sábado, 29 de dezembro de 2018

CCB É PENTECOSTAL ! EU PROVO

OS PENTECOSTAIS

As primeiras manifestações pentecostais podem remontar até ao século XVIII, quando o metodismo foi implantado. Wesley, ao fazer um comentário sobre algumas pessoas que entraram em êxtase em um de seus cultos comentou: "Essas manifestações podem ou não ser verdadeiras".

A ORIGEM DO PENTECOSTALISMO

O primeiro grupo de pentecostais saiu das chamadas igrejas Hollyness Wesleyanas - um grupo de metodistas - e, em muitos casos, dos grupos renovados onde elas tiveram início (batistas, metodistas, presbiterianas). O primeiro grupo enfatizava o falar em línguas estranhas como evidência do batismo no Espirito Santo. Em termos de data, provavelmente foi a abertura do Bethel Bible College em Topeka, Kansas, dirigido por Charles Parhan, em outubro de 1900 que deu início ao movimento.

Em primeiro de Janeiro de 1901 os alunos deste colégio estavam estudando a obra do Espirito Santo, e uma das alunas, Agnes Osman, pediu aos seus colegas que lhe impusessem as mãos para que ela recebesse o Espirito. Ela falou em línguas, e mais tarde, outros estudantes falaram em línguas também.

Parhan abriu outra escola em 1905, na cidade de Houston, Texas. Foi de lá que William J. Seymour, um aluno negro, ao receber o mesmo dom, tornou-se mais tarde o líder de uma missão no numero 312 da Rua Azusa em Los Angeles, no ano de 1906. Falar em línguas se tornou comum nessa missão. Pessoas que vinham visitá-la tiveram experiências similares e levaram a mensagem para outros países. Pode-se dizer que a Missão da rua Azusa é a mãe do pentecostalismo mundial. Essa missão chamava-se "MISSÃO APOSTOLICA DA FÉ". Este nome durou até 1914 quando foi mudado para "ASSEMBLÉIA DE DEUS".

Muitos jovens pregadores e aspirantes a pregadores iam ter com William J. Seymour para receber os dons. Foi assim que Gunnar Vingren e Daniel Berg, os fundadores da Assembléia de Deus no Brasil, tornaram-se pentecostais em 1908,

Em 1907, um pastor chamado William H. Durhan, recebeu de Seymour os dons. Durhan abriu sua própria missão também em Los Angeles. Ficava na North Ave, 943. Foi nesta missão que Louis Francescon, futuro fundador da Cristã do Brasil, recebeu os seus "dons".

OS PENTECOSTAIS NO BRASIL

O pentecostalismo no Brasil se divide em três grupos distintos que surgiram em três épocas diferentes. São eles: Os pentecostais históricos que surgiram na primeira década deste século (Assembléia e Cristã). Os pentecostais da segunda Geração, surgidos a partir da década de 50 (Quadrangular, Brasil para Cristo, Casa da Benção, Deus é Amor); e os neopentecostais, surgidos a partir da década de 70 sendo a principal a Universal do Reino de Deus de Edir Macedo.

A origem da Congregação Cristã no Brasil

A Congregação Cristã foi a primeira denominação pentecostal a se instalar no Brasil. Foi fundada no Brasil pelo missionário Louis Francescon, um italiano nascido em Cavasso Novo, Udine. Francescon foi para os EUA em 1890. Lá se tornou presbiteriano em 1891. Nessa igreja chegou a ser nomeado diácono e, na ausência do pastor, causou alguns problemas à denominação presbiteriana, indo depois se batizar por imersão juntamente com outros 18 membros. Um outro membro de sua congregação batizou-os em 1903, mesmo não tendo recebido autorização para o ato. Em 1907 recebeu os "dons" na seita de William H. Durhan. Nesta mesma seita foi-lhe revelado que deveria pregar para a colônia italiana, o que fez com presteza.

Francescon visitou a Argentina em setembro de 1909 e em janeiro de 1910. Chegou ao Brasil em março de 1910 onde ficou na cidade de São Paulo. Através de um contato direto foi parar em Santo Antônio da Palatina, Paraná, onde organizou sua primeira congregação no Brasil entre colonos italianos. Foram onze ao todo. O crescimento desta seita foi tímido até meados dos anos 50. A partir desta data cresceu expressivamente. No Sul e Sudeste do pais muitas congregações presbiterianas do interior foram alvos das cruzadas de renovação por parte dos adeptos da seita.

