16.21-23; 20.28; Jo 3.16; I Tm 2.5,6; At 4.12). Todos os textos citados provam sobejamente que o conceito maçônico quanto a Jesus está errado e não pode ser aceito pelos cristãos. Jesus preveniu: “E por que chamais, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” (Lc 6.46). Os rituais maçônicos exigem que primeiro o cristão jure fidelidade à Loja, e não a Jesus. Os juramentos maçons forçam o cristão a desobedecer a Jesus Cristo.

A maçonaria chama o seu deus desconhecido pelo nome secreto de JABULON, que é um ajuntamento de dois deuses pagãos como Javé, o verdadeiro Deus. Devido a essa atitude, a maçonaria tem rejeitado a Deus, revelado no Pai, no Filho e no Espírito Santo. (Mt 28.19; Gn 1.26).
Um cristão não deve ingressar na maçonaria, sabendo que ela o leva a blasfemar contra Deus. Jesus ensinou que ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6.24). O cristão não tem possibilidade de ser maçom e cristão ao mesmo tempo e precisa decidir por Cristo ou um politeísmo que envolve Baal e Osíris. É impossível conciliar maçonaria com cristianismo.

Ocultismo e maçonaria A maçonaria possui também seu lado oculto. “OCULTISMO: … é o estudo dos mundos superiores ao físico: o astral, o mental e outros; é o conjunto de métodos ou disciplinas da educação individual. A maçonaria também possui seu lado oculto, que uns sistemas e ritos realçam mais que outros, porém todos têm o mesmo objetivo de aperfeiçoamento moral, intelectual e espiritual do homem, do que decorrem direitos e deveres inalienáveis.
A revista ANO ZERO, nº 18 de outubro de 1992, p. 42, declara: “O esoterismo na Maçonaria é dos elementos que mais fascinam os iniciados e também pessoas que não fazem parte da ordem”.

Ensino bíblico Em Dt 18.9-12, Deus previne os homens contra as atividades ocultistas, ao declarar serem abomináveis à sua vista tais práticas. Muitos maçons que participam dos rituais não entendem seu sentido ocultista. O fato de que muitos maçons não entendem o sentido oculto dos símbolos é lamentado por Albert G. Mackey, ao dizer: “Muitos dos escritores de grande nomeada entre os maçons desconhecem o conhecimento esotérico da maçonaria”.
A maçonaria é, potencialmente, uma religião ocultista e abre a porta para o mundo do ocultista e abre a porta para o mundo do ocultismo.

Encoraja a aceitação do ocultismo, de cinco maneiras, basicamente:

1ª – Aceita as premissas da Nova Era e o conceito da moderna parapsicologia, quanto aos poderes latentes dos homens (poderes psíquicos – PSI);
2ª – Apresenta arte mágicas semelhantes a outras entidades;
3ª – Incentiva o maçom a procurar “verdades esotéricas”;
4ª – Está integrada no misticismo e incentiva o desenvolvimento do estado “alterado da consciência”;
5ª – Muitos maçons estão trabalhando para o desenvolvimento para o despertamento do que se pode denominar “Maçonaria Oculta”.

O reverendo Haroldo Reimer falou num culto que a maçonaria teve sua origem na Babilônia. Numa carta dirigida ao referido reverendo (Rio de Janeiro, 12 de outubro de 1976), um grupo identificado como Pastores e Presbíteros Maçons, Grau 33, tentou rebater essa declaração, concluindo: “O evangelho é do céu. Não se pode compará-lo a cousa alguma da terra. Mas, das coisas terrenas, a mais bela e sublime é a Maçonaria”.
Nós temos registros de que maçons nos defenderam no princípio, quando chegaram os pioneiros ao Brasil. Esses maçons chegaram a proteger nossos missionários até de assassínios. Os protegidos não eram maçons, mas pastores que morreram sem sequer saber o que é a maçonaria.

Analisando o aspecto meramente humano, não são eles problema para a sociedade, como o são os grupos religiosos não ortodoxos, antes ao contrário: são benfeitores. São simpáticos, sérios e estão preocupados com a ética. Orgulham-se de ser maçons. Qualquer cidadão de boa reputação se sentiria honrado, se fosse convidado pela maçonaria para fazer parte dela.

O problema é que há na maçonaria práticas que contrariam os princípios cristãos. Apesar do lado positivo da maçonaria, todavia, com relação à fé cristã, somos obrigados a mostrar o lado negativo. Causa-nos, portanto, espanto que uma organização com tantos símbolos ocultistas e satanistas, como o pentagrama, Baphomet, pirâmides e práticas esotéricas, cabalísticas, além das doutrinas nada ortodoxas sobre a Bíblia, Deus, Jesus Cristo e o homem, seja ainda reconhecida por evangélicos como o que há de mais belo e sublime na terra.

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