Resumo Histórico.
Esta Igreja foi fundada em abril de 1910, pelo italiano Louis Francescon, na cidade de Santo Antonio da Platina, no Paraná, Brasil. Francescon nasceu em 29 de março de 1866 na Itália, e sua morte em 07 de setembro de 1964, nos Estados Unidos.
Quando imigrado nos Estados Unidos, Francescon filiou-se à igreja Presbiteriana de Chicago, onde foi separado ao diaconato e logo após a ancião. Separou-se da igreja, alegando ter recebido uma "revelação divina" de que o batismo da tal igreja não estava certo. Após este episódio, Francescom vem para o Brasil e funda a CCB no Paraná. No mesmo ano de sua inaugurarão, vem a São Paulo, e batiza 2 dezenas de pessoas vindas de denominações evangélicas. Antes de sua morte, Francescon abriu trabalhos na Argentina e nos Estados Unidos, que com o tempo, se transformaram em denominações evangélicas. Na Argentina o trabalho de Francescon foi incorporado à Igreja Cristã Pentecostal da Argentina, e nos Estados Unidos uniu-se às Assembléias de Deus Pentecostais Italianas, formando, assim, uma nova denominação evangélica - a Igreja Cristã da América do Norte. Infelizmente, esses acontecimentos não se repetiram no Brasil. Com sede na cidade de São Paulo, a CCB apresenta doutrinas seriamente questionáveis, verdadeiras heresias, mantidas em prejuízo da integridade do evangelho.
4. 2 - Orgulho religioso.
Como já dissemos, no início desta matéria, uma das características de uma seita é a falsa afirmação que só a igreja ou denominação deles é que está certa, e que todas as demais estão fora do verdadeiro cristianismo. A CCB, como tantas outras seitas, acredita que só eles estão certos, só eles são salvos; afirmam, também, que as demais igrejas evangélicas pregam mentiras e que não há salvação para aquele que não é batizado na Congregação Cristã. Tais homens são chamados de orgulhosos e ignorantes pela Bíblia, pois apesar de nada entenderem sobre Cristo, estão envaidecidos com a idéia de serem sábios (1 Tm 6. 4), fazendo com que muitos crentes abandonem a simplicidade da fé cristã (1 Tm 6. 4). Jesus classificou tais tipos de pessoas como hipócritas, que ensinam preceitos humanos ao invés da verdade Divina (Mc 7. 7-8).
“Vamos pensar um pouco”: A CCB foi fundada em 1910. Se a salvação do homem esta condicionada à esta denominação como seus membros afirmam, significa dizer que; se seguirmos a linha de raciocino da CCB, quando afirmam ser a única “Igreja” verdadeira, chegamos a conclusão de que todas as gerações anteriores a esta data de fundação da mesma, estão condenadas. Existe ignorância maior que esta? Deus não está preocupado com a denominação A ou B, Ele enviará seu Filho para buscar sua Igreja, um povo santo que o adore em espírito e em verdade.
4. 3 - Rejeição do cargo de pastor.
A CCB ataca e repudia fortemente o cargo de pastor. O ensino de que a Igreja não deve ter nenhum pastor além de Jesus Cristo, esta em desarmonia com o ensino do Apóstolo Paulo na sua carta aos Efesios: “E a graça foi concedida a cada um de nós segundo o propósito do dom de Cristo. Por isso diz: Quando ele subiu às alturas levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens... E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com vista ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos a unidade da fé e ao pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos meninos, agitados de um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef. 4. 7- 8-11-14).
O que o ensino bíblico nos sugere, é que:
1- Pastorear é um dom de Deus (Ef. 4. 8 / Jr. 3. 15).
2- Esta função tem propósitos específicos dentro da Igreja de Cristo, que é:
· Desempenhar o trabalho divino;
· Edificar o corpo de Cristo, a Igreja.
O ensino bíblico é explicito, vejamos:
· “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a Igreja de Deus, a qual Ele comprou com seu próprio sangue” (At. 20. 28).
· “Pastoreais o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangidos, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes vos tornando modelos do rebanho” (1 Pe. 5. 2-3).
4. 4 - O salário ou sustento do pastor
A CCB é totalmente contra esta prática adotada pela maioria das Igrejas do Brasil e mundo. Alegam ser injusto este procedimento usado pelas demais denominações. É por este fato que, é muito difícil ou quase impossível, nas grandes cidades, ver alguns de seus líderes (anciões), que não sejam pessoas de posses, ou pelo menos que tenha um razoável meio de sobrevivência.