Interessante notar o dom de línguas que ele alegava possuir. Em seu diário ele diz que por suas mãos muitas pessoas conseguiram estes dons. Mas acaba entrando em contradição na página 23 do mesmo. Lá ele diz: "Outra dificuldade que encontrei foi não conhecer uma palavra da língua portuguesa para descrever alguém sem dinheiro e doente". E o dom de línguas que possuía, servia para que?

A origem da Assembléia de Deus no Brasil

Em 19 de novembro de 1910 chegaram ao Brasil dois pastores. O primeiro era Gunnar Vingren, um ex-pastor batista que havia sido excluído do ministério pela Igreja Batista de Michigan. O segundo era Daniel Berg que também tinha sido expulso da comunhão batista. Depois de receberem os dons de William Seymour, e também para atender a um sonho de um irmão chamado Adolf Uldin, vieram para o Brasil.

Chegando em Belém do Pará se apresentaram a Eurico Nelson, um missionário batista no Amazonas. Identificando-se como batistas, ofereceram-se para ajudar no trabalho e pediram hospedagem. Como não tinham carta de recomendação, e nem podiam ter pois eram excluídos, o missionário batista deixou-os usar o porão da igreja como casa.

Logo depois Eurico Nelson precisou viajar para o sul. Essa viagem deu oportunidade para que os dois recém-chegados pedissem ingresso na igreja declarando-se membros de uma igreja nos Estados Unidos. Vingren declarou sua condição de pastor e a congregação recebeu-os com alegria. Como não sabiam falar português e nem os membros inglês - com exceção de um - tudo ficou muito fácil. É curioso como se deu a entrada deles nessa congregação. Primeiro, não falaram que eram membros excluídos. Depois porque não esperaram pela volta do pastor titular que naquele tempo tinha que fazer a viagem de Belém de Pará ao Sul de Navio e levaria meses para voltar.

Os dois foram mais espertos ainda quando começaram a fazer cultos no porão da igreja. Só alguns membros eram convidados e as reuniões começavam após o término dos cultos regulares da congregação. Nessas reuniões havia a prática das estranhas línguas e estranhos ruídos. Alguns membros começaram a adotar as idéias dos "novos irmãos". Com o aumento do número de participantes chegando ao ponto de haver manifestações pentecostais nas reuniões de oração da igreja, o pregador Raimundo Nobre acabou por convocar, com o apoio da maioria dos diáconos batistas, uma sessão extraordinária, e os adeptos de Vingren e Berg foram expulsos. Ao todo foram treze pessoas excluídas. No meio deles estava o moderador da congregação, José Plácito da Costa, substituto direto de Eurico Nelson e o provável tradutor das mensagens pentecostais nas reuniões do porão.

Vingren e Berg não pararam por aí. Continuaram a fazer o trabalho de proselitismo pentecostal dentro das igrejas batistas. Percorreram o Brasil inteiro em busca de novas renovações. Pode-se dizer que em muitos casos foram bem sucedidos. O próprio Vingren afirma em seu diário que: "Por onde íamos, buscávamos infundir o novo batismo nas igrejas e nas casas dos batistas ". Este novo batismo se constituía em doar aos crentes já convertidos o dom de línguas.

Nisso Vingren também entra em contradição quanto à questão do dom de línguas. Ele considerava-se o doador do dom de línguas a muitos crentes. Pois bem,na página 34 de seu diário ele relata: "Agora com esforço começamos a estudar a língua e durante esse tempo participávamos dos cultos da igreja Batista. Por não termos dinheiro para pagar as aulas, Daniel teve de conseguir um emprego na fundição. Ali ele trabalhava de dia, enquanto eu estudava o idioma. Depois eu lhe ensinava de noite o que aprendera de dia. Assim, com esforço aprendemos o português." Esse foi o mesmo erro de Fancescon. Que dom era esse que não podia ser usado para o fim que Deus o destinou? Afinal, em Atos 2 está bem claro que as línguas faladas pelos Apóstolos coincidia com a necessidade de cada ouvinte: os romanos ouviam em latim, os gregos em grego e assim por diante. Em 1911 os dois fundaram a Missão de Fé Apostólica que posteriormente mudou-se de nome para Assembléia de Deus. Cresceram muito após a década de 50 e hoje são o maior grupo de pentecostais no Brasil chegando a mais de três milhões de adeptos.

