quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Estratégias de Manipulação CCB



1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO

Manter a atenção longe dos verdadeiros problemas, da raiz ou origem deles.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES

Utilizar metas bíblicas como Evangelizar o Mundo (ou a sua cidade ou bairro), Trazer o Reino de Deus, Construir um Templo etc. Quando esses “problemas” surgem, sugere-se então a solução: dinheiro e mão de obra, geralmente fazendo o fiel crer que assim ele estará ajudando a Deus ou tornando-se um  cristão especial ou vencedor.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO

Fazer concessões não bíblicas aos poucos, distanciando-se gradativamente do alvo inicial e da revelação inicial, fazendo crer que Deus é dinâmico e que Sua revelação prossegue, anulando assim a própria Palavra de Deus.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO

“Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que ‘tudo irá melhorar amanhã’ e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.”

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE

Incentivar os irmãos que se tornem tolos e infantis (no sentido de “alienados” aos fatos) para depois se tornarem sábios, invertendo falsamente o sentido de 1 Co 3:18 e 2 Co 11:3. O questionamento, a busca pessoal e a pesquisa são totalmente proibidos ou desincentivados. Em termos de pregação, costuma-se utilizar quase que exclusivamente textos e alegorias da Primeira Aliança (Velho Testamento), quase nunca abordando as Palavras de Jesus ou Epístolas como Efésios, Felipenses e Colossenses.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO

” Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos”

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE

Decorrência do item 5 acima. Quando alguém questiona ou resolve investigar uma determinada situação ou doutrina no meio do grupo e se aproxima da verdade, essa pessoa é severamente criticada, punida ou expulsa do grupo. O melhor cristão para esse grupo é aquele que não questiona, que obedece sem pensar, que oferta fartamente, que trabalha arduamente, que abandonou estudos, família ou carreira em prol do grupo, que não pesquisa ou estuda, nem se comunica com pessoas de outros grupos em busca de outros pontos de vista ou outras interpretações possíveis, ou simplesmente para ter comunhão.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE

Decorrência do item anterior, mas, nesse caso, os líderes começam a “promover” a cargos mais elevados no grupo os mais alienados, ativos fisicamente (mas acomodados em relação ao Reino) e ambiciosos, como forma de dizer ao grupo que existe um novo padrão de cristão bem sucedido: o alienado, o tolo, o acomodado e o que facilmente pode ser manipulado. Geralmente o recém-promovido é muito complacente com desvios e com pecados que lhe chegam ao conhecimento, sob a fachada de ser piedoso, amável e de fazer tudo pela unidade do grupo, uma vez que o grupo é mais importante do que as pessoas que o compõe.

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE

“Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços”. Para atingir esse objetivo, são usados textos bíblicos com acusações e condenações diretas ou indiretas, fazendo referência a metas inalcançáveis (as quais geralmente são aplicadas a casos especiais na Bíblia ou em circunstâncias fora de contexto). O cristão fisgado por essa estratégia sente-se culpado e com remorso, fazendo de tudo para libertar-se do sofrimento, o que implica mais ofertas e mais tempo para serviços não remunerados. O interessante nessa estratégia é que o líder ou aquele que propaga essas ideias está longe (ou muito longe) de viver aquilo que prega ao microfone. Veja Mt 23:4 e At 15:10. Os líderes quase nunca explicam aos membros que santidade e justiça se alcançam mediante atos de fé, através do andar diário, com pequenos gestos de piedade e mudança de caráter, como ler a Bíblia, orar ao levantar e deitar, meditar na Palavra, amar ao próximo e, principalmente, obedecer ao singelo falar do Espírito no seu coração.

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM

Através de desculpas como “como está determinado irmão?”, o sistema coleta diversas informações acerca do cristão, inclusive partindo de membros de sua própria família. Os líderes geralmente delegam outros sub-líderes para participarem de reuniões caseiras (de oração, às vezes) para que, infiltrando-se no lar dos irmãos,  possam saber o que pensa e quais os problemas dos liderados. Também usa-se a estratégia de perguntar acerca de problemas com o fim de orar depois (a oração nunca vem de fato). Da mesma forma, através do sistema de pseudo-discipulado, é possível colher uma quantidade enorme de informações, especialmente informações pessoais, envolvendo casamento, área sexual, profissional, financeira e até pensamentos, tendências e intenções dos liderados. Através de todos esses recursos, o sistema cria uma poderosa ferramenta de informações que pode ser usada pelos líderes no púlpito ou em conversas pessoais e que, geralmente, são muito bem sucedidas no convencimento voltado para obtenção de mais ofertas, mais trabalho ou até para se “comprar” o silêncio diante de um escândalo envolvendo a liderança. O sistema assim passa a conhecer mais o indivíduo do que ele mesmo, sempre com o argumento subliminar eu também sei o que você fez ou pensa, gerando medo e insegurança nos liderados, até mesmo impedindo-os de abandonar o sistema.

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