É importante que o caro aluno veja a descarada prática preconceituosa da CCB com as pessoas mais humildes financeiramente falando, pois, os irmãos sem o nível financeiro que a CCB considere desejável, tem seu crescimento ministerial praticamente impossível.
Esta forma de trabalho ou administração usado pela CCB, vem de contra mão aos princípios da Bíblia. Deus não discrimina ninguém, “Ele não faz acepção de pessoas” (Atos 10. 34).
Quanto ao sustento remunerado do pastor e daqueles que dão tempo integral à obra de Deus, é uma recomendação bíblica, por exemplo:
· O apóstolo Paulo recebeu salário de algumas Igrejas para servir os irmãos em Corinto (2 Co. 11. 8).
· Paulo ensinou a Igreja de Corinto a sustentar os pregadores do evangelho (1 Co. 9. 4-14)
· O jovem Timóteo foi advertido a não cuidar dos negócios seculares para se sustentar (2 Tm. 2. 4)
· O apóstolo Pedro disse que sua única ocupação e de seus companheiros de ministério era a oração e a pregação (At. 6. 4).
· Os apóstolos de Jesus viviam das ofertas que recebiam. Em João 12.6 lemos que existia uma bolsa onde eram depositadas as contribuições para o sustento dos discípulos, e Judas fazia as compras com o dinheiro, ali depositado (João 13. 29).
· O servo de Deus que dá tempo integral na assistência à Igreja é digno do seu salário (1 Tm. 5. 18).
4. 5 - O uso do véu
Esta exegese (interpretação, explicação ou comentário: gramatical, histórico, jurídico, etc de textos bíblicos) é, com certeza, uma das mais errôneas, feitas pela CCB, pois é impossível trazer, por exemplo: costumes dos povos asiáticos para nossa cultura. Vamos explicar isso melhor.
Não é possível que Paulo tivesse insistido em que as mulheres gentias, de Corinto, seguissem uma prática distintamente judaica do uso do véu, já que seria contra o seu próprio ensino, e de não impor costumes e leis judaicas (tais como a circuncisão) aos crentes gentios (Atos 15. 1-19-20; 21. 25). O uso do véu na sociedade greco-romana do primeiro século não era comum, sendo, entretanto, uma prática distintamente oriental da época. Nos círculos gentios, a questão girava em torno do penteado e cabelo das mulheres (Veja I Timóteo 2. 9).
No verso 15 de I Coríntios 11, a palavra grega traduzida "em lugar de" ou "em vez de" ("anti") transmite a idéia de substituição, ela é usada para indicar que uma pessoa ou coisa é, ou deve ser substituída por outra, então temos que "o cabelo foi dado em lugar de véu".
Se a CCB, diz obedecer a essa orientação de Paulo, quanto ao uso do véu pelas mulheres, suas mulheres também, de acordo com contexto histórico, deveriam usar em público, porquanto nem uma mulher crente, da época apostólica, poderia ser apanhada na sua casa, Igreja ou rua sem o véu. Portanto, a atitude da CCB, é condenável, não pelo fato de suas mulheres usarem o véu durante o culto, mas pela maneira irracional com que condenam o seu desuso nas demais Igrejas. Em resumo, vemos que: O pedaço de pano usado pelas mulheres da CCB é o mesmo adotado pela Igreja Católica Apostólica Romana e não o véu tais como as mulheres judias usavam.
O texto de I Coríntios 11 trata do comprimento do cabelo para homens e mulheres, tendo em vista o costume da sociedade gentia de Corinto.
Paulo não impôs nenhuma prática judaica para os cristãos a não ser as mencionadas em Atos 15. 19-20.
Quando Maria de Betânia ungiu a Jesus, isto é, seus pés e depois os enxugou, não o fez com um véu, mas com seus cabelos, e o Mestre não a condenou por isso (João 12. 1-3). Pedro recomendou às irmãs que deviam cobrir, não a cabeça, "mas o homem encoberto no coração; no traje incorruptível de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus" (I Pedro 3. 3-4).
4. 6 - O ósculo santo
Sem querer de forma alguma ser pejorativo, com esse procedimento adotado pela CCB, a referida doutrina é totalmente antiquada, sem sentido ou no mínimo arcaica. Não é de forma alguma uma saudação saudável, inocente ou santa como dizem ser. Vamos, no entanto, entender melhor o sentido dessa saudação adotada como regra de Fé pela irmandade da CCB.