A ORIGEM DOS PENTECOSTAIS DA SEGUNDA GERAÇÃO

A partir de 1950 multiplicou-se o número de denominações pentecostais. Esse fato deve-se principalmente às famosas cruzadas nacionais de evangelização que percorreram todo o país. Usavam-se tendas como templos improvisados e grandes anúncios nas rádios da época. Esse período é conhecido como a segunda geração de pentecostais.

Foi assim que nasceu a IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR. Ela foi fundada no Brasil pelo missionário americano Harold Williams em 1953 na cidade de São Paulo. Foi inovadora em alguns pontos cruciais do pentecostalismo. Não eram tão intransigentes no uso das roupas e do cabelo como os assembleianos e as cristãs. Seus cultos eram ainda mais desorganizados que o de seus antecessores. Abandonando a recomendação de Paulo em I Tm 2,8-13, atropelavam as escrituras e ordenavam mulheres para o pastoreio, dando a estas o titulo de pastoras. Seus templos estão situados principalmente no Sul e Sudeste do país.

A febre do pentecostalismo estava a todo vapor nessa época. Em 1956 o ex-pastor assembleiano e depois quadrangular, Manuel de Melo, iniciou uma divisão nestas duas denominações. Dessa divisão surgiu a IGREJA O BRASIL PARA CRISTO. Esta denominação foi um pouco mais rígida que a quadrangular e um pouco menos exigente que a Assembléia. Seu crescimento foi espantoso. Na época áurea de Manuel de Melo ele chegou a ordenar mais de trezentos pastores num só dia (a maioria ex-presbíteros da Assembléia de Deus). Chegaram a ter o maior templo protestante no Brasil na cidade de São Paulo. Seus programas de rádio tinham uma enorme audiência em todo o país. Chegaram a ter mais de um milhão de membros. Na ultima pesquisa feita o número chegou a 197.000. Com a morte do missionário o trabalho deixou de ter o crescimento expressivo que marcou o seu início. Ultiamamente têm perdido muitos membros para as divisões das assembléias e para os neopentecostais.

As seitas pentecostais continuaram a rachar. Em 1960 surgiu a IGREJA NOVA VIDA no Rio de Janeiro. O missionário David Martins Miranda, de origem assembleiana, deixou-a e fundou a IGREJA DEUS É AMOR em 1962. Esta denominação ainda está em ascensão. Cresce muito entre a população mais carente do país. O fato de seu fundador e líder ainda estar vivo ajuda muito na sua propagação. Seus programas de rádio tem grande audiência na camada mais pobre e principalmente entre os moradores da zona rural. Em matéria de doutrina e costumes essa denominação muito se assemelha à IGREJA SÓ O SENHOR É DEUS que tem como fundador o missionário Miranda Leal ( que dizem ser primo de Davi Miranda). Esta seita possui sua sede em Maringá no Paraná, e seus templos, quando construídos por Miranda Leal, têm a forma de uma arca, como a Arca de Noé. Em 1964 surge A CASA DA BENÇÃO, fundada pelo missionário Doriel de Oliveira. É quase inexpressiva nas cidades de pequeno porte, mas muito bem representada nos grandes centros. Esta seita até hoje costuma usar tendas improvisadas como templos para iniciar seus trabalhos.

OS NEOPENTECOSTAIS

Neopentecostalismo é o nome que se dá aos pentecostais da terceira geração. São assim chamados porque diferem em muito dos pentecostais históricos e dos da segunda geração. Realmente é um novo pentecostalismo. Não se apegam à questão de roupas, de televisão, de costumes, e tem um jeito diferente de falar sobre Deus. Dualizam o mudo espiritual dividindo-o entre Deus e o Diabo. Para eles o mundo está completamente dominado por demônios e é sua função expulsá-los. Pregam a prosperidade como meio de vida. Pobreza é coisa de Satanás. Doença só existe em quem não acredita em Deus e sua origem é o demônio. Seus cultos são sempre emotivos objetivando uma libertação do mundo satânico. Em muitos pontos pode-se dizer que suas doutrinas são bem parecidas com as doutrinas das religiões orientais, tais como seicho-no-iê, induísmo e budismo. Para eles é inadmissível que o crente possa sentir dor, ser pobre ou estar fraco.

Este movimento teve início na década de setenta. Seu crescimento deve-se muito aos programas de rádio e televisão, nos quais, devido ao anúncio de curas e milagres, conquistaram uma grande audiência. Seus ouvintes e telespectadores geralmente são recrutados para dentro de seus templos. O sistema de testemunho ( altar call) é forte, e isso certamente encoraja outros a tomar o mesmo caminho.

No Brasil a maior seita neopentecostal é a UNIVERSAL DO REINO DE DEUS (IURD) que já conta com mais de dois mil templos em todo o Brasil e é a terceira maior denominação pentecostal do país ficando atrás apenas da Assembléia e da Cristã. Fundada em 1977 pelo ex-umbandista Edir Macedo, tem procurado estabelecer um sistema episcopal como caricatura do sistema católico. Possui um forte esquema de comunicação, que é sem dúvida o fator de peso na divulgação e crescimento de seus trabalhos.

Depois da Universal a maior seita neopentecostal no Brasil é a IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA. Esta denominação foi fundada em 1980 pelo missionário R. R. Soares no Rio de Janeiro. Na intenção de imitar o trabalho de Kenneth Hagen (um dos maiores televangelistas dos EUA), Soares investe muito na apresentação de seus programas. Outra seita forte no ramo neopentecostal é a RENASCER EM CRISTO, que trabalha principalmente com a camada alta da sociedade. Há pouco tempo, quase comprou uma rede de Televisão. A tendência é crescer. Seu fundador se auto declarou "apóstolo".

AS DIVISÕES DO PENTECOSTALISMO

O pentecostalismo é um mal. Primeiro por que causa divisão. Segundo porque causa confusão. Só no Brasil já são mais de duas mil denominações registradas em cartório como autênticas igrejas pentecostais. Por exemplo: a Assembléia nasceu em 1910. Só que hoje existem diversas Assembléias e todas nascidas de um racha dentro de outra Assembléia. A cristã é uma renovação da igreja presbiteriana. Mas hoje já existe a Cristã Renovada. Esse tipo de comportamento só serve para aumentar a confusão. O método de fazer proselitismo entre membros de qualquer outra igreja, sem saber qual era sua vida na sua denominação de origem, faz com que prevaleça a desordem e a descrença denominacional.

Os pentecostais alegam que o aparecimento do Espirito Santo dentro das igrejas surgiu como resposta de Deus ao modernismo teológico . É como se o Espirito Santo tivesse desaparecido por quase dois mil anos para depois reaparecer durante o frenesi pentecostal. O que muitos ignoram quando afirmam tais sandices é que enquanto os pentecostais estavam "renovando" a seara católica no começo do século, muitos dos nossos missionários davam suas vidas em missões na África, Ásia e Oceania levando a Santa Fé aos pagãos.

Os Batistas Renovados

A renovação das denominações Batistas no Brasil começou no ano de 1958. Desde esta data até o ano de 1965, quando realmente houve a divisão, muitas reuniões foram feitas no intuito de evitar o racha nas denominações batistas de todo Brasil.

O precurssor do movimento divisório nas denominações batistas do Brasil foi um pastor da Igreja Batista de Vitória da Conquista chamado José Rego do Nascimento. Era um hábil orador e logo conseguiu fazer fileiras e conquistar algumas pessoas de nome para o seu movimento. Foi o caso do pastor Enéias Tognini, pastor da Igreja Batista de Perdizes. Essa união de forças levou o caso a ser analisado várias vezes. Houveram muitas reuniões de um comitê organizado para este fim, formado por 11 membros que buscavam uma solução conciliadora para a questão pentecostal dentro das igrejas batistas. A decisão estabeleceu que: "A atuação do Espirito Santo na vida dos crentes se faz através de um processo chamado santificação progressiva; que manifestações emotivas, por mais sinceras que sejam, não podem ser apresentadas como um padrão a ser seguido por todos; que a ênfase dada à doutrina do batismo no Espirito Santo tem causado reuniões barulhentas, carregadas de emocionalismo e provocado manifestações de orgulho espiritual, bem como proselitismo de crentes que não adotam tais idéias." Isso aconteceu em 1963.