O ósculo santo que a Bíblia mostra é dado em todo lugar e indistintamente (Gênesis 27.27; 29. 11 / I Samuel 20. 41 / Lucas 7. 38-45; 15. 20 / Atos 20.37). Seguindo o raciocínio da CCB deveríamos também praticar o lava-pés (João 13.14), mas tanto o ósculo santo como o lava-pés são costumes com raízes orientais, o cristão deve ater-se aos princípios que eles simbolizam e o que nos ensinam: o ósculo santo - o amor fraternal; e o lava-pés - a humildade (João 13.12-15 / Romanos 16.16 / I Pedro 5.5 / Hebreus 13.1). Se os apóstolos quisessem que o ósculo santo fosse incorporado como doutrina, eles teriam dito o ósculo santo, é assim como falamos do batismo e da ceia.
Quando mencionado, em algumas epístolas, trata-se apenas de uma referência afetuosa, tendo o mesmo sentido de uma saudação nossa, quando por exemplo, escrevemos à pessoas íntimas e pedimos para dar beijos nas crianças e um abraço neste ou naquele, é por isso que o ósculo santo é sempre mencionado no final das epístolas, nas seções de despedidas, e não no começo ou no meio (I Coríntios 16.20-21 / Filipenses 4.21 / Colossenses 4.18 / II Tessalonicenses 3.17 / II Timóteo 4.19 / Tito 3:15 / Filemom 23). Esta saudação chamada ósculo santo, entre os crentes primitivos, não se limitava a ser praticado mulher com mulher e homem com homem, como fazem hoje os irmãos da CCB. Romanos 16.1-5-7-12-16 / Gálatas 3.28-29. Os costumes orientais, indicam que o ósculo santo era aplicado na testa ou na palpa da mão, jamais no rosto, em algumas culturas ocidentais, como por exemplo no Brasil, seria algo vergonhoso o homem beijar outro homem, quanto mais beijar uma mulher que não fosse a sua esposa dentro da comunidade evangélica. Por essa razão é que temos achado melhor evitar essa forma de demonstração de afeto, substituindo-a por um simples aperto de mão.
Diante de tudo isto, concluímos, que: se a tal saudação é apenas homem com homem ou mulher com mulher, se há malícia quando feito de outra forma, tal prática torna-se pecado. Se a saudação é apenas na Igreja, também está errada, visto que os cristãos primitivos saudavam-se publicamente (At. 20. 37).
Esta saudação não é má em si mesmo, mas por ser apenas um ritual e não uma saudação genuína, separando-se da verdadeira piedade cristã, torna-se antiética.
4. 7 - O dízimo
Não é difícil encontrar membros da CCB, fazendo comentários sobre esta prática adotada pela maioria das Igrejas no mundo; e fazem, na maioria das vezes, com intenção de levar os membros de outras denominações para sua igreja. Geralmente usam comentários do tipo:
· Os pastores são ladrões que forçam o povo a dizimar;
· A CCB, que é a igreja certa, pois não estipula o valor das contribuições;
· O dizimo é determinação da lei, não serve para a dispensação da graça.
Só quando analisado à luz da Soberania de Deus, é que podemos compreender o grande significado do dízimo, no contexto da adoração cristã. Quando damos o dìzimo, estamos com isto dizendo que Deus é dono inalienável de tudo, e que o homem é seu mordomo.
A CCB, diz que o dízimo foi uma prática restrita ao tempo da Lei, portanto, nada tendo a ver com o crente na atual dispensação. É um ensino improcedente e não se apóia nas Escrituras Sagradas.
Refutamos este ensino por duas razões, pelo menos:
· A prática de dizimar é bem mais antiga do que a própria Lei. Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, mais ou menos quinhentos anos antes da Lei (Gn. 14. 20-22).
· Na atual dispensação, Deus requer o dízimo e muito mais que isto, por vários motivos:
a- Fazemos parte de uma superior aliança, consequentemente, temos sido contemplados com maiores bênçãos;
b- Porque maiores privilégios sempre acarretam maiores responsabilidades. Isto não significa que o crente da atual dispensação seja forçado a dizimar, pelo contrário. Ele é levado a fazer isto constrangido pela Lei do amor e da gratidão por estar recebendo maiores benções de Deus (Sl. 103. 1-2).
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