Em 1965, ao realizar-se a Convenção em Niterói com 3.035 mensageiros, as preocupações maiores era a grande Campanha de Evangelização marcada para o mesmo ano. No plenário mais uma vez surgiu o problema da renovação. O presidente vendo que isso atrapalharia a campanha pediu que a questão fosse resolvida no ano seguinte. Porém a intransigência dos reavivalistas foi tanta que precisou ser resolvida naquela convenção. Decidiu-se então pela exclusão das igrejas renovadas da comunhão batista . Só naquele ano mais de trezentas igrejas se rebelaram e tiveram que ser excluídas. Juntas formaram uma convenção a qual denominaram CONVENÇÃO BATISTA NACIONAL. Assim, pela primeira vez, houve uma divisão entre os batistas brasileiros como um grupo.

Os Carismáticos Católicos

O movimento pentecostal iniciado em 1900 por Parhan conseguiu invadir todas as denominações antigas (batistas, presbiterianas, metodistas, etc.). Até então falar em línguas era para os pregadores pentecostais uma resposta de Deus condenando as denominações tradicionais. Todos os grupos renovados que saiam de suas denominações originais condenavam os que não aceitavam o pentecostalismo. De repente o mundo pentecostal teve uma surpresa. Essa surpresa foi a chegada dos pentecostais católicos, ou CARISMÁTICOS.

No início de 1960 explodiu a mania carismática nas antigas denominações Episcopais da Califórnia. Seu líder principal foi Dennis Bennet de Van Nuys. Um discípulo dele, Jean Stone, espalhou o seu ensino através da revista Trinity entre os anos de 1961-66. Por esse mesmo período Larry Christensen liderou o avivamento carismático entre as igrejas luteranas nos E.U.A .

Em 1967 foi a vez da Igreja Católica Romana formar seu grupo de carismáticos. Tudo começou num retiro de Universitários na Universidade de Duquesne, Pittsbush. Houve muitos que falaram em línguas naquele retiro. O primeiro grande líder dos carismáticos Católicos parece ter sido Ralph Keifer. Em fevereiro de 1967 ele levou a mensagem carismática para a Universidade de Notre Dame, e muitos alunos e professores falaram em línguas.

De princípio tanto os pastores pentecostais, como sacerdotes Católicos, condenaram o mais novo movimento pentecostal. Na verdade os sacerdotes estavam cobertos de razão, pois era um ensino totalmente contrário as doutrinas do Vaticano. Já os pastores pentecostais condenavam o carismatismo Católico muito mais por motivos de ciúmes, afinal, a grande vantagem de se falar em línguas, que foi a grande bandeira dos pentecostais por mais de seis décadas, estava agora na boca dos "idólatras católicos". A principal diferença entre os carismáticos Católicos e os pentecostais protestantes é:

Os carismáticos Católicos se renovam e permanecem dentro da sua própria Igreja ao passo que os pentecostais históricos se subdividem em seitas.
Os carismáticos Católicos usualmente pertencem à classe média, são separatistas, urbanizados, de tendência ecumênica e pluralistas em sua teologia.
As denominações pentecostais clássicas eram originalmente constituídas de operários e eram barulhentas em seus cultos. Na questão de barulho os carismáticos Católicos já alcançaram seus primos pentecostais clássicos.
Os carismáticos Católicos mantêm algumas práticas devocionais Católicas que os pentecostais clássicos abominam, mas no demais são bem parecidos.
Os carismáticos católicos só conseguiram a simpatia do Papa - não o aval - em 1975. Neste ano o movimento reuniu dez mil carismáticos em Roma. Num pronunciamento ecumênico o Papa Paulo VI falou simpaticamente à assembléia. Foi uma vitória para o movimento carismático. De princípio João Paulo II não aprovou muito o movimento. Mas atualmente se tornou bem favorável, principalmente porque os carismáticos conseguiram se organizar em quase todo o mundo e no Brasil, que é o maior país Católico do mundo, o movimento se infiltrou em quase todas as dioceses e paróquias. Na verdade esse apoio papal foi uma estratégia providencial já que é o movimento carismático que está conseguindo deter o avanço do movimento pentecostal e neopentecostal protestante em toda a América Latina, que aliás, continua sendo o maior reduto Católico do mundo

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